Brasil: Um País Sem Preconceito? escrita por dudacgaboardi


Capítulo 1
Livre de preconceitos?




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    O Brasil precisa crescer e muito para pensar em dizer que não há, em hipótese alguma, qualquer indício de preconceito no país. Ainda há uma grande parte do povo sem opinião ou conhecimento algum e, convenhamos, muitos estão pouco se importando para o que acontece no país para pensar na ideia da “exterminação” do preconceito. Vamos continuar nesta estaca zero por um bom tempo. Ricos ficando mais ricos e pobres ficando mais pobres. O preconceito anda incrustado nas pessoas mesmo depois de tanto tempo, seja preconceito contra o que for. E muitos dizem que há tantas coisas mais para se preocupar, como a saúde, educação e segurança. Mas falaremos sobre o preconceito. Ah, o preconceito. Doce e amargo preconceito. Eis que julgas uma laranja pela casca ou um livro pela capa. Ninguém se importa com o seu interior, o exterior é que importa. Preconceito contra magros, gordos, baixos, altos, pessoas de orelhas grandes, narizes diferentes, homossexuais, brancos, negros. Preconceito assumido, implícito através de brincadeiras, enrustido em maus olhares. Ele está aí, caminhando ao seu lado. “Ah”, muitos dizem, “eu não tenho preconceito. Nunca tive. Sou uma pessoa de mente livre e aberta.”, mas depois está lá rindo do negro que tropeçou numa pessoa da rua e que o amigo disse “tinha mesmo que ser preto!”. É, meu amigo, isso foi uma brincadeira preconceituosa. Racista. Por mais inocente que tenha sido, foi uma brincadeira discriminatória. Por mais que nos últimos anos houve uma aparente diminuição do pensamento discriminalista, ele ainda está aí. Infelizmente até mesmo dentro de nossas próprias casas. Sem orgulho nenhum eu admito que quase todo ser humano tem algum tipo de preconceito. Seja racial, homossexual, preconceito musical, seja lá o que for. Entretanto, o preconceito não te torna diferente, afinal, ao morrer, nos tornamos todos iguais. Ninguém terá alguma regalia depois da morte. Todos entrarão em decomposição e depois de alguns anos não restará nada além de ossos em nossas sepulturas. Então, me diz, pra quê? Pra que viver tendo ódio de alguém que não lhe fez mal nenhum, apenas nasceu diferente? Não pedimos para nascer num mundo onde o preconceito tudo domina, mas também não somos obrigados a termos a mesma opinião diante de um assunto tão delicado e polêmico que ele é.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e entendido até que ponto eu quis chegar!