A Garota Do Diário escrita por Miller


Capítulo 1
First words


Notas iniciais do capítulo

Está é a primeira long-fic de Rose/Scorpius que escrevo, portanto me perdoem os erros...
Eu sonhei que eu escrevia essa fic - yeah, estranho, eu sei - e resolvi postá-la antes que a ideia sumisse da minha mente.
Espero que gostem.
Divirtam-se!



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- Isso não está dando certo – eu disse quando abri os olhos pela terceira vez na mesma madrugada. – Eu quero dormir e você não deixa! – eu resmunguei, virando de lado na cama. Fazia dias que não conseguia dormir direito, sempre acordando no meio da noite, sempre sonhando com a mesma pessoa, sempre pensando na mesma pessoa. – Porque você não me deixa em paz? – eu perguntei como um louco para o quarto escuro.

- Olha só Scorp – uma voz abafada saiu do meio das cobertas na cama ao lado. – Eu sei que você não teve uma boa infância e que ainda tem amigos imaginários – de repente a cabeça de Albus emergiu das cobertas. – Mas será que dá para você mandá-los embora e pedir para voltarem outra hora? – ele disse. – Ou então arranje alguma outra coisa que faça menos barulho, como um diário se você quiser desabafar, mas, por favor, pare de falar e me deixe dormir – ele disse com um olhar assassino antes fechar os olhos e voltar a desaparecer no meio do edredom.

A culpa não era minha se eu acordava no meio da noite porque ela invadia os meus sonhos.

Bufei e virei para o outro lado da cama, puxando as cortinas e tentando me concentrar em NÃO sonhar, mas foi inútil, porque no momento em que voltei a cair no sono, ela me perseguiu.

 Novamente acordei e já estava até abrindo a boca para xingar até a última geração dos Weasley por terem feito aquela criatura existir, mas ai eu lembrei que Albus estava dormindo e que provavelmente me mataria asfixiado com o seu travesseiro se eu o acordasse novamente.

Santa Merda.

Nem dormir eu podia.

Rolei para fora da cama e tentei fazer o menor barulho possível quando desci as escadas para a sala comunal da Sonserina. Não havia ninguém lá, graças a Merlin, então eu poderia ficar acordado em paz – já que a opção ‘dormir’ estava fora de questão.

Atirei-me em uma das poltronas e fiquei olhando para a lareira escura – há essa hora o fogo já havia sido consumido.

Meus olhos estavam tentando se fechar, mas eu realmente não queria dormir. Não se a perspectiva era tão horrível.

Foi ai que meus olhos – quase grudados de sono – encontraram um pequeno livro em cima da mesa. Era verde claro sem estampas, com uma fita para marcar paginas. Estiquei a mão e o abri, mas não havia nada escrito apenas a frase: “Eu não paro de sonhar com ele.” Na primeira folha, em uma caligrafia desconhecida.

Estranho.

Tentei investigar, com um feitiço, se o livro não tinha nenhuma magia negra, mas não havia nada incriminante.

E de repente outras palavras apareceram, como se alguém as estivesse escrevendo enquanto eu lia.

“Isso está ficando realmente ridículo, porque eu nem consigo mais dormir. Minha prima reclama que eu falo durante a noite, mas o que eu posso fazer? Ele NÃO devia estar nos meus sonhos, isso está me irritando além do que eu posso suportar..”.

Meus olhos se arregalaram depois que eu acabei de ler e eu larguei o livro rapidamente, como se tivesse me queimado.

Isso era estranho, muito estranho. E mais letras apareceram.

“Eu estou na sala comunal agora, encarando a lareira com os restos do fogo sem saber o que fazer. Porque isso insiste em acontecer?”

Eu olhei para os lados antes de olhar para o livro novamente. Era como se o livro estivesse lendo os meus pensamentos, porque eu também estava na sala comunal olhando para a lareira porque eu não conseguia dormir por estar sonhando com alguém.

Será que esse livro lia mentes? Bem, eu achei meio improvável já que o livro se referia a ‘ele’ e não a ela. A menos que ele lesse pensamentos invertidos, ou que o livro fosse gay, coisa que não parecia muito certa. Então talvez fosse como aquelas moedas da AD – que Albus me contou uma vez – que as pessoas usavam para se comunicar.

Guardei o livro no bolso do meu pijama e subi para o quarto novamente, peguei uma pena e um tinteiro e deitei na cama, fechando as cortinas.

Assim que abri o livro outras palavras estavam escritas ali.

“Eu estou caindo de sono, mas eu não me atrevo a ir para o meu quarto e ter de ouvir as garotas reclamarem. Acho que vou ficar por aqui mesmo e...”

“Oi.”

Escrevi rapidamente testando minha tese.

Ai meu Merlin, acho que estou ficando louca, porque eu juro que palavras apareceram no meu diário. Ou talvez seja o sono mesmo...

‘Não é o sono, estou escrevendo de outro diário. Quem é você?”

“Escrevendo de outro diário? Isso parece com algumas coisas que minha mãe me contou... Você é Tom Riddle? Porque se for eu juro que vou cravar uma presa de basilisco nesse livro.”

“Não eu não sou Tom Riddle...”

“É claro que você não diria se fosse!”

“Hey! Eu estou falando sério, eu só encontrei um livro em cima da mesa da minha sala comunal e resolvi abri-lo e o que você escreveu apareceu aqui.”

Nossa, que garota mais doida.

“Sabe que isso é muito suspeito? E... ESPERA AI, VOCÊ LEU O QUE EU ESTAVA ESCREVENDO?”

“Bem...”

“DEIXE SÓ EU DESCOBRIR QUEM VOCÊ É! VOU ACABAR COM VOCÊ! ONDE É QUE JÁ SE VIU LER ASSIM, INVADINDO A PRIVACIDADE DOS OUTROS!”

“Hey, se acalme, eu não fiz por mal, as palavras simplesmente apareceram do nada. Você não pode me culpar por ler.”

“Quem é você?”

“E você acha que vou te dizer depois da ameaça que você fez?”

“Quer saber? Eu vou é jogar isso aqui fora, se algum estranho intrometido pode ler o que eu escrevo”

“Faça o que bem entender” – Eu heim, garota mais estressada.

“Vá se ferrar, invasor de privacidade alheia”

“Vá se ferrar você! Isso que você tem só pode ser falta de...”

“Se você concluir essa frase eu juro que eu descubro quem você é e cravo uma presa de basilisco em VOCÊ!”

“Falta de homem”

Eu esperei que mais palavras aparecessem, mas nada foi escrito então eu conclui que talvez ela tenha jogado o livro fora mesmo.

- Estranho – eu falei comigo mesmo.

Guardei o livro embaixo do meu travesseiro e me ajeitei na cama.

Quem será que era a garota que estava escrevendo? E porque o modo de falar – escrever – parecia familiar?

Eu realmente não vi como nem quando, mas eu dormi. No outro dia, quando uma travesseirada de Albus me atingiu em cheio no rosto, eu acordei pasmo, sem acreditar que não havia sonhado com nada.

E enquanto Albus se arrumava no banheiro eu puxei o livro debaixo de meu travesseiro.

“Tome cuidado por onde anda garoto, tenho uma presa de basilisco na minha bolsa a partir de agora”

Um sorriso se formou em meu rosto ao ler o que ela havia escrito.


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Notas finais do capítulo

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