Por Detrás Do Livro escrita por Bolinho de Arroz


Capítulo 32
Bêbada Problemática


Notas iniciais do capítulo

Oeee! Eu nem demorei, hein?
Bem, o capítulo de hoje é bem descontraído, MAAAAS irá contribuir para cenas tensas no próximo cap. Hihihi ~ mistério
.
David Uzumaki, seu lindo *u* estou esperando a sua recomendação, hein. Falou que ia deixar uma, vou acabar cobrando, HAUSAHU
.
NahoChin, eu li sim o cap 615, e puts, gamei ♥ Pra mim foi a chance de reacender minha esperança sobre NaruHina também. Espero que agora tenham mais cenas assim. E quanto a TenTen... Sem comentários :@
.
Lary_Sakura, por favor não se desespere. No próximo capítulo eu darei um jeito de colocar um momento SasuSaku, okay?
.
SakyHina, Bibi e Asthenia, fico feliz por ter vocês aqui, novas leitoras me deixam feliz ♥
.
Sobre a ligação da Ino, mostrarei mais para frente. ~ mistério²
.
Obrigada pelos reviews anteriores, pessoal. Valeu mesmo! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172941/chapter/32

Bêbada Problemática.

Por Detrás do Livro.

Encarei o telefone móvel em minhas mãos e depois me direcionei à Gaara, totalmente atônita.


– Atenda! – O ruivo exclamou, mostrando-se impaciente com o toque incessante.


Afirmei com a cabeça, respirando fundo e atendendo o celular.


– Ino! – Engoli um choro de saudades. Céus, como eu estava emotiva!


– Oh, Hinata! Finalmente conseguimos nos falar, não é? Estava com tantas saudades! Você não tem noção do quanto sofri sem seus conselhos diários, e mais, eu tenho diversas novidades para lhe contar. Aliás, como você está? – A loura começou a falar sem parar. Abri um sorri enorme com isso. Como fazia falta sua maneira espontânea na minha vida.


– Deixe-me falar com ela! – O rapaz de olhos claros exigiu, enquanto esticava seu braço até a minha direção.


– Essa voz... É o Gaara? – A garota da outra linha me indagou, surpresa.


– Sim, é que eu tenho uma longa estória para te contar, Ino...


– Me dê aqui! – Ele insistiu novamente, se aproximando.


– Não! – Recusei, afastando o celular dele o mais rápido possível. Como ele se achava no direito de roubar telefones alheios? Ainda mais quando eu estava prestes a começar uma conversa tão importante com a minha amiga.


– Hinata? Hinata?


– Espere um momentinho, Ino. – Eu disse para logo depois encarar Gaara emburrada. – O que pensa que vai fazer?


– Como assim? Eu quero conversar com ela, sua... Sua... Baixinha! – Arquei a sobrancelha, achando-o muito infantil. Além do mais, ele não era assim, tão alto. Hunf. – Escute... – Ele suspirou. – Eu só quero ouvir a voz da Ino.


– O quê? Mas foi você que deixou claro para ela que...


– Eu sei! – Ele me cortou. – Mas mesmo assim, eu quero, ou melhor, preciso falar com ela. Você mais do que ninguém sabe que é impossível se esquecer dessa loira tão facilmente. – E então, ele sorriu. Sorriu de uma maneira tão genuína que fiquei sem falas. – Além disso, você tem outro problema para resolver. – Já ia perguntar qual quando ele apontou para a direção do portão, mostrando Naruto que se aproximava a passos lentos.


– Ah não. Eu não vou conseguir encará-lo! – Desesperei. Realmente, não sabia com que cara eu iria ficar depois daquela ceninha. Deus, ele havia me visto chorar, até. Era muita vergonha pra um dia só.


– Fique calma! – Gaara se pronunciou, fazendo com que eu o mirasse. Ele, naquele momento, havia aberto sua mochila - que só agora percebia que estava consigo - e de dentro, tirou duas garrafas que não reconhecia a marca. – Pode tirar a sorte. – Disse com tom cômico.


– Desculpa... Mas não estou entendendo...


– Apenas beba e se acalma, é refrigerante. – Ele deu outro suspiro, desta vez, mais longo e exaustivo. – Quando não souber o que falar com Naruto, dê um gole generoso, assim, não ficará tão nervosa. E lembre-se da regra do '' Foda-se ''.


– Mas não faz sentido...


– Apenas confie em mim. É tudo questão de psicologia. Enquanto isso, deixe-me falar com Ino.


Ino! Por uma fração de segundos, havia me esquecido que Ino estava na linha, me esperando. Oh, que péssima amiga sou.


– Está bem. – Me rendi, entregando-lhe o celular e pegando de suas mãos as duas garrafas. – Alguns minutos apenas, logo depois falarei com ela e se ela desligar saberei porque – Avisei, tentando parecer ameaçadora - E por que duas? – Perguntei curiosa e um pouco aflita, vendo o louro se aproximar mais e mais.


– Oras, quando acabar uma, comece com a outra. – Disse já se afastando com o celular posto perto do ouvido.


Comecei a contar mentalmente até dez, torcendo para que não tivesse feito nenhuma besteira. Naruto estava quase chegando, o que me fez abrir a primeira garrafa e dar um gole bem longo.


Fechei os olhos com força, sentindo certa ardência em minha garganta. Acho que era algum refrigerante espumante, ou algo assim.


– Oi. – Mal dei por mim quando o loiro parou logo a minha frente, com as mãos atrás das costas. Bebi novamente antes de me pronunciar.


– Hum, olá. – Falei baixo com o cenho franzido. Essa tal bebida tinha um gostinho meio amargo com doce, não? É, é sim.


– Bem, sobre aquilo... Você está bem? – Ficaria indignada se não estivesse bebendo mais um pouco do refrigerante. Balancei positivamente com a cabeça, pois uma vontade louca de arrotar me surgiu, creio que por conta do gás.


Jamais que arrotaria na frente de alguém. De um garoto. De Naruto. Além disso, arrotar é grotesco.


De qualquer modo, como assim ‘’Eu estou bem?’’. Era ele que havia dado uma de bebê chorão melancólico e depois se tornado um ogro bipolar. Nossa, que vontade louca de socar a cara desse sujeito.


– Eu pensei bem, e acho que fui um pouco direto demais com você. – Minha boca quase se escancarou de tamanha ousadia do rapaz. Ele dizia como se eu fosse à culpada de seu estresse matinal.


Olhei para os lados, dando de cara com Gaara que, por coincidência também me encarou, e no mesmo momento, fez um gesto para que eu virasse a garrafa.


Isso mesmo, o refrigerante. Dei outros dois goles, sentindo minha barriga estufar e minha garganta pedir mais. Que refrigerante gostoso!


– De qualquer modo, me perdoe. Tentarei não te deixar mais preocupada.


– Escute bem, seu mauricinho! – Bufei, abrindo a outra garrafa - já que aquela a qual bebia tinha praticamente acabado. – Você é extremamente prepotente, sabia? Eu queria ajudá-lo de boa fé, MAAAS NÃÃÃO, o Senhor Uzumaki-não-preciso-de-ajuda não aceitou, PIOR. – Neste ponto, o rapaz me encarava de olhos arregalados. – Teve a falta de educação de responder de maneira grosseira. Quer saber? Não te perdoo! – Bebi novamente a primeira garrafa, finalizando-a só para depois beber um pouquinho da outra.


Ui, esse refrigerante era um pouco mais forte!


– Hinata... Eu não sabia que tinha te ofendido tanto. – Ele quase sussurrou como se estivesse com vergonha de admitir que estivesse errado. Talvez, seja só seu ego masculino sendo rebaixado, para variar. – Como posso te fazer me perdoar? Como posso conseguir seu perdão?


Que tal um beijo de língua, bonitão? ... Mas o quê? Essa definitivamente não sou eu pensando!


– Não... – Respirei fundo. – Eu que devo pedir desculpas agora, você estava em um momento difícil, é totalmente compreensível que não quisesse falar do assunto, eu não deveria tê-lo pressionado.


– Pare com isso! A culpa é minha! – Ele finalmente tirou as mãos detrás das costas, levando uma até a cabeça, coçando-a nervosamente, enquanto a outra se mantinha fechada, segurando algo. – Droga, esse negócio de se desculpar não é muito a minha praia. – Ele sorriu, querendo descontrair o clima. – Você quis ser gentil, e eu fui um tremendo idiota. Desculpe-me.


– Tu-Tudo bem. – Oh, Deus. Naruto é tão bonito... Tão forte...


– Algum problema? Você parece estar com dor.


– Não é nada. – Só não estou entendendo esses pensamentos tão pecaminosos em relação a você.


– Ah! – Ele entregou-me o que tanto segurava: Um bombom pequeno com embalagem vermelha. – É pra você; era o único chocolate que eu tinha, por falar nisso, é meu favorito. – Piscou com o olho direito, galanteador. – É de amarula, conhece?


–Aham, creio que sim. – Murmurei.


– É um presente de reconciliação, digamos assim. – Ele mordeu o lábio inferior. – Não quero mais brigar com você, Hina. Nunca mais, está bem? – Ele pegou meu pulso que segurava a garrafa vazia e o puxou até seus lábios tocarem meu braço, em um beijo quente.


Corei até o último fio de cabelo. Estranho sentir essa queimação por mais do que alguns minutos. Com o tempo, eu havia aprendido a controlar minha irritante mania de ficar vermelha com esses tipos de situações, mas hoje, estranhamente agora, essa queimação está mais persistente.


De qualquer modo, não importa. Ele parou o beijo mesmo.


Sem resposta para o ato de Naruto, peguei o bombom e o desembrulhei, mordendo a metade.


– Sabe o que é mais gozado? – Me pronunciei, observando seu olhar calmo, como se tivesse tirado um grande peso das costas. – Naruto Uzumaki pedindo desculpas. – Gargalhei sobre seu olhar questionador.


Poxa vida, eu gosto desse sobrenome.


– Uzumaaakiii... – Cantarolei, engolindo o resto do bombom. – Mas que coisa interessante! – Exclamei, assustando o loiro. – Essa tal amarula tem um gosto muito parecido com esse refrigerante. – Apontei para a garrafa.


Que sensação estranha... Sinto-me zonza, muito zonza. E desde quando o perfume de Naruto me deixa enjoada?


– Hinata, a onde conseguiu esse refrigerante? – O rapaz indagou, puxando as duas garrafas da minha mão.


– Hum... Hum... Foi com o chapeuzinho vermelho, aquele nanico que passa maquiagem! – Ri mais um pouco. – Ele iria me matar se ouvisse isso, mas... Ele fica melhor com maquiagem do que eu!


– Oh, merda! – Vi Naruto dar um gole no refrigerante e depois de alguns segundos degustando trincar os dentes. – Isso aqui é álcool, Hinata!


– É o que? – Indaguei, sentindo minhas pernas balancearem. – Naruto, eu acho que preciso... – Tampei a boca, meu estômago estava embrulhado.


– Eu sei, eu sei! – Ele olhou para os lados, acho que se certificando de que não havia ninguém por perto e me guiou até a árvore, aquela de sempre. – Vamos lá, bota tudo isso pra fora.


Abri a boca pra dizer algo sobre as borboletas que não existiam ali, mas a única coisa que me venho foi o que meu estômago queria jogar pra fora.

Eu comecei a vomitar enquanto Naruto segurava meu cabelo e afagava minhas costas.


– O que aconteceu aqui? – Ouvi a voz do chapeuzinho vermelho, vulgo Gaara logo atrás do loiro.


Esse maluco havia me dado álcool!


Minha ânsia pareceu parar e o vômito cessou, fazendo com que eu sentasse no banco, ainda com aquela sensação de alegria no cérebro e formigamento no corpo.


– Gaara, seu filha da puta! – Naruto exclamou extremamente nervoso. – Ficou doido? VOCÊ EMBEBEDOU A HINATA!


– Como é? Não, não. – O vi chacoalhar a cabeça negativamente, sem demonstrar estar arrependido. – Eu dei a ela minha mistura especial, e disse para beber um pouco caso ficasse muito nervosa, só isso.


– Acontece que ela bebeu praticamente as duas garrafas inteiras!


– O que? – Ele me encarou, para logo depois cair na risada. – Você tem problemas na cabeça, Hyuuga? Como não se tocou que aquilo era refrigerante com whisky e o outro era refrigerante com vodka?


– Ela não notou porque nunca bebeu na vida, seu idiota. – O loiro respondeu por mim, continuando a soltar sua raiva. Eu apenas observava a cena quieta.


– Eu não tinha ideia que ela iria beber tudo, Uzumaki! – Gaara exaltou-se também. Agora os dois estavam cara-a-cara. – Se ela está bêbada a culpa é sua.


– Ficou louco? Foi você quem a deu álcool.


– É, pode até ser. Mas, para começo de conversa, se você não tivesse a magoado, ela não teria que recorrer a minha pessoa.


–... AH, MAS QUE MERDA! – Quase dei um pulo do banco com o grito do loiro. – O que eu vou fazer agora? Não posso entregar uma inocente e pura garota bêbada para o pai e o primo psicopata.


– Se vira garoto. – Gaara se aproximou de mim, entregando meu celular. – Não sei se te considero boa de bico, porque conseguiu beber as duas garrafas, ou ruim de estômago porque não aguentou o álcool. – Ele suspirou. – A propósito, Ino pediu para você ligar para ela mais tarde.


Ele virou-se de costas, com as mãos no bolso e parou perto de Naruto, que continuava desesperado.


Qual é a dele? Eu nem estou bêbada!... Uau, aquilo ali é um tigre com saia rosa? Oh, que magnífico! Preciso contar isso para a Ino, ela iria adorar!



– Eu estou com fome! – Pronunciei, interrompendo a conversa silenciosa dos dois. – Comida, comida, comida. – Peguei um pedaço do gramado do chão. Afinal, aquilo era como alface, não é?



Naruto Pov.



– (...) Comida, comida, comida. – E então Hinata puxou um pedaço de grama e ameaçou ingeri-lo.



Quase que sufocando, corri até sua direção e peguei o mato de sua mão, jogando-o pra um lado.



– Hinatinha... – Chamei-a cuidadoso. Já tive muitas experiências com pessoas bêbadas, mas não tenho a mínima noção de como Hinata reage quando bebe, então é melhor ser o mais cauteloso possível. – O que você quer comer?



Ela pareceu pensar um pouco, colocando a ponta do dedo indicador nos lábios, agora formados em um biquinho. Tsc, extremamente inocente.



Na certa, ela irá me pedir algum doce, como uma criança faria.


– Já sei! – Retribui seu sorriso miúdo. – Eu quero comer você!




...


– O QUE? – Arregalei os olhos, tentando ignorar a explosão de risadas que Gaara dera logo atrás de mim.


– Com muito ketchup. – Continuou a morena, me olhando como se eu fosse realmente um pedaço de carne. – Oh, senhor hambúrguer, você deve ser delicioso!


Senhor hambúrguer? Certo, agora eu só tenho certeza de uma coisa; Hinata está cem por cento bêbada, e ainda por cima é daquelas que imaginam coisas impossíveis.


Soltei um longo suspiro, aproximando-me dela e pegando-a no colo com certa dificuldade, já que Hinata ficava se debatendo o tempo todo, tentando escapar do ‘’ Senhor Cabeça de Tatu ‘’. E sim, eu sou o tal Senhor, Hunf.


Passamos por Gaara que apenas nos seguiu achando graça. Esse idiota que começou com tudo isso e ainda tem a coragem de fazer gracinhas. Se eu não estivesse segurando a Hinata ele iria ver o que é bom pra tosse.


Alguns poucos alunos ainda presentes – a maioria já havia ido embora – nos olhavam como se aquilo fosse alguma apresentação teatral.


Daria tudo para que fosse mesmo.


Cheguei até a minha Ferrari na garagem e sem hesitar, tranquei a garota no banco de trás, com direito a cinto e tudo.


– Aonde vamos, afinal? – O ruivo indagou, indo até sua picape tranquilamente.


– Não sei. – Ouvi o grito da Hyuuga implorando por hambúrgueres. – Que tal uma lanchonete? – Gaara apenas deu de ombros, já entrando e dando a partida em seu carro.


Suspirei novamente e fiz o mesmo.


Já estávamos saindo pelo portão quando mais uma vez ouvimos um grito, mas desta vez, de uma voz masculina.


Olhei pelo espelho Kiba correndo loucamente, tentando alcançar o meu carro, na tentativa de não perder a carona.


Dei um sorriso de canto diabolicamente, pronto para acelerar.


– Não é o cachorrinho? – Hinata indagou séria, olhando para trás. – Você não vai parar? – Desta vez ela me encarou com os olhos semicerrados. Meu Deus, que garota bipolar!


– Ahn, claro. – Dei uma risada forçada e parei bruscamente, abrindo a porta da frente.


– Poxa, achei que não tinha me ouvido. – O rapaz abriu a porta e sentou no banco passageiro.


– Hey, o banco da frente está... – Mal terminei a frase, vendo Shikamaru sentar-se preguiçosamente onde havia indicado. Nem ao menos havia o visto atrás do Kiba. – Deixe pra lá. – Revirei os olhos. – Vamos, pois o dia ainda vai ser longo.


– Aqui está parecendo um zoológico; uma raposa, um Bicho-preguiça e um cachorro. Vocês vão todos pra minha casa? – Hinata se pronunciou assustando os dois.


– O que aconteceu com ela? – Kiba perguntou com a boca bem aberta.


– Digamos que ela bebeu algo do Gaara.


– Ah, que problemático. – Shikamaru disse baixo, abrindo a janela e acendendo um de seus cigarros.


– É isso ai, companheiros. Isso é extremamente problemático. – Balbuciei.


Eu estava certo quando pressenti que esse dia ainda seria longo. Ainda mais com uma Hinata bêbada problemática.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem imaginaria uma Hinata bêbada? HASUAHSAU'
No próximo ep, mais revelações!
COMENTEM E RECOMENDEM! Faz bem para o coração do escritor, viu?
Até a próxima!