Na volta para casa cebola, esteve o tempo todo com a cabeça escorada no vidro do carro em silencio, deixando seus pais cada vez mais preocupados. Assim que pararam enfrente a sua casa sua mãe quebra o silencio

Dª CE_ não se preocupa não filho, vai ficar tudo bem...- ela da um beijo na cabeça dele- entra, tira essas roupas sujas de sangue, a gente vai na casa da Magali buscar sua irmã e já voltamos está bem?- ele só balança a cabeça dizendo que sim- assim que você tomar um banho vai se sentir melhor( mãe sempre acha que banho resolve tudo, pelo menos a minha é assim)-ela passa a mão no rosto dele e eles vão deixando cebola parado na porta de casa.

Ele entra em casa e faz o que a mãe Le disse, e logo após o banho se joga na cama em seu quarto escuro, deixando rolar de seus olhos algumas lagrimas, que ele tenta esconder de se mesmo apertando seu rosto contra o travesseiro, quando seu coração se acalma um pouco, ele tenta relembrar do sorriso dela que tanto Le fazia feliz, mas em meio a escuridão de seu quarto alguém que batia na porta, quebrava o silencio o tirando de seus pensamentos.

CE_ pode entrar!- ele disse sem perguntar quem era, pois já tinha certeza que era sua mãe que queria saber como ele estava ou ate mesmo tentar obriga –lo a comer alguma coisa,mas para sua surpresa era outra pessoa, alguém que ele não queria ver nem pintada de ouro naquele momento.

CE_ o que você quer criatura? Já não infernizou minha vida de mais hoje? Anda fala logo o que você quer Maria...

Ela se aproxima da cama dele com um pouco de medo de ser expulsa mais uma vez como ele sempre fez, segurava algumas lagrimas que queriam descer de seus olhos, sentia um nó na garganta enquanto seu coração disparava pela culpa que sentia pelo que fizera a seu irmão, mas antes que sua coragem fosse embora ela solta de seus lábios o que o coração já gritava.

Mar_ me perdoa cebola?

Ele se assustou com o que acabara de ouvir, era a primeira vez que ela batia na porta, havia Le chamado de cebola e ainda Le pedia perdão, se ele mesmo não estivesse vendo não acreditaria

CE_ depende... Pelo que você ta se desculpando?

Mar_ pelo o que eu fiz com você e com a Monica, o cascão disse que a culpa foi minha, eu não queria prejudicar vocês, foi sem querer. - ela não consegue mais conter as lagrimas que agora molhavam todo seu rosto e ele sente um aperto no coração vendo a sinceridade nas lagrimas e nas palavras da irmã.

CE_ é claro que eu te perdoou Maria- ele a abraça- não foi culpa sua o que aconteceu com a Monica, foi culpa do idiota do pai dela- ele se solta do abraço e olha no rosto dela- mas contar pra mãe foi culpa sua sim, você sabe que eu não gosto que entrem no meu quarto sem bater, muito menos que ouçam minha conversa escondido e você alem de ter feito isso ainda foi correndo fazer fofoca, isso é muito feio viu.

Mar_ eu sei cebolinha, eu to pedindo desculpa por isso também, eu prometo que nunca mais faço isso.

CE_ sei... Vou fingir que acredito... Agora vai que eu quero dormir um pouco – ela sorri, da um beijo na bochecha do irmão e sai do quarto fechando a porta.

Quando ele já estava pronto pra dormir seu celular toca o tirando novamente de seus pensamentos.

CE_ alô.

Ca_ e ai cebola, como você tá véi?

CE_ to bem... Com certeza melhor que a Monica...

Ca_ é, to sabendo, a Magali me ligou e contou tudo, parece que sua mãe contou pra ela.

CE_ o doido do pai dela me ameaçou, disse que vai colocar o bebe no orfanato assim que nascer, e que vai embora daqui pra eu nunca mais ver a Monica.

Ca_ e você acreditou? Para cebola, ate parece que a gente não tá falando da Monica, CE acha que justo a Monica vai deixar isso acontecer? Ela é menina mais forte do mundo, ninguém é besta o suficiente pra encarar de verdade aquela fera quando ta com raiva, nem mesmo o pai dela, se ele tem amor à vida não vai mexer com o neném dela de jeito nenhum, não esquenta a cabeça não, ele só queria te encher mesmo.

CE_ é eu acho que você tem razão... Eu só to cansado, o dia hoje foi terrível.

Ca_ foi mesmo, aconteceu cada parada sinistra que nem dá pra acreditar.

CE_ nem fala, se eu soubesse nem tinha saído da cama hoje, depois da aula vem um bando de ET sei lá da onde e seqüestra a gente, aquele infeliz quase me arrebenta a cabeça com aquela arma, nessa hora eu ate senti saudade do sansão- os dois riem do comentário- depois a gente entra no meio de uma guerra no espaço junto com astronauta, e aquele remédio que a xabéu passou nos machucados podem ate cicatrizar na hora, mas arde pra caramba, - eles já falavam em um tom mais animado- quando eu achei que ia ficar tudo bem a Monica me solta àquela bomba, eu não sabia nem o que falar pra ela, chego aqui em casa e levo a maior bronca da minha vida, quase apanhei do pai dela, quase fui atropelado, meu pai e o seu Souza quase saíram no tapa dentro do hospital- ele agora muda o tom de voz- e no mesmo dia que eu descubro que vou ser pai, fico sabendo que posso perder meu filho, mas pelo menos a Maria bateu na porta dessa vez e ainda me chamou pelo nome certo, isso também é inacreditável- ele dá um ar de sorriso tentando amenizar o que tina dito antes.

Ca_ é o dia foi tenso mesmo... Mas fica na boa careca, vai dar tudo certo você vai ver.

CE_ tomara cascão, é o que eu espero...

Eles desligam o telefone e vão dormir.

                                              [...]

Seis meses se passaram dês daquele dia, Monica estava de repouso em sua casa e as únicas pessoas que tinham permissão de vê-la era Magali e cascão, por exigência de Luiza já que Souza não queria que ninguém entrasse lá, mas já que Monica não poderia sair por ordens medicas Luiza não permitiria que a filha se sentisse tão só, pois seu pai tinha Le tirado o celular e a internet pra ela não poder falar com cebola. Cebola pra cumprir o que prometeu a Monica arrumou um emprego na padaria do pai do Quim depois de praticamente ter obrigado a Magali o convencer. Seu Souza não queria que ninguém soubesse o que avia acontecido, mas como no limoeiro as noticias voam todos já sabiam da gravidez de Monica.

                                                      [...]

Era um domingo de manha e a turma tinha combinado de se encontrar na sorveteria, apesar de tudo eles queriam que parecesse que estava tudo bem, e todos se esforçavam pra alegrar cebola, que nos últimos meses nem ao menos sorria.

Cebola caminhava em direção a sorveteria de cabeça baixa, não tinha a menor vontade de ir, mas sabia que seus amigos estavam se esforçando pra agrada – lo, então resolveu contribuir com o esforço dos amigos. Por mais que ele tentasse não conseguia parar de pensar nela, pois a saudade que sentia às vezes parecia ser maior do que ele, mas uma voz familiar Le dirá dos pensamentos.

Dc_ ora, ora se não é o projeto de cebola covarde que esta aqui?

CE_ covarde é a mãe! O que você quer do contra?

Dc_ de você eu não quero nada, só estava vendo como uma pessoa pode ser tão fraca a ponto de desistir da mulher mais linda do mundo.

CE_ do que você tá falando seu doido? Eu não desisti dela coisa nenhuma!

Dc_ então por que ela não está com você agora?

CE_ não seja ridículo do contra você sabe muito bem que o pai dela não quer que ninguém chegue perto dela.

Dc_ por isso mesmo você deveria estar com ela, se fosse um filho meu que ela estivesse esperando eu já teria tirado ela de lá há muito tempo.

CE_ você está insinuando que eu deveria seqüestrar a Monica da casa dela?

Dc_ eu não estou insinuando nada, só estou dizendo o que faria se fosse você, mas entre você e eu a muita diferença.

Do contra vai embora e deixa cebola pensativo.

Quando cebola chega a sorveria todos os seus amigos o esperavam, e cascão vendo o amigo o chama pra sentar perto dele, mas repara que ele estava com uma cara conhecida.

Ca_ véi que cara é essa? Não vai me dizer que você ta pensando em outro... Ai eu nem me atrevo a falar.

CE_ cascão eu tive uma idéia brilhante e preciso da sua ajuda e da Magali pra que meu plano dê certo.

Ca_ ai meu Deus eu sabia que conhecia essa cara

Ma_ queeeeee? CE ta doido, já não basta o cascão, tem que me arrastar também pra um desses seus planos malucos?

CE_ relaxa galera, dessa vez vai ser infalível!

Ca_ é disso que eu tinha medo.

Cebola chama os dois pra explicar seu plano em particular.

Ca_ como assim seqüestrar a Monica? Cebola dessa vez você pirou mesmo.

CE_ larga de ser besta cascão vai dar tudo certo eu só preciso que vocês me ajudem.

Ma_ não é por nada não Cê, mas esses seus planos nunca dão certo e isso parece um pouco perigoso, se o pai dela descobre chama a policia pra gente.

CE_ desencana Magali, o pai dela não vai descobrir, é por isso que eu preciso de vocês, você vai lá e me avisa quando ela estiver sozinha pra eu buscá-la em quanto você junta as coisas dela em uma mala, e o cascão fica do lado de fora vigiando pros pais dela não pegarem a gente, é bem simples não tem como dar errado.

Ma_ ai meu pai, aonde foi que eu amarrei meu burro? Tá bom cebola eu ajudo vocês!

CE_ eu sabia que podia contar com vocês – ele da um sorriso- não se esquece de me ligar pra avisar a hora que ela estiver sozinha viu Magali?- e vai embora

Ca_ mas pera ai eu nem disse que concordava.

Ma_ fica quieto cascão, é claro que você concorda!

Na segunda feira de tarde cebola tinha acabado de chegar à padaria pra trabalhar quando seu celular toca.

CE_ alô

Ma_ Cê é a Magali, eu to na casa da Monica vem pra cá agora que os pais dela acabaram de sair.

CE_ mas agora? Eu acabei de chegar à padaria e não tem ninguém pra ficar no meu lugar.

Ma_ anda logo cebola, eu já liguei pro cascão e ele ta vindo também, pede o Quim pra ficar no seu lugar.

CE_ tá, espera um pouco

Cebola vai que nem um louco atrás de Quim e implora pra ele ficar em seu lugar

Quim_ mas cebola eu acabei de sair de lá.

CE_ maga ele não que aceitar o que eu faço?

Ma_ me deixa falar com ele.

Depois que Magali pediu a Quim ele não teve como negar e entregou o celular pra cebola que sai correndo em direção a casa de Monica. Ao chegar lá encontra cascão no portão e pede pra ele ligar caso alguém apareça, sobe as escadas correndo parecia que seu coração ia sair pela boca de tanta ansiedade em vê-la, ao entrar no quarto vê Magali arrumando uma mala com as coisa de Monica e a própria estava deitada em sua cama dormindo.

Ma_ eu quis que você mesmo acordasse ela, ela vai ter uma surpresa enorme quando te ver 

Cebola se aproxima devagar da cama, se abaixa e passa a mão nos cabelos dela e a acorda com um beijo. Ao acordar Monica mal acredita em quem está vendo.

Mo_ Cê... - ela pula em seu pescoço Le dando um abraço apertado- o que você tá fazendo aqui?

CE_ estou seqüestrando você! Vem vamos embora logo, antes que seus pais voltem.

Mo_ espera, eu to só de camisola... Magali pega uma roupa pra mim.

CE_ anda Monica a gente tem que ser rápido.

Mo_ to indo Cê, agora se vira pra eu me trocar.

Monica veste uma bata verde clara de alças de elástico frisado com algumas florzinhas e a parte da barriga um pouco transparente, coloca também uma leg. preta e uma rasteirinha com estras, quando cebola se vira fica paralisado ao vê-la.

Mo_ eu to enorme eu sei, mas não se atreva a falar nada por que isso também é culpa sua.

CE_ não Mô, você tá linda- ele se aproxima e toca na barriga dela- essa barriga só te deixa mais encantadora.

Antes que ela pudesse responder cascão entra no quarto correndo.

Ca_ gente ces não tão ouvindo o celular tocar não, os pais da Monica tão chegando.

Todos se assustam, cascão pega uma das malas e desce as escadas correndo, cebola pega na mão de Monica e vai atrás dele e Magali pega a outra mala e desce por ultimo. Quando cebola e Monica terminam de descer às escadas a porta se abre e alguém entra.

Lu_ o que tá acontecendo aqui?

CE_ dona Luiza eu vim buscar a Monica e a senhora não vai me impedir de leva- La- ele vai em direção a porta.

Lu_ espera!

Mo_ mãe não tenta me impedir eu vou com ele.

Lu_ não filha eu não vou impedir, mas não saiam agora seu pai está ai fora, se escondam na cozinha e assim que ele entrar eu o levo lá pra cima e vocês saem!

Mo_ obrigada mãe- Monica a abraça.

Lu_ de nada querida eu só quero te ver feliz... E cebola toma conta dela e do bebe direitinho, eu estou confiando em você, agora vão logo todos pra cozinha.

Eles se escondem na cozinha e assim que Souza entra Luiza o leva para o quarto pra que eles possam sair. cebola leva Monica pra sua casa, eles entram devagar pra ninguém ouvi-los mas, ao começarem a subir as escadas seus pais vem ver quem estava-la

Dª CE_ cebola o que você ta fazendo... Monica!!!!!!!!!

Seu CE_ o que tá acontecendo aqui?

CE_ pai eu busquei a Monica na casa dela, pra ficar comigo, eu não vou deixar ninguém tira-la de mim- ele fala num tom cheio de coragem, mas estava morrendo de medo deles.

Dª CE_, mas até que em fim, né garoto, achei que você não fosse mais fazer isso.

Seu CE_ é verdade já tava passando da hora.

Monica e cebola se olham surpresos com a atitude dos pais dele e seu cebola continua.

Seu CE_, mas Monica você não pode subir escadas, você esta de repouso, deixa que eu te ajude- ele a pega no colo e a leva pro quarto de cebola

Dª CE_ filho mais tarde eu vou trazer um colchonete pra você, sua cama não cabe vocês dois e a Monica não pode dormir no chão.

Assim que eles saem cebola tranca a porta e vai em direção a Monica que estava sentada na cama. A saudade que um sentia do outro era tão grande que parecia que não acabaria nunca, cebola senta do lado de Monica na cama acariciando o rosto dela.

Mo_ eu senti tanto sua falta- ela diz olhando nos olhos dele

CE_ eu achei que ia enlouquecer sem você- ele a abraça

A felicidade de estarem juntos era tanta que eles não conseguiam conter os sentimentos e a sede de um pelo outro

Mo_ eu te amo Cê- ela já estava ofegante em seu ouvido

CE_ também te amo mais que tudo- ele a beija um beijo intenso e insaciável

Monica também já não se continha mais, estava se entregando cada vez mais nos braços dele, cebola passou a beijar o pescoço dela enquanto ela puxava seus cabelos e arranhava suas costas, ele passava a mão pelo corpo dela e diferente da outra vez não esperou ela deixar, tirou a blusa dela e começou a beijar a parte de seus seios fora do sutiã, Monica estava tão ansiosa por mais dele, que tudo que ele fazia ainda era pouco pra ela, com a mesma sede que ele sentia por ela, ela arrancou a blusa dele, se jogou na cama e o puxou pra cima dela, a felicidade dos dois era tanta que parecia que ia explodir no peito, trazendo cada vez mais sede e intensidade ao momento, o amor que um sentia pelo outro era tão grande que parecia que não avia mais nada atrás daquela porta, fazendo com que eles se esquecessem completamente dos problemas, a cada toque Monica se sentia nas nuvens e cebola se sentia o homem mais poderoso do mundo a cada gemido dela, que ele considerava o som mais doce do mundo. em meio aos gemidos de prazer Monica o abraça bem forte e sussurra em seu ouvido.

Mo_ eu queria que o tempo parasse agora, pra eu nunca mais ter que ir embora

CE_ você não tem que ir, ninguém nunca mais vai tirar você dos meus braços- eles se beijam apaixonadamente.

Quando acabam eles se deitam abraçados e cebola passa a mão na barriga dela que já estava bem grande.

CE_ como que tá o meu neném?

Mo_ é a nossa menina Cê.

CE_ serio, é uma menina?

Mo_ é, é a sua menina.

CE_ tomara que ela se pareça com a mãe- ele da um beijo na cabeça dela- vai ser a menina mais linda do mundo

Eles se beijão, mas de repente um clarão invade o quarto e a porta se abre...