Harry Potter E O Toque Da Morte escrita por RTafuri


Capítulo 3
NOVIDADES NO PROFETA


Notas iniciais do capítulo

Como eu havia dito sobre dividir capítulos, o tamanho do terceiro comprova que foi algo muito sensato. Foi aqui que eu comecei a cortar o máximo de relações com a história original para poder escrever a que eu queria contar. O curioso era que, à época em que estava escrevendo esta parte, eu ainda não fazia ideia de como seria esta fanfic.



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O Profeta Diário trazia, nas páginas dez e onze, um guia para proteção pessoal intitulado: “Proteja-se nas ruas da Inglaterra.” E abaixo um subtítulo: “O que fazer para se sair bem de um ataque de um Comensal da Morte!”. Harry viu que havia mais de cinquenta dicas de feitiços, azarações, até umas maldições que não eram consideradas ilegais pelo Ministério da Magia em toda a extensão das páginas. Cada uma delas bem ilustradas.]

Harry achou aquilo bem interessante, mas a um exame mais atento, percebeu que já conhecia quase todos os feitiços trazidos.

Resolveu seguir a dica de Hermione e folhou todo o jornal. Na seção Leis Bruxas havia um outro artigo, cujo título atraiu Harry:

GRANDE MUDANÇA NO DECRETO DE RESTRIÇÃO À PRÁTICA DE MAGIA POR MENORES

De acordo com o Ministro da Magia, qualquer bruxo, desde que munido com uma varinha, pode usar magia em qualquer ocasião em que se encontre desde que algum representante de Aquele Que Não Deve Ser Nomeado esteja presente. A punição para bruxos menores de dezessete anos que executavam magia fora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, com ou sem a presença da comunidade não-mágica (mais conhecidos como trouxas), era ser expulso da referida escola. Sem direito a julgamento em audiência no Ministério da Magia.

A partir desta data, se houver troca de feitiços envolvendo um bruxo menor de idade, a situação será desconsiderada e o aluno não sofrerá punição. Somente se houver troca de feitiços entre um bruxo maior e um bruxo menor de idade.

O decreto também é válido para qualquer tentativa, bem sucedida ou não, do feitiço do Patrono, se o bruxo inferior a dezessete anos estiver na presença de um Dementador.

— Nossa. — Harry riu ao ler a última parte. Há um ano ele havia beirado a expulsão de Hogwarts por se livrar de dois Dementadores.

Quando Rony acordou, sentou-se na cama e pediu para ver o Profeta. As feições dele iam piorando a cada linha do artigo sobre Lúcio Malfoy que lia. Assim como Harry, Rony foi lendo o jornal por dentro. Passados três minutos aproximadamente, Rony deixara seu queixo cair e virou para Harry, que estava trocando de roupa para o café da manhã.

— Legal, agora é permitido fazer um feitiço do Patrono para se livrar de Dementadores…

— É! Mas o Harry Louco Potter foi expulso por isso, o Harry Mentiroso Potter não podia salvar a pele e a do primo trouxa, O Harry Contador de Histórias Potter…

— Tá bom, tá bom. Não precisa ficar tão nervoso. Eu só fiz um simples comentário. Vamos descer para o café?

— É uma boa idéia, Rony. Estou morrendo de fome.

À tarde, Harry e Rony ficaram no quarto começando a fazer um dever para as férias particularmente espinhoso que o Professor Snape passara numa das últimas aulas do trimestre de verão da quinta série.

O dever consistia em uma redação de dois rolos de pergaminho sobre tudo o que os garotos sabiam sobre a Poção Polissuco e suas propriedades. Eles também tinham que levar mostras de poção o suficiente para um dia inteiro de transformações (lembrando que cada porção da poção transforma a pessoa na forma física de outra por exata uma hora). E, para que os garotos não deixassem de entregar a poção, e também, para que os alunos não fizessem mais do que o necessário, o Professor Snape dera aos alunos quantidades exatas para as vinte e quatro porções.

— Isso é só para a gente não fazer de novo se errarmos — Rony resmungava enquanto folhava o seu “Poções Muy Potentes” à procura da página sobre a Poção Polissuco.

Hermione apareceu logo depois.

— Ah, espera aí um pouquinho! — disse a garota saindo e deixando a porta aberta.

Passados dois minutos, Hermione abriu ainda mais a porta do quarto e foi empurrando seu caldeirão para dentro, trouxe também seu livro de poções e alguns rolos de pergaminho. Hermione, Rony percebeu, já estava no final do segundo rolo de sua redação.

— Será que eu posso fazer com vocês? A Gina está tendo um acesso por causa das sanguessugas que Snape me deu. Ela queria me proibir de fazer no quarto.

— Agora é que você pergunta se pode?

— Não achei a mínima graça, Harry. Ah, é bom você tomar cuidado com o Malfoy, eu acho que ele vai tentar infernizar a sua vida em Hogwarts.

— Por quê? — Harry e Rony perguntaram juntos.

— Ai, gente. Acorda! Lembra como o Malfoy ficou em Junho por que você mandou o pai dele pra Azkaban?

— Lembro, ele até tentou me atacar no Expresso de Hogwarts, mas o otário fez isso na frente de uma galera da AD e…

— Mais um motivo pra ele ficar com raiva de você, Harry. Imagina agora que o pai dele morreu em Azkaban.

— Hermione, você se preocupa demais. Harry, você se lembra também do fim da quarta série, quando o Malfoy entrou na nossa cabina e eu, você, a Hermione, o Fred e o Jorge azaramos ele, o Crabbe e o Goyle? Coitado, só imagino o que aquela cara-de-bosta da mãe dele deve ter pensado — Rony contraiu o rosto de maneira igual ao de Narcisa Malfoy, como se tivesse bosta de dragão embaixo do nariz o tempo todo e fazendo uma voz seca disse. — Ai, meu Draquinho… você foi azarado de novo…

Harry e Hermione riram com gosto.

Às nove horas daquela noite, Klaus, o elfo doméstico, batera na porta do quarto querendo entrar com três bandejas contendo o jantar de Harry, Rony e Hermione e encontrara os garotos no meio de muita fumaça, que era produzida pelos dois caldeirões começando a cozinhar a poção, escrevendo as propriedades da Poção Polissuco.

— Meus senhores, Klaus trouxe o jantar. Klaus pode entregá-lo aos meus senhores?

Harry nunca havia escutado Klaus falando, e pensou, se é que isso era possível, que sua voz era mais esganiçada que a de Winky, um elfo que ele conhecera na final da Copa Mundial de Quadribol, há dois anos.

— Claro, pode trazer — Harry disse para Klaus e este avançou pelo quarto e colocou as três bandejas na escrivaninha, quando o elfo estava quase saindo do quarto, Rony perguntou:

— Klaus, foi minha mãe quem mandou você trazer o jantar?

— Não, senhor. Klaus pensou que… Klaus pensou que os pequenos senhores gostariam de não ter que descer para o jantar para não pararem o trabalho que estão fazendo — Klaus parecia com medo do que fizera, pois um dos maiores medos dos elfos domésticos, é, depois do de ser libertado, não conseguir agradar os donos.

— Pensou certo, Klaus — disse Harry — pode continuar a trazer o jantar se quiser, nós realmente não queremos parar isso aqui.

Klaus abriu um grande sorriso e foi embora.

— E aí, vamos parar um pouco e comer alguma coisa? — Harry virou-se para Rony e este parecia só estar precisando de um convite para parar de fazer a redação de Snape.

— Cara, isso que é jantar! — disse Rony — Rosbife, batatas assadas, creme de tomates com aveia.
Os meninos, mais uma vez comeram um prato atrás do outro, pois, novamente, a comida reaparecia no prato quando eles acabavam de comer.

— Estou me sentindo em Hogwarts — disse Harry quando o último prato de comida salgada desapareceu e as sobremesas surgiram nas bandejas. — Olha só! Bolo de hortelã, chocolates derretidos com polpa de morango. Mouse de limão, de abacaxi e de maracujá, pudim de beterrabas.

— Acho que a poção de Snape pode esperar até amanhã — Rony já havia trocado de roupa e estava colocando os caldeirões da Poção Polissuco a um canto do quarto. Hermione fora para o seu quarto quando acabou de jantar, mas havia deixado seu caldeirão junto com os dos meninos.

Na manhã seguinte, Harry foi novamente acordado pela coruja que entregava o Profeta, quando se perguntou por que estava recebendo o jornal se não havia feito assinatura. Na capa havia mais um artigo sobre a perda de controle dos Dementadores.

DEMENTADORES SE NEGAM A FALAR DO QUE VIRAM 

A Seção de Controle e Proteção da Prisão de Azkaban, do Ministério da Magia, comunicou ontem à equipe do Profeta Diário que os guardas da prisão se negaram a prestar depoimento sobre o caso do senhor Lúcio Malfoy.

“Eles insistem em dizer que não viram nada acontecer naquela noite.” disse uma auror do Ministério para o nosso repórter.

“Achamos que eles estão seguindo ordens de um comando paralelo ao do Ministério da Magia, mas não sabemos se esse comando é dado por Você Sabe Quem.” Esclareceu Stella Rizzo para o Profeta Diário.

“Os aurores, juntamente com a Seção de Controle e Proteção da Prisão de Azkaban, irão submeter os presidiários que insistem em jurar que viram Você Sabe Quem matando o senhor Malfoy há duas noites a um tratamento especial para que a remoção dos danos à mente causados pelos Dementadores sejam removidos e suas mentes restauradas para que eles possam prestar um claro depoimento sobre o que viram do terrível ato de crueldade (tal tratamento já é uma incrível crueldade com alguém que já sofre o bastante lá dentro), mas se qualquer coisa der errado, o Ministério da Magia sempre tem um plano B.” disse uma fonte que prefere não ser identificada por motivos de segurança.

O Ministro da Magia, Cornélio Fudge, aproveita para avisar aos bruxos da Inglaterra que os Dementadores estão mais perigosos do que já eram e que as pessoas devem executar um feitiço do Patrono a qualquer instante se virem um Dementador na rua (o que é bastante provável, pois houve um ataque há um ano feito por dois Dementadores a um menino bruxo e a um garoto trouxa em Little Whinging, Surrey). A comunidade mágica deve se manter em alerta.

O Profeta Diário traz dicas para se defender de Dementadores caso o nosso leitor encontre algum. Veja páginas 10 e 11.

Mais informações sobre a perda de controle do Ministério da Magia sobre os Dementadores de Azkaban, páginas 4 e 5.

— Interessante — disse Harry baixinho para o artigo do Profeta Diário que acabara de ler — Eu fui expulso e agora o motivo disso sai no jornal como uma coisa extremamente normal.

Quando Rony acordou, pediu mais uma vez para ler o Profeta, quando acabou de ler a matéria da primeira página, deu um sorrisinho e disse:

— Acho que o Profeta Diário tinha que publicar uma reportagem intitulada: dolores umbridge, a louca libertadora dos guardas de azkaban. Seria uma boa.

— Poderia ter também: se você é meio humano, cuidado! dolores umbridge vai te pegar.

— É, pelo menos a gente ficou livre daquela morcega velha.

— Ei, legal!

— O que foi?

— Os Chudley Cannons estão no sexto lugar na divisão! — disse Rony lendo a seção de esportes.

Harry se lembrava bem do dia em fora à Toca pela primeira vez e que ao entrar no quarto de Rony, o garoto dissera que o time ocupava o nono lugar na divisão dos times de Quadribol.

— Ei, Harry, olha só isso! — Rony entregara a Harry o jornal aberto na seção Educação:

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA

Os Decretos da Educação de números vinte e dois a vinte e oito estão doravante cancelados.

Somente o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tem o direito de admitir e demitir professores na referida escola.

A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts não possui mais nenhuma Alta Inquisidora e ninguém que ocupe algum cargo acima do diretor.

Todas as organizações de estudantes, sociedades, times, grupos e clubes da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts estão permitidos sem a necessidade de autorização de nenhuma pessoa.

A autoridade sobre todas as punições, sanções e remoção de privilégios dos alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts pertence somente aos professores e ao diretor da escola.

Os professores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts têm o direito de responder qualquer pergunta feita por seus alunos e também têm o direito de fazer qualquer comentário que achem necessário.

Qualquer aluno na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts pode ter posse de qualquer exemplar da revista O Pasquim.

O diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts volta a ser Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.

As ordens acima estão de acordo com o Decreto da Educação, número Vinte e Nove.

— Bom — disse Rony quando Harry terminou de ler o jornal — Hogwarts vai voltar a ser um pouco normal.

— Pelo menos o padrão de normalidade que tinha antes. Se for possível dizer que Hogwarts um dia foi normal — respondeu Harry enquanto Rony ia se dirigindo para a porta do quarto para ir tomar café da manhã.

Eles avistaram Hermione no pé da escada, e desceram para encontrar com ela.

— Vocês viram o Profeta Diário?

— Vimos. O Harry recebeu de novo o jornal.

— E por falar em receber o Profeta, como eu estou recebendo o jornal se eu não fiz a assinatura?

— Ah, Harry — respondeu Hermione um tanto sem graça. — Fui eu, eu achei que você ia gostar de saber o que está acontecendo, então fiz a assinatura pra você.

Antes que Harry pudesse responder e iniciar um desentendimento entre ele e Hermione, Rony entrou na conversa:

— Se é sobre os Dementadores, nós vimos. Vimos também o Decreto da Educação número vinte e alguma coisa.

— Vinte e nove. — corrigiu Hermione — Achei o Decreto muito útil para acabar com aquela morcegona velha da Umbridge. Mas não é isso, não. Acho que vocês não viram o que eu vi. É realmente chocante. Bom, eu fiquei chocada, não sei se vocês vão ficar, mas vamos tomar café antes.

Após o café, Hermione, Harry e Rony foram para o quarto da garota e encontraram Gina lá dentro.

— Se vocês tiverem sanguessugas, saiam daqui! — Gina começou a ter um acesso logo quando Hermione abriu a porta.

— Ô, palhaça! Você tá no ano dos N.O.M.s. A Poção Polissuco cai no exame — respondeu Rony mal-humorado.

Gina olhou para o irmão como se estivesse prestes a azará-lo.

— Aqui, olhem. — disse Hermione entregando o Profeta Diário do dia anterior que ela tirou da escrivaninha aberto, também, na seção Educação:

CORNÉLIO FUDGE ADMITE LIGAS DE DEFESA - A ARMADA DE DUMBLEDORE ESTÁ DE VOLTA

Cornélio Fudge, Ministro da Magia, admitiu legalmente a existência da Armada de Dumbledore, um grupo de Defesa Contra as Artes das Trevas feito por Harry Potter e alguns amigos no último ano.

A Armada de Dumbledore foi criada para que os alunos obtivessem um bom resultado nos seus exames. Pois Dolores Umbridge, professora de Defesa Contra as Artes das Trevas na época, era julgada incompetente por seus alunos.

A Armada de Dumbledore ensinava aos alunos a Defesa Prática, pois Harry Potter e outros amigos estavam no ano dos N.O.M.s (quinto) e outros no ano dos N.I.E.M.s (sétimo).

Os alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts que queiram ser integrantes da Armada de Dumbledore devem mandar uma coruja até amanhã para Alvo Dumbledore, Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

As reuniões realizar-se-ão semanalmente.

Os encontros da Armada de Dumbledore serão feitos com o Sr. Harry Potter na Sala de Aulas número oito, no corredor do Saguão de Entrada.

Os encontros terão também a presença dos Professores Minerva McGonagall da área das Transfigurações, Fílio Flitwick da área dos Feitiços, Davi Donlon, novo professor da área da Defesa Contra as Artes das Trevas e Severo Snape da área das Poções.

— Dumbledore pirou completamente — Harry estava tão surpreso e boquiaberto com o que lera que teve de mexer o maxilar com a mão para poder falar — Como é que ele pôde fazer isso comigo?

Harry havia se sentado na cama de Hermione e Rony se sentara ao seu lado.

— Como é que ele fez isso comigo? Será que o Snape não é bom ao ponto de dar as aulas práticas? Por que eu preciso continuar com a AD? Ela era só pra ajudar em Defesa Contra as Artes das Trevas, tá escrito no jornal. Era só pra passar por cima da Umbridge.

— Você sabe que não, Harry. — disse Hermione — Você sabe que a AD era pra ensinar as pessoas a lutarem contra Voldemort se um dia elas viessem a precisar.

— E é por isso que Dumbledore convocou toda a Hogwarts a participar da AD — Rony completou. — E Fudge também está apoiando, por isso saiu no Profeta.

— Mas e se ninguém aceitar? — Harry se surpreendeu por ter feito essa pergunta, ele estava apavorado e estava querendo saber se aceitaram participar da AD.

Hermione foi novamente à escrivaninha e tirou de lá um grosso rolo de pergaminho e o entregou a Harry.

— Dumbledore me mandou hoje de manhã. Ele me falou pra só te entregar isso só depois que você lesse o artigo do Profeta Diário. Já que o prazo de inscrição terminou hoje…

Harry desenrolou o pergaminho, este foi até o chão e continuou um pouco enrolado, preso a ele, havia uma carta. Os dois estavam escritos com a fina caligrafia de Dumbledore. A carta dizia:

Harry,

Estes são os alunos que querem entrar para a AD. São todos os alunos da Grifinória, da Lufa-Lufa e da Corvinal. Os alunos selecionados para o primeiro ano terão uma turma especial. Nenhum aluno da Sonserina quis fazer a inscrição. Você deve separá-los em cinco turmas a seu critério e depois me mandar uma cópia dessa seleção para que eu monte seus horários. Outra turma especial será a dos alunos que participaram da AD no último ano letivo.

Dumbledore

— Uau! — exclamou Rony — Você virou professor.

— Você está doido? Eu não posso virar professor, não dá. Eu nem ainda terminei Hogwarts.

— Mas você vai ter ajuda Harry — a última vez que Hermione usara esse tom de voz foi quando ela estava tentando convencer Harry a criar a AD e Harry desejou que nunca tivesse dado o braço a torcer com as idéias da amiga. — A McGonagall, o Flitwick, esse tal de Donlon, o Snape…

— Ah, vai ser tão agradável… — Harry comentou com grande sarcasmo.

— Em momento algum eu falei que seria agradável, Harry. Mas vai ser bom.

— É — a voz de Gina alcançou os ouvidos de Harry, ele se surpreendeu com a presença da garota. Esquecera-se completamente de que ela estava ali — O Snape sabe muito sobre Defesa Contra as Artes das Trevas. Ele está querendo ajudar você.

— Ou pelo menos, está obedecendo às ordens de Dumbledore — Rony também estava tentando convencer Harry —, todos os professores da área estão com você na AD. Tá no jornal. Feitiços, Transfigurações e Defesa Contra as Artes das Trevas. Quer ajuda maior que essa?

— Tá. Tudo bem. Eu continuo com a AD. Mas eu queria separar essas cinco turmas de uma maneira imparcial. E prática.

— Ah, isso é simples. Venham comigo.
Hermione os levou a cozinha, a porta estava trancada.
— Reunião da Ordem — comentou Rony quando viu que a porta não se abria. — Alguém quer Orelhas Extensíveis?

Rony tirou três barbantes cor de carne do bolso e passou dois deles aos amigos.

— Rony — perguntou Hermione. — Como é que você conseguiu isso?

— Fred e Jorge me deram, me obrigando a prestar atenção ao que acontece reuniões. Acham que vai ser bom para nós. Então, vamos ouvir?

Mas quando eles estavam colocando os fios das Orelhas Extensíveis no ouvido, a porta da cozinha se abriu e Lockhart, Moody, Tonks, o Sr. Weasley, Gui e Snape saíram de lá. Todos cumprimentaram os garotos (Gilderoy fazendo bastante alarde para alguns feitiços da memória que ele andava fazendo). Snape passou pelos garotos sem dizer uma única palavra.
Quando eles entraram, como sempre, encontraram a Sra. Weasley ainda sentada na cadeira.

— Sra. Weasley? — A mãe de Rony parecia estar em estado de transe, mas Hermione continuava a chamá-la:

— Sra. Weasley? Sra. Weasley? Sra. Weasley!

A Sra. Weasley acordou assustada do “transe” em que estava:

— Ah! O que foi? Quem foi?

— Nós, mamãe. Acorda.

— Agora, escute aqui, Ronald Weasley! — A Sra. Weasley se levantou e estava com o dedo indicador quase no peito do filho — Não é só porque eu estava distraída que eu vou lhe dar o direito de faltar à educação comigo. Entendeu?

— Tá bom, tá bom. Desculpe.

— Sra. Weasley — Hermione a chamou cautelosamente — A senhora pode nos ajudar?

— Sim, querida — a Sra. Weasley ficou calma com extrema velocidade. — O que você quer?

— Nós queríamos um feitiço de divisão, para o Harry separar cinco turmas para a AD.

— Ah, sim. Claro.

A senhora Weasley se acomodou mais uma vez na cadeira. Apanhou a varinha de um bolso lateral do avental que usava, enrolou a manga de suas vestes, apontou a varinha para o enorme papel com os nomes dos alunos que Harry havia colocado sobre a mesa e murmurou algumas palavras. O pergaminho se alongou para os lados, os nomes foram se misturando até formarem cinco colunas com os nomes escritos com a fina caligrafia de Dumbledore. Depois de formadas, as cinco colunas se colocaram uma embaixo da outra e o pergaminho voltou à forma original.

— Obrigada. Mas eu posso lhe pedir outro favor?

— Sim querida.

— A senhora poderia tirar uma cópia deste pergaminho?

— Mas, Hermi…

— Fica quieto, Rony.

— Claro querida. E você não se meta! — A Sra. Weasley havia se voltado novamente para Rony e com um outro aceno de varinha e com um feitiço de cópia o pergaminho se enrolou, esticou-se novamente e apareceu um igual embaixo dele.

— Obrigada.

— Disponha querida.

— Bem, agora temos que enviar isso a Dumbledore — disse Hermione virando-se para Harry e Rony — Ah! Esperem um pouco.

— Ela é maluca. — disse Rony quando Hermione voltou a cozinha com os dois rolos de pergaminho.

— Prontinho — Hermione voltara com um rolo a mais de pergaminho e estava segurando um deles bem enrolado e lacrado por magia, os outros dois estavam embaixo do braço.

— Hermione, eu posso saber para quê você quer outra lista?

— Rony, eu já falei pra você não se meter. Toma Harry — Hermione tirara um dos rolos debaixo do braço e o passara ao amigo —, você vai precisar pra saber quem está em cada turma. Nós não poderemos usar a Edwiges, a Sra. Weasley disse que chamará muita atenção uma coruja branca daquele jeito saindo daqui com um rolo de pergaminho dessa grossura. Pichitinho também chamará muita atenção piando do jeito que pia. Eu bem que devia ter comprado uma coruja, mas mesmo assim estou feliz com Bichento — Hermione foi abaixando o volume de sua voz enquanto pensava. — O Errol morreria se cruzasse o país numa entrega.

Por um bom tempo, Rony tentava falar, mas Hermione, achando que ele faria alguma pergunta idiota não dava atenção.

— Talvez possamos usar Pó de Flu — Hermione continuou resmungando —, mas acho que daria trabalho demais. Ouvi Lupin falando ontem no jantar que acabou. Alguém teria que ir lá comprar. Seria mais fácil ir até Hogwarts. Mas mesmo assim, daria trabalho demais. Se ao menos eu pudesse arrumar um jeito de mandar isso logo.

Parece que Rony finalmente se irritou de tentar inutilmente falar.

— Bom o Fred e o Jorge compraram uma coruja, o Estevão, com parte do lucro da loja deles.


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