Marrying With The Devil escrita por Giihrsouza


Capítulo 10
Capítulo 9 - Acidentalmente Apaixonados.


Notas iniciais do capítulo

UFAAA, finalmente postei. Bom, mas agora depois de tanto tempo de molho, não vou enrolar vocês aqui na introdução. Tenham uma ótima leitura e espero que amem esse capítulo porque ó...



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Capítulo 9 – Acidentalmente Apaixonados

Edward:


Senti o meu corpo se aquecer a medida que Bella abraçava meu pescoço, era como se ela fosse um fogareiro ardendo em chamas e de repente eu era a chama também. A proximidade foi diminuindo sem que eu me desse conta, sem que percebêssemos queríamos um ao outro.

Os lábios dela eram macios e quentes. Perfeitos. Deliciosos.

Suguei seu lábio inferior e ela espelhou-me mordiscando meu lábio superior. Foi como acordar a um leão, selvagem e sem controle. E eu estava... Eu reagia ao toque dela, a sua língua quente e exploradora, eu degustava do gosto que antes eu não tinha percebido o quão adocicado era, senti uma de suas mãos agarrar meus cabelos e isso foi o suficiente para que eu aprofundasse ainda mais o beijo... Hipnotizado.

Haveria apenas aquele momento, nunca mais iríamos nos tocar daquele jeito porque nos odiávamos, éramos como inimigos naturais. Porém o errado nunca pareceu tão certo. Afastei minha mente apenas para senti-la.

Subi minhas mãos por sua cintura extremamente fina e com curvas de deixar qualquer homem louco. Pressionei-a mais contra mim, como se a distância ainda fosse incômoda, como se as moléculas de ar que ainda nos separassem não fossem bem vindas. E não eram.

Porém eu sentia necessidade de respirar, ambos sentíamos. Mas o beijo era ainda melhor. Melhor que o oxigênio que nos fazia sobreviver... Melhor do que sentir seu coração bater junto ao meu descompassado...


Acordei sobressaltado e sentindo algo estranho, bom pelo menos pelo momento. Olhei de baixo da coberta.


-Só pode estar brincado comigo!


Como se já não bastasse sonhar com o beijo da Swan agora eu tinha ereções! Inacreditável. Já ia me levantar para um banho de congelar o cérebro quando meu celular tocou, vi quem era e atendi rapidamente. Justamente quem eu precisava falar.



Bella:


Abri os olhos tentando afugentar o sonho bizarro com o Cullen. Com certeza essa era uma das coisas que você vai guardar pra sempre na cabeça e se esforçar para esquecer... Mas apesar do sonho, eu sabia que o beijo havia sido real. E justamente por isso eu ainda estava deitada, sem saber como levantar e encarar Edward.


Será que ele também estava pensando nisso ou sou só eu que aquele beijo mexeu? Chequei rapidamente a memória, ele estava tão ligado na situação quanto eu... Engoli a seco e olhei para o banheiro do meu quarto e senti uma repentina vontade inexorável de ir tomar banho e escovar o dente, o cabelo, fazer a unha do pé, depilação... Quem sabe não ficar ali pra sempre?!


[...]


Infelizmente depois de uma hora eu já não tinha mais o que fazer no banheiro. Decidi encarar a situação e seja o que Deus quiser!


Saí do quarto, já arrumada com meu short e regata branca, parei no final do corredor para tomar uma dose de coragem e clarear a mente. Dei mais um passo e comecei falando:


-Bom dia Edward...


Porém não havia ninguém ali, além de waffles com morangos na mesa e um copo de leite. Alcancei o balcão e enquanto comia li o bilhete singelo do Cullen:


Tive de sair para resolver um negócio importante. Deixei seu café da manhã para você não morrer de inanição. E.C

Ignorei o bilhete, aliviada, pelo Cullen não ter soltado um “Senhora Cullen” ou um ‘meu amor’ no bilhete. Talvez ele estivesse tão interessado quanto eu de passar uma borracha no acontecimento. Terminei de comer e liguei para o reboque vir tirar meu Camaro acabado da garagem.


[...]


-Meu Deus, isso é uma batidinha? – O rebocador de macacão com o nome bordado como Rodney estava encarando meu Camaro bestificado, percebi que ele também olhava meu mais novo bebê, a BMW vermelha como sangue.


-Dá pra rebocar logo? – Perguntei impaciente.


A última coisa que eu queria era me explicar para um cara que mais parecia o Mario Bros depois de comer uma daquelas frutas que o deixam imenso para lutar contra aquelas tartarugas. Eu não estranharia caso o Luigi aparecesse para ajudar puxando o Yoshi.


-O que aconteceu? – Rodney insistia em querer saber enquanto entrava na garagem.


-Eu capotei, ok? – Menti.


-E “R” tem alguma coisa a ver com seu capotamento? Deveria chamar a polícia...


Envolver a polícia estava fora de cogitação, não que eu tivesse medo de dar alguma merda por ter pego a BMW para mim, mas com certeza meu pai ia ter um AVC, a aspirante a biscate mor do mundo teria um ataque epilético e toda minha família morreria infeliz pra sempre, tudo porque eu me envolvi com gente do “beco”. Melhor mentir.


-Ah, isso... Bom... Sabe como é... – Olhei minhas mãos buscando alguma ideia, assim que vi o anel dourado no dedo errado o posicionei no anelar. – Bom, na verdade eu não queria ter que explicar para a polícia o fato de eu e meu marido curtirmos um sexo perigoso... Sabe como é... Bem selvagem...


Rodney me olhou como se eu estivesse com alguma deficiência mental e logo vi seus olhos percorrerem demoradamente meu corpo, além de um tipo de relação física dessa ser fatal, deveria ser muito afrodisíaco para um cara que provavelmente só teve contato com uma mulher quando beijou a mãe para sair de casa.


-Enquanto dirigiam? Capotaram fazendo... Enquanto dirigiam?


Puta que pariu!


-Claro, sexo sem segurança não quer dizer só sem camisinha! – Acho que encarnei a Jennifer e nem sei disso pra falar umas merdas dessa!


O rebocador demorou a terminar a tarefa assim que estava pondo o carro para cima do caminhão e pegando a prancheta para negociarmos quanto o ferro velho cobraria para comprar a sucata do meu bebê amarelo, eis que minha sorte decide rir um bocado de mim.


O som de um bip silencioso de alarme sendo acionado me fez realizar que meu “marido metido a Ricardão” havia chegado. Comecei a rezar: Não fale comigo, não fale comigo!


-Oi, Bells!


Fudeu.


Terminei de assinar a prancheta do Rodney/Mario e decidi que já que tinha mentido não iria passar por mentirosa. Não na frente do rebocador.


-Querido! – Corri até ele jogando-me em seu colo. – Que saudades, como pôde me deixar sozinha na cama?


Edward me olhou como se eu estivesse com um olho a mais na testa.


-Bella... O quê...?


-Cala boca, meu Ricardão.


Sem parar para pensar no que fazia choquei minha boca contra a do Cullen.


Não foi um beijo como o da boate, não houve nada além de um beijo de boca fechada, sem graça. Porém minha encenação digna do óscar foi o suficiente, assim que ouvi o caminhão partir desci do colo do Cullen.


-Que merda foi isso ? – ele estava em choque!


Eu não consegui não rir.


-Piada interna, Ricardão. E ai, como está?



Edward:


Definitivamente eu não estava entendendo mais nada, será que a Swan realmente tinha pensado que o beijo de ontem significou que estamos juntos? Como namoradinhos? Ou pior, como realmente marido e mulher? Entrei em casa e a achei no sofá zapeando canais na TV sem realmente assisti-los, ela estava completamente no estilo “largada”, pernas abertas, cabeça na metade do recosto do sofá...


Acho que se ela coçasse o saco eu não ia estranhar, fora o fato de que ela não tem um para coçar.


Ok, é melhor esclarecer as coisas antes que tudo se complique ainda mais.


-Bella, acho que precisamos falar sobre ontem?


A garota imediatamente tomou a forma decente de se sentar, um pouco ereta demais, suas bochechas coraram um pouco, mas podia ser facilmente o calor que estava fazendo. Ela apenas esperou que eu continuasse, o silêncio perdurou.


-Olha, Edward...


-Bella, eu não acho que devemos sabe... Repetir a experiência... Foi...


-Isso! – Ela não me olhava. – Exatamente o que eu acho, foi só... Um beijo. Uma comemoração, estávamos bêbados! – Ela pareceu ter achado a desculpa ideal . – Isso, estávamos bêbados e não respondíamos por nossas ações.


E eu concordei.


-Exato. Então... Amigos? – Estendi a minha mão para ela como se precisasse de um selo para aquela conversa encerrar rapidamente


-Amigos. – Ela apertou minha mão e a chaqualhou.


-E não iremos repetir essa bobagem.


-É, não iremos repetir, a final ficou no passado. Puf! Passou.


-Puf, passou! – Concordei ainda balançando a mão dela e rindo.


-E claro que não devemos também ficar estranhos um com o outro, a final somos amigos agora.


-É, somos amigos.


-Amigões.


-Amigos pra cacete!


-Mas, Edward...


-O quê?


-Eu realmente acho que precisamos parar de balançar os braços, está me doendo os ossos já, além de estar nos fazendo parecer retardados.


-Concordo plenamente.


-Edward.


-O quê?


-Solta a minha mão!


-Ops.


Merda eu sou um idiota.



Bella:


Duas mensagens, quatro ligações e muita paciência foi o que usei para praticamente puxar Alice para o mundo real onde eu era a irmã ferrada e ela a de ouro para que ela me ajudasse a sair daquela coisa maluca com o Cullen.


-Nossa belo carro, onde conseguiu? – Alice comentou assim que me viu estacionar na frente da minha antiga casa, a mansão Swan.


-Edward me deu. – Respondi sem medir palavras, assim que fechei a boca me arrependi, a final aquilo não sairia impune pela minha irmã. – Longa história, Alice. – Disse para tentar desencorajá-la de cobrar a história.


-Tenho todo tempo do mundo! – Ela não desistiu.


Céus, essa vai ser uma longa tarde!



Ultraviolet – Alexz Johnson

Edward:


-... E então o cara de saia, ele falou que os tempos modernos eram... Qual foi a palavra? “Benigno”? Sei lá, um desses troços de gente que come o dicionário pra soltar um troço tipo “crepúsculo” no lugar de “por do sol”, to falando cara, eu vou sair daqui uns dias aviadado daquela corte! Só tem maricas!


Havia meia hora desde que Emmett tinha ligado para meu celular em busca de alguma diversão, fomos então para um pequeno bar decorado como nos tempos de sexo, drogas e rock in roll, o tipo de lugar que beber às duas da tarde não era problema algum.

-Emmett, aproveite o tempo com a corte quem sabe com isso você vai ter alguma cultura que nunca entrou na sua cabeça direito.


-Eu sou o mestre das culturas!


-Kama Sutra indiano não conta, Emmett.


-Deveria contar! Sabia que tem como ganhar a vida como sexólogo?! Eu acho que um dia irei perguntar a Rose se ela se importa que eu tente...


Tomei outro gole do Martini finalizando a taça e logo pedi recarga. Apesar de eu estar realmente me esforçando para entrar no papo “real” do meu mano, eu estava com a cabeça longe, em uma pista de dança do meu lugar favorito em toda Flórida, onde eu dançava com uma linda mulher, pequena, de cabelos na altura da cintura, cor de móvel... De móveis nobres, como mogno. Mogno, está ai uma boa definição.


-Edward, mano, acorda! Tu ta com cara de pateta.


Sacudi minha cabeça como se por algum milagre a lembrança fosse sair pelos meus ouvidos e eu de repente estivesse livre para zoar meu irmão com os caras escoceses que ele insistia em chamar de “caras de saia”.


-Fala comigo, o que foi. – Emmett tomou seu Martini e eu o imitei.


Com um suspiro comecei a falar.



Bella:


Alice sacudiu a cabeça para eu prosseguir na minha história, fazendo uma careta quando lhe disse toda história de Renesmee Carlie e como ela queria que eu parasse de ver Jacob e lhe expliquei toda a história do paint ball e como eu perdi e o Cullen me ajudou a pegar o carro BMW conversível e etc. Minha irmã fez uma careta.


-Literalmente eu tenho pena de garotas que precisam disso para ter um homem. Fala sério! E ela ainda ferrou eu Bubble Bee, merece morrer.


-Pois é.


-Agora continue.


Havia chegado a parte do beijo, e eu sinceramente não sabia como conta-la sem parecer uma total idiota, o jeito foi soltar de uma vez só.


-E ai... Fomos num bar que ele conhecia, uma danceteria na verdade, algo que eu jurava que não existia, só nos filmes, dançamos, bebemos e nos beijamos.


-O QUÊ?


Ai, Deus! Por que todo mundo quando fica surpreso tem que nos fazer repetir a informação? Revirei os olhos e recomecei contando os detalhes.



Edward:


-AHAHAHAHAHAHAH...


-Porra, Emmett! – Soquei seu ombro e ele continuou rindo enquanto massageava o lugar.


-Você – Ele falava entre seus risos. – Está... Trocando saliva... Com a endiabrada!


Revirei os olhos.


-Foi só um beijo, teve clima e eu aproveitei, foi isso.


-Aham. Aí daqui a pouco vira casamento de verdade.


-Claro que não! Eu vou para a faculdade e ela vai ficar gastando o cartão do pai dela, acabou. Não temos futuro.


Casamento de verdade, bufei pedindo dessa vez uma dose dupla para o atendente do bar.


Bella:


-Chega, Alice! - Reclamei.


Alice estava dizendo palhaçadas do tipo “apaixonada” e “Edward Cullen” na mesma frase e isso estava me deixando louca, ainda mais com o seu surto de periquita no incêndio que não sossegava em uma porra de um lugar que fosse!


-APAIXONADA! – Ela gritou pela ultima vez sentando-se a minha frente na cama. – Estou tão feliz por você! Finalmente! Achei que fosse ficar para a titia.


-Não temos uma tia. – Charlie era filho único.


-Verdade, então você ficaria para a Janett.


-Prefiro ir para o inferno e abraçar o capeta.


Alice riu.


-Olha, eu vou tomar um banho porque isso já deu para mim. Se importa se eu dormir aqui?


-Não tem problema, papai e Janett tem planos e não voltam tão cedo. Vou cancelar com Jasper para ficar aqui com você.


-Não precisa, apenas me deixe ficar aqui.


-Se você diz...



Edward:


-Desse jeito eu vou acabar que nem um gambá de tão bêbado. – Falei pondo o copo no balcão. – Para mim já deu. Vou para casa.


-Encontrar a sua amada esposa?


-Tem razão... Merda, você que se vire vou para seu apartamento. Me dê as chaves.


-E eu e Rose?


-Acabaram de ganhar uma noite linda no Palace.


-Aqui está a chave.


Revirei os olhos enquanto Emmett contava o dinheiro da pernoite cara do hotel e ligava para Rose contando os novos planos. Irmãos assim, quem precisava de inimigos? Peguei minhas chaves me certificando não estar tonto ou bêbado demais para dirigir e caminhei para fora do ambiente carregado e punk.


Conversar com Emmett havia trago as perguntas que eu tanto me esquivava a tona novamente, isso me deixou imediatamente exausto, a final se ainda com os Martini e tudo mais elas ainda estavam ali, significava que não iriam embora tão cedo.


There’s a Place For Us – Carrie Underwood.

Bella:


Me deitei sem exatamente estar com sono, o sol ainda estava na janela e eu não conseguia entender o que se passava dentro de mim.


O beijo que eu e o Cullen tínhamos trocado mexeu comigo, isso era inevitável de se admitir, mas haviam muitas questões ainda na minha cabeça. O que está acontecendo, Isabella? Me perguntei.


Suspirei tentando responder.


Edward:


Joguei a chave em um pote na mesa de centro do apartamento do meu irmão. A sala era toda em vidro o que me permitia ver o por do sol soltar seus últimos raios e o céu começar a tomar um tom rosado de fim de dia.


Mas para mim parecia longe de terminar. Por isso decidi parar de lutar contra tudo que vinha bloqueando e me sentei no sofá me concentrando exatamente nas dúvidas que surgiram diante de tudo que aconteceu entre mim e a Swan.


Tinhamos nos beijado. Mas não foi simplesmente um beijo, não rolou simplesmente um clima, isso eu tinha que admitir. Foi algo quase que natural... Quase que inevitável. Tão normal quanto respirar depois de emergir da água.


Suspirei me afundando ainda mais no sofá. Meus pensamentos foram direto para o que Bella poderia estar fazendo e se eu era o único a estar com a cabeça tão conturbada.


Bella:


Edward...


Ele deveria estar em casa, tomando uma cerveja, assistindo algum esporte que gostasse...


E eu deveria ser a única idiota a estar ruminando tudo na minha cabeça. Droga, droga e droga. Vários romances me passaram pela cabeça, porém nada se encaixava na situação que Edward e eu estávamos, a final, nos odiávamos a pouco tempo atrás. Fomos obrigados a nos casar, e agora estávamos em um acordo de paz.


Um acordo de paz para que eu pudesse namorar Jacob.


Passei a mão pelo rosto angustiada. Ainda tinha Jacob nessa equação toda, tentei me lembrar do que sentia por ele, desde quando o vi na boate. Mas só conseguia ter relances, como se fosse a uma vida atrás. Insignificante.


Meus pensamentos imediatamente o afastaram e passaram para a cerveja que Edward me deu na praia quando eu estava triste, o jeito que ele embarcava nas minhas atrapalhadas, os olhos azuis acinzentados, a barba dele hoje estava por fazer.


Imaginei aquela barba roçar na minha clavícula e senti um arrepio que percorreu todo meu corpo numa onda elétrica, disparando meu coração. Puta que pariu!



Edward:


Não conseguia me lembrar de como era odiar Bella mais, porque depois de conhecer o quarto da garota, eu a compreendia totalmente. Ela era um misto, uma casca grossa por fora, e uma pequena flor, indefesa por dentro.


Ri de mim mesmo por comparar a turrona a uma flor. Mas era isso, sua pele era clara e parecia ter a textura de uma pétala de tão macia. Desejei tê-la tocado com mais atenção para saber disso, também havia seu rosto, um formato meio de coração, constantemente rosado, os lábios desproporcionais, cheios mais no inferior e quase sempre eram presos entre os dentes da frente de sua boca.


Ela não tinha uma beleza comum, não era uma beleza que você via nas modelos, mas era uma beleza única, uma beleza Isabella. Repassei mentalmente as namoradas que tive no passado, me obrigando a compará-las a Bella, mas nenhuma delas parecia certa, tinham um defeito diante da garota problema que eu estava casado. O cabelo de Tanya era do tom errado, arruivado, meio loiro. Karen era muito alta, esguia...


Me lembrei de que eu sempre era elogiado por todos os caras, Karen, Tanya, Jessica... Eram lindas, modelos do tipo de revista. Mas elas eram só isso. Modelos. Capas. Bella era mais, era linda, era divertida...


Mas o que isso significava?


Uma voz lá dentro de mim me respondeu: apaixonado.



Bella:


Ok, eu devo estar maluca, mas... Será que isso é o que chamam de paixão?


Sentei na cama e passei a mão pelos meus cabelos, eu sabia que sentir uma coisa dessas era uma dádiva para a maior parte das pessoas, mas agora parecia uma maldição. E se Edward caçoasse dos meus sentimentos?


Meu peito protestou com uma batida pesada e dolorosa do meu coração. Rejeição era algo comum a mim, Renée, Charlie... Os que deveriam me amar para sempre simplesmente me abandonaram. Eu só tinha a mim, para proteger e preservar, entrar em uma empreitada de apaixonar significaria abandonar essa segurança, me entregar no sentimento e torcer para não quebrar meu coração.


Mas Edward valeria a pena?


Finalmente levantei e peguei meu celular, indo até os contatos e vendo o nome dele selecionado. A opção com o telefone que acionaria a chamada era tentadora, mas eu não estava pronta, e não seria por telefone que resolveríamos. Porém, a expectativa de que algo acontecesse ainda me fez segurar meu celular, até que a tela brilhante fosse gradativamente diminuindo seu brilho, até finalmente apagar.


Edward:


Meu celular estava nas minhas mãos e a opção de contato escrito “Bella” estava selecionado, apenas um toque e o sinal de satélite iria sintonizar nossos aparelhos e realizaria uma chamada, o celular dela iria tocar até ela atender. E se não atendesse?


Pus meu dedo sobre o touch empurrando o menu sem exatamente sair do lugar, o contato “Bella” ainda era visível.


Não era uma decisão sensata ligar para resolver algo assim, mas meu coração estava acelerado, e a adrenalina me deixava aceso em expectativa de ouvir a voz dela e finalmente prestar atenção no exato timbre da voz dela, em como ela ria, em como ela respirava...


Deixei o celular apagar e me livrar da tentação de tentar algo. Seria melhor dormir e amanhã resolver tudo. Sim, amanhã na nossa casa iriamos conversar, resolver e tudo mais.


Com essa promessa preparei um drink e me encaminhei até o quarto de hospedes estranhamente ansioso para o dia acabar.



Bella:


[...]


Apesar de ter sido a noite mais longa que eu já passei, eu consegui dormir pouco menos de duas horas e isso me bastou para acordar com energia o suficiente e partir para casa.


Dirigi com cuidado, e em uma velocidade maior do que costumava, a BMW não pareceu se importar seu motor correspondeu feliz como um gato que ronrona quando ganha carinho.


Assim que entrei no nosso bairro senti meu coração ser acelerado ao extremo, mal ouvia o barulho do rádio que tocava algo que não reconheci, ou não me dei o trabalho para tanto. Na outra mão vi que um carro se aproximava, cortando uma caminhonete, o Aston Martin refletiu diante do sol baixo, senti meu ar sair dos pulmões.


Edward:


A BMW vermelha como sangue seguia em minha direção, eu sabia que estava na mão errada, mas não pude me permitir pegar trânsito a essa hora, eu precisava vê-la, ter a confirmação de que ela também sentia o que eu estava sentindo.


Diminuí a velocidade para estacionar na frente da nossa casa e Bella me espelhou parando de frente para meu carro. O reflexo atrapalhava minha visão de seu rosto e isso me deixou frustrado por alguns segundos. Notei que ela se inclinou e abria sua porta, imediatamente a espelhei e depois de batermos as portas, o silêncio reinou.


Need you Now - Lady Antebellum Accoustic

Bella:


O tempo de repente pareceu correr mais devagar, eu estava ciente de cada detalhe, cada canto de pássaro, do mover leve das nuvens que tinham no céu e principalmente, do homem parado a minha frente.


Seu cabelo estava uma confusão, sua barba por fazer como tinha visto no dia anterior, e só de lembrar do que eu imaginei dela meu corpo tremeu novamente. Respirei pesadamente e vi ele dar um passo para frente, eu o espelhei como se estivéssemos conectados a um fio invisível.


Assim que ficamos um frente ao outro, com apenas poucos centímetros de ar nos separando, olhei em seus olhos e vi o azul arder para mim, aquilo me fez tremer e depois sem pensar, acabamos com a distância de repente muito incômoda.


Edward:


Os lábios macios da garota eram quentes, tentei decorar a textura exata ao mesmo tempo que os explorava sem pudor. Bella arranhou minha nuca e eu intensifiquei nosso beijo puxando-a ainda mais para mim, amassando sua blusa no meu punho.


Nosso beijo passou a ser violento, como se estivéssemos sedentos um pelo outro. E eu estava. Passei uma mão para a nuca dela acariciando seus cabelos, senti seu corpo estremecer e acariciei ainda mais o novo ponto fraco.



Bella:


Nada se comparava a sensação de estar finalmente beijando-o, de finalmente ser dia, e estarmos assim, colados. Edward investia carícias em minha nuca me fazendo ter choques elétricos misturado a correntes de fogo que percorriam todo meu corpo colado ao dele. Eu me sentia em puro êxtase, como se fosse explodir, como um vulcão.


Passei uma mão pelo vão que marcava o meio das costas bem definidas do Cullen e voltei novamente arranhando-a, Edward reagiu como um leão me pegando no colo e me conduzindo até a dianteira do seu carro, onde me pos sentada e sem interromper o beijo, se encaixou entre minhas pernas que entrelaçavam sua cintura.


O oxigênio começou a querer faltar, mas nem a morte me impediria de parar de beijar Edward.



Edward:


Eu sabia que estava perdendo o controle e parte da minha mente me alertou para não ser afobado, apesar de grande parte de mim já estar pedida diante do corpo quente de Bella.


-Bella. – Sussurrei entre seus lábios.


O beijo se tornou mais terno, mais doce até que finalmente nos separamos um pouco.


-Estou apaixonada por você, Edward. – Ela disse.


-Eu também.


-O que fazemos agora?


-Que tal... Viver?


Bella riu, sua risada era doce e meiga. Aberta, feliz, verdadeiramente feliz. Não consegui evitar e comecei a rir também.


-Agora somos namorados? – Ela perguntou parando de rir.


A pergunta me pegou de surpresa por breves segundos e eu peguei a mão pequenina da garota e a beijei.


-Só se você aceitar.


-Eu não seria louca de dizer não.


Sorri e mais uma vez fui em busca dos lábios da garota na qual eu estava apaixonado.




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Notas finais do capítulo

AMOORES!
Desculpa a demora, sério, se vocês soubessem o quanto que eu reescrevi tudo pra sair do jeito certo... Já estaria com 30 capítulos a Fanfic! kkk
Bom, quero antes de mais nada agradecer a todos que vem acompanhando até aqui, vocês são o que me dão forças pra continuar dando o tempo que eu sinceramente não tenho pra fazer essa Fanfic ir pra frente. OBRIGADA!!
E agora, o que acharam? Quanto a ultima musica, eu sempre tento achar um vídeo leve pra carregar rápidinho mas pelo visto só tinha a musica em má gravação e eu tive que por esse mais pesadinho.
Espero que tenham gostado, a final esse foi O CAPÍTULO né?! kkk, muita coisa ainda ta pra vir.
Beeijs gente, COMENTEM MUIIITO, se quiserem RECOMENDEM. Mas não me abandonem. tenham paciência comigo.
Adoro vocês. Beijs e até a próxima.