Clube Do Livro escrita por pituthuca


Capítulo 4
Vazio


Notas iniciais do capítulo

agradecimentos, muito mais q especias a:
UchihaMary, soareshyuuga, Ro_Matheus, lilla, GogetoSenju.
muito obrigada mesmo.
fiquei muito mais q feliz
aqui vai mais um cap, sobre a vida de mais uma das meninas.



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TENTEN


Trinnn, Trinn....

O maldito despertador ataca novamente, o que eu posso fazer? Jogá-lo contra a parede pela décima vez? Ou me levantar duma vez antes que meus tios acordem, de toda e qualquer maneira tenho de ser rápida. Se meus tios acordarem estarei bem encrencada. Levanto rapidamente e desligo a porcaria barulhenta que me acorda todas as manhas.

Olho para a janela, o sol já esta nascendo, significa que tenho de correr, vou para o banheiro e tomo meu banho, sentindo a água quente me limpar. Saio do Box, e vou me arrumar, limpo o espelho embaçado e olho para meus próprios olhos chocolates, e para meu cabelo chocolate. Eu não sou a menina mais bonita, nem a mais feia, sou uma pessoa comum, mais dentro dos meus olhos talvez só eu consiga ver, que há um enorme vazio, um vazio que pertence a aqueles que não tiveram amor. Meu nome é Mitsashi Tenten, moro com meus tios desde sempre, minha mãe morreu no parto, e meu pai nunca teve tempo pra mim, só pra sua preciosa empresa, pensar nisso me da vontade de chorar, mas eu não vou fazer isso, faz anos que não choro, desde que meu tio me bateu por chorar por causa do meu cãozinho que morreu, ele disse que lagrimas são fraquezas, e que eu não podia ter fraquezas.

Suspiro, agoniada, pensar nisso só me trás mais dor ainda, abaixo a cabeça, não quero mais ver refletido meu olhar vazio, a prova de que não sou importante pra ninguém. Já tenho eles decorados em minha cabeça. Arrumo meu cabelo nos meus dois coques tradicionais, pensar na minha vida não vai melhorá-la, foi sempre assim em todos os meus quatorze anos, não vai mudar agora.

Arrumo-me, como sempre com a roupa odiosa do colégio, hoje é o primeiro dia letivo do ano, mas eu sei que esse ano como todos os outros será uma tortura. Pego minha mochila. Desço as escadas, e meus passos fazem eco no silencio mórbido da casa. Vou para a cozinha, pego uma maça, e vou embora, para o inferno, digo escola. Vou a pé, não vou acordar o coitado do motorista, que como todos nessa casa, não gosta nenhum pouquinho de mim. Mesmo sendo eu que pague todas as contas, quer dizer, meu pai paga, para que eu seja criada e amada com todos os confortos, sinto dizer, mas ele esta sendo ludibriado.

Enquanto caminho, vejo as arvores da nossa amada Konoha, é onde eu moro, uma cidade pequena, centralizada no meio de cidades grandes, mas aqui dizem que aqui só mora a “nata” da sociedade, os mais privilegiados, e por isso a cidade é pequena. não há necessidade de termos grandes prédios e empresas, se podemos ir às cidades vizinhas.

Meu colégio e o único da cidade, um colégio particular, e muito caro aqui só tem gente metida à besta se quer saber, odeio quase todos eles, não tenho amigos, as pessoas se afastam de mim, o motivo? Meus tios, toda e qualquer pessoa que vai à minha casa eles expulsam, depois de umas duas tentativas de ter amigas desisti, não valia a pena, nem a dor de vê-las irem embora. Por isso sou sozinha.

Não demoro mais que trinta minutos da minha casa até a escola, que por sinal é branca e cheias de arvores, olho para a entrada dela e a maça a qual eu comi se revira em meu estomago. Sempre os mesmos alunos, entro e ninguém percebe minha presença, e desde que eu não esbarre em ninguém continuará assim. Vou para trás do ginásio onde há um jardim, poucos vem aqui, quase posso dizer que é meu lugar secreto. É o único lugar aonde tenho paz, sento-me embaixo de uma arvore e espero o sinal tocar, para ai sim começar a minha tortura, agüentar todos os idiotas do mundo reunidos em uma única sala.

Espero um pouco e vejo uma menina no outro lado do jardim, ela sempre vem aqui também, e como eu, prefere o silencio, nunca falei com ela, e ela também nunca se dirigiu a minha pessoa, o que eu agradeço um monte, por que a acho ela muito frágil para agüentar meus tios, e se fizesse amizade com ela só me traria mais sofrimento.

Finalmente o sinal bate. Livrando-me do tédio mortal ao qual me encontro. Levanto bato minhas roupas e me dirijo ao pátio para ouvir a diretora falar. Depois nos dizer as turmas aonde íamos ficar que geralmente eram sempre as mesmas.

O pátio sempre mesmo, as pessoas divididas em grupos, e um palanque para a diretora e os professores. A escola se dividia em nerds, ricos, lideres de torcida, jogadores sem cérebro, viciados em jogos, rebeldes sem causa, punks, e em os totalmente excluídos, eu era um deles sei bem como é. A diretora, uma loira peituda com cara de pouco amigos, sobe no palanque. E começa um discurso chato o qual eu não estou nem um pouquinho com vontade de ouvir, fico olhando para o vazio enquanto ela da os avisos de sempre. Em um momento a pego me olhando e me arrepio, será que ela percebeu que eu não tava prestando atenção? Mas assim como veio essa sensação ela passou.

“Não fique louca Tenten, não fique louca”

Depois de uma interminável meia hora ela para de falar, e começa a dividir as turmas, eu fico na 1º A, e como todos os anos, com pessoas que me querem bem longe, um bando de estúpidos retardados. Bufo um pouco e me dirijo para minha sala.

Olhe pelo lado bom Tenten

Que lado bom? Eu me pergunto. Vou até meu lugar, jogo a mochila no chão, e sento na ultima carteira da janela. Olho para todos que entram e eles me dirigem sempre o mesmo olhar o de nojo, desprezo e pena, apenas um não faz isso. Um menino com os cabelos compridos e olhos perolados, o nome dele é Neji, ele se acha o todo poderoso, então eu não sou digna nem de um olhar de desprezo. Ele é um Hyuuga metido, orgulhoso, mas tenho de admitir que ele é muito bonito. Ai que raiva de mim, é apenas mais um arrogante, se liga Tenten, se liga. Suspiro e olho pra frente, enquanto a turma começa com o burburinho de sempre. Até que o professor entra na sala e manda todos aos seus lugares.

– Sejam bem vindos a escola, sejam bem vindos a mais um ano letivo. – Ele fala com um sorriso no rosto e eu penso.

sejam bem vindos a mais uma vez o inferno de sempre.

–Bom para começar, vamos arrumar e fazer o espelho da sala. – ele fala e começa a trocar os lugares, uns reclamam outro ficam felizes. Eu estava quieta como sempre até que esse maldito professor resolveu inventar.

–Hyuuga, você vai sentar ao lado da Mitsashi. – Eu olho para o professor com vontade de lhe atirar alguma coisa. O ser cabeludo pega suas coisas e senta ao meu lado, com um pequeno sorriso arrogante no rosto.

Ele olha pra mim que retribuo o olhar com certo asco. O que faz o sorriso dele aumentar. Ele volta a olhar pra frente, enquanto o professor começava mais um discurso. Eu me viro e olho para fora, pela janela. É eu estava muito errada, esse ano vai ser um inferno maior ainda.


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Notas finais do capítulo

mereco reviews?
eu sei q os cap tao um pouco pequenos, mas é que eu to postando todos os dias, se tiver um intervalo maior de tempo, eu posto com mais conteudo.e tambem, pq eu ja tinha esses caps prontos, dai nao deu pra modificar muito.
e amanha tem mais :-)
bjus S2 ja ne