Frostbite Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Gente, muitissimo obrigada pelos reviews! Responderei a todos!
Agora, segue mais um capítulo! Este foi todo fruto da minha imaginação e é apenas um aquecimento!
Espero que gostem!
bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172786/chapter/31

Eu permaneci ainda ali, ignorando o frio, pensando naquelas palavras de Rose. Era incrível como ela conseguia me ver tão bem, mesmo assim não conseguia enxergar que a minha felicidade não estava com Tasha. Era uma boa proposta, mas nada do que ela tinha me oferecido me faria feliz. Era difícil imaginar uma vida sem Rose. Eu tinha me habituado a encontrar com ela todos os dias em nossos treinos, tinha me acostumado com o som da sua voz e com a sensação que a presença dela me causava. Ela havia tomado conta dos meus dias, dos meus pensamentos, da minha vida, e isso não tinha volta.

Eu olhei para o lado, onde Rose estava sentada há poucos minutos, e a sensação de vazio me invadiu. ‘Partir o coração de uma pessoa.’ A sua última frase ainda ecoava nos meus ouvidos. Eu não sabia sobre o quê ou quem Rose estava falando, mas era isso que eu também deveria fazer. Voltei ao salão do banquete e a festa continuava. Morois conversavam, riam e bebiam, espalhados em grupos pelo ambiente. Passei para um dos postos onde eu estava anteriormente e olhei para cada lugar até a avistar Tasha de longe. Ela estava no centro de um grupo que discutia algum assunto controverso, certamente. Eu a contemplei de longe. Como ela era bonita. Seu corpo alto e definido, devido aos treinos de luta, destoava das outras Morois. Ela vestia um longo vestido em um tom cinza e seus cabelos negros estavam presos em um coque no topo da cabeça. Ela falava de forma apaixonada para os Morois que a ouviam, defendendo seus ideais. Seria tão fácil se eu conseguisse gostar dela como eu gostava de Rose. Seria tudo tão simples.

Mas olhando para Tasha assim, e depois de estar com Rose, era tão óbvio agora. Elas não podiam ser comparadas. Eu nunca podia ficar com uma, amando incontrolavelmente a outra. Minha decisão sempre esteve tomada e eu estava sento totalmente infantil em pensar que podia mudar isso. Eu só iria esperar que o banquete terminasse para comunicar a Tasha. Ela iria sofrer, mas era melhor assim, já que ela jamais me teria por completo.

Cerca de duas horas depois, as pessoas começaram a se dispersar. Eu me perguntava como eles arrumavam tanto assunto para falarem. Percebi que Tasha ia até a porta de saída, então, me apressei para alcançá-la.

“Posso falar com você?” Falei, tocando em seu ombro.

“Ah, Dimka, claro!” Ela respondeu animada.

“Não aqui. Podemos ir para algum lugar mais reservado?”

Tasha sorriu ainda mais, provavelmente entendendo mal as minhas intenções. Ela acenou e nós começamos a caminhar pelo corredor, lado a lado. Eu buscava mentalmente as palavras certas para dizer a ela, embora eu soubesse que seria inútil ensaiar qualquer coisa. Quando passamos para a ala onde Tasha estava hospedada, Alberta veio em minha direção.

“Preciso de você, Belikov. Temos uma emergência.” O tom breve e eficiente dela me fez entrar instantaneamente em alerta. Eu olhei para Tasha que me deu um olhar desolado.

“Tenho ir.” Eu disse brevemente, enquanto me afastava.

“Sim, você sempre tem.” Foi tudo que eu ouvi, vindo dela.

Eu me juntei a Alberta, que seguia para o quarto de Janine, andando com passos largos. Apesar de sua baixa estatura, ela se movia rapidamente, de forma que eu tive que me apressar para acompanhá-la.

“O quê está acontecendo?” Perguntei, um pouco antes de entrarmos no quarto.

“Encontramos o guardião que estava de serviço em uma das entradas do resort, desmaiado. Ele foi acertado com muita força, tanto que demorou a acordar e ainda não consegue se lembrar do que aconteceu. Estamos imaginando que pode ter sido um Strigoi.”

Nós entramos no quarto e vários guardiões estavam lá, inclusive a própria Janine, que em nada lembrava a mãe furiosa que arrastou Rose daquela festa. Ela estava completamente compenetrada, como se estivesse pronta para entrar em uma luta naquela mesma hora.

Eu pensei um pouco nas informações dadas por Alberta. Não fazia sentido. Um Strigoi não iria somente acertar um dhampir e ir embora. Se ele conseguisse fazer isso, teria o capturado ou o matado ali mesmo.

“Eu não acho que tenha sido um Strigoi.” Falei, dando voz aos meus pensamentos. “Um Strigoi não o teria deixado vivo.”

“Então, você está sugerindo que tenha sido um humano?” Um dos guardiões perguntou.

“Eu não sei, mas é provável.”

“Um grupo de guardiões já percorreu todo hotel e suas fronteiras. Nada foi encontrado. As wards estão intactas. Nenhum indício de Strigoi foi encontrado.”

“E as câmeras de vigilância?” Perguntei me lembrando da central de monitoramento do hotel.

“Não conseguimos ver tudo. Quem o acertou estava fora do ângulo da câmera.” Outro guardião respondeu.

Todos se entreolharam. A verdade era uma só. Nós não sabíamos o que estava acontecendo. Não havia pistas, não havia mais nada o que averiguar. Eu andei até a janela e olhei para fora. O sol brilhava e as pistas de esqui estavam vazias. Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, batidas forte vieram da porta e um grupo de guardiões entrou. Era outro grupo que também tinha ido averiguar os quartos do hotel.

“Algo novo?” Janine perguntou a eles.

“Não, nada. Mas achamos algo meio estranho. Encontramos Alan. Ele estava descansando em seu quarto. Ele nos informou que, mais cedo, no turno dele, ele deixou três estudantes da Academia sairem do hotel.”

“O quê?” Alberta exclamou. “ E porque ele fez isso?”

O guardião sorriu e respondeu de forma irônica como se já soubesse o que nós concluiríamos. “Ele simplesmente falou que foi porque eles pediram.”

“Compulsão.” Eu falei pensativo. “Quem foram estes alunos? Há quanto tempo foi isso?”

“Foi no meio da noite. Ele nos deu os nomes.” Ele pegou um papel em seu bolso e leu em voz alta. “Mason Asford, Amélia Rinald e Edson Castille.”

Eu olhei para Alberta que não demonstrava reação alguma. Então, ela virou para Janine.

“Vou procurar a Diretora Kirova. Precisamos fazer uma contagem dos alunos imediatamente.”

Percebendo que nada sairia dali, eu segui Alberta, ainda me perguntando para onde estes garotos teriam ido. Provavelmente tinham ido buscar alguma aventura estúpida e retornariam em breve. Mesmo sem ver qualquer conexão entre o ataque sofrido pelo guardião e esse novo fato, tínhamos que verificar isso. Não podíamos negligenciar, quando tínhamos Strigois se organizando para atacar a qualquer momento.

Paramos em frente a porta do quarto de Kirova, que demorou longos minutos a abrir. Quando ela nos atendeu, seu semblante denunciou que ela estava dormindo. Sem nos preocuparmos com isso, narramos para ela tudo que tinha acontecido.

“Vou reunir todos os alunos, no maior salão do hotel, em meia hora.” Ela rosnou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dimitri nem imagina o que vem por aí...