Por Detrás Do Livro escrita por Bolinho de Arroz
Notas iniciais do capítulo
Eu particularmente adorei escrever a conversa do Gaara e do Naruto, então espero que também gostem!
Muiiiito Obrigada pelos reviews anteriores! Me deixam muito feliz :)
E seguindo as dicas de uma nova leitora, ai está o capítulo!
Por Detrás do Livro.
Ida a Escola - Parte 3.
~ Naruto PV ~
Já se passavam pelo menos vinte minutos desde que deixei Hinata em sua sala. Agora, eu andava normalmente pelo corredor, para chegar ao lado de fora da escola.
— Naruto. — Suspirei reconhecendo a voz e encarei o homem que se aproximava com um livrinho na mão. — Não deveria estar na sala de aula?
— Você também deveria estar. — Questionei arqueando uma sobrancelha e colocando as mãos no bolso da calça.
— É que eu tive que salvar uma velhinha e... — Revirei os olhos. — O que interessa é que você deve voltar a aula imediatamente.
— Foi mal, mas não vai dar. — Recomecei a andar novamente, mas Kakashi colocou a mão em meu ombro para me parar. — É sério, preciso resolver uns problemas. — Argumentei.
— Rapaz. — Suspirou pesadamente — Você está virando um verdadeiro garoto-problema. Sabe que nem eu, nem Iruka poderemos acobertar suas ações para sempre. Naruto, eu sei que com a falê...
— Escute, Kakashi. Eu realmente agradeço o que você e Iruka fazem por mim. — Dei uma pausa — Mas esse 'lance' que eu preciso resolver é urgente. Além do mais, é a aula do Maito! Sabe que em educação física eu sempre tiro A.
— Não é só as aulas. É a falta de responsabilidade que está tendo. Você já tem 18 anos Naruto, e nem sequer pensa em como irá construir uma vida.
— Vou seguir seus conselhos, acredite em mim. — Encarei-o — Mas não agora. — Vi Kakashi dar um último suspiro e soltar meu ombro, caminhando até sua sala.
— Só não diga que não avisei. — Disse já na virada para outro corredor.
Sacudi a cabeça, tentando tirar as palavras de Kakashi dela e resolvi sair correndo até o pátio, para não ter o risco de trombar com alguém de novo. Avistei logo que pisei no cimento da garagem, uma cabeça vermelha sentada na picape. Dei um meio sorriso, aproximando-me de Gaara.
— Você não aprende. — Encostei-me na minha ferrari ao lado cruzando os braços e o encarei.
— Posso dizer o mesmo. — Murmurou bebericando uma lata de coca-cola.
— Sem cerveja dessa vez? Ah Gaara! Você está me decepcionando. — Brinquei.
— É... Vamos dizer que estou em uma dieta liquida especial. — Sorriu de canto. — Embora eu tenha umas latinhas aqui no carro, quer uma?
— Passo. — Respondi imaginando o que Hinata pensaria se me visse bêbado. Ela provavelmente odiaria isso. — Como foi a recuperação?
— Se chama aulas de reforço auxiliar. — Defendeu-se um pouco irritado. Apenas dei risada da cara dele. — Foi bem, dei uns pegas na Matsuri na sala.
— Aprendeu alguma coisa, pra variar?
— Vivendo e aprendo meu caro, é só assim que se aprende alguma coisa de verdade. — Virou de uma vez o resto do refrigerante e se levantou, entrando no carro e pegando um papel meio amassado, para logo em seguida, me entregar. — Leia, você vai achar hilário.
Bufei, papel cor-de-rosa não era um bom sinal. Desamassei a folha e li a simples frase.
"Me encontre depois no horário do almoço, Shion."
— Matsuri me pediu para te entregar. — Deu risada. — Essa Shion é um chiclete grudado na sola do seu sapato, Naruto.
— Nem me fale. — Massageei as têmporas dos olhos.
— Você está estressado companheiro, deveria relaxar um pouco. — Olhei seu rosto inexpressivo que tinha o olhar para o céu sem nuvens.
— O que você fumou? — Franzi o cenho.
— Não fumei nada, seu maluco. Você que deve ter fumado algumas antes de vir pra cá.
— Que nada, acho que é só o sono que está me deixando pirado.
Suspiramos juntos, na maior moleza.
— Vai fazer um ano desde que a loura se foi. — Suspirou. Foi então que entendi porque dele estar naquele estado. — Aquela idiota. — Rangiu os dentes. Resolvi não discutir sobre isso com ele.
Ficamos um pouco em silêncio, curtindo particularmente a brisa.
— Gaara, cara, meu compadre, irmão do peito, amigão. — Comecei usando minha lábia.
— O que você quer?
— Uau, é impressionante que eu não posso nem te elogiar e você já acha que eu quero me aproveitar! — Ele me encarou com a expressão estilo "Te conheço". — O lance não é com você, é com a sua irmã.
— O que quer com a Temari? Perai... Ah... Naruto! Você só pode estar brincando! Nem morto que você vai pegar a minha irmã!
— O que?! Não, credo! Ela é mais velha que eu, isso não pega bem. Embora seja muito bonita. — Coçei o queixo, irritando-o um pouco. — Mas não é isso, idiota. Preciso pedir um favor à ela.
— Sendo assim, boa sorte. — Desejou abrindo outra latinha de refrigerante.
— Me ajude a convence-la. — Pedi e ele me encarou. — Sabe que ela nunca recusa nada pro irmãozinho querido.
Gaara esticou a mão e me deu um bom tapa na cabeça.
— Qual é! — Reclamei, passando a mão em meus cabelos.
— Não vou te ajudar porcaria nenhuma. — Estreitei os olhos, teria que usar minha tática.
— É pela Hina. — Gaara também estreitou os olhos.
— E dai?
— E dai que você é um cavalheiro, Gaara. Sempre ajuda as donzelas. — Respirei fundo. — Por favor. Me dá uma 'mãozinha'.
Ele pareceu pensar um pouco e logo em seguida sorriu de canto.
— Tudo bem! Mas só porque você é meu amigão, companheiro, amigo do peito.
— O que você quer? — Perguntei com tédio, prevendo a catastrofe.
— Uau, Naruto! Não posso nem mais elogiar um amigo e já acha que eu estou querendo alguma coisa. — Olhei para ele com a mesma expressão "Te conheço" — Fiz uma aposta com o Kiba, acabei perdendo e preciso de 100 'pratas'. Me descola ai.
— 100 reais?! Como... Como perdeu esse dinheiro?
— Apostamos em uma coisa que eu não me lembro no dia da sua festa. — Ele franziu o cenho. — Dá dor de cabeça só de pensar. A ressaca no outro dia era brava. Sorte a sua de não ficar de ressaca. Enfim, consegue esse dinheiro ou negócio desfeito.
— Você não tem?
— Ter, eu até tenho, mas estou juntando pra comprar uma bateria. — Bati em minha própria testa. Peguei a carteira e tirei 50 reais.
— Pegue, te pago o resto mais tarde.
— Quero que saiba que não estou me aproveitando de você, Naruto. Estou apenas quitando uma divida, e te dando uma vingança da última vez que me pediu uma 'grana' e nunca mais me devolveu.
— Certo, certo. Onde exatamente sua irmã está?
— Bem... Ela deve estar na secretária, ajudando a Shizune.
— Certo, vamos então. — Me levantei, vendo Gaara fazer o mesmo. Ele trancou o carro e começou a andar do meu lado. — Não entendo porque Temari continua vindo a escola se já se formou a dois anos. — Suspirei.— Quem derá eu poder não vir mais a escola.
— Ela vem por "motivos pessoais". — Fez as aspas com os dedos. — E você fica se fazendo de rebelde, mas adora a escola.
— Hahaha. — Balbuciei sarcástico.
Adentramos calmamente no corredor vazio da escola, nunca tivemos inspetoras porque a diretora Tsunade nunca achou preciso. O que era ponto extra para nós, óbvio.
Andamos mais alguns passos passando perto do banheiro feminino até que escuto uns murmuros chorosos de dentro.
— Quem você acha que está chorando? — Perguntei ao acaso.
— Tayuya. Vi ela correndo pro banheiro e até agora não saiu. — Respondeu tranquilamente.
"O que você fez foi muito cruel!. Como pode?"
Mordi o lábio lembrando das malditas palavras de Hinata. Eu não era cruel...
Sem pensar, eu parei na frente da porta do banheiro e bati 4 vezes.
— Tayuya?
— Na-Naruto? — Respondeu fraco de dentro do lugar.
— Eu... — "Você partiu a esperança da Tayuya (...)" — Vou ver se consigo o encontro com o Shikamaru.
A garota saiu no mesmo instante com um sorriso nos lábios, e os olhos inchados.
— Jura?
— Anh... — "Como você é arrogante." — Claro. Vou fazer o possivel.
— Obrigada! — Exclamou feliz, eu dei um pequeno sorriso e voltei para onde Gaara me esperava parado.
— O que foi aquilo?
— A Hina disse que... — Fechei a boca. — Nada, eu estava devendo à ela.
— Sei... Por acaso a Hinata tem algo a ver com isso? — Ele começou a fazer som de beijo, e eu acabei tendo uma veia saltando da testa.
— Lógico que não! — Comecei a andar em passos duros.
— Se você diz. — Me seguiu. — Mas agora só complica mais a nossa situação com a Temari.
— Como assim? — Fiquei confuso na hora com a frase.
— Nada não. — Balançou a cabeça. — Vamos logo.
Não respondi, só saimos andando para a secretária em busca da Temari.
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