Os Rumos De Uma Paixão escrita por Redstar


Capítulo 35
o começo do fim?




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Mo_ pai...

Souza imediatamente correu pra filha a entrelaçando nos seus braços como se ela ainda fosse uma menininha indefesa

So_ eu te amo tanto filha, mas tanto... Senti tanto a sua falta Monica, do seu sorriso, dos seus olhos... –as lágrimas desciam dos olhos dos dois inundando seus rostos- me perdoa, eu não sei mais o que fazer sem você... Ela é linda tem seus olhos, seu sorriso, me perdoa...

Mo_ me perdoa também pai, eu juro que não queria decepcionar vocês, mas eu errei só Deus sabe como eu me arrependo de ter te causado tanto sofrimento, eu te amo, de verdade, amo muito, me perdoa por tudo, por ter feito tanta burrice por ter magoado você, por tudo que eu disse...

So_ shiu, já passou, já passou, agora papai ta aqui com você- Souza a abraça bem forte junto ao seu peito e ainda em lagrimas beijava o topo da cabeça de Monica - eu também errei em muita coisa que eu disse, mas eu sempre quis te proteger e agora a gente tem também um bebezinho pra amar e cuidar né?

Mo_ é...

Luiza que estava com Venus nos braços também chorava muito, ao ver aquela cena tão linda que ela tinha certeza que não demoraria muito pra acontecer

Lu_ viu seus cabeças duras, eu disse que tudo se resolveria, era só vocês deixarem de ser tão teimosos, até a Venus concorda, até parou de chorar, né coisinha linda da vovó?

Monica pega a menina das mãos da mãe e volta a se aproximar de Souza

Mo_ olha pai, essa é minha filha, sua netinha, Venus- ela a entrega nas mãos do pai com um sorriso imenso nos lábios- fala oi pro vovô, fala filha.

Nesse instante a porta da sala se abre revelando uma silhueta de um rapaz ofegante de cabelos espetados

Ce_ Monica? – ele encara o seu pequeno bebezinho nas mãos do sogro- o que está acontecendo aqui?

Mo_ cebola? E- eu posso explicar...

So_ não deixa que eu explico Monica- Monica sentiu seu corpo gelar- eu errei muito com vocês cebola, com os três, mas principalmente a Monica, por que na hora que ela mais precisava de um pai eu a deixei, fui muito injusto com você também, apesar de vocês terem errado, eu não ajudei e você foi mais que um homem assumindo sua responsabilidade com ela e com a Venus e não desamparando nenhuma das duas, te agradeço por ter sido homem e cuidado da suas obrigações e peço perdão a você também filho por tudo que eu disse a vocês, por ter ameaçado você tantas vezes, eu queria que você soubesse que me orgulho da Monica ter escolhido você, tenho certeza que alem de bom marido você também é um excelente pai...

Monica respira fundo, esperando uma resposta positiva de cebola, que continuava parado na porta com uma cara emburrada, encarando Souza, o silencio durou pouco, mas parecia eterno pra todos naquela sala, cebola se moveu finalmente, foi em direção a Souza sem dizer nada e pegou Venus dos braços dele, se afastou um pouco, abaixou a cabeça e olho bem fixamente pro olhos castanhos grandes e arregalados de sua filha, soltou um longo suspiro cansado e em seguida ergueu a cabeça com os olhos apertados e as sobrancelhas franzidas e se pois a falar

Ce_ então é isso? Depois de tudo você acha que pode chegar pra mim assim do nada e só pedir perdão e acha que vai ficar tudo de boa? Olha aqui seu Souza, com todo respeito principalmente por que eu estou na sua casa, mas não vai rolar não, não sei, mas o senhor tem idéia de tudo que a gente passou por sua causa?- Monica tenta interrompe-lo, mas cebola continua- não Monica agora ele vai me ouvir, eu passei mais de seis meses sem saber como a Monica estava, por que você não me deixava chegar perto dela, eu me afastei preferi esperar, por que tinha medo que algo pudesse acontecer com elas e isso por culpa do senhor que fez o favor de machucar às duas quando jogou a Monica na escada, graças a Deus elas estão bem, mas se dependesse de você talvez eu não tivesse nenhuma das duas...

Mo_ para com isso cebola! – Monica fala enérgica tentando mais uma vez interromper cebola

CE_ não eu vou falar tudo que ta entalado na minha garganta, quando a Venus nasceu à gente teve que enrolar ela num lençol por nem roupa a pobrezinha tinha por que o senhor não nos deixava comprar nada pra ela e ainda teve a coragem de ir lá em casa brigar com meu pai e depois com a Monica assim que ela ganhou neném, isso não se faz sabia? E eu também não esqueci de que você me ameaçou falando que entregaria minha filha no orfanato pra eu nunca mais achar ela, lembra disso seu Souza? Pois eu me lembro muito bem, então não vem achando que é só falar umas palavrinhas bonitas que eu vou esquecer não, se depender de mim você não chega perto da minha filha

Mo_ agora chega cebola, eu já to cansada dessa historia, meu pai está tentando fazer as pazes com a gente, ele se arrependeu pediu perdão por tudo que fez e se eu me lembro bem não foi só ele que errou não, quem começou essa historia toda foi à gente, então chega de briga, por eu não agüento mais essa situação, ta na hora de deixar de ser criança, por a gente tem uma criança pra cuidar lembra?

Ce_ eu to ligado que a gente tem uma cliança pla cuidar e é isso mesmo que eu to fazendo, to cuidando pla que esse ai não chegue pelto da minha filha...

Mo_ para cebola eu não to brincando com você- Monica agora gritava com ele e cebola também já alterava seu tom de voz

CE_ e quem é que está blincando aqui? Se você quer cair nessa histolia lidícula de peldão, o ploblema é seu, mas eu não vou cair nessa e vou levar a minha filha comigo- ele se vira pra sair, mas ao dar o primeiro passo ouve a voz de Monica num tom ameaçador que ele conhecia bem

Mo_ nem mais um passo cebola, a minha filha não vai a lugar nenhum...

Cebola se vira pra ela não acreditando no que estava ouvindo, realmente era o mesmo tom de antes, mas não podia ser a Monica de agora, a Monica que agora era mãe estava mais calma e controlada e aceitava tudo que ele dizia, não, aquela velha Monica não poderia estar voltando justo agora, poderia?

CE_ o que você disse?

Mo_ exatamente o que você ouviu não se atreva a sair daqui com ela, ou as coisas vão ficar feias pro seu lado

Cebola sentiu seu corpo estremecer como antes, o medo de uma coelhada voltou a sua mente como um raio em uma sensação nostálgica e nada boa, mas mesmo assim decidiu se manter firme e encarar a situação

CE_ acho que você não entendeu Monica, eu vou embora e vou levar a Venus comigo...

Monica puxou de uma das bolsas que estavam em cima do sofá um coelhinho de pelúcia azul e começou a rodá-lo nas mãos

Mo_ eu não vou falar de novo cebola, me entrega ela agora...

Cebola sentiu mais uma vez seu corpo estremecer e o velho medo tomou conta de seu coração, o medo de levar uma coelhada agora estava mais forte do que quando era criança, mas decidiu tentar mais uma vez  

CE_ você não seria capaz de me bater com a Venus nos braços seria? Vai machucar a nossa filha Monica? – ele conseguiu mexer com ela por um segundo e quando a mesma já estava abaixando o braço ele solta algo que não deveria- está realmente parecendo ser filha do seu pai, não vai se importar em machucar a própria filha, assim como ele...

Nesse instante os olhos de Monica queimam como se estivessem pegando fogo, ela ergue novamente a mão girando sansão com tanta força, que poderia afundar uma rocha inteira no chão, ela fala entre os dentes com toda raiva guardada dentro de se- nunca mais se atreva a falar isso de novo-e avança pra cima dele com tudo enquanto o mesmo se agarra a Venus tentando protegê-la da pancada certa que o jogaria no chão. Cebola se virou de costas com os olhos fechados e esperou abraçado com Venus à pancada que não chegou, se virou novamente pro lado de Monica e viu Luiza a sua frente entre ele e Monica segurando no ar o braço pesado que por um segundo quase o atingiu

Lu_ agora chega... - a voz de Luiza saiu como um sussurro, mas foi aumentando gradativamente- eu não agüento mais tanta briga vocês dois vão lá pra fora se entender, mas não vão levar a Venus, só vão pegar ela de novo quando pararem de agir como cão e gato- Luiza pegou a menina do colo de cebola que já chorava assustada com tanta gritaria de seus pais- se resolvam primeiro e tentem não se matar se não nenhum dos dois vai ficar com a Venus, anda logo

 Luiza virou as costas e saiu da sala com a neta nas mãos, enquanto o silencio pairava no ar o clima estava tão forte que dava pra ser cortado com uma faca, era como se desse pra tocar, Souza com um olhar de pesar encarou os dois, acenou com a cabeça e saiu pela porta em direção à rua deixando os dois sozinhos na sala, Monica e cebola se encaravam como se fossem se matar, dava pra ver a raiva nos olhos dos dois, mas ainda com medo do coelhinho azul que continuava as mãos dela, ele se afastou um pouco e criou coragem pra falar

Ce_ o que deu em você?

Mo_ eu cansei de ser boba, não vou mais ficar calada e concordar com tudo, chega essa não sou eu, já está passando da hora de resolver as coisas com meu pai e nem você nem ninguém vai me impedir

CE_ há então você cansou? E isso não tem nada haver com o Do contra nem com esse colar ai que você não tira mais do pescoço né?

Monica se sentiu corar, e perdeu o foco das palavras

Mo_ co- como...

CE_ como é que eu sei? Eu ouvi tudo Monica, ouvi vocês conversando, ouvi quando ele pediu pra você fugir com ele, ouvi quando ele disse pra você me enfrentar e vi você prometer que não ia tirar essa droga de colar do pescoço e isso tudo ainda na cozinha da minha casa, vai admite que você só está agindo assim por que o Do contra te pediu, vai admite...

Mo_ deixa de ser imbecil cebola, o DC não tem nada haver com isso, eu só to cansada de ser a coitadinha dessa historia e outra coisa, eu não acredito que você estava me espionando...

CE_ eu não estava te espionando coisa nenhuma, eu fui te chamar por que as meninas queriam fazer a brincadeira do chá de bebe e vi vocês dois conversando, mas eu não acreditei que faria isso por causa dele...

Mo_ para cebola, eu já disse que o Do contra não tem nada haver com isso, apesar dele ter razão de dizer que eu estava me fazendo de vitima, o meu pai me pediu perdão e eu resolvi aceitar, queira você ou não

CE_ beleza Monica, se resolva com seu pai, mas depois não diga que eu não te avisei, eu vou embora por que eu cansei desse assunto, lá em casa a gente conversa...

Mo_ não Cê, eu não vou voltar pra lá...

CE_ o que? Como assim você não vai voltar? Ficou doida?

Mo_ não eu vou ficar aqui com meus pais e com minha filha, você pode vir visitá-la se você quiser, mas eu não vou voltar pra sua casa, amanhã eu peço alguém pra buscar as nossas coisas e trazer pra cá.

Cebola pensou em brigar novamente, chegou a abrir a boca ma as palavras lhe faltaram, pensou em entrar correndo e pegar a filha, mas viu novamente sansão que ainda estava nas mãos de Monica, não teve alternativa a não ser ir embora, mas antes deixou suas ultimas palavras praquela que roubara seu coração e agora o despedaçou

CE_ eu vou embora Monica, mas pode ter certeza que isso não vai ficar assim...

Ele saiu deixando uma Monica acabada, que caiu no chão em meio a lagrimas assim que viu a porta se fechar.


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Notas finais do capítulo

me desculpe pela demora, eu estou trabalhando de segunda a segunda, to sem tempo msm, e sem inspiração tb,mas tá ai espero que gotem, eu prometo que não vou abandonar a fic e que vou terminar, só estou sem tempo mesmo, bjs e obrigada pelos comentarios.
Gi