Heart And Soul escrita por CDJ


Capítulo 52
LII


Notas iniciais do capítulo

lembrando que esse POV do Justin começa na onde o último POV dele parou (quando ele vai pro quarto da Liv pra dormir lá)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/171241/chapter/52

 Justin's POV


 Chorei naquela noite feito um bebê. Eu não chorava daquele jeito por uma garota desde... Bem, nunca. Eu nunca havia chorado aquele tanto por uma garota. Acho que nem se uma das minhas namoradas tivesse morrido eu teria chorado tanto.

 Já passava das três da manhã quando saí para ir ao banheiro. Liv dormia tranquilamente no sofá e a TV estava ligada. Escutei alguma coisa e então me aproximei dela. Ela continuou falando algo que eu não conseguia entender e se remexia no sofá, como se estivesse tendo um pesadelo. Eu me ajoelhei ao lado dela no sofá.

 – Justin – ela murmurava e se remexia – Justin.

 – Estou aqui, Liv – eu lhe disse.

 Ela abriu os olhos por um segundo e se acalmou. Fechou os olhos de novo e se virou de frente pra mim. Agarrou minha camiseta e apertou forte.

 – Não vá embora – murmurou.

 Aquilo me atingiu como um soco na cara. Meu Deus, ela estava tendo um pesadelo. Um pesadelo comigo. Um pesadelo na onde eu ia embora. E ela não queria que eu fosse embora. Meu Deus, ela me amava. Agora eu entendia aquilo.

 Todas as vezes em que ela havia me dito que tudo havia sido um erro e que ficou me lembrando que eu tinha namorada, era só porque ela me queria para ela. Ela me amava. E eu havia sido um retardado em não ter percebido aquilo antes.

 Observei-a dormir por alguns minutos, sorrindo feito um idiota.

 – Nunca vou embora, Liv – murmurei.

 Beijei sua testa e então me afastei, desfrouxando a mão dela da minha camiseta. Caminhei até o banheiro e lavei o rosto. Voltei para o quarto e peguei meu celular. Liguei para o número de Selena e esperei que ela atendesse.

 – Bebê, por que está me ligando a essa hora? – ela perguntou.

 Fechei a porta do quarto e comecei a tirar os sapatos.

 – Selena, precisamos conversar.

 – Tudo bem, pode falar.

 – Olha só, eu não acho que esteja dando certo entre a gente.

 Eu me sentei na cama e desabotoei a calça.

 – Sobre o que você está falando, Justin? – ela perguntou, num tom de voz desesperado.

 – Sobre nós – suspirei – Você sabe muito bem que nosso namoro anda mais pra lá do que pra cá. Acho até que você já estava esperando por essa ligação.

 Selena suspirou também.

 – Você vai terminar comigo? – ela perguntou.

 – Quero dar um tempo no nosso namoro.

 Silêncio por um longe espaço de tempo. Selena parecia estar medindo as palavras.

 – Eu sabia que teria que me preocupar com ela.

 Franzi as sobrancelhas e tirei a jaqueta. Do que ela estava falando exatamente?

 – O que?

 – Você acha que eu não vejo o jeito que vocês se olham? Ou como você fica quando está com ela? O jeito que você tenta provocar ciúmes nela comigo?

 Não consegui dizer nada. Todo aquele tempo, Selena havia percebido o quanto eu gostava de Liv. Mas por que ela havia se submetido à tudo aquilo? Por que não conversou comigo, por que não me proibiu de falar com ela, por que não fez algo a respeito? Eu não conseguia entender por que ela não havia feito nada.

 – Você acha que eu sou tão burra assim, Justin? Eu percebi tudo – ela disse.

 Abaixei a cabeça. Agora eu estava me sentindo mil vezes mais culpado.

 – Desculpa. Eu sinto muito mesmo. Não queria te machucar. É por isso que quero terminar com você. Não quero que nada aconteça enquanto ainda estivermos juntos, entende? Não seria justo com você nem com a Liv – murmurei.

 – É bom saber que você tem a decência de me dizer isso – Selena disse – Mas já vou te avisando: Liv não gosta de você do jeito que pensa.

 Dei risada ao escutar aquilo. Ela nem ao menos conhecia Liv. Ela não havia visto o que eu havia acabado ver: Liv tendo pesadelos sobre me perder e me pedindo pra ficar. Liv me amava, mais do que Selena jamais seria capaz de amar. E eu a amava tanto que doía. Mas era uma dor suportável. Suportável porque agora sabia que ela me amava também.

 – Quem sou eu pra discordar do que você diz – eu disse, cansado demais pra argumentar com Selena.

 – Estou falando sério. Você ainda vai se machucar por causa dela e vai me pedir pra voltar. E eu vou te aceitar de volta, porque eu te amo – ela concluiu.

 – Tá bom, Selena. Veremos. Mas não importa o que aconteça, sempre vou amar Liv.

 E então Selena desligou na minha cara. Encarei o telefone, boquiaberto. Eu estava pouco me importando com ela, é claro. Mas aquilo havia sido extremamente rude! Não se desliga o telefone na cara das pessoas. Se ela esperava que eu fosse ligar de volta, estava muito enganada.

 Terminei de tirar a roupa e dormi logo depois. Quando acordei, caminhei direto para o banheiro. Vi Liv, Louie e a mãe dela na cozinha, mas não disse nada. Eu realmente não era uma pessoa matutina. Lavei o rosto no banheiro e me encarei no espelho por uns bons três minutos e me convenci a me jogar em cima de Liv.

 Ela me amava, eu sabia daquilo agora. Mas tinha que ter certeza. Portanto, eu ia tentar de tudo com ela naquele dia. Se ela correspondesse, era porque me amava também. Fui para a cozinha logo depois e lhe dei um beijo na bochecha. Tomei café e até abracei-a por trás uma hora. Ela parecia tão feliz por estarmos daquele jeito.

 Convenci a mãe dela a deixa-la ir pra Orlando e, quando ela foi arrumar a mala de Louie, puxei-a e selei os lábios nos dela rapidamente. Ela não me negou, não me olhou feio, não me deu um tapa. Sorriu e desviou o olhar, além de ficar corada.

 Depois, quando ela estava no quarto arrumando a mala, puxei-a para o meu colo e ela me beijou. Ela me beijou. Aquele foi o maior sinal de todos. Liv me amava tanto quanto eu a amava. E ela me aceitava de qualquer jeito agora. Enquanto nós saíamos de mãos dadas para pegar o carro, esqueci de mencionar que havia terminado com Selena. Mas Liv não havia perguntado nada e não pareceu estar querendo falar no assunto. Nós poderíamos conversar melhor sobre isso em Orlando. E, quando voltássemos, poderíamos começar a sair como um casal de verdade.

 Enquanto entrava na Land Rover e me sentava ao lado de Liv, não conseguia parar de olhar pra ela. Eu não me perguntava o que havia feito pra ficar com ela, do mesmo jeito que me perguntava quando estava com Selena. Quando eu olhava pra Liv, só agradecia. Porque nós realmente éramos perfeitos um para o outro. Por isso que eu sempre me senti tão confortável ao lado dela. E pensar que Ryan esteve certo aquele tempo todo me fez rir. Liv era realmente a garota perfeita pra mim.

 – No que está pensando? – Liv me perguntou quando a Land Rover começou a andar.

 – Em você – respondi.

 Liv deu risada e apertou minha mão um pouquinho mais forte.

 – Mas eu estou bem aqui.

 – Você não sabe o quanto rezei por isso – sussurrei.

 Liv me olhou nos olhos, sorriu novamente e selou os lábios nos meus. O era pra ser só um selinho tornou-se num beijo bem mais atrevido do que o pretendido. Coloquei a mão na nuca de Liv e puxei-a para mais perto de mim. Ela se derreteu e quase me levou junto. As mãos dela passaram a desarrumar meu cabelo. Minha outra mão estava posicionada em sua coxa. Não tentei nada naquele momento, até porque seria loucura e eu não queria apressar nada entre nós dois.

 Nós só nos soltamos quando Louie nos chamou.

 – Ei, vocês dois – disse a garotinha – Já chegamos.

 Descolei os lábios dos de Liv e mandei um sorriso pra Louie. Liv se virou pra irmã e deu risada, afagando os cabelos dela. Moshe abriu a porta do banco de trás pra nós e ajudou Louie a descer. Liv deslizou pelo banco, mas eu a puxei antes de descer do carro e lhe dei o selinho de antes.

 – Você anda ficando cada vez mais atrevido, Bieber – ela disse, sem fôlego.

 – A culpa é toda sua, Mayes. Você me provoca.

 – Eu não faço nada! – ela disse, toda inocente.

 – Você sabe muito bem o que faz, Liv Mayes.

 Passei a língua pelos lábios e encarei-a maliciosamente. Liv encarou meus lábios e depois me olhou nos olhos. No segundo seguinte, estava se jogando em cima de mim enquanto soltava o mesmo som de desejo reprimido de antes. Caí deitado no banco, com Liv em cima de mim. Ela me beijou de novo e eu enlacei sua cintura com os braços, apertando-a forte. Ela voltou a mexer no meu cabelo. Eu não me importava mais se ela desarrumasse, porque agora sentia que meu cabelo estava lá pra ela fazer o que quisesse com ele.

 Liv descolou os lábios dos meus quando ouviu Moshe pigarrear.

 – Por acaso, percebi o que você fez no cabelo. Muito bom, Bieber – ela disse, sorrindo.

 Ela se sentou no banco de trás de novo e saiu do carro. Saí logo atrás dela.

 – É, acho que aquele cara de cabelos escuros não era eu – respondi, dando de ombros.

 – Não era mesmo. Esse é o Justin que eu conheço – ela apontou pro meu cabelo – Esse é o meu Justin.

 Dei risada e assenti.

 – Sim, o seu Justin – abracei-a pela cintura.

 Liv deu risada de novo enquanto nós entrávamos na casa do meu pai. Louie estava de mãos dadas com ela e, quando entramos, só estava meu pai com as crianças em casa. Erin havia saído pra trabalhar horas antes e já havia deixado a mala das crianças pronta. Moshe levou a mala para o carro enquanto eu, Liv e Louie almoçávamos. Depois nós ficamos assistindo um pouco de TV pra dar o horário de ir para o aeroporto. Liv se sentou do meu lado e nós ficamos de mãos dadas durante o episódio de Bubble Guppies inteiro. Jazzy até estranhou.

 – Vocês estão namorando agora? – ela perguntou.

 – Estamos – respondi – Você deixa?

 – Claro! Jaxon, o Bieber tá namorando com a Liv – ela disse, chamando o irmão mais novo.

 Jaxon apareceu do lado da irmã e subiu no colo de Liv, dando um beijo na bochecha dela. Jazzy também deu um beijo na bochecha dela. Liv começou a rir.

 – Tia Liv! – disse Jaxon.

 – Oh, meu bem – Liv disse, beijando a testa de Jaxon e de Jazzy – Amo tanto vocês.

 – A gente também te ama – Jazzy respondeu.

 Liv começou a rir e eu apertei ainda mais sua mão.

 – Acho que já temos uma família só nossa – sussurrei no ouvido de Liv.

 – É a família que eu sempre quis – ela respondeu com um sorriso choroso.

 Selei os lábios nos dela.

 Nós nos levantamos logo depois e caminhamos até o carro. Louie estava no meu colo. Liv estava carregando Jaxon e dava uma mão pra Jazzy. Ela e as crianças entraram no banco de trás. Coloquei Louie junto com meus irmãos atrás e entrei no banco do passageiro. Fomos direto para o aeroporto.

 Moshe que carregou o carrinho com todas as nossas malas. Ele não estava muito feliz com aquilo, mas não reclamou. Entramos na sala de embarque, passamos pelos procedimentos de segurança e revista e depois entramos no avião. Eu havia comprado passagens na primeira classe pra todo mundo. Nas cadeiras em pares estavam: Jazzy e Jaxon; Liv e eu; Moshe e Louie.

 Louie começou a conversar com Moshe sobre bonecas e desenhos animados e ele pareceu até bastante entretido na conversa enquanto ela contava sobre os presentes que havia ganhado de Natal. Liv deu risada da cena.

 – Você se importa se eu dormir um pouquinho? – perguntei – Fui dormir tão tarde.

 – Tudo bem, amor – ela respondeu.

 Só depois ela percebeu que havia me chamado de “amor”. Pela segunda vez na vida. Ela me encarou boquiaberta e de olhos arregalados. Dei risada e lhe dei um beijo mais longo do que um selinho, mas bem menos entusiasmado quanto os últimos.

 – Você não se importa se eu te chamar assim? Não é rápido demais? Não é muito estranho? – ela sussurrou entre o beijo.

 – Você pode me chamar do que quiser – afirmei – Menos de Juju.

 – Mas Juju é tão fofinho – ela pediu, descolando os lábios dos meus.

 – Não é, não – repliquei, fazendo beicinho.

 Liv deu risada e me beijou de novo.

 – Ah, meu Deus. Preciso te deixar dormir – ela se afastou de mim de novo.

 – Tudo bem se não quiser me deixar dormir – respondi, maliciosamente – Mas vai ter que me manter entretido.

 Liv deu um tapa no meu ombro e me encarou, chocada.

 – Você sabe que eu estou brincando, amor.

 – Às vezes tenho certeza que você está falando sério.

 – É porque toda brincadeira tem seu tom de verdade – pisquei pra Liv.

 – É bem provável que você esteja certo – Liv concordou – Agora você precisa dormir.

 – Preciso mesmo.

 – Então vai, dorme – ela riu.

 – Não consigo parar de olhar pra você.

 Liv ficou parecendo um pimentão e desviou o olhar, soltando uma risadinha envergonhada. Puxei seu queixo e fiz com que ela me encarasse. Beijei-a pela última vez naquela viagem e fiz questão de que ela se lembrasse daquele beijo. Foi intenso, audacioso e de tirar o fôlego. Liv não conseguia respirar direito depois de me soltar e eu estava muito cansado para fazer qualquer outra coisa além de sorrir.

 Fechei os olhos e ela beijou minha testa. Pude dormir por aquele pequeno espaço de tempo na maior felicidade do mundo. Agora eu não precisava mais sonhar em estar com ela. Eu já a tinha toda para mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

WEEEEEEE, FICOU MUITO FOFO FEAT LINDO FEAT PERFEITO. EU SEI, ESSES DOIS SÃO TÃO LINDOS QUE ME DÁ VONTADE DE CHORAR *-*
LEMBRAAAAAAANDO que estou postando no fanficscdj.tumblr.com e no animespirit.com.br/cbdd6277
Love, Sex, Marriage já está disponível dos dois também ;)
Então é isso, esse capítulo foi lindos e SIM, vão ter mais capítulos assim :) Mas nem tudo são rosas. Fiquem só imaginando o quanto eu vou ser má no fim da temporada, porque nem chega perto do que eu tenho em mente MUAHAHAHAHA
Beijos e tia Carmen ama vocês ♥