A Garota Do Diário escrita por Miller


Capítulo 11
Awakening


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores lindos! Como vão?
Bem, eu pretendia ter terminado essa fanfic até sexta, mas por conta de alguns imprevistos eu tive de adiar...
Aqui está o capítulo e ele é mais como uma introdução para o fim já que faltam apenas mais 2.
Espero que gostem!



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Parecia como se minha boca estivesse cheia de algodão, minha cabeça pesava e eu não conseguia abrir meus olhos. O lugar onde estava deitado era fofo, o que me fez concluir que eu havia sobrevivido e estava na Ala Hospitalar. Eu devia estar feliz por isso, mas havia algo perdido em minha mente que não me deixava em paz. Eu sabia que tinha algo importante vagando bem próximo de minhas lembranças, algo que me fez perder o controle e ser atingido pelo balaço, mas tudo o que conseguia lembrar era da dor que senti ao bater no chão e na escuridão quando desmaiei.

– Droga, eu não consigo lembrar! – resmunguei comigo mesmo e me surpreendi ao ouvir uma voz responder, vinda de algum lugar à minha esquerda:

– Hey cara, mesmo todo remendado você continua não me deixando dormir – juntei todo meu esforço (que era bem pouco no momento) e forcei-me a abrir os olhos, voltando-me para o lado de onde a voz havia vindo e encontrei com Albus deitado em uma das camas, sua cabeça estava enfaixada, mas ele parecia bem.

Gostaria de ter revirado os olhos, mas eu ainda não estava recuperado à esse ponto. Então falei:

– O que você está fazendo aqui? O que aconteceu? – perguntei, minha voz saindo rouca. Percebi que estava morrendo de sede.

Albus se espreguiçou e sentou-se na cama – o que me causou certa inveja, preciso admitir afinal de contas eu nem conseguia piscar! – e me encarou.

– Depois de você ter ficado completamente... Hum, como é a palavra que papai usa? Ah, sim, você ficou completamente desnorteado, nossa, mamãe ficaria orgulhosa se me ouvisse – ele sorriu e eu bufei (e fiquei feliz por conseguir fazer isso sem sentir uma dor descomunal).

– Tenho certeza que sim, mas poderia continuar? – comentei e ele acenou afirmativamente com a cabeça.

– Bem, depois que você ficou completamente desnorteado sabe-se lá o porquê, um dos batedores da Grifinória aproveitou seu momento de distração e mandou o balaço em sua direção... Cara, eu jurava que você ia desviar, mas PUFF, quando vi você simplesmente estava despencando em direção ao chão. Ninguém teve tempo de fazer nada e ai você já estava lá, caído e esborrachado. A sua sorte, segundo a velha e boa Madame Pomfrey, é que não caiu de uma altura muito grande, foram apenas 10 metros – Albus concluiu com um aceno respeitoso de cabeça. Depois voltou-se novamente à me encarar e arqueou uma sobrancelha. – O que deu em você? Porque você não estava prestando atenção? – ele perguntou.

Remexi-me inquieto na cama, sentindo todos os músculos de meu corpo reclamar pelos movimentos.

– Eu... eu não sei – eu disse, franzindo a testa e forçando a memória na esperança de lembrar o que parecia ter sido apagado de minha mente.

Naquele momento, Madame Pomfrey entrou rapidamente na Ala, com dois copos brancos nas mãos. Ela sorriu ao me ver.

–Ah, você finalmente acordou! – ela disse e veio para o meu lado soltando um copo em cima da mesinha, segurando minha cabeça e empurrando o outro em direção à minha boca. – Beba isso, beba – ela disse e eu engoli o liquido sem nem reclamar. O gosto era horrível, mas amenizou a sede que sentia.

Ela arrumou minha cabeça de volta ao travesseiro e fez a volta, caminhando até Albus com o outro copo na mão.

– É incrível! – resmungou enquanto Albus bebia o liquido (com uma careta bastante engraçada) e ela verificava as faixas da cabeça do garoto. – Parece que essa sorte em atrair machucados passou dos pais para vocês – Madame Pomfrey pegou o copo vazio da mão de Albus e olhou de um para o outro. – Os pais de vocês – olhou para Albus – especialmente o seu, praticamente viviam nesta sala – ela bufou e deu as costas para nós dois, caminhando rapidamente em direção à sua salinha.

Eu e Albus trocamos olhares confusos até que eu percebi que ele não havia respondido à todas minhas perguntas.

– Hey, o que você está fazendo aqui? – perguntei e, me esquecendo completamente de meu estado, tentei me virar para seu lado o que somente aumentou minha dor e me fez soltar uma exclamação que com certeza faria minha mãe lavar minha boca com sabão.

– Vá com calma – Albus disse e fez outra careta. – Cara, que negócio mais horrível – eu arqueei uma sobrancelha para ele e Albus pareceu entender. – Ah, bem, eu não entendi muito bem como foi que aconteceu sabe? Eu estava conversando com a Lily e de repente eu tropecei em um daqueles degraus que somem – balançou a cabeça. – Que idiotice... De qualquer forma eu tropecei e acabei caindo com tudo e bati a testa em outro degrau... Eu não senti muita dor, mas Lily fez um escândalo – franziu a testa. – Sabe, eu acho que ela exagerou um pouquinho... – O rosto de Albus esquentou e eu estreitei os olhos.

– E...?

– E que Rachel estava alguns degraus de distância e viu tudo o que eu fiz... Patético – balançou a cabeça. – Mas quer saber? Eu não sei o que aconteceu, mas depois que me trouxeram para cá por causa do corte que fez na minha testa com o tombo, Rachel veio me ver... E nós estamos... Bem. É.

Sorri para mim mesmo. Tinha certeza de que havia algum plano estranho de Lily naquele ‘machucado’ na cabeça de Albus.

Não percebi, mas em meio aos comentários de Albus sobre seu novo suposto relacionamento com Rachel, eu acabei pegando no sono.




– Lily! Isso é completamente ridículo! – o som de vozes femininas entrou por meus ouvidos em meio ao sono. – Vou ir embora!

– Ora Rose, deixe de ser infantil! Você está aqui para ver o Albus então fique quieta.

– Eu te odeio.

Abri meus olhos – mais facilmente do que antes, o que me alegrou – e me deparei com duas garotas entrando na sala. É claro que eu as conhecia.

E embora meu coração tivesse entrado em aceleração quando vi que Rose Weasley estava ali, algo mais pareceu despertar dentro de mim.

Eu estava voando e o pequeno livrinho verde que ela tinha em mãos foi o que me fez ficar, como diria Albus, desnorteado.

Rose Weasley, simplesmente a pessoa mais improvável, mais definitivamente errada para aquilo, era AGD. A Garota do Diário. A minha garota do diário era Rose Weasley. Grande ironia.

Mas talvez eu soubesse desde o principio, por isso que eu não tinha conseguido acreditar que Lily pudesse ser AGD.

Ignorando completamente o fato de que eu estava com metade de meu corpo enfaixado, eu sentei na cama, fazendo com que as duas soltassem exclamações de susto e que minhas costelas ardessem extremamente.

Eu ignorei.

E não consegui controlar minha boca:

– Você... – encarei-a seriamente. – Você é AGD!

Rose Weasley piscou algumas vezes e seu rosto ficou pálido.

– O... que?



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Notas finais do capítulo

Mandem reviews! Recomendações também me farão muito feliz :)
Besos :*