Crepúsculo escrita por Samara Cullen


Capítulo 1
PREFÁCIO


Notas iniciais do capítulo

Eu imagino que vocês pensão, "Po, ela está escrevendo três historias será que ela da conta?" rsrs. Se eu não tentar não vou saber. Escrever é minha vida, amo escrever, e trazer minhas historias para vocês lerem é um prazer, uma coisa posso garantir, vou demorar as vezes, possa ser que sim, mas eu nunca, NUNCA, abandono minhas historias. E espero que vocês não me abandonem.
Bjao espero que gostem.



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Eu nunca pensei em como morreria. Mas morrer no lugar daqueles que eu amo, me parece um bom jeito de partir. Então, eu não posso me culpar pelas decisões que me trouxeram até esse momento.

A maior prova disso era meu filho que estava com dez meses, William Sören Swan.

William era tudo para mim, não me arrependia de nada dês da gravidez até seu nascimento. Cada momento foi muito precioso. Seu pai, Vougan Sören, havia sido morto quando fora acampar nas montanhas. Vougan antes de morrer estava muito feliz pela gravidez, ele me apoiava como ninguém e em nenhum momento saiu do meu lado. Sua morte me trouxe grande dor.

William era o nome que ele queria dar se fosse menino, ele dizia que nosso filho era para ser meu protetor e por isso o nome. Ele era a cara de Vougan, cabelos negros, olhos chocolates como os meus, pele um pouco morena como a de Vougan.

Vougan mestiço de índio canadense, seu pai era o chefe da tribo e sua mãe era americana, por isso vivia em Phoenix.

Ele odiava o calor, isso o deixava de mau-humor por dois motivos, primeiro: ele soava muito, segundo: ele não conseguia dormir direito, ficava rolando e rolando na cama. William é igual, eu e minha mãe até compramos um ar condicionado para deixar a casa fresca.

William agora estava com 10 meses, ele engatinhava, mas já estava arriscando andar quando alguém estava por perto

            __ Mama – Ouvi ele me chamar da soleira da porta.

Ele estava engatinhando em minha direção, mas aparou na soleira.

Sorri para ele fui pega-lo no colo. Ele estava com uma carinha um pouco emburrada.

            __ Está com calor meu anjo? – Perguntei secando sua testa. – Daqui a pouco vamos sair do sol.

Hoje coloquei nele uma roupa leve. Era listrada de branca e verde clarinho, com um short jeans combinando.

Coloquei um pano sobre meu ombro e lhe fazendo sombra.

Phil, colocou nossas malas no carro e entrou no banco do motorista nos esperando. Minha mãe apareceu atrás de mim levantando o pano para ver William.

            __ Vou sentir tantas saudades de meu netinho...

            __ Nana – Disse ele

Era como ele fala “vovó”, para Phil era Pil. E para Charlie, meu pai era “bobo”

__ O meu anjinho, vovó vai sentir tantas saudades de você querido. Bella você tem que me mantar uma foto dele toda a semana.

            __ Mãe...

             __ Quero ver meu neto crescer, prometa-me Bella, prometa-me que mandara uma foto com uma mensagem toda à semana.

Suspirei derrotada.

            __ Farei o possível, eu prometo.

Ela sorriu para mim me abraçando.

            __ Se quiser voltar, pode me ligar a qualquer hora – Disse em meu ouvido – Sabe que você e Will são muito importantes para mim.

Eu sabia disso, assim como sabia que se isso acontecesse ela ficaria triste de voltar e deixar Phil.

            __ Eu sei...

Entrei no carro e seguimos para o aeroporto. Eles se despediram uma ultima vez antes que eu embarcasse no avião.

William brinco parte da viajem, mas depois caiu no sono. Quando ele acordou para mama, já começava a ficar frio por isso eu coloquei sua blusa do Liverpool, azul marinho. E uma calça com pezinho combinando.

Devagar, as nuvens começaram a aumentar, ficando maiores e mais escuras. Até que não restou nenhum pedacinho azul do céu.

Assim que desembarcamos no avião, vi Charlie nós esperando. Ele sorriu para nos e veio até nós.

            __ Você esta linda Bella – Disse ele me dando um abraço. – Olha como meu netinho cresceu.

Ele fez um carinho em sua fase e deu-lhe um beijo na testa. Will sorriu e riu alegre.

            __ Bobo – Disse ele.

            __ É o vovô sim – Respondeu Charlie sorrindo ainda mais por saber que Will lembrava dele - Vamos para casa, fiz o possível para seu quarto ficar confortável para ambos.

            __ Não precisava pai, eu e Will ficaremos bem em qualquer lugar.

            __ Você e Will merecem Bella, quero que sejam felizes aqui.

Eu sabia o quanto isso era importante para Charlie, ele não precisava saber que seria praticamente impossível eu ser feliz em Forks. Ele colocou as coisas no porta malas e me ajudou a entrar. O caminho para a cidade fora silencioso, eu e Charlie não éramos muito bom em conversas ou em demonstrar emoções. Essa parte sempre foi difícil para mim. No carro, Will ficou falando o tempo todo, coisas de bebê que ninguém entendia, mas Charlie assim como eu entrou na conversar.

            __ Conta mais para o vovô Will – Disse a ele.

            __ O que mais você fez?

Will parecia entender porque ele sorria e continuava falando até Charlie ou eu responder alguma coisa de novo. Depois de um tempo ele caiu no sono.

            __ Ele esta cheio de energia – Comentou Charlie divertido.

            __ Agora ele esta melhor, ele estava de mal humor, sabe como ele não gosta do calor.

            __ Espero que goste do berço, foi um presente do Billy e do filho dele...

            __ Eles compraram?

            __ Não, eles fizeram, Billy é muito bom em construir coisas de madeira. Ficou muito bom em minha opinião.

Rapidamente chegamos em casa.

Ela tinha dois andares, perto da sacada havia um depósito de madeira cheio de lenha, um barco na garagem com uma vara de pesca e uma velha boia.

Charlie abriu a porta para mim e foi pegar as malas, como estava chuviscando dei uma corrida até a sacada e abri a porta. A casa estava do jeito que eu me lembrava, a única coisa nova é a TV de tela plana, mas a casa ainda era confortável. Varias fotos de quando eu era criança, e uma nova de quando eu sai da maternidade com Will. Fotos de pescaria de Charlie e seu amigo Quileute Billy Black.

Cartões antigos que eu mesma havia feito para ele. Eu nunca podia dizer que Charlie me esqueceu um dia sequer. Quando eu passava mal durante a gravidez e minha mãe comentava, ele ficava ligando ate minha mãe ou Phil dizer que eu estava bem. Quando Will nasceu, ele fez o possível e o impossível para estar no hospital, quando acordei da anestesia ele estava lá, dormindo de mau jeito no sofá.

__ Coloquei a velha escrivaninha de seu avô em seu quarto. Eu e sua mãe também nos juntamos e compramos um notebook para você.

__ Pai não precisava.

__ Sua mãe insistiu, e eu achei uma boa ideia...  

           

__ E liberei algumas prateleiras no banheiro.

__ Certo. Um banheiro.

__ Eu vou colocar isso no seu quarto…

Ele pegou as coisas e subiu as escadas.

Uma antiga mesa está em um dos cantos, era de madeira escura com um símbolo entalhado. Era bonita, lembrava-me daquela escrivaninha, inclusive me lembrava que fora meu próprio avô que a fez. 

O berço ficava perto da minha cama, era muito bonito, e parecia bem firme todo feito de madeira como Charlie havia tido, e esculpido e uma das laterais havia um símbolo.

Ao lado estava o criado mudo onde eu colocaria as roupas de Will e em cima era acolchoado para eu o trocar.

As paredes estavam pintadas em tons de azul claro.

A cadeira de balanço que foi da vovó estava ao lado da janela, toda reformada e pintada. Os moveis tinha entalhes deles, desenhos de animais, florestas e montanhas.

            __ Ficou lindo o quarto pai, obrigada – Disse dando-lhe um abraço - O senhor não precisava ter tanto trabalho por minha causa.

            __ Você merece Bells, esse agora é seu lar, e de Will... Eu quero que saiba que qualquer coisa que precisar, qualquer coisa mesmo, é só pedir. – Disse ele sorrindo

Ele colocou as malas ao lado da cama e disse que desceria para cuidar do almoço. Resolvi trocar as roupas de Will, colocar mais quentes.

            __ Mama – Disse ele sonolento enquanto eu retirava sua camisa.

            __ Oi meu anjo, mamãe te acordou né, só quero tirar essa roupa soada e colocar uma mais quentinha.

Troquei sua frauda, e coloquei um conjunto de camisa de manga longa branca com gola, e uma calça de elástico.

__ Prontinho, agora tá quentinho e confortável.

Beijei seus pezinhos enquanto colocava meias e um par de tênis. O coloquei sentado no berço e lhe deu seus bichinhos para brincar.

            __ Auau – Disse ele.

“Auau” era cachorro, mas que cachorro ele estava vendo. Olhei para seu berço e vi que tinha um entalhe de um cachorro correndo em volta do berço, ou melhor dizendo um lobo. Muito bem feito aquele desenhos.

Aproveitaria que tinha tempo ate o jantar e resolvi arrumar as gavetas, quando eu as abri, vi alguns roupas para Will, roupas mais quentes.

            __ Pai...

Eu sorri e deixei umas lagrimas caírem de meus olhos, mesmo meu pai não sendo muito presente, ele sempre fazia o que podia para me fazer feliz.

Faltava apenas uma na mala e nela tinha mais coisas pessoais, como uma foto minha e de Voughan, ele estava abraçado comigo e beijando meu rosto.

Antes que eu começasse a chorar ouvi uma buzina na garagem.

Fui até a janela e olhei pelo vidro. Uma caminhonete vermelha desbotada acabava de estacionar. Peguei Will no colo e fui para fora.

            __ Vamos ver o que o vovô esta fazendo. – Disse descendo as escadas

Charlie conversava com o motorista, quando cheguei perto. Os dois ajudaram Billy Black á sair do carro a coloca-lo, numa cadeira de rodas.

            __ Bella, você lembra de Billy Black.

            __ Claro, como vai?

Ajeitei Will no colo para ele poder ver melhor o que acontecia.

            __ Feliz de ver você finalmente aqui. Charlie não parou de falar nisso desde que você falou que viria.

__ Continue exagerando, e eu empurro você ladeira abaixo.

           

__ Depois que bater em seus tornozelos.

Billy se aproxima de Charlie, que se esquiva. Jacob balança a cabeça para os dois enquanto ele timidamente veio me cumprimentar.

__ Fazia tempo que não te via – Disse ele.

__ Realmente faz tempo, é bom te ver, Jacob. Você cresceu.

__ Tenho 16 agora...

__ Eles sempre são assim? – Perguntei rindo da brincadeira

__ Está ficando pior com a idade avançada... E esse menino? Quantos meses?

__ Vai fazer fez 10 meses agora dia 15.

__ Charlie mostrou a foto dele para todos quando voltou, ele enchia a boca para falar de como o netinho dele era a coisa mais linda do mundo.

Will queria ir para o chão o coloquei perto de minhas pernas e me agachei ao seu lado. Charlie veio até nos e vez sinal para Will vir ate ele.

            __ Bobo – Disse ele.

            __ Vai com o vovô, ele não vai te deixar cair.

            __ Bem Will, o vovô te pega.

Ele olhou para mim e depois para Charlie, ele não ariscava andar com qualquer um, Will sempre foi bastante seletivo com quem o pegava no colo.

Ele olhou para Jacob ao lado de Charlie e sorriu, ele começou a andar vagarosamente, e foi exatamente para a direção de Jacob. Na hora ele não soube o que fazer, mas resolveu se agachar e o pegar no colo.

Charlie parecia um pouco magoado com isso, mas feliz por ele ter andado. Will ficou olhando para Jacob por algum minuto, e começou a conversar com ele. Jacob olhou para mim sem saber o que fazer.

            __ Diga que você entende, converse com ele também.

Ele me olhou como se fosse doida, mas resolveu tentar.

            __ Conta mais para o tio Jack – Pediu ele.

Will sorriu feliz e continuou enquanto conversava, Will brincava com sua camisa.

Parecia que eles se deram bem.

Charlie se aproximou, pelo jeito ele tinha ouvido já que ficou um pouco vermelho. Ele deu dá um tapinha no capô da caminhonete e disse:

            __ Então o que você acha do seu presente de boas vindas?

O olhei sem entender por alguns minutos.

__ Não. A caminhonete é para mim?

           

__ Comprei do Billy, aqui.

           

__ Eu remontei o motor e – Começou Jacob mais não deixei acabar.

           

__ É perfeita!

Sorri. É o primeiro sorriso genuíno sem ter que mentir que dei em meses.

__ A única coisa que você não pode esquecer – Disse Jacob - Você deve pisar duas vezes na embreagem quando mudar de marcha, mas tirando isso ela é ótima.

            __ Ela é ótima, eu realmente não esperava – Disse sorrindo. - Talvez eu possa lhe dar carona para escola.

__ Eu vou para a escola na reserva.

           

__ Que pena. Seria muito bom conhecer pelo menos uma pessoa... – Disse desanimada.

Depois fomos todos para dentro, os Black jantaram conosco e foram embora. Will parecia triste por dizer tchau ao seu novo amigo.

            __ Jake gostou de Will. – Comentou Charlie.

            __ Verdade, Will também gostou dele, normalmente ele é bem seletivo com quem o pega no colo, ele não deixa qualquer um – Disse o pegando no colo.

Ainda tinha que dar um banho nele e dar-lhe de mamar.

            __ Espero que ele goste da creche amanha – Disse Charlie.

            __ Eu também, será a primeira vez que o deixarei longe de mim...

           

            __ E os dentes?

            __ Acho que já vão começar a nascer... O medico disse que por causa do nascimento um pouco prematuro possa demora um pouco mais. Mas tirando isso Will já engatinha, ele da uns passinhos, ele entende bem o que você fala ou parece que entende – Falei rindo e beijando seu rosto – Vamos ficar de olho, ele falou que ele pode ter otite, se isso acontecer tem que leva-lo ao medico.

            __ Entendi...

            __ Já vou dormir pai, boa noite ate amanha.

            __ Boa noite querida, boa noite Willi.

            __ Dá boa noite para o vovô – Sussurrei em seu ouvido.

Ele já estava um pouco sonolento, mas acenou para Charlie antes que eu subisse as escadas.

Dei um banho em Will na banheira que Charlie comprou, coloquei um macacão cinza de manga longa para ele dormir quentinho.

Depois quando já estava trocado para dormir, sentei-me com ele na cadeira de balanço e lhe dei o peito para mamar, enquanto isso eu cantava uma velha canção de minar que Voughan cantava para mim. Naquele momento não pude evitar as lagrimas.

            __ Seu pai faz falta – Sussurrei para Will.

De repente senti uma mão em meu ombro, olhei para cima, e vi meu pai.

            __ Ele sempre estará com vocês – Disse ele dando um beijo em minha cabeça – Só nunca se esqueça que ele preferia estar aqui, porque eu tenho certeza que esse é o único lugar que ele iria querer estar, ao lado de sua amada família.

            __ Obrigada pai, por tudo.

            __ Se precisar de alguma coisa é só me chamar.

            __ Pode deixar.

 Ele saiu do quarto encostando a porta. Notei que Will tinha caído no sono, o acomodei no berço e antes de o cobrir beijei seu rosto. Ele sorriu enquanto dormia e suspirou.

Charlie estava certo, Voughan sempre estaria comigo, era hora de seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

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