Marrying With The Devil escrita por Giihrsouza


Capítulo 15
Capítulo 14 - Hora De Lutar!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora... eu to fazendo muito isso, né?? Motivos para justificar não faltam, mas por hora, vou deixá-los com mais um capítulo e que cá entre nós... Ta caprichado. Boa leitura, meus amores.



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Capítulo 14: Hora de Lutar.

Edward:

Meu plano já não parecia mais tão brilhante.

Meu planejamento era mantê-la comigo aqui, para que eu conseguisse convencê-la da verdade, que eu sim a tinha tentado quebrar por dentro e por fora e que ao mesmo tempo eu não quis fazer isso, não tendo me apaixonado da forma na qual eu me apaixonei.

Era um plano tosco, mas era o melhor que consegui pensar em vinte minutos de pura dor de cabeça.

E que agora parecia que nunca iria dar certo porque primeiro: Bella não parava de gritar coisas desconexas desde o segundo em que pisou em casa. Ela gritava comigo, é claro, mas eu não conseguia ver sentido em seu grito, ela falava sobre sua irmã, prisão sem privacidade o suficiente e ao mesmo tempo me xingava.

Tentei interrompê-la me aproximando dela, mas Bella imediatamente me afastou e sua voz ficou ainda mais fina e estrangulada enquanto ela gritava blasfêmias ao meu respeito. Acho que nem minha oitava geração estava a salvo do veneno dela.

Fora que ela parecia que iria entrar em autocombustão a qualquer momento, seu rosto estava mais vermelho que foguetinho de São João!

–Bella, por favor, me deixa explicar. – Pedi tocando em seu ombro e interrompendo suas besteiras. Tomara que os vizinhos não tivessem crianças pequenas, do contrário elas saberiam uma gama de palavrões de baixo calão que nem um bandido usava.

Bella me olhou enfurecida, seu rosto ainda mais vermelho, seus olhos eram duros e ela parecia sinceramente irada por eu tê-la atrapalhado.

–Explicar? – Ela caçoou. – Explicar? Sei! EXPLICA ISSO DAQUI!

Previ que ela chutaria minha canela no mesmo instante que ela começou a falar por isso abri um pouco as pernas e me agaixei para poder impedir. Porém eu estava errado, minha defesa foi tristemente transpassada e logo eu estava curvado de verdade sobre meu próprio corpo, de joelhos no chão, massageando minha virilha enquanto eu rosnava de dor.

Senti uma lágrima descer do meu olho, totalmente devido a dor lancinante.


Bella:

Deixei o mais novo aleijado da Terra lá na sala para se despedir do seu pinto defunto e fui para meu quarto fechando a porta atrás de mim e passando a chave.

Eu precisava pensar no que fazer daqui por diante. A final aparentemente minha irmã nada teve a ver com o advogado libertador, ela ainda estava no hospital, chorando as pitangas pelo pai dela. Eu não a recriminava, mas sinceramente eu estava irritada, como ela me ofereceu ajuda para fugir, mas não quer nem saber se eu me safei bem? Eu não podia culpá-la, não podia perder tempo com isso. Eu tinha coisas mais importantes a serem decididas, como por exemplo como lidar com o fato de que eu terei de agora por diante ver Edward todos os dias, comer com ele, ver TV com ele, topar com ele no corredor... Com certeza ninguém que fosse dar um conselho a alguém que está se recuperando de uma dor de cotovelo iria propor esse tipo extremo de proximidade.

Meu coração bateu, dolorido, machucado. Eu tinha que lidar com isso de novo, a dor sempre fora uma consequência da minha vida e que eu nunca me livrara completamente, e eu sempre lidara com ela, pondo-a no fundo do fundo de mim... Me protegendo.

Eu tinha que sobreviver a esse tempo.

Mas eu ainda sentia meu coração acelerado, e a calma não me alcançava para que eu pudesse pensar claramente em como reerguer as barreiras que eu mesma derrubei para Edward entrar. Eu precisava de ajuda. E de alguém confiável.

Peguei meu Iphone do meu bolso e entrei na Internet, partindo logo para o Google, o professor e conselheiro de todas as horas. Claro que eu não esperava encontrar a solução do meu problema especificamente, a final quem escreveria algo do tipo: me apaixonei loucamente e descobri que meu namorado contratara meu ex namorado para eu me apaixonar por ele e assim ele pudesse quebrar meu coração, fazendo meu namorado conseguir sua tão sonhada vingança depois de eu tê-lo deixado careca?

Ninguém, obviamente.

Mas ainda sim, existiam pessoas com dores de cotovelo e que encontravam seus amores todos os dias e lidavam com isso. Bem, eles encontravam no trabalho e etc... Duvidava que seriam forçados a manter um casamento com o ex... Mas isso não vem ao caso.

Digitei na barra de buscas algo genérico e fácil: coração quebrado.

Como era de se esperar, vários sites pipocaram na tela do meu celular, tinha até um voodo brabo que prometia trazer a pessoa amada de volta na base da porrada. Seria interessante contratar, mas só pela parte da surra.

Fora o meu lapso de amor com o voodo, eu fiquei mais irritada e impaciente cada vez que eu mudava a página, viajando pelos milhares de o’s do Google. Tinha de tudo e nada ao mesmo tempo: Tumblrs, blogs, artigos sobre medicina... Mas nenhum deles explicava exatamente como lidar com tudo isso.

Foi quando eu vi um anuncio no inicio da página que fazia uma pergunta à quem o visse: Precisando Relaxar?

SIM!! Respondi mentalmente impaciente. Cliquei no anuncio e ele anunciava o Resort onde eu e Edward nos conhecemos. Sinceramente quase joguei o aparelho parede a fora, mas antes de cometer essa grosseria com meu Iphone – eu não era mais ricaça, a final o dinheiro era de Charlie... – Eu simplesmente saí e fui para a varanda, olhar o mar e me concentrar, parecia um bom modo de começar a pensar.

Senti o olhar de Edward me fuzilando nas costas e tentei a todo custo ignorá-lo, me sentei no deque da varanda e balancei os pés, raspando meus dedões na areia, formando sulcos. Ouvi o mar, me concentrei na minha respiração.

Ensaiei até um mantra.

Mas minha mente insistia em voltar para o ser vivo que me observada da sala, eu podia ouvir quando ele se apoiou no sofá para se levantar, arrastando o móvel consigo um pouco.

ARGH!! Me levantei três vezes mais irritada do que eu comecei o exercício. O que eu estava pensando, eu não era buda!! Quer resolver um problema? Encare-o. E era isso que eu ia fazer. Marchei para a sala em direção à minha não tão indefesa vítima.

Behind Hazel Eyes – Kelly Clarkson

Edward:

Era atípico de Bella ir se sentar na praia, a única vez que eu a vi realmente admirar o mar foi quando fizemos amor dentro dele. Me estiquei para me levantar o suficiente para cair na poltrona novamente, minha virilha ainda piscava, mas a dor tinha diminuído bem.

Fiquei distraído massageando o local e refletindo sobre a atitude de Bella que acabei não percebendo sua presença na minha frente, só notei quando ela deu um pigarro. E foi ai que eu percebi que algo estava errado.

Muito errado.

Bella me encarava de um jeito que se houvesse uma metralhadora semiautomática instalada nas suas orbes, ela estaria atirando toda munição contra mim.

–Bella eu... –Tentei começar novamente.

Mas ela me interrompeu.

–Chega, Edward. Agora quem vai falar sou eu. Cale a boca, fique quieto e escute.

Eu fiquei hipnotizado com ela e por um momento eu segui exatamente seu conselho, eu fiquei quieto, minha respiração presa no peito. Enquanto isso, Bella tomava ar e após fechar brevemente os olhos, ela começou.

–Eu não sei qual foi a sua ideia em me trazer para cá ao invés de me amarrar com minha irmã. Mas se pensa que me trazendo para cá, me obrigando a ouvir o que você tem a dizer... Ou melhor me impondo sua presença, irá me fazer mudar de ideia ao seu respeito, você está enganado.

Bella me encarava com um fogo nos olhos castanhos que eu nunca tinha reparado, eles já não eram apenas inocentes olhos chocolate, eram de um metal incandescentes, eram letais. Tentei achar palavras para me defender, mas não consegui. Principalmente porque eu sabia que merecia. Esperei ela pegar fôlego e continuar.

Para minha extrema surpresa ela riu da minha cara.

–Dá para ver que você não faz ideia alguma do que é não ser amado, do que é não viver em um conto de fadas como você sempre viveu. – Bella sacudiu a cabeça e passou a mão pelos cabelos castanhos como mogno pondo-os para trás. – Edward – Ela disse devagar. – eu passei minha vida toda estrangulando para conseguir o mínimo de afeto paterno, porque eu nunca tive o materno. E tardiamente percebo, que eu nunca conseguiria o paterno também. Sou o pior tipo de órfão, sou daqueles que os pais estão ali, mas só figurativamente.

“Vivi minha vida toda tentando entender isso, me protegendo das decepções que sempre vinham me atormentar a noite, antes de dormir. Sabia que eu chorava para poder dormir? Que eu dormi por muitos anos de exaustão de tanto chorar? Consegue imaginar uma criança assim?

“Mas nada disso foi suficiente para Charlie se comover, e agora eu sei o porque. Eu sou o símbolo vivo da sua vergonha, o motivo do qual seu casamento fracassou. Eu não sou uma lembrança, eu sou uma pessoa que comprova tudo isso. Acho que eu posso até entender ele, mas eu o odeio demais para isso.

Uma lágrima caiu de seu olho esquerdo, eu a acompanhei desenhar seu rosto, que se abriu num sorriso sem vida.

–Eu acreditei que você seria finalmente o resultado de todas as minhas preces, acreditei que eu poderia ter você para sempre, para me amar pelo que eu sou, me amar como ninguém além da minha irmã conseguiu. Eu pus mais do que amor e adoração por você. Eu depositei minha fé em você, Edward Cullen.

“E você, como todos que estão na minha vida, me decepcionou. Poderia ser previsível, a final eu pareço estar fadada à esse tipo de drama... Mas preferi acreditar que não, que podíamos ser o Sr e a Sra Cullen, que podíamos ter filhos para que eu os amasse como nunca fui amada...

“Mas até isso você tirou de mim, você, Edward, fez o que Charlie, Renée, Alice, Jacob e todos mais da minha vida nunca conseguiram. Você me quebrou por dentro. Merece uma salva de palmas.

Minha garganta se fechava a cada palavra dela, eu senti meus olhos arderem e as lágrimas brotarem, não fiz nada para impedí-las. Eu preferiria que Bella tivesse me acertado aquele tiro destinado a Charlie, e que a bala atravessasse minhas costelas e acertasse meu coração.

Não se impunha tamanha dor a quem você ama. E eu fiz com Bella.

–Só te peço uma coisa. – Ela disse por final, sua voz indicava que ela estava no fim. – Me aguarde. Eu vou vencer como sempre venço. Não importa quantas paredes eu tenha que erguer novamente, eu vou virar esse jogo, e você vai desejar ter morrido na noite do baile. – Sua voz falhou no final da frase.

Dito isso Bella saiu sem se quer olhar para trás, e me deixou trancafiado em minha mente, com minhas lágrimas e meus pensamentos acusatórios. Eu era um monstro.


[...]


Bella:

Carry You Home – James Blunt

De repente eu tinha oito anos de novo, eu estava segurando o trabalho da escola que dizia exatamente : “Escreva um cartão de dia dos pais bem bonito”. Eu já o tinha feito e o segurava contra o peito, receosa. O dia dos pais se aproximava, e os pais iriam na escola receber os cartões e ver uma apresentação teatral que todos da sala tinham se matado para fazer.

Erika Burns já tinha me perguntado quando finalmente veríamos o meu pai, porque ele nunca aparecia, e eu sempre terminava na direção chorando horrores. Ergui o queixo e não deixei me abalar, não aparentemente, e a desafiei, disse que meu pai estaria lá. Era mentira. Ele nunca estava. Nunca estaria.

Num ímpeto, rasguei todo cartão que continha as mais bonitas e sinceras palavras do meu coração, era hora de aceitar que o pai que eu amava era um pai de mentirinha, como um amigo imaginário. Meu real pai estaria onde sempre esteve no dia dos pais, na escola de Alice, e logo depois mentiria para mim dizendo que o trabalho ligou e pediu que ele fosse resolver assuntos.

Que Erika Burns realmente queimasse e no mais profundo lugar do tártaro. Eu não me importava. Pelo menos faria com que isso não me atingisse mais.

Basta! Por hoje eu não vou mais deixar que isso me afete.

E essa foi a primeira noite que dormi com os olhos secos.

Era irônico depois de dez anos acordar sentindo o velho ardor nos olhos e dificuldade em mover os músculos faciais, repletos de lágrimas secas. Suspirei, derrotada. Era um dejavú e tanto para se aguentar.

Mas eu iria aguentar, eu iria me reconstruir.

Comecei de vagar, fui para o banheiro. Meu reflexo denunciou a noite agitada no meu cabelo que estava mais armado do que a juba do Simba e principalmente nos meus olhos irritados e inchados. Ali estava um reflexo que eu nunca quis encarar, ali estava a Bella por trás de todos os muros, indefesa, frágil...

Quis soca-la, até que ela morresse e fosse para o inferno. Mas eu sabia que eu só conseguiria mais cortes nas mãos, que ainda tinham talas do incidente infeliz do baile. Ignorei a idiota no espelho e me concentrei em encontrar a Bella de antes novamente, enquanto me ensaboava e lavava demoradamente meu cabelo. Já me sentia um pouco melhor depois de fechar a torneira e passar vários cremes hidratantes, deixando minha pele macia e sedosa.

Saí do banheiro e me ocupei em me arrumar, escolhi a melhor lingerie que eu tinha da Victoria Secrets e um vestido de verão que marcava minha cintura e favorecia meus seios. Num rompante decidi me maquiar também. E eu estava pronta para passar o dia no meu inferno particular.

Andei até a sala e depois até onde ficava a cozinha, nem sinal do Cullen. Bom, era melhor aproveitar a sorte.

Peguei uma tigela de cereal e pus leite, logo depois uma generosa porção do meu cereal favorito, ergui a colher com leite e cereal até minha boca, dando a primeira mastigada...

–NÃO É POSSÍVEL, VOCÊ FOI ABDUSIDA E TROCARAM MINHA IRMÃ!

Alice, nem um pouco discreta, entrou em um rompante e simplesmente soltou essa. Resultado: Cuspi todo meu cereal no balcão e saí antes que algum resquício fosse no meu vestido.

–Porra, Alice! - Fuzilei-a com os olhos.

–Você se arrumou matinalmente... – Alice ainda parecia que estava vendo uma miragem. – Sabe o quanto eu batalhei para que você fizesse isso? E agora você faz! Ainda bem que eu vim aqui testemunhar, caso contrário eu não acreditaria nem se Alvo Dumbledore aparecesse em sonho para mim na estação de trem e me contasse.

–Alice, por favor, desde quando você gosta de Harry Potter?

–Desde que Jasper me fez ver os filmes. Sério, a parte do trem é uma viagem só. O final foi estragado, o Harry quebrou a varinha das varinhas, o que impede qualquer continuação da saga por meio dos filmes. Jasper ficou arrasado.

Revirei os olhos.

–Pode me dizer a que devo a honra da mais nova princesa da Inglaterra em minha humilde residência? – Falei com ironia clara em cada palavra.

Minha irmã foi se sentar no sofá e deu um tapinha no lugar vago ao seu lado, me convidando para ir até ali. Peguei minha tigela e fui até lá, ainda tomando meu café da manhã. O rosto de Alice me era muito suspeito.

–Diga logo. – Falei, era melhor que ela não me poupasse. Odiava rodeios.

–Fiquei louca quando percebi que você estava na cadeia e não tinha conseguido sair do estado ou sei lá seu plano. Fui até um advogado e o levei na delegacia, você não estava mais lá... Aproveitei e pedi ajuda sobre o que era necessário para que você não fosse condenada a nada tão grave como cadeia ou uma cela acolchoada.

–E ?

–Bem... O julgamento será de tentativa de homicídio culposo, devido ao seu estado de espírito na hora e todo o rebuliço... Os advogados de papai não estão nada felizes com essa decisão e é provável que consigam recursos que mudem para homicídio doloso... Eles falaram que você ficou no quarto por um tempo, decidindo-se, e isso mostra consciência na hora de decidir se ia matar papai ou não.

Suspirei. Claro que Charlie iria usar seu exército de advogados para me ferrar. Desgraçado.

–Continue. – Falei sem me deixar abalar. Aparentemente.

–Bom, será um tribunal completo: juris, advogados, imprensa... O advogado que contratei disse que precisamos de muito planejamento e que ele precisa falar com você o quanto antes, ele disse que o seu caso é complicado, por causa da repercussão que isso causou. Ele disse que vamos precisar de testemunhas que comprovem o quão mal Charlie sempre te tratou, e que se conseguirmos convencer os jurados de que você é quem sempre foi a vítima... Que você pode se safar.

–Então é só você testemunhar, Alice. – eu disse pegando em suas mãos. – Não vê? Você viu a vida toda, o quanto Charlie nunca tinha tempo para mim, o quanto ele sempre te amou mais... Você notou isso, pelo amor de Deus.

O rosto de Alice se retorceu em uma máscara de dor.

–Nosso pai está no hospital entre a vida e a morte... Por sua causa, Bella. Você pode não amá-lo como eu o amo, mas tirá-lo de mim foi sinceramente a coisa mais egoísta que você já fez.

Essas palavras acabaram com o pouco de autocontrole que ainda restava em mim, senti meu peito se apertar e ameaçar estilhaçar... Não...

–Alice, pelo amor de Deus!! Eu não fiz por querer! Eu simplesmente fui consumida por ódio e...

–Quando vai parar de culpar suas emoções pelos seus atos? Bella, você sempre foi assim... E isso quase matou meu pai.

Era a primeira vez que ela se referia a Charlie como pai dela. Alice estava magoada comigo, era claro como cristal. Ela se ressentia por eu tentar matar o seu pai.

–Olhe, eu não quero ser uma vadia com você. – Ela disse invertendo nossas mãos, agora cobrindo as minhas com as suas, eu não tive reação. – Por isso, pagarei o advogado e toda sua defesa. Mas não espere que eu testemunhe. Ainda temos os empregados, o motorista... Todos naquela mansão assistiram nós duas crescermos, com certeza pode achar algum depoimento que lhe caia bem.

E lá se fora meu lapso de consciência. Soltei as minhas mãos das de Alice com brutalidade e a olhei, fervendo por dentro.

–VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO!

–Claro que não! – Ela se apressou em se defender. – Não vou testemunhar a favor de papai e nem de você. Estou sendo imparcial. Seja compreensiva, Bella.

–Compreensiva, Alice? O que o papai – Soltei todo meu veneno naquela palavra nojenta. – perde caso eu ganhe o tribunal? Alguns milhões em advogados caros? Algum imóvel? Já eu, minha queria irmã, perco nada mais e nada menos do que A MINHA LIBERDADE!

–Caso seja culposo... Você não vai para a cadeia, no máximo serviço comunitário. Eu perguntei. – Alice se defendeu novamente, com os olhos cheios de lágrimas.

–Mas você não vê? Seu amado papaizinho me odeia , esse caso nunca passará a ser apenas mais um de tentativa de homicídio sem intenção de matar. Ele e aquele bandos de urubus irão atrás de evidências até no raio que o parta para mudar o jogo e me deixar em uma penitenciária de Miami!

Alice me olhou visivelmente abalada e abatida com essas questões. A escolha entre a sua agora meia–irmã e seu pai a infligia mais sofrimento e dor... E apesar de sua trairagem, eu ainda a amava o suficiente para não querer magoá-la ainda mais.

Suspirei e desisti.

–Tudo bem, Alice, eu te entendo.

–Obrigada, Bella. Sabia que entenderia. Sabe que eu a amo também, não sabe?

Alice estendeu os braços, num convite para um abraço. Quando não me movi ela tomou a iniciativa e me abraçou brevemente, depositando um beijo no meu maxilar, o máximo onde ela me alcançava sem seus saltos.

–Me desculpe, de verdade, Bella. Mas não posso escolher entre as duas pessoas da minha vida.

Só havia um modo de enfrentar tudo isso: era hora de lutar.




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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Eu espero que sim, sério!! Tirei tempo de onde eu se quer tinha e inspiração de um lugar mais inócuo ainda.
Bom, a Bella pelo visto está em uma saia justa do caramba, concordam?
Não odeiem a Alice, tentem ver pela situação dela.
Bom, a música do James Blunt foi algo inesperado, achei um comentário que dizia que a música era sobre uma garota que lutava contra a depressão e que um dia ela viu que ela tem que simplesmente vencer isso. O refrão também fala que ela poderia voar para longe mas não consegue...
É ou não é MUITO Bella??? achei perfeita.
Bom gente, o próximo Capítulo virá, isso vocês podem estar certos, mas não sei exatamente quando, porque estou para fazer dois vestibulares de Medicina esse final de semana. isso mesmo DOIS!! Eu amo muito vocês e por isso tirei uns minutinhos para finalizar o capítulo antes que eu perdesse todos vocês.
Rezem por mim.
tenham paciência comigo, eu não vou desistir de vocês e nem da MWTD por isso NAO DESISTAM DE MIM.
Reviews ajudam muito na inspiração, só pra constar kkkk
Fiquem com Deus, galera.
Beijs.