Harry Potter E O Toque Da Morte escrita por RTafuri


Capítulo 5
O RESULTADO DOS N.O.M.S


Notas iniciais do capítulo

Poucas foram as coincidências entre a minha fanfic e o sexto livro original da série, mas cá estão os resultados dos N.O.M.s no capítulo 5! Gosto muito do rumo que a história vai começar a tomar a partir de agora.



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Alguém sabe onde estão as sanguessugas?”

Hermione estava no quarto dos garotos às cinco horas da tarde. Harry usava a mais fina camiseta que ele tinha, pois era um dia realmente quente, embora parecesse que ele quase não usava camisa, pois esta pertencera anteriormente a Válter Dursley e o decote estava na altura da barriga de Harry. Hermione usava um top curto e Harry percebeu que Rony se esforçava em não olhar para a amiga. A situação do calor estava ainda pior, pois os três caldeirões estavam com as chamas acesas e a porta do quarto estava fechada.

— Ah… acho que… estão perto… perto dos envelopes de chifres de bicórnio — Rony gaguejou.

— É, pertinho do chifre — brincou Harry, pois os envelopes com os chifres de bicórnio estavam entre Rony e Hermione.

— Rony, com o que você está nervoso? —

Perguntou Hermione pegando as sanguessugas. — Nós vamos conseguir terminar essa poção. Ainda dá tempo.

— Ah,… não… não… não é com a poção que… não é com a poção que eu estou preocupado — Rony gaguejava cada vez mais.

— Rony? Por que você não vai à cozinha e prepara três grandes copos de suco de abóbora bem gelado? — Sugeriu Harry, rindo.

— Ótima idéia, Harry. Obrigado, digo, já estou indo — Harry nunca vira Rony com as orelhas tão vermelhas.

— Você sabe o que está acontecendo com ele? — Perguntou Hermione logo após Rony ter fechado a porta.

Às oito horas da noite, Rony ainda não voltara. Toller, o elfo doméstico, entrou com jantar para Harry e Hermione. Harry finalmente terminara sua redação sobre a Poção Polissuco.

— Toller, você sabe do Rony?

— Harry Potter, meu senhor. A pobre Toller só sabe que meu senhor Ronald Weasley jantou na cozinha e ordenou para que Toller viesse trazer o jantar dos senhores Harry Potter e Hermione Granger. E também me mandou trazer essa jarra de suco de abóbora — Toller apontou para uma jarra notavelmente grande e cheia de suco de abóbora, o suor da jarra estava inundando a bandeja particular para o suco que Toller levara.

— Tudo bem, obrigado então — respondeu Harry.

Após o jantar, Hermione foi se deitar, meia hora depois, Rony entrou no quarto.

— Boa noite — disse o garoto. Harry queria falar com o amigo sobre o comportamento dele naquela tarde, mas quando Harry abriu a boca para falar, ouviu um ronco particularmente alto vindo de Rony. O garoto fingia muito mal estar dormindo. Harry se deitou na cama, apagou a luz e em menos de cinco minutos, já estava sonhando.

Harry se achava num lugar muito estranho. Parecia um largo gramado, mas não havia árvores. Toda a vegetação estava morta. Havia um homem ajoelhado aos seus pés. Harry disse:

— Muito bem, Henderson. Então Cornélio Fudge está em contatos com a polícia trouxa, o que será que ele quer?

— Não sei, milorde — respondeu Henderson. — Infelizmente não sei. Só ouvi de relance do próprio Fudge, não sei de mais nada.

— Tudo bem, René. Se precisar, eu te chamarei.

— Obrigado, senhor.

Harry foi acordado por Rony. Sua visão estava embaçada.

— Anda, coloca os óculos e me diz o que você viu dessa vez.

Harry se perguntou como Rony sabia que Harry, de novo, estava vendo o que Voldemort estava fazendo, então ele percebeu que estava sentado no chão, suado e com o pé preso no fino lençol que ele havia usado para se proteger dos mosquitos.

— René Henderson — respondeu Harry.

— O que é que tem ele? — Perguntou Rony sem entender muita coisa.

— Ele está passando informações confidenciais do Ministério da Magia para Voldemort. — Rony se contorceu ao ouvir o nome de Voldemort — Temos de avisar o seu pai. Cadê ele?

Meia hora depois, Harry estava se deitando novamente, ele havia dito tudo ao Sr. Weasley, que dissera que tomaria providências assim que chegasse ao Ministério.

Os sonhos de Harry não estavam deixando o garoto feliz. Novamente o garoto sonhara com o Cabeça de Javali em que Sirius se transformara em Sibila Trelawney e profetizara sobre Harry e Voldemort. O garoto acordou novamente, foi até a cozinha beber um copo de água e voltou a dormir.

No terceiro sonho de Harry nesta noite, ele estava jogando Quadribol com sua antiga Nimbus 2000 pelo time da Grifinória contra o time da Sonserina. No jogo, Harry era o batedor e acertava inúmeros Balaços na cara de Draco Malfoy até que o rosto dele ficou completamente achatado e ensanguentado e Harry o havia impedido de agarrar o pomo. No final, Hermione aparecia montada num Dragão Dente-de-Víbora Peruano e pegara a pequena bola de ouro.

Harry foi acordado pela coruja que entregava o Profeta Diário, ele deixou o jornal em cima da sua cama e foi trocar de roupa, pois estava com a camiseta suada. Enquanto isso, Rony acordara, e antes que Harry pudesse falar alguma coisa, Rony se apressara:

— Bom dia. Posso ver o jornal? — Rony apontou para o Profeta Diário.

— Pode — Harry concordou.

— Fudge ficou maluco. — disse Rony dobrando o jornal e o entregando a Harry. No topo da página havia mais uma notícia sobre os Dementadores.

DEMENTADORES EXILDADOS — MINISTÉRIO DA MAGIA ADOTA SISTEMA TROUXA DE PRESÍDIOS

Cornélio Fudge, Ministro da Magia, retirou todos os Dementadores da prisão de Azkaban e os colocou num lugar que ele não revelou.

“Não posso dizer onde estão os Dementadores, porque não quero que nenhuma pessoa, muito menos um bruxo, depare com eles” relatou o Ministro ao Profeta Diário na última noite.

O Ministro também disse ao Profeta que do jeito que os Dementadores estão, irão um beijar o outro e morrer.

A Seção de Controle e Proteção da Prisão de Azkaban, juntamente com Cornélio Fudge, contrataram e treinaram bruxos para protegerem seus prisioneiros. Estes bruxos são portadores de poderes mágicos excepcionais e conseguem ver através de capas da invisibilidade e sabem reconhecer a diferença entre um animal e um Animago.

Os novos guardas da prisão de Azkaban já estão em seus novos postos desde as três horas da manhã.

— Acho que Fudge não ficou maluco, Rony — Comentou Harry após ler o artigo. — Eles estão voltando a se aliarem com Voldemort mesmo. Ah, Rony! Por favor! Pare de se tremer todo quando ouve o nome do Voldemort. Ouviu bem? Vol-de-mort!

— Não achei graça… Espera aí! Você não disse que… que… você não disse que… que o… Voldemort — Rony fez um grande esforço para dizer o nome. Ato do qual, Harry se sentiu muito orgulhoso do amigo — sabia que Fudge estava em contato com a… como é mesmo? O Diggory mesmo falou uma vez lá em casa. Ah, com a plícia trouxa? Então, deve ser isso. Ele quer saber como os trouxas tomam conta das prisões.

— É, pode ser — Harry concordou sentindo uma pontada no peito. Havia se acostumado ao fato de receber parabéns dos amigos nas primeiras horas do seu aniversário, mas até ali ninguém dissera uma palavra sobre o fato de hoje ser o décimo sexto aniversário de Harry. — Ah, parabéns por ter falado o nome do Voldemort. — Rony não dissera nada em retorno.

*        *        *

— Bom dia! Como estão? — Os garotos estavam descendo as escadas e encontraram Hermione saindo do quarto. Ela, Harry ficou ainda mais triste ao notar, não desejou parabéns ao garoto. — Estou com muita fome, vamos tomar café logo?

Harry não sentia fome alguma, mas mesmo assim foi tomar café. Quem sabe alguém na cozinha se lembraria que aquele dia era 31 de Julho, o dia do aniversário de Harry. Mas foi ao entrar na cozinha que Harry teve realmente um presente de aniversário. Toda a cozinha estava brilhando (o que deve ter dado bastante trabalho a Klaus e Toller, os elfos domésticos) e estava inteiramente decorada com vassouras em miniatura voando por todo lado, pomos de ouro, Goles, Balaços, e, em cada extremo da cozinha, havia um papel de parede com três aros de Quadribol. A um canto da mesa, uma pilha particularmente grande de presentes para Harry e ao centro um bolo retangular coberto com glacê branco com uma foto de Harry voando num jogo de Quadribol em cima. O lugar estava cheio de membros da Ordem da Fênix, e, para a maior surpresa de Harry, o professor Dumbledore também estava ali.

— A decoração foi parte do Mundungo, é incrível como às vezes ele faz as coisas direito! — Exclamou a Sra. Weasley enquanto Harry corria os olhos pela cozinha vendo quase a réplica perfeita de um campo de Quadribol.

Harry ganhara vários presentes, a maioria deles artigos para defesa pessoal, Harry imaginou quantas pessoas já sabiam da AD. Mas os presentes dos seus amigos Rony e Hermione foram sem a menor dúvida os mais legais até então.

Rony comprara para Harry mais um livro do Chudley Cannons. Era simplesmente o volume dois do livro que Rony havia dado anteriormente ao garoto. Harry adorara o presente, pois por mais que gostasse do primeiro volume de Voando Com Os Cannons e ficar olhando o livro enquanto ficava horas trancado no seu quarto na Rua dos Alfeneiros, número quatro, Harry já estava um pouco enjoado de assistir às mesmas partidas o tempo inteiro.

Hermione deixara Harry surpreso com o que ela dera ao garoto. Um pequeno baú de madeira bastante brilhante com as iniciais H.T.P., com uma letra entrelaçada na outra na tampa e o nome Harry Tiago Potter nas laterais, todos escritos a ouro. Acima do nome de Harry, estavam duas alças, uma de cada lado, feitas a ouro e manualmente desenhadas. A caixa tremia muito, Harry ficou com medo do que poderia haver ali dentro, mas assim abriu o baú utilizando o código numérico 3107 que funcionou quando o baú reconheceu a voz do garoto, magicamente gravada. Dentro havia dois grandes, negros e inquietos Balaços, presos por duas correntes cuidadosamente colocadas para não permitir às bolas sequer um simples movimento mais bruto do que aquelas tremedeiras. Uma grande, vermelha e brilhante Goles que era bem parecida com a do time de Hogwarts, mas no lugar do emblema da escola, havia novamente as iniciais, em ouro, H.T.P. entrelaçadas da mesma maneira das que estavam na tampa do baú. As três bolas haviam sido colocadas — a Goles ao centro — em espuma sob medida com prata no local onde as bolas ficavam para impedir que a espuma fosse destruída. À frente do interior do baú, havia uma longa e estreita porta com uma pequena maçaneta no meio, a porta ia de um extremo horizontal ao outro do baú. Quando Harry abriu, viu dois curtos e grossos bastões de batedor. Mas, de toda a beleza do baú, o que mais deixou Harry impressionado foi um outro compartimento bem pequeno na parte interior da tampa. Um brasão com as mesmas iniciais H.T.P., com uma abertura feito um corte vertical ao exato meio do brasão. Harry abriu e encontrou um pomo de ouro colocado numa espuma mais delicada da que continha a Goles e os Balaços. As asas colocadas em saliências na própria bola davam a volta completa nela e delicadamente se abriram quando Harry a colocou na mão, como se a bola houvesse despertado de um sono muito bom e se espreguiçava ao acordar. Harry tentou soltar um dos Balaços, mas mudou de idéia, não queria quebrar toda a cozinha.

— Hermione — Harry estava sem palavras para demonstrar sua felicidade —, esse kit de Quadribol deve ter custado os olhos da cara…

— Preço de presente não se comenta — Hermione respondeu com a face bastante vermelha — O que importa é que eu vi que você gostou.

— Eu gostei? Eu adorei! O kit e o livro! Os dois são incríveis.

As orelhas de Rony ficaram vermelhas.

A Sra. Weasley havia feito um dia inteiro de festa para Harry (“Afinal é a sua primeira festa há muito tempo.” disse a Sra. Weasley ao meio dia quando serviu todos os pratos favoritos de Harry, o garoto ficou bastante ruborizado), mas Harry foi pego de surpresa quando Lupin chegou.

— Harry, Sirius planejava lhe dar uma vassoura nova quando chegasse à sétima série, pois seria seu último ano na escola e ele queria que você se lembrasse dele enquanto jogava.

Harry se sentiu desapontado, o que ele mais queria naquele dia era a presença de Sirius no seu décimo sexto aniversário.

— Mas eu achei melhor mudar um pouco o rumo dos planos dele. — Continuou Lupin — Aqui está. Do seu padrinho.

Harry abriu uma caixa longa e fina, dela saiu uma vassoura com o modelo ainda mais anatômico do que a sua Firebolt, também dada por Sirius. No fundo da caixa havia um papel:

FIREBOLT

SEGUNDA GERAÇÃO

Todo o encanto da Firebolt com o dobro de perfeição.

Cabo com feitiço anti-queda.

Feitiço contra azarações e maldições.

Cerdas testadas individualmente e escolhidas através de um rigoroso sistema de seleção.

Maior apoio para os pés, alcançando também a perna do piloto.

Atinge 400 km/h em quinze segundos.

Tudo isso para dar à firebolt segunda geração mais segurança e comodidade.

No papel havia um rasgo embaixo, onde Harry pensou que devia estar contido o preço.

Harry voltou sua atenção para a vassoura, o nome firebolt estava escrito em ouro dezoito quilates com grande destaque na altura do punho, embaixo, um pouco menor, estava escrito segunda geração em ouro branco. Assim como a Firebolt, a Segunda Geração se colocou a postos para Harry montar. Harry se sentiu infantil, mas montou na vassoura e voou por toda a Sede da Ordem da Fênix com sua nova vassoura, depois voltou à cozinha.

Harry havia adorado todos os presentes que havia ganhado até ali. Mas realmente gostaria de ter ganhado a vassoura pelas mãos de Sirius.

Por volta das quatro horas da tarde, três corujas pardas entraram na cozinha, cada uma trazendo uma carta oficial. Uma delas estava indiscutivelmente endereçada a Harry:

Senhor Harry Potter,

Cozinha.

Largo Grimmauld, No 12

Harry abriu o envelope, pensando se Hogwarts havia mandado outra lista de livros a ele, mas se enganara. Ele não estava muito certo se queria ler o que vinha escrito naquela carta.

A cara de Rony ficava pior a cada linha da carta que o garoto lia, a Sra. Weasley fuzilava o garoto com o olhar, querendo saber o que estava escrito na carta.

A expressão de Hermione era uma inconstante enquanto a garota lia a sua carta, numa linha ela ficava feliz, na outra ela franzia a testa e assim ia durante toda a carta, até que ela abriu um enorme sorriso ao ler a última linha.

Harry não precisou pensar muito para descobrir do que se tratavam aquelas cartas. Ele havia recebido o resultado dos exames de Níveis Ordinários em Magia.

— Ei, Harry. Não vai olhar o seu resultado? — perguntou Lupin.

— Ah, vou. Vou sim. É. Mas pra quê?

— Para que nós saibamos também — disse Fred. — O do Rony não parece estar muito bom.

— Calados vocês dois. — disse a Sra. Weasley para Fred e Jorge.

— Mas eu nem abri a boca — retrucou Jorge.

Harry olhou para a carta e, embora relutante, começou a ler as suas notas. Sentiu-se horrível ao ver a expectativa de todos à volta dele.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

NÍVEIS ORDINÁRIOS EM MAGIA

Aluno:         Harry Tiago Potter         .

Notas de aprovação:

Excepcional (+3 pontos)

Excede Expectativas (+2 pontos)

Aceitável (+1 ponto)

Notas de reprovação:

Passável (-1 ponto)

Deplorável (-2 pontos)

Trasgo (-3 pontos)

notas:

Defesa Contra as Artes das Trevas: Excepcional

Feitiços: Excede Expectativas

Transfigurações: Excepcional

Herbologia: Excede Expectativas

Poções: Aceitável

Astronomia: Passável

Adivinhação: Deplorável

História da Magia: Aceitável

Trato das Criaturas Mágicas: Excepcional

 De acordo com o novo método de avaliação, o aluno recebeu 12 (doze) n.o.m.s e está apto a cursar as matérias necessárias para a formação de um auror.

Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore

Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Informamos aos pais ou guardiões do aluno que este deve ter consigo 1 (um) exemplar dos seguintes livros:

Aurores Em Prática

de Phyllis Dickens

Introdução Ao Curso de Auror

de Jean-Louis Mouxnier

Harry não conseguiu acreditar. Ele conseguira. Ia se tornar um auror. O garoto explodia de alegria. Impressionara-se mais ainda por garantir a aprovação em História da Magia, ele se lembrava muito bem do exame que fizera. Fora nesse dia em que ele perdera Sirius.

Harry pensou o que diria a professora McGonagall na próxima vez que ela visse o garoto. Harry se lembrava bem do dia da Orientação Vocacional com ele, McGonagall e Umbridge, em que a professora dissera que Harry ia se tornar um auror nem que aquilo fosse a última coisa que ela fizesse em vida.

Harry olhou para cima e viu a Sra. Weasley olhando as notas de Rony. Ela não parecia estar muito feliz com as notas do filho, mas ao acabar de ler, falou:

— Pelo menos você passou. Teremos um auror na família. E você, Harry?

— Passei. Auror também.

— Opa, dois! — Exclamou o Sr. Weasley.

— E você, Hermione? — perguntou Rony — Fez também para auror.

— Não. Preferi fazer para Estudos das Leis da Magia.

— Pra quê?

— Acho que há coisas demais erradas no nosso mundo, Rony.

— Estou feliz de ver que vocês pensaram bem antes de fazer a escolha de vocês. E também aproveito para dizer que vocês serão bem úteis para a Ordem da Fênix. Sem querer dar preferência a qualquer tipo de cargo. — disse Dumbledore deixando Harry com uma grande excitação no peito.

Tudo o que ele queria era ser parte da Ordem da Fênix, mas sabia que não ia durar muito tempo, pois um não pode viver enquanto o outro sobreviver. Harry se lembrou do que Firenze, o centauro, dissera numa das aulas de adivinhação da quinta série. Ele dissera que a comunidade mágica estava vivendo um curto intervalo entre duas grandes guerras. Harry terminara com a primeira, derrotando Voldemort, e o fim da segunda também estava nas mãos do garoto.

O jantar estava quase todo à mesa, quando Harry sentiu uma sensação estranha, ele estava sentindo como se Lord Voldemort estivesse ali, na mente de algum dos tantos membros da ordem que estavam comemorando o aniversário de Harry. Enquanto Harry comia as costeletas assadas que a Sra. Weasley preparara, quando um reflexo imediato fez o garoto abaixar rapidamente, alguém que ele nunca vira antes brandira a varinha e gritara Avada Kedavra! na direção de Harry.

A situação foi de completo caos, o bruxo por pouco errara Rony e quase o matou, a raiva fez com que Harry brandisse a varinha e gritasse imediatamente a maldição da morte em direção à pessoa que tentou matá-lo.

Reducto! — Gritara Dumbledore destruindo a maldição lançada por Harry, os olhos do diretor em pura fúria — Estupefaça! — o diretor havia estuporado o bruxo que ninguém reconhecia. Dumbledore brandira novamente a varinha, gritara Accio Varinha! e a varinha do bruxo foi parar em suas mãos, todos pareciam imobilizados, mas com a varinha em punho. Fred e Jorge estavam de pé, assim como Harry. Dumbledore se virou para outro bruxo que Harry também não conhecia.

— Davi, vá até Hogwarts e me traga Veritaserum. Rápido.

O bruxo chamado Davi concordou com a cabeça e Desaparatou. Se não estivesse com a cabeça tão quente, Harry se perguntaria como que ele ia chegar a Hogwarts aparatando, Harry não percebeu, mas a cara de Hermione demonstrava que a garota estava se fazendo a mesma pergunta.

Em menos de cinco minutos, Davi estava de volta, tirou do bolso um pequeno frasco com um líquido transparente dentro. E o entregou a Dumbledore.

— Enervate! — Dumbledore havia tirado o estuporamento do bruxo, agora ele ia acordando lentamente. Harry se lembrou de uma cena parecida há pouco mais de um ano quando o falso Alastor Moody confessou tudo o que fizera e Dumbledore fizera com ele a mesma coisa que estava fazendo agora. Dumbledore forçou o homem a tomar a poção. Passados um minuto ou dois, Dumbledore perguntou:

— Quem é você, o que você quer e como você conseguiu entrar aqui?

O homem começou a contar tudo. Quando chegou à última pergunta que Dumbledore o fizera, todos ficaram boquiabertos.

— Henderson achou um papel escrito com a letra de Alvo Dumbledore no chão do Ministério. Estava escrito: “A Sede da Ordem da Fênix encontra-se no Largo Grimmauld, número doze, Londres.” Ele levou o papel para os Comensais da Morte e nós achamos vocês. O Lord das Trevas preferiu atacar silenciosamente, se a noite de hoje não der o resultado que ele quer, ele virá aqui pessoalmente.

A expressão de Dumbledore era a pior possível. Tudo o que ele conseguiu dizer foi:

— Então o Tom finalmente nos achou. É, só nos resta uma coisa a fazer. — E reunindo forças, disse — E quanto a você: Obliviate!

Os olhos do homem se viraram nas órbitas e depois voltaram ao normal. Indiscutivelmente as feições de alguém que acaba de ter a memória alterada. Dumbledore acenara a varinha novamente e cordas saíram da sua ponta e prenderam o homem que havia dito que se chamava Frank Pierce.

— Molly — Dumbledore virou-se para a Sra. Weasley.

 Quero todos os pertences pessoais de todos aqui na cozinha em meia hora. Klaus e Toller venham comigo. — E Desaparatou levando os elfos.

— Bem — começou a Sra. Weasley —, vocês ouviram Dumbledore. Meia hora!

Harry, Rony, Hermione, Fred, Jorge, Gina, Lupin, Gui e o Sr. Weasley saíram correndo da cozinha em direção aos seus quartos.

— O estranho é que Voldemort sabe que ninguém pode tentar me matar. — Harry argumentou com Rony enquanto os garotos recolhiam tudo dos armários e debaixo da cama — Como então ele mandou alguém aqui?

— Bem, talvez ele não tenha sido mandado — Rony respondeu ao argumento de Harry. — Talvez ele soubesse que Você Sabe Quem viria aqui amanhã e tentou te matar antes. Você sabe que o sonho de consumo de qualquer Comensal da Morte é ser o braço direito do Voldemort.

— É, faz sentido. Mas, mudando de assunto, para onde Dumbledore vai nos levar?

— Não faço a mínima idéia — Respondeu Rony. — Tudo pronto?

— Sim. E você?

— Também. Vamos?

— É, vamos.

Passando pelo hall de entrada, eles ouviram a Sra. Black, que gritava a plenos pulmões:

— Escória! Ralé! Saiam da minha casa, não deixem um rastro de impureza no meu lar! Saiam!

Os garotos quase não entraram na cozinha. Havia uma mala a cada centímetro quadrado do lugar e algumas pessoas espremidas à mesa. Bichento passeava e brincava entre as malas. Edwiges dormia na gaiola e Pichitinho piava sem parar voando sobre a cabeça de todos.

Dumbledore apareceu novamente na cozinha.

— Vamos embora.

Harry foi logo atrás de Dumbledore. Tonks e Olho-Tonto Moody enfeitiçando os malões para fazê-los levitar. O diretor abriu a porta da rua e dirigiu Harry para fora. O garoto o acompanhou. Atrás deles vinham o Sr. Weasley trazendo Rony e Hermione, logo após vieram Fred, Jorge, Gui, Gina e a Sra. Weasley, quando eles saíram, Lupin, Moody e Tonks vieram trazendo a bagagem, as gaiolas de Bichento, Edwiges e Pichitinho.

— E agora, Alvo, o que faremos? — Perguntou o Sr. Weasley.

— Vocês vão agora — Dumbledore esticou o braço direito. — Eu encontro vocês lá.

Logo quando Dumbledore abaixou o braço, o Nôitibus Andante se materializou a poucos centímetros de distância. Lalau, o condutor desceu da mesma forma esplendorosa de sempre. Mas a meio caminho de falar o famoso “Benvindos ao Nôitibus Andante!”, olhou para a cara fechada de Dumbledore e se calou.

— Estes aqui vão para Hogwarts neste exato instante. Ninguém deve estar na frente deles na fila. Entendeu?

— Sim senhor, diretor. Digo, senhor Dumbledore — respondeu Lalau e este se virou para pegar as bagagens.

— De novo não… — Resmungou Rony, mas a um simples olhar da Sra. Weasley ele parou de falar.

Harry entrou no ônibus atrás de Rony e quando eles se sentaram, o ônibus deu um alto BANGUE, as camas andaram para trás uns trinta centímetros e eles estavam andando em Hogsmeade.

Quando eles desceram do ônibus, Dumbledore já estava à espera deles.

Dumbledore os levou para dentro do castelo. Harry pensou que talvez fosse impossível fazer de Hogwarts a Sede da Ordem da Fênix, como seria? Mas Dumbledore deu a volta pelo jardim até parar na altura de onde o Salgueiro Lutador ficava, mas a árvore não estava em nenhum lugar à vista.

Harry não sabia se entendera aquilo de verdade. Não era possível. Não tinha como. Ou era realmente aquilo, ou o diretor mudara completamente a planta da escola e Harry a conhecia muito bem, principalmente aquele pedaço.

Lupin então expressou o entendimento de Harry.

— Alvo. É impossível, todos vão ver.

— Não mais, Remo. Agora, prestem atenção ao que eu vou dizer: A nova Sede da Ordem da Fênix se encontra na Casa dos Gritos, Hogsmeade.


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