Clube Do Livro escrita por pituthuca


Capítulo 28
Diario


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos á:
Emi Uchiha, Love_DarkHina, hanna44, Nayara Diniz, Sakys, sakura13, akemi miyazaki, hina_hyuuga, Francieli, lary_sakura, naruhinaruth, samantinha, GogetoSenju, sasales, NekoNyah, LadySnowArlekina, kuranlaaura
E um super agradecimento a naruhinaruth, muito obrigada pelas ideias e por todo o apoio que tem me dado, você não sabe o quanto me ajudou a me recuperar pelo menos um pouco desse surto de falta de inspiração. E desculpa pelo vácuo. Amei realmente as ideias, e gostaria de pedir se você tem bola de cristal? Algumas coisas você acertou na lata, que vão acontecer. E também vou usar muitas das suas ideias sim :-) Valew muito pela ajuda
E a LadySnowArlekina, menina levei um susto, vc comentou em todos os cap em uma noite, bota trabalho nisso, muito obrigada mesmo.
Vamos a mais um cap explicações mais tarde :-)



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INO

Acordei com todos os meus músculos doendo, parece que levei uma surra, me estiquei com certo cuidado, já que quando eu me mecho demais sinto uma dor aguda. Olhei para fora, um sol tímido nascia, e um sorriso tomou meu rosto, hoje será mais um dia maravilhoso.

-Senhorita Ino, está na hora de levantar. – Escuto a empregada me chamar.

“Sim será um dia maravilhoso, assim que eu sair de casa.”

Levantei-me, e abri a porta.

-Já estou acordada. – Digo para a empregada, e ela se retira, eu suspiro e fecho a porta, vou tomar um banho e me arrumar. Deveria ser para ir à escola, mas como eu estou suspensa vou fazer “trabalho comunitário”, fala sério às vezes a velha Tsunade tem cada ideia mirabolante, que chega a ser assustador.

Visto a roupa horrorosa do colégio, essa é uma coisa que tenho de convencer a Tsunade a mudar, porque os alunos terem de usar essa coisa fora de moda é um absurdo. Pensando dessa maneira fico parecendo minha mãe, e ao pensar nisso um sorriso triste toma minha face, eu nunca vou ser como minha mãe, me recuso a ser tão fútil. Suspiro pego minha bolsa e saio do meu quarto, desço as escadas indo para a cozinha, pego meu lanche em cima da mesa e vou para fora, o carro esta me esperando. Pelo menos hoje, já que minha mãe esta nos Estados Unidos, fazendo sua quatro centésima plástica, daqui a pouco ela não conseguirá mais falar de tanto que coloca botox.

Um riso escapa por meus lábios, com certeza ia ser engraçado ver minha mãe sem poder falar por culpa de seus próprios atos, não é por maldade que eu rio, mas é que acho que talvez assim sem mais nenhuma plástica ou compromisso minha mãe poderia ter algum tempo para mim.

Seguro minha solidão dentro de mim, e sigo meu caminho, para a escola, na verdade, para a nossa casa. A casa que estamos construindo com nossos próprios esforços, tudo bem quem ontem nossos esforços não adiantaram para muita coisa, mas pelo menos foi divertido.

O carro parou na frente da escola e fui em direção ao jardim, mas antes de chegar lá acabo esbarrando em uma coisa ruiva.

-Olha por onde anda!- Escuto a praga vermelha reclamar.

-Você que quase me derruba e a culpa é minha? – Pergunto irritada.

-Sim é sua, por ser tão insignificante que eu não posso vê-la. – A praga fala, me deixando irritada.

-Vá para o inferno Gaara. – Praguejo e saio de perto dele, o moleque para me deixar irritada.

-Hei patricinha, resolveu aparece no colégio? – Ele me segura pelo braço e pergunta.

-Isso não é da sua conta. – Respondo mal. E o vejo torcer o nariz contrariado.

-Se não fosse, eu não estaria perguntando. – Ele fala, segurando com mais força em meu braço.

-Hei Ino! – Escuto a Temari me chamar, e tento me soltar.

 -Desde quando você é amiga da minha irmã? – Ele pergunta com uma expressão desconfiada.

-Desde quando isso lhe interessa? – Pergunto ainda tentando soltar meu braço, mas ele parece colado nas mãos do ser ruivo.

-O que está aprontando Patricinha? – Ele pergunta, novamente, olho com raiva para ele, para começar odeio que me chamem de “Patricinha”, e depois odeio que me olhem como se eu fosse um pedaço de carne a venda, ou seja, o jeito como ele esta me olhando.

“O ser esquisito esse menino! Não sei se gosta de mim ou se me odeia.”

-Oi Ino. – Temari chegou me abraçando, e ignorando completamente o irmão. Até que ela olhou para meu braço e viu que Gaara ainda o segurava, ela ergueu a cabeça e fuzilou o ruivo com o olhar, o que o fez soltar rapidinho.

“Super Temari. Poderes contra ruivos malignos.”

-Então... Eu já estou indo. – Gaara falou saindo quase correndo da Temari, a olhei com certa devoção. Ela sorriu e pegou meu braço.

-Vamos que já estamos atrasadas. – Temari falou me puxando em direção ao jardim.

Chegamos ao jardim com sorrisos no rosto, e fomos recepcionadas da mesma maneira pelas meninas. Notei que a doce Hinata parece meio triste. E quando a Sakura contou sobre à casa de um tal de Naruto, a morena pareceu querer se afundar em algo. Temari também notou, mas me mandou um olhar como claro sinal para ficar quieta e deixar a Hyuuga quieta, concordei com a cabeça, quando ela quisesse falar ela falaria, ficamos conversando bobagens até bater o sinal e quando isso aconteceu Hinata parecia ter esquecido um pouco do quer que estivesse afligindo-a. Fomos para a sala da Tsunade, que nos recepcionou com seu típico mal humor matutino, ou seja, ela ainda não encheu a cara ainda.

Fomos para o estacionamento, meio escondidas evitando ser vistas pelo resto do colégio o que não foi muito difícil já que todos estavam em aula, entramos na caminhonete da Tsunade, não virar sardinha de tão apertada é muito bom, apesar de que virar uma batida, por causa do jeito que a velha dirige, é extremamente ruim. Chegamos na casa, e eu estou meio enjoada. Olhamos para o fiasco do dia anterior, fazer um muro com certeza não é nossa especialidade, sorri, e olhei para casa, que estava terminada, quase toda reconstruída, só falta uma pintura, cortar a grama, plantar algumas coisas e decorar.

“Ainda temos muito trabalho pela frente.”

A diretora foi até aquela casinha onde tinha buscado as caixas com as coisas pra fazer o fogo e jogarmos o livro como um quase um sinal de lealdade, aquilo faz tão pouco tempo, mas parece que séculos se passaram, fomos atrás dela e descobri que a “casinha” na verdade é um galpão com os mais variados tipos de coisas, algumas colocadas aqui recentemente, outras tão antigas que tem centímetros de pó em cima. Analisei tudo o que tem e percebi o que Tsunade veio buscar, ela foi em direção ao material de pintura e nós a seguimos.

-Tsunade porque não mandou pintarem também? – Tenten perguntou olhando para as coisas.

-Porque pintores estão cobrando muito caro, e porque eu contrataria alguém se é um trabalho que vocês podem fazer de graça? – A diretora respondeu, entregando os rolos, pinceis e galões de tinta para nós. – Esta todo o material aqui, assim que terminarem de pintar, o cortador de grama estará esperando por vocês, e quando terminarem essa parte, poderão cuidar do jardim, mandei trocarem as escadas externas, então podem ir lá tranquilas. – Ela falou já indo em direção ao carro com a chave na mão. Viramos-nos para a casa, e bem... Ela é enorme.

-Quanto antes começarmos, antes terminamos. – Sakura falou, já pegando um macacão de pintor e os pinceis, todas concordamos com a cabeça e fomos pegando os materiais.

Começamos a pintar com todo o fôlego e vontade apesar de ainda ser cedo, pelo menos enquanto os outros estão estudando nós aqui trabalhando, e de certa forma se divertindo juntas, mas como passar dos minutos, as coisa começaram a ficar meio mortas e eu olhei paras as arvores.

Eu não quero ficar aqui pintando, apesar de ser divertido, eu quero é ir plantar e cuidar do jardim suspenso, e das cerejeiras aqui fora, que parecem precisar de uma boa poda. Suspirei absorta em meus pensamentos.

-Ino!!! Pare de ficar pensando na morte da bezerra e nos ajude a pintar. - Escuto Temari me chamar quase aos gritos.

-Que bezerra? E porque eu estaria pensando na morte dela?– Pergunto confusa e a vejo erguer os olhos. Dou de ombros, e começo a pintar, tentando pensar em algum plano para terminar logo essa pintura e poder fazer o que eu quero de uma vez.

-No que você tanto pensa Ino? – Hinata me perguntou, as meninas me olharam com curiosidade, e eu não pude evitar um sorriso.

-Tive uma ideia para nós acabarmos mais rápido. – Eu falei tentando mostrar um ar inteligente. E vi as quatro me olharem com um ar de suspeita.

“Que foi? Eu não posso ter ideias inteligentes?”

-Que ideia Ino? – Sakura me perguntou parecendo entediada.

-Esperem aqui que eu já volto. – Falei, me virando para sair dali.

-Não demorem muito, ou vamos lhe buscar, porque você deve estar inventando algo para fugir do trabalho. – Temari falou, e eu lhe mostrei a língua e sai dali. Fui em direção ao deposito, tinha visto lá uma coisa que vai ser útil. Peguei o que me interessava e fui até onde as meninas estavam, quando cheguei, elas me olharam curiosas.

-O que você pensa em fazer com isso? – Tenten me perguntou. Olhando para a maquina de pressão de água. É uma “maquina” onde plugasse uma mangueira e com a pistola de água ela joga água para todos os lados, com pressão e uniformemente.

-Facilitar e acelerar nosso trabalho. – Falei pegando um copo de tinta e colocando no lugar onde deveria ser a água. Elas me olharam um tanto esquisito e então suspiraram aceitando a ideia.

-Já que você esta resolvida a fazer isso, deixa que eu executo a sua ideia. – Sakura falou, pegando a pistola d’água. E apontando para a parede.

-Meninas vocês tem certeza? – Hinata perguntou, parecia temerosa.

-Mas é claro que temos certeza. - Falei ligando a maquina. Porem Sakura não estava preparada, e com o susto que tomou soltou a pistola d’água, e que com a pressão começou a rodar jorrando tinta para todos os lados, e principalmente em nós. Enquanto gritávamos tentando nos proteger da tinta assassina. Acabamos completamente sujas de tinta. Desliguei a maquina, e as meninas me fuzilaram com o olhar. As roupas manchadas e os cabelos pingando tinta.

-Oh my god! – Falei olhando para minha roupa.

-Ino, quais serão suas ultimas palavras? – Temari me perguntou, eu engoli em seco.

-A culpa é da Sakura! – Falei apontando para a rosada, mas não adiantou muito já que nenhuma delas desviou o olhar mortal de mim, e agora a rosada me olha com mais raiva ainda.

“Acho que eu estou muito ferrada.”

-Acho que a culpa é de uma certa “criadora de ideias malucas que dão em merda”!- Sakura falou com os dentes serrados, para não ter de abrir a boca e engolir tinta. Já que nela, a tinta respingou direto no rosto.

-Olhe o palavreado Sakura, que feio. – Falei, segurando o riso da expressão da rosada. Olhei analisando as meninas, e depois para mim, e comecei a gargalhar, estávamos completamente sujas, e nosso estado é cômico, as meninas me olharam como se eu tivesse perdido a sanidade, e depois começaram a rir junto.

Bem nessa hora, a Tsunade chegou, nos olhou. E olhou para a parede.

-Vocês não conseguem fazer alguma coisa, sem acabar em bagunça e sujeira? – Ela perguntou segurando o riso. – Vão tomar um banho de mangueira, porque ninguém vai sujar meu lindo carro novo. Depois nós vamos ao restaurante e então voltam para cuidar das plantas, já que a tarefa “pintar” esta fora de cogitação depois dessa bagunça. – Ela falou com um sorriso, dirigido a mim, e eu não pude evitar retribuir, meu plano pode não ter saído como eu planejei mais o resultado foi melhor que o esperado.

Fomos para trás da casa, onde tem uma mangueira plugada na torneira, as meninas me olharam e apontaram para mim, apenas abaixei a cabeça e fiquei perto da torneia, enquanto a Tenten pegou a mangueira e a Hinata abre a torneira.

-AHAAAA – Eu gritei ao sentir a água fria em contato com minha pele quente por causa do sol, me arrepiei, e senti um choque, por causa da mudança brusca de temperatura. Só escutei a risada das meninas.

“Pessoas vingativas essas que eu consegui como amigas.”

Depois do nosso banho de mangueira, fomos tremendo de frio para dentro do carro, Tsunade nos olhou alcançou alguns casacos e acelerou o carro, como sempre daquele jeito maluco dela de dirigir, já estamos acostumadas mesmo. Ela parou o carro na frente de uma mansão.

-Vovó onde estamos? – Temari perguntou, Tsunade apenas bufou e seguiu para dentro assim que o portão abriu.

-Aqui é minha casa meninas. – Ela falou depois que desceu do carro. – Entrem de uma vez, antes que fiquem gripadas.

-Mas nós não íamos a um restaurante? – Tenten perguntou enquanto descia do carro.

-Nós vamos assim que vocês trocarem de roupa, e se agasalharem, vai chover e não quero ter que comprar remédios escondido para vocês. – Ela falou entrando na casa, e nós fomos atrás. A “casa = mansão” da diretora é realmente impressionante, sem tanta ostentação como a minha, e talvez por ter tantos detalhes simples, fosse muito mais magnífica.

-Sua casa é linda vovó. – Falei dando voz aos meus pensamentos.

-Eu sei. Agora subam, o quarto com as roupas é o terceiro da esquerda, façam o favor de não errarem, vou falar com um fornecedor do colégio enquanto vocês se trocam, estou no escritório, então não gritem se precisarem. Se virem. – Ela falou um pouco mal humorada, essa mulher me confunde. Às vezes é seria demais outras age como uma bêbada irresponsável, mas na maioria das vezes esta rindo, ajudando e agindo como uma avó.

“Será que a idade faz isso com as pessoas??!”

Subimos as escadas e fomos até o quarto que ela indicou, um quarto com diversas roupas femininas e de diversos tamanhos, cheguei a meu paraíso.

-Nossa!!! – Nós cinco falamos surpresas pela quantidade de roupas e acessórios, todos na moda desse ano, e alguns até da próxima moda.

-Como ela consegue ter tudo isso? – Sakura perguntou pegando uma calça que eu mesma quase chorei para minha mãe me dar.

-Não sei, mas vamos aproveitar essas roupas. – Falei pegando algumas dos cabides e indo me vestir. Experimentando varias combinações.

-Hei, nós não íamos almoçar? – Temari perguntou, parecia desconfortável em meio a tanta moda junta.

“Essa menina enfrenta o irmão maligno e tem medo de roupas chiques?”

-Nós vamos, assim que nos arrumarmos. – Falei indo pegar o quinto par de roupas para experimentar. Olhei para as meninas, a Sakura parece tão no paraíso quanto eu, a Hinata parece meio indecisa, e a Tenten e a Temari parecem deslocadas.

“Melhor me arrumar rapidinho e ajuda-las.”

Olhei para as roupas em minhas mãos, e decidi que vou com essas mesmo, me troquei e puxei a Hinata para o provador, jogando algumas peças de roupas lá, para que ela vestisse. Ela saiu deslumbrante, sorri com meu dom da moda, e joguei a Tenten lá dentro junto com outras peças. Olhei para o lado a Sakura já estava deslumbrante, a chocolate saiu maravilhosa, olhei para a minha ultima “vitima”.

-A não Ino, não invente. – A loira falou e eu sorri maligna.

-Não vai doer nada se você colaborar. – Falei brincando e ela revirou os olhos entrando no provador. Peguei algumas peças e alcancei a ela. Quando Temari saiu do provador abrimos nossas bocas espantadas.

-Ficou tão feio assim? – Ela perguntou tímida, negamos com a cabeça. E olhei para os lados a procura de um espelho.

-Mas que droga. – Praguejei e sai do quarto, procurando algum banheiro ou quarto onde houvesse um espelho para Temari ver a maravilha que estava.

-Onde esta indo Ino? – Sakura perguntou vindo atrás de mim.

-Atrás de um espelho, me ajuda a procurar? Temari tem de ver o jeito que ficou. – Falei e a rosada concordou com a cabeça. Fomos abrindo as portas procurando, até que entramos em um quarto, completamente empoeirado, os moveis estão cobertos por lençóis. Arrepiei-me ao entrar. Tentei ligar a luz, mas o interruptor não pegou, suspirei com certo receio, mas mesmo assim entrei a curiosidade para saber o que a vovó guarda aqui, mais forte que o receio de ser pega. As janelas fechadas parecem um fantasma pronto a me pegar.

-O que esta fazendo aqui? – Escuto alguém perguntar e sinto meu sangue gelar, olho para trás dando de cara com as meninas, suspiro aliviada.

-Estava procurando um espelho e achei esse quarto “esquisito” – Explico elas olham ao redor e concordam com a cabeça.

-De quem será que era esse quarto? – Tenten pergunta olhando debaixo dos lençóis.

-Não tenho a mínima ideia, mas deve ser alguém importante para a vovó deixar o quarto desse jeito. – Hinata respondeu passando a mão em uma cadeira no canto do quarto que estava empoeirada.

- Esse quarto parece abandonado há muito tempo. – Sakura falou, e eu a olhei irônica.

-Isso é meio obvio rosada. – Falei indo em direção a um criado-mudo do lado da cama, ele parece misterioso, abri a gaveta e achei um caderno velho.

-Meninas olhem isso aqui. – Falei mostrando a elas o caderno, ela vieram até mim e eu folheei o caderno, parecem anotações de alguma coisa relacionada à medicina e romance, não dá para entender muito bem, alem de o caderno estar velho e gasto a letra não ajuda muito.

-O que vocês estão fazendo aqui? – Olhamos para a porta e lá esta uma Tsunade muito brava com a veia saltada na testa e tudo mais o que temos direito quando ela esta nervosa.

-Procurando um espelho? – Digo em um tom de desculpa misturado com deboche e ironia.

“Fala sério, estou ferrada para caramba e ainda fico debochando, preciso me tratar dessas minhas tendências suicidas.”

- O que com certeza vocês não acharão aqui. – Tsunade falou com os dentes serrados de uma raiva assassina. Senti as meninas se esconderem atrás de mim.

-Nós não tínhamos de ir almoçar? – Perguntei, tentando sair dessa situação altamente perigosa.

-Nós vamos ir, assim que você me entregar esse caderno, e vocês cinco sumirem desse quarto. – A vovó falou, levantando a mão em sinal que eu lhe entregasse, dei o caderno para ela, e sai correndo atrás das meninas. Fomos até a cozinha e paramos, respirando fundo e agradecendo aos céus pela diretora estar de bom humor hoje. Olhei para a parede e vi uma coisa que me deu uma verdadeira ideia genial. Sorri e fui com todo o cuidado pegar.

-Vamos meninas, antes que resolvam mexer em mais alguma coisa. – Tsunade chegou um segundo depois de eu já ter pegado, sorri vitoriosa, e como sempre a vovó parece ter um olho atrás da cabeça, porque ela notou e ergueu a sobrancelha curiosa, eu tentei disfarçar e fui atrás das meninas antes que ela notasse que algo esta faltando.

Fomos almoçar no restaurante da Tereza, comi muito mais do que podia, e acabou que nós cinco estávamos tão cheias que trabalhar ia custar uma congestão. Então fomos para o colégio arrumar as fichas da Tsunade novamente, ela com certeza é a pessoa mais desorganizada que eu conheço. Acabamos a tarde espirando mais felizes. Enquanto vamos para casa decido expor meu plano.

-Meninas eu tive uma ideia- Falei, e elas me olharam esquisito.

-Pode falar Ino, pior que a ideia de colocar tinta dentro da mangueira de pressão não pode ser. – Sakura falou balançando a cabeça. Mostrei a língua para ela.

-A minha ideia foi ótima, não tenho culpa se você é uma fraca que não conseguiu segurar a pressão da pistola d’água. – Falei, e a rosada me fuzilou com o olhar.

-Fale logo sua ideia Ino. - Temari falou, acabando com a discussão,  o que eu agradeci mentalmente já que a Sakura parecia preste a arrancar minha cabeça.

-O que vocês acham de nós irmos a casa hoje de noite e decora-la?  - Falei minha ideia genial, e vi as meninas me olharem surpreendidas.

“Gostaria muito que elas não me olhassem assim cada vez que apresento uma ideia que preste.”

-E como nós iríamos lá? – Tenten perguntou.

-De bicicleta, não é tão longe assim da cidade. – Respondi e ela concordou com a cabeça.

-E vamos decorar a casa com o que? – Hinata perguntou, me olhando curiosa.

-Bem... – Falei, tentando evitar que um sorriso tomasse meu rosto.

-O que você aprontou loira? – Sakura me perguntou. Ela já me conhece bastante.

-Eu fiz alguns esboços de como poderíamos decorar a casa, e fiz algumas ligações, a decoração e os moveis que eu encomendei chegarão em duas horas. – Falei com um sorriso feliz, me sentindo eficiente.

-E como vamos entrar na casa? – Hinata perguntou. Eu sorri matreira e tirei do meu bolso a chave que peguei na casa da Tsunade.

-Você não da ponto sem nó mesmo. – Temari falou balançando a cabeça e rindo.

-Vocês vão comigo? – Perguntei.

-Mas é claro que sim, senão é capaz de você se perder no meio do caminho. – Tenten falou, e eu fiz bico, fazendo todas começarem a rir.

Planejamos nossa saída noturna, enquanto íamos para nossas casas, tudo combinado cada uma seguiu o próprio rumo. Cheguei em casa, e fui em direção a sala me jogar no sofá, e ver se tem algum programa interessante na televisão, dei de cara com minha mãe assistindo um programa sobre as roupas da moda, e tendências que estão voltando, suspirei e fui em direção ao meu quarto.

-Onde você estava? – Escutei minha mãe perguntar e parei.

-Estava com as meninas do clube do livro. – Respondi, minha mãe suspirou e veio até mim, me preparei para escutar o senhor sermão, mas minha mãe me analisou primeiro, seu olhar de repreensão me fez ter vontade de chorar, segurei o choro e ela olhou para meu rosto, vendo minha expressão ela suspirou, e pegou minha mão, foi quando ela sentiu os calos, consequências de dias de trabalho, para quem nunca tinha feito nada parecido na vida.

-O que aconteceu com as suas mãos? – Minha mãe perguntou, com uma expressão horrorizada.

-Eu... Bem... Eu... –bom, eu nem terminei de falar. Ela me pegou pelo braço e me arrastou pelas escadas até o closet dela, e começou a passar um creme com um cheiro esquisito. Ou me ver franzir o nariz ela começa o interrogatório.

-Onde foi que você andou?  O que é que você estava fazendo, hein? Por que as suas mãos que deveriam estar extremamente cuidadas estão dessa maneira, filha minha não pode, ouviu bem, não pode de jeito nenhum, ter a mão cheia de calos, onde é que você conseguiu esses calos? – Ela me pergunta, sendo que nem deixa tempo para eu responder.

Depois de um discurso de mais de meia hora, ela respira.

-Agora mocinha, você vai para seu quarto, e não quero ver você por pelo menos uma semana, estamos entendidas? – Ela diz com uma expressão brava.

-Não vai mudar muita coisa não é mesmo?- Eu respondo irônica. E me retiro deixando-a com a boca aberta.

Não era mentira minha, eu já não a via há algum tempo, afinal ela sempre estava viajando. E agora que nós podíamos estar juntas ela brigava comigo por causa de calos? Eu olho para minha mão, e a cheiro, franzo o nariz novamente, e vou ao banheiro lavar, eu não queria que esses calos sarassem, era como uma marca de guerra, uma parte nova de mim, como uma lembrança de quem eu sou, de quem é a verdadeira Ino, era uma marca de amizade. A água levou aquele creme mal cheiroso, e eu fui para meu quarto, pulei e deitei na minha cama, e olhei para a cabeceira, meu diário estava ali, eu peguei-o, e o folhei, desde que começou o clube do livro, não escrevia mais, eu não precisava mais dele.

 O guardei dentro da gaveta da cômoda do abajur, e voltei a deitar. E em pouco tempo eu dormi, pensando em minhas amigas, e em como minha vida ganhou novo sentido, a partir do momento em que as conheci.

O relógio despertou às onze e meia, acordei meio tonta e sonolenta, olhei para o horário, e me obriguei a sair da cama, afinal fui eu que dei a ideia, troquei de roupa e sai do meu quarto tentando não fazer barulho nenhum, desci as escadas com cuidado, apesar de o carpete fazer com que meu trabalho fosse muito mais fácil. Fui para fora e peguei minha bicicleta que escondi debaixo de uma arvore, olhei para os lados tentando ver se algum segurança me viu e quando viu que não tem ninguém, começo a pedalar, e a sair daqui antes quem alguém me veja. Fui em direção à casa da Sakura, afinal é mais perto da minha.

“Vamos ver o que essa aventura noturna nos reserva.”


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Notas finais do capítulo

Helow minna :-)
Mereço reviews? Recomendações? *se abaixa de um piano jogado*
Mil perdoes pela demora, mas como já sabem estou travada quando o assunto é inspiração :-( porem acho que estou melhorando um pouco, já que quando tenho tempo para escrever as palavras estão saindo com um pouco mais de facilidade, o problema é que o tempo esta meio escasso.Quase não entrei no nyah, e estou com um monte de fic para ler e atualizar meus conhecimentos :-(
Nesse cap, tivemos nossa querida e doida Ino, e também a deixa para o próximo cap, que será um cap dos meninos. O que será que a Tsunade esconde nesse quarto empoeirados? E o que será que esta escrito naquele caderno diário :-)
Bem aproveitei esse findi, e fiz um pequeno trailer da fic :-) Lá tem algumas passagens que ainda não aconteceram, e algumas que já foram.
http://www.youtube.com/watch?v=BHzckJ8eAjU&feature=youtu.be
Espero que gostem :-) e comentem bastante. :-)
Bem por enquanto é só.
Até o próximo cap
Beijos S2
JA NE.
Ps: Quem gosta de Naruhina postei uma nova fic, se quiser de uma olhada :-)
http://www.fanfiction.com.br/historia/234631/Noite_Inconsequente