Harry Potter E O Toque Da Morte escrita por RTafuri


Capítulo 9
A VERGONHA DE NEVILLE


Notas iniciais do capítulo

De volta em 2004, eu sempre achei que o Professor Snape podia ser muito mais desagradável do que os cinco primeiros livros já haviam demonstrado. Aproveitei a oportunidade também para confirmar a personalidade "mother hen" da Professora McGonagall.



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Hermione demonstrou um comporta-mento que não se esperaria de um monitor.

— Malfoy está detido! Malfoy está detido! — A garota quase dançava ao entrar no Salão Principal. — Logo no primeiro dia! Malfoy está detido!

— Não se esqueça que o Crabbe e o Goyle também — disse Rony. — Ei! Esperem. Eu volto logo, vou falar com madame Pomfrey e com o Filch. Depois eu encontro vocês.

Harry olhou para Hermione e ela só disse uma palavra:

— Louco.

— Completamente — disse Harry. — Vamos almoçar?

— É. Vamos.

Eles se sentaram e Harry consultou mais uma vez o seu horário.

— Ah, Hermione — disse ele com uma cara quase de nojo — Acho que eu não vou almoçar.

— Por quê?

— Nós temos aula do Snape daqui a pouco e eu não quero ter nenhum tipo de indigestão.

— Dá pra parar de graça? Você tem aula de Oclumência hoje e ainda tem treino de Quadribol.

— Tá bom. Tá bom. Se for assim, eu almoço — disse Harry rindo.

— Harry, as poções! Dá cinco minutos — disse Hermione dando um tapa na testa e saindo correndo do Salão Principal. Nos cinco minutos que ela havia prometido, a garota retornara com uma caixa na mão.

— Aqui estão. Três mostras de Poção Polissuco para um dia transformações. — Hermione se sentou ao lado de Harry e começou a almoçar.

Quase perto da hora da sineta tocar mais uma vez, avisando o final do almoço, Rony apareceu, a cara de pura felicidade.

— Falei com eles — disse Rony se sentando ao lado de Hermione, deixando a garota entre ele e Harry. — Filch ficou bem feliz de saber que teria alguém para limpar a Sala dos Troféus e os dois concordaram em me avisar se Crabbe e Goyle cumpriram direito a detenção. Esse ano o Malfoy, o Crabbe e o Goyle vão se arrepender de terem entrado para aquela Brigada Inquisitorial na quinta série. Ah, vão. Tiraram todos os pontos da Grifinória.

— Rony — disse Hermione —, eu tinha certeza ao achar você uma pessoa vingativa.

— O sinal. Vamos — Harry cortou Rony antes que ele pudesse pensar numa resposta para Hermione.

— O que a gente não faz para conseguir virar um auror — disse Rony entrando no corredor que levava à masmorra das Poções, onde poucos alunos da Grifinória e quase toda a Sonserina estava à espera.

— Para dentro — disse a voz fria e seca do Professor Snape ao abrir a porta da masmorra. Harry se sentou entre Rony e Hermione no fundo da sala, o mais distante o possível de Snape — Boa tarde — continuou ele secamente. Harry, porém, achou um grande avanço na educação social do professor — vejo que vocês conseguiram, obtiveram suficientes N.O.M.s em Poções para estarem aqui hoje — Snape se virou para Neville e Harry já podia imaginar o que estaria por vir — Longbottom. Mas que surpresa é ver você aqui. Sabe, se a letra “L” não tivesse a distância que tem da letra “G” eu juraria que quem fez o seu exame foi a Srta. Granger. Mas, fazer o que. Só terei que aturar a sua burrice dois anos mais do que eu havia pensado — Harry achou aquilo um absurdo, mas não queria ganhar uma detenção no primeiro dia de aulas novamente. Snape, ao ver que Neville ficou mais vermelho do que um rubi, virou-se para a turma da Sonserina, que estava sentada nas primeiras carteiras.

— Vejo que os meus alunos não me decepcionaram. Parabéns. Por isso, eu concedo à Sonserina vinte pontos — isso já era fora dos limites de qualquer pessoa. Harry olhou para Rony e vira que ele estava prestes a xingar o Professor Snape, quando Hermione pisou o seu pé. — Agora — Snape pareceu ter percebido o que acontecera, pois olhava para Rony, Hermione e Harry com a pior cara que Harry já vira — vamos deixar de conversa e trabalhar. Vocês começarão hoje a fazer a Poção do Emagrecimento, as instruções, estão no quadro. Qualquer material de que vocês não disponham, podem usar o Armário dos Alunos. Ao final da aula, quero uma mostra da a Poção do Emagrecimento e a Poção Polissuco que eu passei para que vocês fizessem durante as férias — Snape, com um aceno de varinha, fez com que as instruções aparecessem no quadro negro e que a porta do Armário dos Alunos se abrisse. — Comecem.

Harry engoliu a raiva que sentia por Snape e começou a preparar o seu caldeirão para preparar a Poção do Emagrecimento. Quando a fumaça começou a subir pela masmorra e Harry não mais conseguia ler o que estava escrito no quadro, ele retirou os óculos, pegou a varinha, tocou os óculos com ela e disse baixo, para que Snape não escutasse:

Verno!

Harry recolocou os óculos e parecia que a fumaça voava além do campo de visão dele. Harry acrescentou algumas ararambóias, vários espinhos de porco-espinho e exatamente trinta e sete pedaços iguais de pele de cobra ressecada à sua poção. Eram necessários cento e oitenta e três gramas de pernas de aranha-macho viva, que os alunos não possuíam e que se tinha que extrair na hora. Harry se dirigiu até o Armário dos Alunos e teve de pegar as de Rony também, o garoto se recusou absolutamente a arrancar as pernas das arranhas, quando o professor Snape falou:

— Por favor, coloquem as aranhas sem pernas neste recipiente de pedra negra na última prateleira do armário.

Harry obedeceu. Ele havia usado quase cem aranhas e as colocou no recipiente que Snape mencionara. Tomou um susto ao ver o que acontecia com as aranhas depositadas ali. Elas se desmanchavam até virar um líquido bem ralo que, quando Harry achou que ia transbordar, desceu para uma garrafa que se encontrava na base do recipiente.

Harry voltou para o seu caldeirão quando Snape mais uma vez falou para a turma:

— Agora, a poção deve estar com a cor azul elétrico, após acrescentarem as pernas de aranha, mexam dezoito vezes no sentido anti-horário e ela deverá ficar verde ácido.

Foi o que aconteceu com a poção de Harry, com a de Rony também e, sem dúvida, com a de Hermione. Mas Neville não ia tão bem assim. A poção do garoto estava começando a ficar um tom de roxo berrante.

— O que será que eu falei, menino imbecil?! — disse Snape olhando pela poção de Neville — Dezoito vezes no sentido anti-horário. Dezoito, menino. Diga-me, sinceramente, Longbottom. Será que você não sabe nem ao menos contar? Você, menino, fez a sua casa perder dez pontos, e se não sumir com esta poção da minha frente, serão cinquenta. Vamos, suma com isso.

Neville fez a coisa errada. Tentou usar magia para limpar o caldeirão. Ele ergueu a varinha, gaguejou E-eva-nesco e toda a poção espirrou na cara do Professor Snape, que ficou furioso e com a face cheia de rugas pelo efeito da poção mal feita de Neville. Snape parecia que ia explodir e disse com uma fúria nunca vista antes:

— Trinta pontos, por usar magia na minha aula. Cinquenta pontos e um mês de detenção pelo o que você fez comigo. Estúpido. Agora vá, saia da minha sala. Anda!

Neville saiu da sala, quase chorando e tropeçando em tudo o que estava pela frente, a varinha ainda segura com força na mão. A cara de Snape cada vez mais enrugada fazia dobras a cada centímetro e escondia até o nariz absolutamente grande dele. O Professor apontou a varinha para si próprio e disse:

— Evanesco!

E a face dele voltou ao normal, mas a fúria estava longe de ir embora. Ele apontou para a sua mesa e disse:

— Deixem aqui suas poções e saiam da minha aula.
Nunca um segundo aviso foi tão desnecessário. Faltando ainda quinze minutos para o fim da aula de poções, todos os alunos pegaram imediatamente tubos, encheram eles com a Poção do Emagrecimento, tiraram as suas mostras de Poção Polissuco da mochila e levaram as duas poções até a mesa do professor e saíram da masmorra.

Alguns alunos da Sonserina iam em direção ao Corredor das Transfigurações e a turma da Grifinória em direção ao Corredor dos Feitiços. Eles ficaram ao longo do corredor até a sineta tocar e vários alunos da segunda série saírem da Sala do pequeno Prof. Flitwick. Neville ainda não aparecera.

— Boa tarde, boa tarde. Gostaria, antes de mais nada, de parabenizá-los pelos excelentes resultados que vocês tiveram nos Níveis Ordinários em Magia. Gostaria também, de avisá-los que, como vocês estão na sexta série, o primeiro ano dos N.I.E.M.s, vocês farão exames simulados ao final deste e do próximo trimestre. As provas serão escritas e práticas, mas mensalmente vocês farão exames práticos de Feitiços em N.I.E.M.s. Agora, vamos iniciar a nossa aula. Hoje vocês vão fazer o feitiço de transporte. É bem simples, olhem.

O Prof. Flitwick conjurou um bloco de aço e o colocou sobre a sua mesa, ele brandiu a varinha em direção ao bloco e disse em voz alta:

Mobilieva! — O bloco desapareceu em uma fumaça cor de prata. O Prof. Flitwick apontou para o outro extremo da sala, brandiu a varinha novamente e dissera em voz alta:

Mobiliconjur! — e o bloco se materializou exatamente onde o Prof. Flitwick havia apontado a sua varinha.

— Tentem agora, por favor. — O Prof. Flitwick acenou mais uma vez a varinha e conjurou um bloco relativamente menor na mesa de cada aluno. — Levem o bloco da sua mesa até o chão. Podem começar.

Harry achou aquilo realmente fácil. Mas parecia o único (obviamente com a exceção de Hermione) a ter esta opinião. Quase ninguém conseguia fazer o bloco de aço desaparecer de cima da mesa, e os poucos que conseguiam, não eram capazes de fazê-lo reaparecer no chão.

— Os alunos que conseguirem levar o bloco até o chão, podem ficar mudando ele de lugar conforme quiserem — disse o Prof. Flitwick ao ver que só os blocos de Harry e Hermione estavam no chão. Harry levou o bloco dele para cima da mesa de Hermione, para debaixo do armário que se encontrava atrás de mesa do Prof. Flitwick, para fora da Sala de Feitiços e assim ficou por um bom tempo, até o prof. Flitwick falar:

— Ei! Potter! Tente algo maior. — O professor conjurou na mesa de Harry um bloco de aço ainda maior do que o próprio Flitwick usara. Harry brandiu a varinha e disse:

— Mobilieva! — O bloco evaporou da mesa de Harry, o garoto apontou a varinha para o chão e disse:

— Mobiliconjur! — O bloco reapareceu no chão. Harry ficou passeando com o bloco pela sala, quando Rony, irritado, disse:

— Dá pra parar de se amostrar?

Harry riu e continuou a passear com o bloco pela sala de aula. Agora, alguns alunos mais conseguiam também levar o bloco pequeno até o chão e começaram também a passear com o bloco pela sala. Finalmente, Rony fizera com que o seu bloco aparecesse no chão e com bastante excitação na voz, ele gritou Mobilieva, deve ter sido por isso que o bloco foi parar em cima da cabeça dele.

— Muito bem! Parabéns a todos! Agora — o Prof. Flitwick fez aparecer vários objetos de diferentes tamanhos no chão da sala — cinquenta pontos para quem conseguir colocar o maior número de objetos dentro do meu armário. E para ser justo, sinto informar que Potter não poderá participar.

Rony surpreendeu a si mesmo. O garoto conseguira os cinquenta pontos, só deixou um objeto no chão da sala e, para a sua maior surpresa, colocou todos corretamente dentro do armário do Prof. Flitwick.

Passados cinco minutos, a voz do Prof. Dumbledore se ampliou magicamente por toda a Hogwarts:

— Atenção todos os membros da Ordem da Fênix. Compareçam imediatamente ao meu escritório para uma reunião extraordinária.

O Prof. Flitwick conjurou vários objetos pela sala, mandou que os alunos praticassem e saiu da sala.

— O que será desta vez? — Perguntou Rony olhando preocupado para Harry e Hermione.

— Não faço a mínima idéia — respondeu Harry.

— Nem eu — disse Hermione. — Só espero que ninguém tenha morrido. Não novamente.

— É. Tomara que não — disse Harry sem saber se ficava esperando alguma coisa ou praticava os feitiços que o Prof. Flitwick mandara. Ele decidiu praticar para não pensar no que poderia ter acontecido. Pelo visto, Rony e Hermione pensaram a mesma coisa, por que quase ao mesmo tempo, os três ergueram as varinhas, apontaram para um objeto no chão e disseram:

— Mobilieva!

Cada um apontou para um local diferente na sala e disse:

— Mobiliconjur! — Os objetos apareceram onde eles mandaram e assim os três ficaram quase vinte minutos, quando o Prof. Flitwick retornou à sala e chamou Rony até a porta. Passado pouco mais de um minuto, os dois entraram pela sala, a cara de Rony não era das melhores.

— O que foi? — Perguntaram juntos, Harry e Hermione.

— Percy foi atacado. Por Voldemort em pessoa. Está no St. Mungus e não se sabe se ele vai sobreviver.

Harry se sentia péssimo. Percy havia sido atacado. Como estaria a Sra. Weasley agora? Como ela se sentiria ao saber que o seu filho fora atacado?

Quando a sineta tocou, Harry nem se deu conta de que tinha de sair da sala. Quando todos já haviam ido embora, Hermione apareceu à porta e o chamou:

— Harry! Vamos! Nós já estamos atrasados!

— Ah. Sim. Espere um pouco. Arrumar Mochila!

Harry arrumou suas coisas, saiu da sala do Prof. Flitwick com Hermione e se dirigiu ao Corredor das Transfigurações com o resto da Grifinória. Neville permanecia ausente. A porta da sala já estava aberta, não havia mais nenhum aluno da Sonserina dentro dela e a professora Minerva McGonagall já estava à espera dos alunos.

Harry se sentou no final da sala, entre Rony e Hermione. Quando todos se acomodaram, a professora McGonagall começou a falar:

— Boa tarde e benvindos ao primeiro ano dos Níveis Incrivelmente Exaustivos em Magia. Creio que alguns professores já os avisaram na disciplina deles, mas comigo eu vou falar. Vocês farão provas simuladas dos N.I.E.M.s uma vez por mês. Farão provas práticas e escritas. No final deste trimestre e do próximo, vocês farão os exames de N.I.E.M.s do ano anterior e do seu antecessor. Sr. Potter, será que o Sr. pode me entregar esta grande caixa atrás do senhor, por favor?

Harry percebeu que seria difícil carregar a caixa com as mãos, então levantou a varinha, a apontou para a caixa e disse:

— Mobilieva! — Rony não fez uma boa cara.

— Ao lado da minha mesa, por favor.

Harry apontou a varinha para a lateral da mesa da professora McGonagall e disse:

Mobiliconjur!

— Parabéns, Potter. Cinquenta pontos para a Grifinória.

Harry se sentiu burro. Cinquenta pontos para a Grifinória por causa de um feitiço transporte? Foi quando ele se lembrou dos resultados que ele obtivera nos N.O.M.s e só podia ser a isso que a professora McGonagall estava se referindo.

— Pois muito bem, — continuou a Professora antes que alguém pudesse perguntar por que Harry ganhara cinquenta pontos — hoje nós vamos dar vida a objetos quaisquer. Prestem atenção. — A professora apontou a varinha para a caixa, a abriu com um acendo de varinha e tirou de lá uma grande estátua de pedra de uma bruxa com a varinha apontada para frente. A professora reergueu a varinha e disse:

— Vivadart! — A estátua da bruxa abaixou a varinha, a guardou no bolso das vestes de pedra e disse:

— Ufa! Já estava com o braço doendo. Onde eu estou? — A bruxa olhou a volta e para fora da janela.

— Hogwarts! Estou encantada, creio ter terminado a escola por volta de 1783.

— Desculpe a interrupção, — disse McGonagall — mas creio que eu já a usei da forma que eu precisava. Se você não se importa de sair da minha sala…

— Oh, não — disse a bruxa de pedra. — É claro que eu não me importo, pode continuar. Com licença.

— Toda — respondeu a professora Minerva, que, quando a bruxa de pedra saiu da sala, se virou para a turma. — É muito complicado dar vida a objetos de tal tamanho e tal complexidade, então, vocês começarão com pequenas caixas de papel, que vocês mesmos podem pegar aqui na minha mesa. Ao longo deste mês e pela metade do próximo, nós estaremos estudando este tópico. Então quero que na metade de Outubro, todos consigam, no mínimo, dar vida a estátuas de médio porte. Podem começar.

Harry se levantou e foi até a mesa da professora Minerva pegar caixas para ele, Rony e Hermione, quando ele estava voltando para o seu lugar, a professora lhe disse:

— Estou orgulhosa, Potter. Excepcional em Transfigurações. Orgulho-me mais ainda de que você tenha levado a sério o que disse no dia da sua Orientação Vocacional. Você se tornará um auror nem que esta seja a última coisa que eu faça. Mas creio que com Dolores Umbridge fora do nosso caminho, tudo será mais fácil.

Isso fez Harry se lembrar de uma coisa.

— Professora, a senhora sabe se a Umbridge e o irmão do Rony, o Percy, já admitiram a Ordem da Fênix?

— Receio que não, Potter. Eu vi a Molly. Ela está muito abalada com o que aconteceu com o Sr. Percy. Umbridge agora só é um problema para Fudge, ela não mais pode interferir na Ordem da Fênix. Agora, vá se sentar. A hora está passando.

Harry voltou para a sua mesa e Rony perguntou por que ele demorara tanto.

— Estive conversando com a professora McGonagall. Os cinquenta pontos foram por causa do meu resultado em Transfigurações nos N.O.M.s. Excepcional — respondeu Harry entregando a Rony e Hermione as caixas para eles praticarem o tópico do dia.

— Vivadart! — disse Harry, a varinha apontada para a sua caixa. Esta se contorceu e começou a se arrastar pela mesa do garoto, exatamente como uma minhoca faria para se locomover — Accio! — Harry obrigara a caixa a voltar para sua mesa, esta por sua vez, queria o tempo todo estar o mais longe o possível das mãos de Harry. — Finite Incantatem! — A caixa voltou a ficar imóvel e Harry tentara o feitiço Vivadart! mais seis vezes até que a voz da professora Minerva alcançou o ouvido de todos:

— Você está bastante atrasado, Longbottom. — Imediatamente, todos se viraram para ver Neville. Ele estava com a cara inchada, parecia ter chorado, pois seus olhos estavam vermelhos. Seu rosto, porém, estava seco — Nós estávamos dando vida a objetos, Neville — continuou a professora — Por favor, pegue aqui uma caixa de papel e tente com o feitiço Vivadart. Ainda faltam vinte minutos para o fim da aula. Você ainda tem tempo para praticar.

Neville obedeceu à professora. Foi até a mesa dela, pegou uma caixa e se sentou numa carteira vazia à esquerda de Hermione.

— Tudo bem, Neville? — Perguntou ela com cautela.

— Tudo. Tudo bem, sim. Só vou ter que limpar todos os banheiros da escola até o final do mês. E perdi cem pontos para a Grifinória no primeiro dia de aula.

Nem Harry, Rony e Hermione souberam o que dizer. Então, deixaram Neville praticar o feitiço sozinho. Mas ele parecia muito nervoso, um aceno de varinha errado e o garoto colocou fogo na caixa de papel e na mesa em que a caixa estava.

— Reparo! — A professora McGonagall tentara consertar a mesa, mas já não havia muito a fazer. Então, ela conjurou uma nova e a colocou na frente de Neville.

— Você está bem? — perguntou a professora Minerva para Neville. O garoto concordou com a cabeça e ela voltou a sua atenção para os rolos de pergaminho que já estavam sobre a mesa dela quando os garotos chegaram.

— Muito bem — disse a professora faltando cinco minutos para a sineta tocar. — tentem mais uma vez e deixem as suas caixas sobre a minha mesa. Obrigada.

Harry brandira a varinha mais uma vez e repetira Vivadart. A caixa novamente tentava escapar da sala. Harry, então, conjurou outra caixa, maior que a que ele estava usando, e colocou a sua caixa fugitiva dentro da outra. Quando a sineta tocou, a professora Minerva disse:

— Por favor, coloquem seus nomes nas caixas e a depositem sobre a minha mesa. E para a próxima terça-feira, eu quero uma redação detalhada de como funciona o feitiço para dar vida a objetos. Podem ir.

Harry escreveu na caixa maior e a entregou a professora Minerva.

— A minha está aí dentro. Ela não para de tentar fugir — disse o garoto quando a professora Minerva disse que a caixa dele estava literalmente imóvel.

Eles saíram e Neville não parecia ter melhorado. Harry consultou o seu horário e teve uma idéia para animar Neville.

— Ei, Neville! Nós temos Herbologia agora! E por falar nisso, como está a sua Mimbulus Mimbletonia?
— Ah, vai muito bem! Ela estava muito grande e eu pedi permissão para a professora Sprout para deixá-la em Hogwarts durante as férias. Estou com um pouco de saudades dela. Foi bom você ter lembrado, Harry.

E pela primeira vez desde a aula de Poções, Neville dera um sorriso, o que deixou Harry muito orgulhoso de si mesmo.


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