Clube Do Livro escrita por pituthuca


Capítulo 27
Importancia


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos extremamente especiais a:
Ana Chan, GogetoSenju, samantinha, Sakys, Lilli Uchiha, hina_hyuuga, Babi Uchiha, Emi Uchiha, akemi miyazaki, lary_sakura, saky_flower, lilihsasunaru, yuuki nanda, Priy Taisho, Silvia, luuhyun, Jeh Srta HyuUga Hatake, Leregite, S2Nanda,PepitaPocket e a Thaisa Proenca.
Gostaria de pedir desculpas a lary_sakura, e dizer, obrigada pelo puxão de orelha :)
Bem primeiro leiam o cap, depois tentem me matar. Até as notas finais :-)



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Acordo como sempre, com as batidas na minha porta, uma empregada me chamando. Arrumo-me com certo ar de pressa e expectativa, hoje eu e as meninas vamos terminar de arrumar o telhado da casa, apenas algumas coisas que ainda não estão no lugar certo. Ontem cheguei extremamente cansada, parecia que passei a tarde levando uma surra, e minhas mãos tem alguns calos, e minha pele, ficou um pouco irritada por causa do sol. Mas nem por isso eu desisto, ou fico menos animada a ir lá trabalhar novamente.

“Por mais que isso pode ser chamado de exploração de menores”

Arrumo minha mala, com roupas em vez do material escolar. E desço as escadas com um sorriso enorme no rosto, pelo menos até chegar à sala onde fazemos nossas refeições.

–Bom dia. –Cumprimento. E sento em meu lugar.

–Onde você passou à tarde ontem? – Meu pai perguntou, ignorando a educação que ele mesmo impõe. Mas agora não tenho tempo para divagar sobre isso, já que não tenho a mínima idéia do que responder para ele.

“Passei, o dia reformando uma casa velha, querido pai.”

Isso com certeza não esta na minha lista de possíveis respostas, mesmo sendo a resposta verdadeira, o olhei, ele como sempre me olha sério.

–Estava com as meninas do clube do livro. – Respondi, não era mentira, apenas parte da verdade. Ele deu de ombros como se não se importasse. Minha duvida é: se ele não se importa porque me questiona? Tenho em mim uma pequena esperança de que ele se preocupa comigo e...

–Sua irma lhe procurou ontem. E as empregadas disseram que não sabiam onde você estava. – Ele falou, acabando com minha idéia anterior. Ele realmente não se importa comigo. Segurei o choro, ao constatar o fato, e empurrei aquele mingau ruim pela garganta.

–Hoje eu também não vou voltar no horário. – Informei, uma atitude um tanto anormal vindo de mim, afinal eu deveria pedir autorização e não apenas avisar, meu pai apenas ergueu uma sobrancelha em sinal de que tinha escutado.

Levanto assim que termino o café, com o estomago pedindo socorro. Pego minha mochila e vou para fora, Ko esta me esperando. Vou de carro até a escola, em completo silencio, com o café se revirando dentro de mim, e minha expressão um tanto sofrida, por mais que eu me esforce para parecer imparcial. Ser uma Hyuuga, ou seja, ser fria e calculista. E o mais importante, não mostrar seus sentimentos.

“Será que é por isso, que eu não consigo ver amor nos olhos do meu pai? Porque ele esconde seus sentimentos?”

Eu odeio o jeito como ele fala, o jeito como ele se refere a mim. Inútil, imprestável, odeio quando ele fala dessa maneira, triste e enfurecida ao mesmo tempo. Sempre me perguntei o porquê dele me tratar desse jeito, o porquê dele não gostar de mim, até hoje não obtive nenhuma resposta muito pelo contrario, as questões só aumentaram, perguntas começaram a aparecer, como: porque ele não fala da minha mãe? Porque ele não gosta nem de olhar para mim? E principalmente, porque ele coloca no cardápio aquelas comidas horrorosas.

“Isso é o principal?”

Certo, não deveria ser, mas sou eu que tenho de comer lesma, e afins no almoço, o resto já são questões antigas, coisas que sempre tive duvida, e também sempre tive a certeza de não responderiam se eu pergunta-se. Minha mãe é um assunto tabu aqui em casa, e o clã inteiro evita falar dela, e eu não sei o porquê, quando ela morreu, eu não pude nem ir ao enterro, assim como minha irmã e o Neji, apenas os conselheiros e pessoas do alto escalão Hyuuga, foram. Foi uma coisa que me incomodou, machucou, mas eu não pude fazer nada. Só é mais uma coisa que faz parte de meu passado.

Meu presente parece ser muito mais agradável, um sorriso toma meu rosto ao pensar nisso, ganhei um ótimo presente do destino esse ano, minhas amigas, no fim somos cinco esquisitas desprezadas pelos outros, mas que se estamos juntas não nos importamos com isso.

Chego finalmente ao colégio, espantando todo e qualquer pensamento ruim, pensando apenas em como o dia vai ser divertido.

“Certo, eu estou com algum problema sério, desde quando se acha divertido tornar-se uma quase escrava de uma velha doida?”

Entro no colégio me deparando como sempre com as caras emburradas de muitos alunos ao me verem passar, é claro que agora há até um ar de respeito, afinal ajudei a Sakura a colocar a Karin e as seguranças vacas dela, em seus lugares, ou seja, no curral. E agora sou considerada uma das rebeldes, e uma das privilegiadas, é o modo como chamam as pessoas La listinha da Tsunade, o que ninguém sabe é que a diretora não só esta do nosso lado, como também nos apóia, todo mundo acha que ela esta nos punindo com serviço comunitário, quando na verdade estamos trabalhando para nós mesmas. Sinto-me um tanto culpada em enganar todo mundo assim.

“Ninguém deles se importaria em enganar você, muito pelo contrario eles ririam.”

Vou para o jardim esperar as meninas, e como tem sido nos últimos dias todas elas chegam sorrindo, calorosas, e esperamos o sinal bater, conversando, para irmos à sala da Tsunade, onde pegamos a diretora quase dormindo sentada na sua cadeira, uma cena da qual rimos muito, é claro que ela descontou todo esse riso, andando que nem uma louca pela estrada.

Conseguimos sobreviver e finalmente chegamos a casa, o telhado esta pronto, mas ao olharmos para toda a estrutura vimos que ainda falta muita coisa.

– Vocês quase terminaram o telhado, bom trabalho, só espero que não tenha nenhuma goteira. – Tsunade falou para nos torrar a paciência. - Nessa casa tem goteira, pinga em mim, pinga em mim. – Ela começou a cantar, e nós a rir.

–Não seria sake? – Sakura perguntou, segurando o riso.

–Como? – Ino perguntou não entendendo a piada.

–“Pinga”, “Sake”. Entendeu? Bebida alcoólica a qual a Tsunade esconde no armário. – Sakura falou e Ino adquiriu um ar pensante, depois de uns dois minutos ela começou a rir.

–Entendeu? – Tente perguntou.

–Ainda não. – Ino responde ainda rindo. Se fossemos desenhos nosso estado seria: Gota geral.

–Meninas, hoje vocês vão arrumar aquela parte de trás ali, ou seja, o campo de tiro ao alvo, vocês terão que refazer os bonecos, e os muros de proteção, entre outras coisas. – Tsunade falou, ignorando a piada sem graça, o que devíamos fazer, olhei para os muros parcialmente destruídos.

–Tsunade como se faz um muro? – Ino perguntou, dando voz aos pensamentos de todas nós.

–Com tijolo e cimento oras!- A diretora respondeu, com aquele típico tom irritante, de que era obvio um tom que ela usa bastante quando fala com a gente. – Esta no livro que eu entreguei a vocês, o material esta todo ai, se virem. – Ela falou se despedindo e entrando no carro.

–Um dia eu ainda pego essa velha. – Temari resmungou, ganhando aprovação de todas nós enquanto víamos a poeira que a vovó deixou para trás.

– Já que temos de fazer isso mesmo, vamos começar de uma vez. – Sakura falou e concordamos com a cabeça.

–Alguém sabe onde esta aquele livro velho que a velha nos deu? – Tenten questionou, com um sorriso ao perceber o trocadilho.

–Bem... – Ino começou a falar, olhando para os lados com certa vergonha.

–O que você fez Yamanaka? –Sakura perguntou, desconfiada da cara da loira, em um claro tom de ameaça.

–Jogueiolivronomato. – Ino falou rapidamente e baixinho, o que fez que ninguém entendesse.

–Como Ino? – Eu perguntei, tentando compreender.

– Jogueiolivronomato. – Ela falou novamente rápido, e Temari bufou.

–Loira aguada, ou você fala direito ou então de adeus para seus cabelos. – A Sabaku ameaçou irritada.

–Esta bem. Eu joguei a porcaria do livro no mato. – Ino falou.

–E PORQUE VOCÊ FEZ ISSO? – Tenten gritou irada.

–PORQUE AQUELA PORCARIA ESTAVA ME IRRITANDO COM TODAS AQUELAS INSTRUÇÕES CONTROVERSAS!- Ino gritou de volta.

–Você tentou ler? – Eu perguntei um tanto espantada, dando voz a provavelmente os pensamentos das meninas.

–Hei, até tu Brutus? Eu sou loira sim, e com muito orgulho. – Ino acariciou seus cabelos. – Mas nem por isso sou burra, eu estava tentando aprender, mas me irritei ao ver quanta bobagem tinha lá, não deu para entender nada!- Ela falou brava.

–E por isso você o jogou no mato? – Sakura perguntou, com uma veia quase idêntica da Tsunade saltando em sua testa, deu medo.

–Sim. – A loira respondeu simplesmente. E Temari quase avançou nela.

–E agora como vamos aprender a fazer cimento??! – Tenten perguntou olhando para o céu.

“Quem será que ela esta esperando que responda as suas preces?”

–Que tal procurarmos o livro? – Sugeri, e todas me olharam como se eu fosse um ser divino.

“Achei-me agora. Gênio!!!”

–Ino, o jogou fora, ela que o procure. - Temari falou, cruzando os braços, eu fui até ela, um tatinho irritada e peguei na sua orelha.

–Itaii!!! – Ela reclamou, enquanto eu puxava.

–Juntas, para sempre juntas. Lembra? – Falei puxando ainda mais, enquanto todas me olhavam espantadas e Temari quase chorava de dor.

–Sim, eu me lembro. – Ela falou, e eu as soltei, ela começou a esfregar a orelha, para ver se estava tudo certo e se passava a dor.

–Agora o plano é: dividir-nos e conquistar, cada uma procura em um canto. Começando por: Onde você acha que jogou o livro Ino? – Perguntei e ela apontou para o leste da casa, ainda me olhando espantada. - Vamos lá? – Perguntei, e todas correram na minha frente.

“Depois meu pai diz que eu não tenho voz de comando!”

Começamos a procurar, e depois de uns dez minutos escutamos um grito.

–ACHEI!!! – A rosada gritava fazendo uma dança estranha. E Ino respirou aliviada, já que a cada minuto que passava Temari a olhava com mais raiva ainda.

–Aleluia. – Tenten falou erguendo as mãos para o céu, já que como todo mundo estava cansada de ficar debaixo daquele sol forte, juro que devo ter tomado um bronze.

–Agora vamos logo fazer esse cimento, e reconstruir esse muro. – Sakura falou, folheando o livro. – 1-Numa superfície plana, sobre placas de madeira, por exemplo, coloque a quantidade de areia necessária e deite o cimento por cima. 2- Comece a envolver esta mistura, com a ajuda de uma pá, começando pela parte de baixo, até obter uma mistura seca e com uma cor uniforme. 3- Faça agora um buraco no meio desta mistura e junte-lhe água e misture tudo. Se juntou um aditivo plastificante, deixe esta mistura repousar durante alguns minutos.- Ela começou a ler, e assim que ela terminou todas nos olhamos totalmente confusas.

–Eu falei que essa porcaria não ensinava nada. – Ino resmungou alto o bastante para que todas nós ouvíssemos, e o suficiente para que Tenten a fuzila-se com o olhar. Ela ergueu as mãos como em sinal de paz, o que fez a chocolate rir.

–Vamos pegar as pás, Ino pega o carrinho de mão, Temari a areia, Hina pega o cimento, e Tenten a água, eu vou ver se acho alguma superfície plana. – Sakura falou nos dividindo em tarefas. Cada uma foi para um canto, e logo estávamos reunidas ao redor de uma madeira muito esquisita, em um formato de cone. – Temos tudo aqui, agora vamos misturar à areia e o cimento. – Sakura falou olhando mais uma vez no livro.

–Como é que se deita o cimento em cima da areia? – Ino perguntou.

–Sei lá. Jogamos em cima mesmo. – Temari falou já fazendo o que disse. Tenten pegou uma pá e já foi misturando.

–Certo, agora fazemos um buraco no meio. – Sakura explicou, o que causou risos em nós, pelo segundo sentido da frase.

“Mentes muito maliciosas, vêem besteira em quase tudo.”

–Jogamos água. – Ino falou pegando o balde e despejando de mal jeito em cima do “vulcão” que fizemos com a areia misturada com cimento, o que acarretou em água para todo lado.

–Ops! Foi mal. – Ela falou, ao se ver fuzilada pela quarta vez só hoje. Mas não ficamos bravas muito tempo ao ver o estado em que ela ficou seus tênis caros estavam com certeza estragados. Ela olhou para baixo e em vez de faze o escândalo esperado começou a rir o que nos contagiou.

–Vamos misturar essas coisas. – Sakura falou assim que paramos de rir, eu e Tenten começamos a mexer com aquela massa.

–Sakura o que é aditivo plastificante? – Eu perguntei. E Sakura olhou para o livro novamente.

–Não faço a mínima idéia. Então nem vamos colocar isso. –Ela respondeu dando de ombros, pegou outra pá e nos ajudou. Até que a massa ficou uma coisa mole. Que quando colocávamos aquelas pazinhas de pedreiro elas afundavam. – Isso não esta certo, esta escrito aqui, que a colher não pode afundar. – Sakura falou olhando o livro.

–Então a Ino jogou água demais, então jogamos mais cimento e areia. – Falei.

–Mas por quê? – Temari me perguntou.

–Olha Tema, é como fazer um bolo, a massa tem de estar no ponto certo, ou então não vai dar certo. Ou o bolo ficará duro, ou cru. Para ficar perfeito recomendasse colocar a quantidade certa. – Expliquei usando um exemplo que eu conheço.

–E como você sabe isso? – Tenten me perguntou.

–Eu assisto programas culinários, os adoro. - Respondo e provavelmente meus olhos estão brilhando, porque as meninas me olham com sorrisos.

–Certo, jogamos mais areia e cimento, e vemos o que acontece.- Sakura fala, colocando mais, até que finalmente conseguimos o ponto em que o livro dizia que é para ficar.

–Aleluia!!! – Tenten gritou, quando a Sakura finalmente disse que estava bom. Já estávamos cansadas de tanto mexer com aquelas pás.

–Agora o que nós fazemos? – Temari perguntou.

–Pegamos os tijolos, os colocamos em seus devidos lugares e os “colamos” com o cimento. – Sakura falou lendo o livro novamente.

“Não sei o que a Ino viu de tão difícil nesse livro.”

Começamos a fazer o bendito muro, e “cola” tijolo daqui, “cola” tijolo de lá, tínhamos terminado, quando a Tsunade veio nos buscar para o almoço. Ela olhou para nosso “lindo” muro, e começou a rir. Temari ficou esquentada ao ver a diretora rindo de nosso “Maravilhoso” trabalho. E jogou um punhado de areia na velha, mas ela desviou, o que fez a Ino levar a “carga” do tiro da loira. Tsunade riu ainda mais. E Ino já estava pulando no pescoço da Sabaku, quando ouvimos Tsunade espirrar.

–ATHINNNN- Escutamos e depois só vimos nossos esforços matinais destruídos.

–NÃÃÃÃOOOOOOOO!!!!!!!!!- Gritamos todas juntas, mas não adiantou, nosso querido muro trabalhoso caiu.

–Ai que desgraça, o Iugodofredo foi destruído – Temari falou, fingindo um choro. O que só nos provocou risos, porque por mais que tentássemos fingir, sabíamos que o muro ia cair, estava torto, mal arrumado, e cada tijolo estava de uma forma diferente, parecia mais uma escultura mal feita, do que um muro que agüentasse que alguém o pulasse.

–O que vale é a intenção meninas. – Tsunade falou rindo, e nós a olhamos com caras tristes. – Bem depois dessa, acho que tenho uma boa noticia, você podem passar a tarde livre. – Ela falou em um tom animado, porem nossa animação foi para conchichina quando ela falou. – O que foi? – Ela perguntou quando nos viu realmente triste.

–Nada- Respondemos todas juntas. Entrando no carro, aborrecidas. Mesmo trabalhando ali ficaríamos juntas, ter a tarde livre significava ir para alguma casa o que não seria nada legal.

–Bem, já querem trabalhar, tenho o trabalho perfeito para vocês. – Tsunade falou interpretando mal nossas expressões, ou nem tanto. Afinal sorrimos com o que ela falou.

–E o que seria? – Sakura perguntou.

–Vocês verão. – A diretora respondeu, com um sorriso um tanto maligno. Enquanto acelerava o carro. E nos causava um arrepio na espinha. Seja o que for não parece boa coisa.


Acabou que não era realmente uma boa coisa, ela nos fez ficar trabalhando no colégio, fazendo o trabalho dela, tivemos de arquivar os registros dos alunos, arrumar uma parte da biblioteca, pegar alguns livros e procurar partes especificas que ela precisaria mais tarde para fazer seus discursos, que Temari definiu, como “Uma perda de tempo total.” Mas mesmo assim acabamos nos divertindo, lendo algumas fichas que eram proibidas, uma delas foi a da Shion, ela que se julga melhor do que qualquer um, tem notas péssimas, e a ficha dela é quase mais suja do que a da Temari, o que realmente fez a loira bufar.

–Ninguém pode ser tão burra assim, para deixar que lhe peguem todas essas vezes. - Ela reclamou enquanto lia a ficha.

Lemos outras coisas engraçadas de alunos que nem esperávamos que pudessem fazer isso, por exemplo, meu primo tinha sido pego no banheiro feminino discutindo com uma menina porque ela supostamente havia roubado seu Shampoo de seu armário. Nunca ri tanto, e nunca vi a Tenten rir tanto. E depois de tanta diversão e trabalho cheguei em casa, completamente doía, e cansada.



Tomei um banho longo e demorado, e tudo o que quero agora é ir para minha cama e dormir, mesmo que falte muito do meu horário normal de sono. Deito na cama, e me aconchego nas cobertas, completamente feliz, agora eu vou dormir tranquilamente e sonhar...

TOC, TOC.

“Mas quem é o ser infeliz, odiado por kami, que vem atrapalhar meu descanso?”

Suspiro, e vou abrir a porta, ver quem é, dou de cara com meu pai. E sua expressão não é das melhores.

–Se arrume Hinata, vamos jantar fora. – Ele falou, e se retirou sem nem me explicar na casa de quem nós iríamos jantar, suspirei fechei a porta e me dirigi ao meu guarda roupa, escolher uma roupa “apropriada” para uma Hyuuga.

Peguei um vestido roxo claro, com alguns enfeites brancos, calcei uma sapatilha, e desci, sem maquiagem nenhuma, não sei e não gosto de passar maquiagens, para mim é como colocar uma mascara. Ou talvez seja apenas uma desculpa pelo fato de eu não conseguir fazer isso direito, sempre acabo com a cara toda borrada. Cheguei ao pé da escada e meu primo estava me esperando.

–Aonde vamos? – Ele perguntou, eu dei de ombros, meu pai também não tinha me falado, e nenhum de nós dois perguntaria. Esperamos uns cinco minutos e meu pai desceu.

–Vamos. – Ele falou e nós o seguimos. Entramos no carro, e fomos para a outra parte “chique” da cidade, quer dizer, que vamos a outra parte da cidade onde há mais um bando de ricos, milionários e afins. Nem presto atenção nas casas, fico olhando para o céu, até que o carro para e tive de descer, olho para os lados, e vejo que a casa da Sakura é vizinha da que o carro parou. Respiro fundo, tentando não pensar em uma possibilidade impossível.

–Sejam bem vindos. – Uma mulher ruiva nos cumprimenta na entrada da casa, ela exibe um sorriso acolhedor e maravilhoso.

–Boa noite Sra.Namikaze. – Meu pai cumprimenta seco, e o sorriso dela treme um pouco, como se estivesse com raiva. Mas meu coração começa a se acalmar, por um momento pensei que essa poderia se a casa do...

–Mãe as visitas já chegaram? –Escuto uma voz se pronunciar de dentro da casa.

Naruto...

“Ai meu kami!!! Alguém me acuda!!! Socorro!!! Não estou respirando, Não estou respirando.”

–Filho, cadê seus modos? – A mulher perguntou para o Naruto, olhei para ela, que só o rosto fazia-me lembrar alguns traços do loiro. – Entrem, por favor. – Ela falou, dirigindo um sorriso doce e esquisito para mim.

“Ela esta planejando alguma coisa.”

É coisa da minha cabeça, só estou nervosa. Porque vou jantar na casa do cara que eu amo, do único menino que falou comigo cordialmente, e que é lindo. Ta agora é oficial, eu estou morrendo aqui. Meu rosto provavelmente esta vermelho, já que esta quente, minhas mãos não param de tremer, e eu já sinto minha língua enrolar.

–E quem é você? – A mulher perguntou para mim.

–H-h-Hinata, S-senhora N-namikaze. – Me apresentei gaguejando, o que me fez ganhar um olhar bravo de meu pai.

–Nada de senhora, meu nome é Kushina, e meu marido é Minato, deve se referir a nós assim eu odeio essas cortesias desnecessárias entre amigos. – Ela falou com um sorriso, e eu retribui, mesmo que meio forçado. - Bom enquanto os homens vão conversar sobre trabalho, você poderia me ajudar na cozinha? – Ela perguntou, e meus olhos brilharam, acenei afirmativamente com a cabeça, um pouco extasiada, e recebi outro olhar de contenção de meu pai. Ignorei, e segui a dona Kushina até a cozinha. Vi o Naruto de relance descendo as escadas, minhas bochechas ficaram ainda mais vermelhas, e escutei a mãe dele segurar o riso, provavelmente viu meu estado, e eu quase desmaiei de vergonha ao perceber isso.

Na cozinha, eu e dona Kushina fizemos a salada, já que o resto da comida estava quase pronta, ficamos conversando trivialidades, a mão do Naruto é demais, acho que se minha mãe fosse viva, ela seria como Kushina. Um sorriso triste toma meu rosto ao pensar nisso.

–Vamos para a sala, já devem ter terminado com aquela conversa chata sobre negócios. – Kushina fala, e eu concordo com a cabeça, espantando os pensamentos melancólicos.

Fomos para a sala de jantar, e sentamos á mesa, acabei ficando de frente para o Naruto, que quando me viu deu um sorriso, e meu coração foi a mil. O jantar foi servido e estava completamente maravilhoso, tudo estava correndo bem o jantar estava quase terminando, e eu já estava cheia de tanto comer. Quando o loiro resolveu abrir a boca e conversar comigo.

–Hinata porque você não foi à escola, nem hoje nem ontem? – Naruto me perguntou na frente de todos, e eu engasguei com o suco, e eventualmente comecei a tossir para ver se passava.

–Como assim não foi à escola? – Meu pai perguntou, dirigindo um olhar mortal a minha pessoa.

“Ai Jesus, pai amado. Ferrou. Ferrou. Ferrou!!!”

Eu continuo tossindo enquanto tento arrumar uma desculpa boa o bastante para convencer meu pai. E o loiro, me olha meio arrependido e curioso.

“O Baka, nem me pediu desculpas ainda, e já me enfia em outra furada!!!”

–E-eu...- Comecei a falar, tentando ganhar tempo, ao mesmo tempo em que me sinto intimidada pelo jeito que todos me olham. Até que por um milagre divino ouço uma voz vinda do céu.

–Boa noite. – Sakura fala com um sorriso de orelha a orelha, não percebendo o clima tenso.

–Boa noite Saki-chan. O que faz aqui? – Kushina pergunta, com um sorriso também, como se para disfarçar o momento.

–Vim pegar um caderno do Naruto, achei que ele poderia ter as questões que o professor passou hoje. – A rosada respondeu.

–Mas nós não estudamos na mesma turma. – O loiro reclamou. E todos olharam desconfiados para a rosada.

“Cala a Boca Naruto Baka!!!”

–Eu sei que não, porem eu não fui na aula hoje, teve uma reunião do clube que eu estou participando, a diretora nem avisou antes, achei que ia na aula, mas acabei ficando a manha junto com as meninas. – Sakura fala, com aquele sorriso entre confiante e expectativo.

“Caiam nessa mentira, caiam nessa mentira, ou então estou ferrada.”

Comecei a rezar, Sakura olhou para mim.

–Oi Hinata, você já pegou as lições? – Ela perguntou, sem nem piscar, mas seus olhos me davam um aviso. “Minta!”

–Vou pegar do Neji. – Respondi, com um sorriso doce, dirigindo meu olhar ao Neji, quase o fuzilando com meus olhos pidões, se ele me desmentisse, eu já era. Ele concordou com a cabeça, não sem antes me olhar em um questionamento mudo.

–Vocês se conhecem de onde? – Naruto perguntou, nos olhando avaliadoramente.

–Nós fazemos parte do mesmo clube. – Eu respondi, olhando-o com um pequeno sorriso no rosto. Fazendo força para não jogar alguma coisa na boca dele, e fazê-lo ficar quieto, eu amo essa cara, mas às vezes ele me faz ter vontade de sufocá-lo. Ou engasgá-lo com comida. Ou melhor, fazê-lo comer Ramen até ele desaprender a falar.

“Isso não teve lógica!”

Quem se importa com lógica quando se esta prestes a morrer?

–Bem, não vamos ficar falando de escola no meio de nosso jantar. – Dona Kushina falou, com um sorriso. – Sente-se Sakura e jante conosco. – Ela convidou à rosada.

–Sinto muito tia, mas só vim pegar o caderno mesmo. – Sakura recusou com um sorriso.

–Então Naruto vá pegar o caderno para sua prima, aproveite e leve a Hinata junto, assim você mostra a casa para ela. – Kushina falou com um sorriso doce, mas a voz dela não deixava duvidas se queríamos sobreviver era bom obedecermos, e eu é que não iria desobedecer, afinal era minha saída de mestre desse assunto “faltar à escola.”

Eu e o Naruto levantamos rapidamente da mesa e nos dirigimos ao segundo andar da mansão, Sakura veio junto, e assim que percebeu que ninguém na mesa nos veria, deu um soco na cabeça do loiro.

–ITAIII!!! – Ele gritou com as mãos na cabeça. – Porque fez isso Sakura-chan? – Ele perguntou reclamando.

–Para você aprender a não fazer pergunta besta em hora imprópria seu Baka. – Sakura respondeu com uma aura maligna que deu medo.

–T-ta c-certo. – O loiro concordou com medo da rosada, o que me fez sorrir.

–Vai logo pegar esse caderno que eu tenho de ir para minha casa. - Sakura falou, ela estava muito irritada mesmo. O loiro saiu correndo, provavelmente para seu quarto, buscar o que a rosada pediu, ficando apenas eu e ela na escada.

–O que aconteceu Sakura? – Perguntei, notando que a irritação dela não é normal.

–Encontrei o Sasuke, o rei dos metidos, no caminho para cá. E o desgraçado veio me atazanar, perguntando o porquê de eu não ter ido à escola, e se tinha algo a ver com ele. Sério, não suporto o jeito como ele se acha a coisa mais importante do mundo. – Ela bufa, e eu seguro meu riso, o jeito como ela fala é diferente, como se ela se importasse com o moreno. – E o que você esta fazendo aqui? – Ela me pergunta mudando completamente o assunto.

–Jantar de negócios. – Respondo, ela revira os olhos, entendendo o que eu disse.

–Veio obrigada. – Ela fala, e eu concordo com a cabeça.

–Esta aqui o caderno Sakura-chan. - Naruto chega, interrompendo a conversa.

–Obrigada Naruto. – Ela agradece, sorrindo, parece que desabafar ajudou um pouco para melhorar o humor dela. – Me levam até a porta? – Ela perguntou, e nós concordamos. – Tchau Naruto, Hina, amanha a gente se vê. – Ela se despede e segue para sua casa, me deixando sozinha com o loiro, meu coração dispara. Sobre o que vamos conversar? Fico um tanto nervosa.

–A Sakura-chan tem postura, beleza, ela anda como se enfrentasse o mundo, você deveria ser como ela Hinata. – Ele falou, cravando espinhos dolorosos em meu coração. E o nervosismo passou, uma dor aguda me tomou – Mas você é inteligente. – Ele terminou de falar com aquele sorriso do tamanho do mundo, como que para compensar o que disse. Respirei fundo e forcei meus lábios a se mexerem e eu acabar sorrindo, só que deve ter saído uma careta, não me importei muito.

–Hinata-sama, Seu pai esta chamando. – Neji veio me chamar, e eu fui atrás dele, sem nem me despedir do loiro, não sei se eu conseguiria falar sem chorar, preferi não arriscar.

Despedi-me da dona Kushina e do Minato, meio automaticamente e então fomos para casa, chegando eu fui direto para meu quarto, subindo as escadas correndo, sem me importar com os olhares que Neji e meu pai me lançavam, me joguei na cama, com lagrimas nos olhos.

“Só queria que o Naruto me notasse, que eu fosse importante para alguém. Porque é tão difícil assim?”


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Recomendaçoes? *se abaixa de uma marreta lançada*
Helow minna.
Antes de mais nada queria pedir trilhos de desculpas pela demora. Sim eu sei, vcs querem me matar, fuzilar e jogar meu corpo no rio, mas peço q não o façam :-)
É q minha imaginação sumiu, fugiu e eu não consegui achá-la, minha mente ficou em branco, assim como o papel do Word, e eu simplesmente não tinha idéias para preencher-la. Deu uma pane geral na minha cabeça, e toda a vez que eu tentava escrever não saia nada, e quando saia alguma coisa, era tão ruim que não valia nem a pena escrever. Então demorei demasiadamente e também não estou muito satisfeita com esse cap. Mas Enfim foi o que eu consegui espremer da minha cabeça, porque é como se eu tivesse perdido o fio da meada, e simplesmente não sabia como continuar. Ri e reli tudo o que já tinha escrito e minhas anotações sobre os próximos acontecimentos, mas mesmo assim foi difícil sair alguma coisa que no mínimo fosse aceitável. Muito longe de satisfatória. pelo menos para mim.
E depois tive de estudar para o vestibular, e agora estou procurando emprego, ou seja, vida de adolescente para adulto não ser facil.
Espero q entendam.
Achei esse cap, melancólico, porem ele dá algumas dicas do q Hinata irá passar daqui para frente, espero q entendam as mensagens subliminares do capitulo *se abaixa das pedras*
Bom não vou mais mandar mensagens de atualização, ja q agora ficou mais facil de ver quando eu atualizo.
Acho q por enquanto é só.
E não vou demorar tanto no proximo cap.
Beijos S2
ja ne
Ps: quem gosta de história de Terror, aventura, amores poibidos, e muito mais, deem uma olhada no meu perfil, e uma lida em Guerreiros da Noite :-)
ps2: Quem quizer me add no hanashi :-)
http://www.hanashi.com.br/profile-1032/