Marrying With The Devil escrita por Giihrsouza


Capítulo 12
Capítulo 11 - Inominável


Notas iniciais do capítulo

Notas no final do capítulo, espero que a espera tenha valido a pena, boa leitura.



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Capítulo 11 – Inominável.

Bella:

Assim que passei pelo vão da porta, segurada pelo mais prestativo namorado do mundo, retirei os saltos altos sentindo meus pés gritarem ao primeiro contato completo com o chão. Manquei até o sofá mais próximo e me sentei para massageá-los.

-Eu faço isso para você. – Edward disse atrás de mim com um sorriso.

Não consegui reagir muito bem a sua disposição de me ajudar, a final eu não estava nem um pouco acostumada a ser cuidada por outra pessoa. As mãos longas e carinhosas de Edward retiraram as minhas mãos do meu pé e as devolveu para mim, assim que se ajeitou ele começou a massagear meu pé devagar e muito bem.

-Nossa você é muito bom nisso. – Elogiei-o enquanto me ajeitava.

-Você soa surpresa.

-Não esperava um namorado massagista no pacote.

-E também tem outra coisa, posso sentir.

Suspirei, ele conseguia ser bem perceptivo quando queria.

-Digamos que... Não estou acostumada a mordomias.

-Eu diria que está a final me faz por a barriga no fogão todo dia, - ele riu. – e esse é o papel da esposa.

Fingi-me de decepcionada apesar de saber que era a mais pura verdade.

-Coitado! Vivemos em uma sociedade moderna, onde os homens cuidam da caverna e as mulheres quem caçam os mamutes, ok? E eu sei me virar.

Edward riu.

-Como você come quando está sozinha?

-Fácil, peço a empregada para fazer. Viu? Sozinha!

Rimos os dois juntos e Edward começou a massagear o meu outro pé.

Ficamos em silêncio apenas apreciando a presença um do outro, aquele sentimento de que novamente, deveríamos aproveitar tudo que acontecesse me dominou novamente, me vi ficando desesperada quando Edward terminou a massagem e eu tive de abaixar os pés para me sentar.

-Não estou pronta para terminar nosso encontro agora. – Admiti angustiada.

Edward sorriu torto e me puxou para seu peito me abraçando.

-Podemos fazê-lo continuar, se quiser. O que sugere?

-Que tal... – Pensei rapidamente. – Filme! Isso, vamos ver um filme de terror, assim não iremos dormir de medo e ficaremos juntos.

Edward pareceu se divertir com minha solução um tanto quanto bizarra, mas ainda sim se levantou para ir preparar refrigerantes e pipoca para assistirmos ao filme enquanto eu escolhia o pior que conhecia, por fim decidi ficar com Atividade Paranormal, Alice havia molhado os lençóis quando assistiu a ele sozinha.

-Meta medo. – Falei baixinho para o filme.


Edward:

-AAAAAAAAAAAAAAAH! NÃO VOU OLHAR MAIS! – Bella gritou pela milésima vez.

-Podemos ver Amigos Com Benefícios, aquela comédia do Justin Timb...

-Não mesmo! – Bella me interrompeu voltando a sentar-se ereta e colando os olhos na tela, era visível o seu receio e relutância de manter-se firme. - Com comédia vamos dormir.

Suspirei voltando minha atenção ao filme, realmente o jeito filmado dava a impressão de que você está na situação, mas por mais realista e sensacionalista eu ainda continuava esperando sentir medo enquanto Bella tremia feito vara verde e gritava de estourar os tímpanos.

Abracei Bella mais forte e senti seus ombros tensos relaxarem um pouco.

-Eu estou aqui, nada de ruim vai te acontecer. – eu sussurrei em seu ouvido com carinho.

-Promete? – Ela perguntou baixinho.

-Prometo.

-Pra sempre?

Sempre que ela me perguntava “para sempre” eu sentia a ingenuidade misturada ao medo de ser abandonada de novo aflorar por ela, era automático, ela precisava saber que eu estava ali para ela, já que homem nenhum nunca esteve, nem mesmo o pai dela. Tentei aliviar a seriedade da promessa com um pouco de humor.

-Sim. – Prometi desejando conseguir manter essa promessa mais do que tudo. – Já somos casados até que a morte nos separe, um pouco mais de tempo no Paraíso não me fará mal algum.

Depois de rir um pouco junto com ela, senti uma urgência em deixa-la saber o quanto eu queria que ela acreditasse em mim e sem saber dizer isso eu a puxei mais para perto, roçando nossos lábios, criando uma expectativa para um beijo apaixonado. Assim que Bella cedeu entreabrindo seus lábios cheios eu me deliciei da mulher que um dia eu tanto odiei como se fosse o nosso primeiro beijo, misturado com a paixão, com a ternura e com o desejo avassalador que eu tinha sobre ela.

-Tudo bem, vamos ver o outro filme. – Bella finalmente disse depois do beijo.


[...]


Bella:

Acordei com o brilho da televisão e do barulho baixinho da música do menu do DVD. Demorei um pouco para perceber que Edward e eu tínhamos dormido assistindo ao filme e que eu não lembrava de nada da história, somente dos lábios de Edward que beijavam minha clavícula, minhas mãos, minha orelha...

Sacudi a cabeça já me sentindo acesa pelas lembranças. Apesar disso, a sensação de seus braços em volta de mim estava deliciosa, era algo indescritível, assim como o bater do seu coração ritmado e calmo. Um coração do qual eu queria mais do que tudo fazer parte... Que eu queria que fosse meu.

Suspirei desejando saber se meus tão queridos anseios poderiam se tornar realidade, e então senti minha boca ressecada por causa do sal da pipoca. Com medo de fazer algum machucado que fosse me impedir de curtir os beijos de Edward depois, comecei a sair de seu abraço para ir buscar um copo de água.

-Não... Não me abandone. –Edward disse com a voz arrastada.

Olhei para ele alarmada com medo de tê-lo acordado e pronta para despejar um milhão de desculpas em cima dele, porém seus olhos ainda estavam fechados e sua boca meio aberta, como quem está em sono profundo.

Das duas uma, ou eu estava ficando louca, o que não era assim tão improvável, ou Edward falava dormindo. Esperei um pouco e ele não falou novamente, me recusando a aceitar a primeira opção tentei chama-lo.

-Edward, você ta acordado?

-Bella, não me deixe... – Edward falou de novo com a voz arrastada.

Sorri olhando-o admirada, ele falava dormindo e melhor: ele respondia dormindo!

-Não vou deixar meu anjo. Fique calmo, está bem?

Ele apenas gemeu e voltou a ficar em silêncio.

-Edward. – Sussurrei novamente. – Você gosta de mim de verdade?

Edward gemeu e começou a falar palavras inteligíveis, me esforcei para entender e peguei o final da frase:

-...Como a garota do quarto rosa.

Quarto rosa?! Que quarto rosa? Demorei alguns segundos para associar o “quarto rosa” ao quarto pintado por mim e pela minha irmã em uma tentativa de fugir do normal, quando éramos pequenas e vivíamos sob o mesmo teto na mansão Swan. Então isso quer dizer que... Edward esteve na mansão? Atrás de que?

-Quarto rosa? Você esteve na mansão?

Infelizmente Edward continuou a não dizer coisa com coisa e a curiosidade me queimou tanto quanto o maldito sal que cortava minha boca, me levantei e dessa vez Edward não me pediu para ficar, enchi o copo com água gelada e tomei-o rapidamente.

Depois de tomar mais dois copos cheios, já sentindo a minha cabeça latejar pelo choque térmico, me peguei pensando em que Edward poderia estar sonhando. Ele tinha medo de que eu o abandonasse e isso era com certeza alguma coisa. Só se tem medo de perder aquilo que se gosta, correto? Eu tinha medo de perdê-lo, e eu gosto dele. Sendo assim... Ele gosta de mim como eu gosto dele.

Saltitei praticamente de volta ao abraço do meu namorado com um sorriso de felicidade que não cabia mais em mim.


[...]


Edward:

Acordei lentamente e imediatamente percebi que não tinha dormido na melhor posição do mundo, ou mesmo no lugar. Meu pescoço reclamou dolorosamente do mal trato assim que levantei a cabeça para associar os acontecimentos de ontem com meu acordar.

A televisão estava desligada, e em meus braços havia ninguém mais e ninguém menos do que a minha tão querida namorada, sorri ao perceber que seus lábios estavam curvados em um sorriso bobo, como se estivesse tão feliz que o sorriso não saiu dali do lugar, grudou-se ali para sempre. Sorri com a imagem frágil e linda de Bella adormecida, desejei beijar o alto da sua cabeça, mas eu não queria acordá-la.

Por isso me levantei com cuidado e Bella rolou para uma almofada próxima e a abraçou. Andei me concentrando na pressão dos meus pés para não fazer barulho e comecei a preparar o café, optei por panquecas e calda de chocolate com alguns morangos. Do jeito que minha mãe fazia para mim.

Deixei tudo quase pronto, ao ponto de ir para o fogo, porém fiquei com medo de usar a frigideira e acordar minha anjinha adormecida. Com isso, impedido de voltar para a sala, fui para a mesa de jantar com papel e lápis e me pus a desenhar o que mais amava: barcos.

Não pensei no desenho, apenas o fiz e quando já terminava, eu o admirei começando a estuda-lo tecnicamente até que ouvi alguém se aproximar. Quando me virei, Bella analisava o desenho por cima do meu ombro.

-Tem um erro aqui. – Ela apontou para a traseira do barco. – Você fez muito grande, parecendo querer por o motor e parte elétrica todos ali, por um lado você ganha mais flutuação, mas a má distribuição do peso vai desfavorecer a estabilidade do barco, é melhor estreitá-lo, vai ficar mais ágil e melhor, porque o motor vai poder ser melhor...

-Espera, espera. – Eu olhei para Bella pasmo e ela me encarou de volta como se estivesse se perguntando o que disse de errado. E ela não tinha dito uma letra fora do lugar, o problema era como ela sabia de barcos. – Como sabe de tudo isso?

Bella sorriu.

-Bem, em uma tentativa de entrar para os negócios da família que minha amada irmã recusou eu comecei por conta própria, com internet e professores, mas ao invés de conseguir um pai mais presente, eu consegui um patrão. E então passei a me rebelar, mas eu me apaixonei pelos barcos, então continuei estudando escondida. Escondi tudo na gaveta da minha escrivaninha do meu quarto na mansão Swan, aquele que você chama de “quarto rosa”.

Eu já ia abrir a boca para perguntar como ela sabia da associação que eu fazia a seu quarto e as coisas que descobri lá quando ela me interrompeu.

-E sim, Edward. Eu quero a verdade. Que isso de “garota do quarto rosa”? Você esteve invadindo propriedades no verão passado?


Edward:

Enquanto eu terminava de jogar a calda em cima de nossas panquecas, eu contava a Bella o meu antigo plano com Emmett de conseguir algum podre para me vingar e como tudo deu errado, Bella dobrou de rir quando eu descrevi que caí da sua sacada ao topar com sua irmã usando lama verde na cara.

-Sério aquilo me mete medo também. – Bella disse limpando uma lágrima. – Alice achava que tinha ficado doida quando te viu.

-Bom, ela não ficou, eu realmente estive lá. E nada parecia fazer sentido porque a Bella que eu conhecia e odiava e a dona do quarto não batiam.

-E agora?

-Combinam perfeitamente. E eu gosto das duas, muito.

Beijei seus lábios brevemente e nos sentamos impacientes demais para comer em silêncio, entre garfadas e guardanapos tapando a boca no meio de uma mastigada e outra para responder, conseguimos terminar nosso café. Assim que pus a louça na pia, Bella voltou do quarto com um short e uma camisa larga que deixava os seus ombros a mostra e expunha as alças vermelhas de seu sutiã.

-Vamos caminhar na praia?

-Com certeza. – Respondi topando na hora.


[...]


Caminhamos sem saber direito como preencher o silêncio que se formou em nós, apesar de não me incomodar, eu desejava ouvir a voz dela mais do que outra coisa, as vezes eu fazia comentários sobre as ondas e a maré, sobre a areia da praia que agarrava nos nossos pés e Bella não comentava mais do que o necessário.

Paramos perto do farol, o mais longe que tínhamos ido desde que chegamos a nossa casa, Bella sentou-se próxima ao mar o suficiente para seus pés serem lavados pela agua salgada, a imitei mas sentei-me abraçando-a por trás e graças ao meu tamanho, os meus pés também alcançavam a água.

-Edward...

-Sim?

-Quando estávamos dormindo eu acordei e você falou para eu não te deixar no momento em que ousei me levantar... E sabe, eu te fiz uma pergunta e eu queria que você a respondesse.

-Diga. – Disse relutante. Eu sabia que respondia dormindo, era assim que meu irmão bancava o hacker no meu notebook não importando a senha e tudo que eu dizia era um mistério para mim.

Bella respirou fundo e deitou a cabeça no meu ombro para ver meu rosto.

-Você gosta de mim? Quero dizer, de verdade?

-Claro, você é linda, determinada, consegue ser meiga quando quer...

Apesar de eu descrevê-la como eu realmente a via, seu rosto me mostrava que ela não esperava essa resposta e eu franzi a testa me esforçando em ver como melhorar a minha fala tão pobre. Droga, pense Edward!

Peguei o rosto dela e choquei meus lábios nos dela urgentemente, exigindo que ela entendesse através do beijo o quão idiota eu era em falar mas eu demonstraria, senti ela tão sedenta quanto eu, a força do nosso beijo com certeza deixaria nossos lábios inchados ou vermelhos vivos, mas não ligávamos, pois nesse momento era crucial expor os nossos sentimentos que não tinham palavras, ou pelo menos nenhum de nós dois sabia como agir quanto a isso. Apertei-a mais contra mim, deitando-nos no chão e rolando por cima dela instintivamente.

Eu sabia que no fundo, eu deveria parar, mas o desejo somado a outros fatores inomináveis me prendiam ali com uma necessidade tão grande quanto um mergulhador precisava de emergir para pegar ar. Bella no entanto não me afastou, pelo contrário, suas pernas enlaçaram nas minhas e suas mãos exploraram meu peito.

Um rugido escapou dos meus lábios, o oxigênio escasso me obrigou a interromper nosso beijo, mas não soltaram da pele viciante da minha linda namorada, eu a consumia, eu a devorava...Faminto.

Bella reagiu ao pé da minha orelha, mordiscando-a. Ela estava cedendo... Mas não era certo, ela queria algo especial, correto? Tentei me livrar, batalhar de verdade contra o animal que ela insistia em flertar, mas era algo praticamente perdido.

Minhas mãos subiram pela sua cintura e pressionaram de leve o começo dos seus seios, antes pareciam pequenos e apagados, mas sobre o meu toque, eles eram os mais macios possíveis. Já ia provar deles com minha boca quando senti algo vibrar no meu bolso dando o lapso que eu precisava.

Voltei para sua boca beijando-a e então peguei o meu celular, era uma mensagem de texto.

-“Filho, por favor não esqueça do baile de amanhã, lembre Bella também. Beijos, mamãe”. – Li a mensagem em voz alta.

Bella que antes parecia acuada e com o rosto vermelho vivo, deu um salto me derrubando no outro lado da areia e em segundos ela estava de pé e desesperada, não falando coisa com coisa.

-Bella, por favor, quer se acalmar e falar de vagar?

-VOCÊ NÃO ENTENDE?!- Bella berrou.

O seu grito assustou a ela mesma , fazendo-a pedir desculpas no segundo seguinte.

-Me explique.

-Não tenho roupa. – Bella finalmente falou com um olhar devastado. – Não temos roupa para ir! Temos que ir comprar agora!

-Espera, você quer que eu vá fazer compras com você? Mas nem fudendo!!

[...]

-Segure este, este, este e mais este. – Bella jogou nos meus braços uma pilha incontável de vestidos.

Quando foi que eu topei ser arrastado para uma loja para fazer compras com minha namorada mesmo?

Fazer compras era o inferno na terra para qualquer homem hétero que se preze. As lojas femininas já deviam ter percebido isso há muito tempo e instaurado um espaço para esperarmos, com uma tevê, um videogame, totó... Qualquer coisa! Tudo menos a velha poltrona perto dos provadores!

Mas nenhuma loja fazia uma “maridoteca”, então eu fui para a poltrona cor de nada esperar enquanto Bella ia recolhia os vestidos da minha mão e ia ao provador para experimentá-los um a um e pedindo minha sublime opinião.

-Me responda, meu anjo... – Chamei-a – Porque sua irmã não está aqui no meu lugar mesmo?

-Ela está ocupada com algumas papeladas da faculdade de psicologia. Ela esta vendo se consegue transferência para Cambridge ou Oxford, qualquer coisa para ficar perto do príncipe encantado.

Suspirei e me afundei na poltrona, pronto para o tédio avassalador. Assim que a porta bateu eu levantei um pouco o pescoço só o suficiente para ver Bella, foi quando eu percebi que talvez não fosse ficar tudo um tédio completo.


-Meu Deus, Bella! Que isso?

-O que não gostou?

O vestido coladinho praticamente a obrigava a andar pulando de tão justo. Parecia um bambu, já que o vestido era todo verde.

-Escolhi verde por sua causa. – Ela disse corando de leve.

-Sinceridade?

-Claro.

-Ta parecendo uma vara verde.

-GROSSO!

Bella fechou a porta na maior violência enquanto eu ria um pouco e esperava ansioso a próxima escolha dela.


[...]


-Edward! Acorda!

Limpei a baba que tinha escorrido do meu cochilo, Bella havia demorado mais de vinte minutos trancada na droga do provador e eu tirei um ronco sinistro! Esfreguei os olhos para melhor focalizar a minha vista e a olhei de cima em baixo.

Dessa vez Bella havia sido bem ousada, o vestido era pouco curto demais além de ter apenas duas faixas tapando os seios e o restante todo transparente e colado.

-E então? – Ela perguntou.

-Definitivamente não. É um baile de gala e... Seus seios vão saltar para o olho de algum sultão da arabia e eu sinceramente estou apavorado com a possibilidade de mais uma monarquia na família.

Bella riu enquanto voltava para o provador. Senti que precisava de um copo d’água para me recuperar do baque, ou minha promessa de ser mais delicado com ela iria pelo ralo.


[...]

Eu estava tentando fazer alguma coisa além de criar raízes no raio da poltrona olhando vestidos, claro que meu gosto masculino me dizia as coisas erradas na maior parte do tempo do que as certas, mas eu também sabia apreciar um belo vestido, ou uma mulher em um belo vestido...

Por isso eu pegava o modelo e olhava para ele visualizando Bella nele. Mas nenhum parecia chegar à perfeição que a minha queridíssima namorada esperava encontrar em menos de 24h de procura. Suspirei devolvendo o ultimo modelo para a arara abarrotada.

-Ed?

Olhei para trás e Bella usava um belo modelo creme tomara que caia, cheio de detalhes prateados. Mordi o meu lábio e a puxei para mim, eu podia sentir no olhar dela que ela não havia achado o modelo e que se sentia esgotada. Andamos por cada loja de Miami com capacidade de produzir um modelo digno de óscar, essa era a nossa ultima esperança.

Mas vendo os olhos derrotados de Bella desejei eu mesmo fazer para ela o mais belo vestido do mundo, e fazê-la ficar tão linda e tão minha... A abracei.

-Vamos conseguir.

-Como? Esse é o ultimo e a cor creme parece que eu estou pelada de tão branca que sou.

Sorri.

-Vou dar um jeito. Mude sua roupa.



Bella:

Ok, se eu que era uma completa ignorante na moda já estava impressionada com o local onde eu estava agora, eu imagino uma fashionista doente...

Edward realmente conseguira. Com alguns telefonemas, havíamos chego em alguns minutos á uma casa de uma costureira especialista em costurar para festas de gala. Sua marca ainda era desconhecida, mas alguns de seus vestidos já foram clicados pelos tapetes vermelhos mundo a fora.

Ela se dizia uma gênia e nos deixou a vontade em seu atelier bem variado. Eram tantos modelos que eu mal acreditava, claro que eu não entendia de alta costura, mas se entendesse, estaria admirada.

-Ela faz tudo sozinha? Olha quantos!

-Pois é. – Edward disse olhando para o atelier. – E então? Vamos procurar?

Sorri imediatamente e concordei com meu namorado mágico na mesma hora. Não demorou muito e já estávamos olhando os modelos pendurados e outros que ainda permaneciam nos manequins.

Edward se divertia me mostrando modelos que iam da bizarrice à completa insanidade. Inclusive um todo de carne.

-Você ia ficar um “filé” só! – Edward disse rindo.

Porém já haviam se passado mais de meia hora e os vestidos estavam ficando escassos, já ia pedir para desistir e conseguir aquele bege que vimos na outra loja mesmo quando Edward me chamou animado.

-Bella, achei!

Fui correndo para ele me desviando das araras no meio do caminho, porém sem olhar para o chão, com isso, meu pé prendeu em uma caixa e eu fui para o chão.

-Ai... – Olhei para a caixa agora aberta que tinha prendido meu pé e abri a boca em um “o”. – EDWARD! – Chamei-o.

Ele chegou em segundos e olhou para o vestido que eu agora segurava, ele era o mais lindo que eu já tinha visto e eu tive a certeza, seria ele o meu vestido.


[...]

-Eu lamento, mas este já está encomendado. – a senhora costureira falou.

-E para quem ele é? – A perguntei disposta a não desistir dele.

-Kristen Stewart. – Ela me respondeu.

Olhei para Edward e depois para ela.

-Não conheço essa mulher. Com certeza é uma zé ninguém que acabou de estrear em um filme de modinha adolescente e por isso ta achando que tem nome. Quero nem saber, esse vestido é meu. Faz o preço, dona!

-Não tem preço...

-Tem sim. – Edward interrompeu a mulher. - Olha façamos o seguinte, essa tal ai que você falou vai precisar do vestido só para depois né? Nós precisamos dele para amanha! Podemos meio que aluga-lo, é uma festinha pequena, menos de cinquenta convidados e foto só de família, mas precisamos de algo bonito como esse vestido.

Depois de pensar um pouco e de nos levar uma grana preta ela finalmente topou o “aluguel”. Não resisti e dei um grito de felicidade enquanto abraçava meu namorado lindo, beijando-o o rosto.

[...]


Edward:

No carro, o vestido estava de volta à caixa, o meu terno foi mais fácil de achar, uma loja Gucci e alguns cartões de crédito depois e nós dois estávamos prontos para a grande noite de amanhã.

Mas algo não me saía da cabeça: o beijo que trocamos na praia.

Eu podia ser louco por ela, desejar os seus beijos tanto quanto queria seu corpo quente no meu, mas uma coisa era eu querer, e outra ela também querer. Não que eu achasse que ela não me desejava... Mas Bella era virgem, provavelmente iria querer esperar mais, até depois da nossa relação tomar mais tempo...

Suspirei novamente desejando saber como dizer o que eu sentia para ela, talvez se eu achasse as palavras eu conseguisse convencê-la de que não era um maníaco sexual.

Mas eu não a desejava só pelo sexo... A desejava para demonstrar essas palavras que eu não sabia o que eram...

-Bella... – Eu a chamei angustiado com os pensamentos me bombardeando.

-Sim? – Ela respondeu com um sorriso.

-Me desculpe por não saber dizer o que sinto sobre você. Sério eu... Eu não sei como dizer. Não é paixão pois não é passageiro sabe? É algo mais.

Bella mordeu o lábio inferior.

-Também sinto isso. – Ela disse pondo a mão no coração. – Nunca me senti assim antes, estar feliz... É novo para mim. Talvez daí venha o meu desespero de não querer que acabe.

-Você me daria outra chance de falar o que sinto por você? Mas me deixe pensar até em casa.

-Daria quantas chances você pedisse.

Sorri junto com ela e me pus a fazer todos os quadros de sentimentos que eu conseguisse e tentar resumi-los em uma só palavra.


Bella:

Heaven – Theory Of A Dead Man

Assim que descarregamos o carro, Edward pediu que eu largasse tudo no sofá, ele já sabia o que me dizer.

Meu coração vacilou quando me sentei na mesa de centro e Edward ficou de pé andando de um lado para o outro. Depois de alguns minutos de puro silêncio ele se agaixou na minha frente, ficando na altura do meu olhar que encarava suas orbes muito azuis.

-Isabella Swan. Eu nunca odiei tanto alguém em toda minha vida. – ele começou dizendo, quando sentiu que eu ia reagir ao ataque inesperado ele tapou minha boca sem cerimônia. – Nossa, eu poderia mata-la no verão passado com a força do pensamento se fosse possível! Mas eu não sabia que existia alguém além da pirralha que eu conheci na recepção e que me deu um chute na canela.

Edward respirou fundo e liberou minha boca, pondo meu rosto entre suas mãos quentes e suadas.

-Eu descobri mais do que eu esperava. Eu descobri que gostava de você, de estar com você. Descobri que de repente eu precisava ver seu sorriso, precisava por ele ai nessa boca deliciosa que você insiste em morder. Me deixa louco! Eu descobri que eu gosto de como você cora quando fica com vergonha, de como você encara os desafios sem piscar ainda que saiba que vai se dar mal...

Ele fechou os olhos e pos a testa na minha.

-Eu descobri que de repente doi se eu pensar que você pode não gostar de mim desse jeito que eu gosto de você. Descobri tanta coisa... Mas a mais importante é que eu descobri que esse sentimento aqui não tem nome no dicionário grande ou abrangente o suficiente para eu conseguir falar. – Ele abriu os olhos e um belo sorriso torto. – Você pode conhece-lo por um nome, e esse nome é “amor”. Eu te amo, Isabella Swan Cullen. Nossa, eu te amo pra cacete!

I’ll Be – Edwin McCain

Poderia um coração acelerado acelerar tanto a ponto de esmagar o peito de alguém? O meu podia. Edward me olhava esperando que eu falasse algo, mas ao invés disso eu simplesmente o beijei.

Beijei-o com o ardor de uma paixão e com a intensidade de quem se ama. Eu o amava, tanto quanto o odiei, mais do que isso! Senti a sede daquele homem, a entrega que ele depositava naquele beijo desesperado, eu sentia o quanto ele queria que eu o amasse tanto quanto ele me amava.

E eu o amava.

Empurrei-o para o chão sem interromper o beijo, parecia algo natural agora, algo que deve acontecer... Edward porém me parou antes.

-Aqui não, meu amor. – Ele disse no meu ouvido. – Quero fazer tudo direito com você.

Com menos força do que eu julgava possível, ele me ergueu do chão e eu abracei seu pescoço com firmeza para nunca mais soltá-lo. Edward aproveitando-se disso, pegou uma garrafa de vinho e duas taças e logo estava nos conduzindo ao quarto de hóspedes.

Meu amor me pos sentada na cama e abriu a garrafa com agilidade, depois encheu as taças e me ofereceu uma.

-Um brinde ao nosso amor.

-Com certeza. – Respondi batendo a taça na dele.

Tomamos o líquido roxo rapidamente, Edward retirou a camisa expondo o peito malhado e eu senti o calor consumir o meu rosto e meu corpo na mesma hora.

-Tem certeza?

-Eu te amo, Edward. – Respondi esperando que ele entendesse o quão eu realmente queria aquele momento.


Everytime We Touch – Cascada

Edward pediu que eu me deitasse e eu o obedeci.

-Fique calma. – Ele disse em meu ouvido com carinho enquanto depositava beijos na altura do meu ombro.

Não era algo fácil de se fazer, mas tentei obedecê-lo, me concentrar na minha respiração e acalmá-la de uma vez por todas, enquanto os beijos de Edward inflamavam minha pele sem dó.

Suas mãos gentilmente puxaram a blusa para baixo expondo meu ombro direito onde ele continuou a beijar, o observei apreciando a carícia cálida de seus lábios. Com uma mão, ele acariciou minha barriga até a barra da minha regata e começar a subi-la. Ajudei-o levantando um pouco para a peça sair mais facilmente.

Ele não desviou os olhos dos meus enquanto a blusa saía do meu corpo, seus lábios voltaram a me beijar, enquanto suas mãos me exploravam curiosas e carinhosas. Arfei alto ao descobrimento de um ponto fraco.

Com cuidado e com carícias ousadas, nos despimos, com curiosidade um do outro, até o momento de Edward voltar para mim e me olhar profundamente nos olhos.

-Eu te amo.

-Eu também.

E então nos unimos.

Apertei os olhos sentindo todo o meu corpo corresponder a Edward, era como se fossemos perfeitos para o outro, ali estávamos os dois entregues a esse amor avassalador, sem desviar os olhos um do outro, só dizendo o quanto nos amávamos e o quanto nos desejávamos.

Naquele momento, eu tive a certeza de eu me sentia plenamente feliz, tão feliz que caso fosse para morrer no instante seguinte eu morreria.


Toda Vez Que Nos Tocamos

Eu ainda ouço sua voz, quando você dorme ao meu lado.

Eu ainda sinto seu toque nos meus sonhos.

Perdoe a minha fraqueza, mas eu não sei porquê

Sem você é difícil sobreviver.

Porque toda vez que nos tocamos, eu tenho esse sentimento

E toda vez que nos beijamos, eu juro que posso voar.

Você não pode sentir meu coração bater rápido, Eu quero que isso dure,

Preciso de você ao meu lado.

Porque toda vez que nos tocamos, eu sinto essa estática

E toda vez que nos beijamos, eu alcanço o céu.

Você não pode sentir meu coração bater mais lento,

Eu não posso deixar você ir.

Quero você na minha vida.

Seus braços são meu castelo, seu coração é meu céu.

Eles afastam as lágrimas que eu choro.

Os bons e os maus momentos, nós já passamos por todos eles.

Você me faz levantar quando eu cair.

Porque toda vez que nos tocamos, eu tenho esse sentimento.

E toda vez que nos beijamos, eu juro que posso voar.

Você não pode sentir meu coração bater rápido, Eu quero que isso dure.

Preciso de você ao meu lado.

Porque toda vez que nos tocamos, eu sinto essa estática.

E toda vez que nos beijamos, eu alcanço o céu.

Você não pode sentir meu coração bater mais lento,

Eu não posso deixar você ir.

Quero você na minha vida.

Toda vez que nos tocamos, eu tenho esse sentimento.

Toda vez que nos beijamos eu juro que posso voar.

Você não pode sentir meu coração bater rápido, Eu quero que isso dure.

Preciso de você ao meu lado.

Porque toda vez que nos tocamos, eu sinto essa estática.

E toda vez que nos beijamos, eu alcanço o céu.

Você não pode sentir meu coração bater mais lento,

Eu não posso deixar você ir.

Quero você na minha vida.



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Notas finais do capítulo

O nome do capítulo é bem o que eu sinto em relação a ele. Inominável, outro nome para o amor, não acham?
Quero pedir imensas desculpas pela demora, mas digo que não é completamente ignorancia minha. Meu pen drive com toda fic, com tudo mesmo, foi para o céu! E junto com todo capítulo só faltando essa ultima cena. Sério eu fiquei pra morrer.
Mas reescrevê-lo me ajudou a aprimorá-lo de uma forma que pensei não ser possível.
Antes de me despedir, tenho que agradecer a todos os comentários, principalmente a aqueles que desde o inicio me aturam, vocês são umas heroínas, e nos dois sentidos: sou viciada em vocês e vocês salvam meus dias de trava imaginação.
A ultima musica tem letra por que foi a primeira música que quis por na Fic desde o começo. essa cena já vinha sendo projetada com ela e por isso... Deem uma lidinha na letra é linda.
Espero que tenham gostado do cap. Não faço lemons com detalhes sórdidos, isso não vem ao caso na Fic e nem na história. O que posso prometer é que... Capítulo que vem tem reviravolta! Jacob volta, é tudo que posso adiantar ;D
Um beijo imenso. OBRIGADA A VOCÊS, EU AMO VOCÊS!!!
Fiquem com Deus.
Giihrsouza