Clube Do Livro escrita por pituthuca


Capítulo 14
Aceitaçao


Notas iniciais do capítulo

agradecimentos muito especiais a:
UchihaMary, Fran, Ro_Matheus, fan-sakurete15, beccadolucas, hina_hyuuga, gaby-sempai24, saki-chaaannn, Juuh-Hyuuga, dani0097, lilla, sasales, lilihsasunaru, Uzumaki_Thethe.
vamos a mais um cap



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TEMARI


Estou no jardim, rindo de uma menina a quem acabei de conhecer. Como as coisas puderam mudar tão depressa? Hoje de manha meu dia parecia que ia ser uma porcaria, como todos os outros. Porem as surpresas que me aguardaram foram muito mais do que boas.

Minha vida hoje mudou quase que drasticamente, e por que exatamente eu não estou preocupada com isso? Tudo bem que os Sabaku não se preocupam muito com algumas coisas, com todas elas na verdade, principalmente com regras, mas isso esta muito estranho. O sentimento que me toma é novo. Uma coisa que só senti por meus irmãos até hoje. Carinho.

“A vida é uma roda gigante, cheia de surpresas altos e baixos”.

Olhei para as meninas na minha frente, uma rosada quase tão aventureira como eu, esta tirando o chiclete do cabelo de uma loira, que tem cara de patricinha, mas parece ser legal, uma menina tímida com os olhos perolados, que é uma ótima atriz, apesar de ser muito tímida, se eu fosse ela tinha tirado uma casquinha do bonitão mais velho. E há também uma menina muito triste e que poderia ser considera fria. Seus olhos chocolates mostram certa dor, e eu bem... Eu sou uma menina um tanto rebelde, que se apegou rápido demais a essa meninas, tão sozinhas quanto eu.

O sinal para a quinta aula bate, e o silencio começa a reinar no jardim, mesmo assim é um silencio bom, como se cada uma apreciasse a companhia da outra. Uma esperança quase louca me toma, será que dessa vez eu achei alguém que me entenda? Pode até ser uma esperança vã, mas mesmo assim é o que realmente esta me deixando feliz. Aqui com essas desconhecias eu ri mais do que em toda a minha vida. Eu não decepcionei ninguém com minha personalidade, e elas não me rejeitaram por eu agir do jeito que ajo. Aceitação. Foi isso que procurei minha vida inteira, e encontrei em um único dia, com quatro pessoas completamente diferentes.

–Terminei- Sakura disse ao conseguir tirar aquele troço grudento e nojento do cabelo da Ino.

–Muito obrigada. – Ino falou.

– O que vamos fazer agora? – Sakura perguntou.

–Não sei, mas não podemos ficar aqui para sempre- Eu respondi.

–N-nós temos que buscar nossos materiais. – Hinata falou, acho que agora ela conseguiu se recuperar do ataque de vergonha, mas eu não continuo com indícios de rir da pobre menina. Porem o que ela disse é verdade, já esta quase na hora da saída. Ou seja, temos de voltar para a sala de aula, agüentar olhares frios e repugnados, para pelo menos pega nossa mochila e ir embora.

–Sim- Tenten concordou. – Mas para ser sincera não estou com mínima vontade de voltar para lá. – Ela falou olhando para o céu. Ela já esta parecendo o preguiçoso do Nara, o que será que tem no céu que eles tanto procuram?

– Eu muito menos, mas ir lá e enfrentar aquela cobra da Matsuri, é uma questão de honra. – Ino falou com um olhar corajoso, olhando sorrindo para a Tenten, e retribuiu o sorriso, e se levantou.

–Você esta certa, é uma questão de honra. – ela concordou e deu a mão para a Ino, ajudando-a a levantar. Que depois deu a mão para a Sakura que ajudou a Hinata a levantar. E elas olharam para mim, e quando eu vi, tinha quatro mãos me oferecendo ajuda, eu não pude evitar sorrir, peguei as quatro mãos de algum jeito, e elas me ajudaram a levantar.

Ninguém mais disse uma palavra, o nervosismo tomando conta, afinal íamos voltar para aonde nos desprezavam de todas as formas possíveis, respiro fundo enquanto caminhamos novamente pelos corredores, acho que nunca caminhei tanto pela escola, mas também nunca tive com quem ir. E hoje as coisas parecem tão diferentes...

“Deve ser por que dessa vez você não esta sozinha”

Suspiro um pouco e chegamos ao corredor da minha classe, olho para ele, e depois para as meninas, elas param e me dão um pequeno aceno com a cabeça, junto com um pequeno sorriso, como se dissessem, “coragem, vai lá, você consegue”. Eu retribuo o gesto, e depois me dirijo a sala de tortura psicológica, ou seja, a minha sala de aula.

Bato na porta, com certa “delicadeza”, o professor emburrado vem atender, com uma cara de que acabou de chupar limão, ao ver que era eu, ele mudou a expressão, para total asco e desgosto. Eu me seguro para não revirar os olhos, homem idiota.

Passo por ele, sem pedir licença, e me dirijo a minha carteira sento la, com todos os outros alunos me olhando, dou de ombros, e olho para frente, como se não me importasse o que quer que comentassem, mas eu já posso escutar os murmúrios deles. Monstro, ser primitivo, entre tantos outros.

Espero até o sinal final bater, me levanto rapidamente e vou para a saída, como se fugisse do próprio bicho ruim, que no meu caso era aqueles murmúrios insuportáveis. Passo pelo pátio quase correndo, e vou para o estacionamento, procurando o carro do meu irmão. Logo acho e vou para ele, entro na frente e respiro fundo tentando me acalmar um pouco.

–Você esta bem?- Kankuro pergunta.

–Coisas de sempre. – Respondo olhando para frente e começando a bater os pés no chão um pouco ansiosa para sair desse lugar. Mas como sempre o mala do meu irmão mais novo tem de ficar se enrolando com uma qualquer. Depois de uns cinco minutos ele aparece, e já senta atrás. Joga seus materiais no banco e da um sorriso enorme, eu e o Kankuro olhamos abismados para ele. Ele não sorri, um quase nunca é pouco, acho que só vi o Gaara sorrir umas duas vezes na vida, e isso quando ele tinha aprontado alguma coisa muito ruim mesmo.

– O que aconteceu Gaara?- Kankuro perguntou enquanto arrancava com o carro.

–Apostei uma grana alta, em uma coisa que eu sei que vou ganhar. – Ele responde e eu me arrepio, coisa boa não pode ser. Mas é melhor não pressioná-lo a falar o que é, por que se ele quisesse já tinha falado, perguntar seria apenas desperdício de saliva.

– E você Temari aconteceu algo interessante na escola hoje? – Kankuro me pergunta tentando mudar o assunto.

–Não- respondo.

“só quebrei o nariz de uma menina, fiz um trato com a diretora maluca, roubei gelo na cozinha, corrompi uma menina doce, e talvez possa ter encontrado pessoas que me entendam.”

– Não aconteceu nada diferente do normal. – Dei meu melhor sorriso colgate. E ele me olhou desconfiado, mas deixou passar.

Chegamos em casa depois de um dez minutos, e eu encontrei a cozinha completamente bagunçada. Lixo e comida espalhada por todos os lugares.

–Kankuro... – Eu comecei a falar. Fechei meus punhos e olhos, e comecei a ficar vermelha de raiva.

–Eu juro que limpo. – Ele falou com as mãos erguidas, em sinal de paz, tentando me acalmar. Enquanto Gaara começou gargalhar, e eu esqueci esse pequeno incidente com a cozinha, ao ouvir o som da risada do meu irmão mais novo. Olhei espantada para ele.

–O que foi, é divertido ver o quanto você vai ter que trabalhar hoje. – Ele falou, e uma veia saltou na minha testa. Peguei o primeiro prato sujo que vi.

–Como é que é Gaara? – eu perguntei um “tantinho” maligna. Ele engoliu em seco.

–E-e-eu n-não... – Ele tentou falar, mas antes de terminar teve que se abaixar do prato que eu joguei. E esse não foi o único. Por que eu não ia limpar nada daquela bagunça. Mas não ia mesmo.

Depois de surtar um pouco, afinal faz bem a saúde, só não faço isso com meu pai, afinal eu gosto da minha vida. Senti-me muito melhor, estou no meu quarto e, agora o Kankuro e o Gaara estão lá embaixo arrumando a cozinha, e tentando não se cortar com os cacos de vidro. Sorriso sádico, bem feito não mandei sujarem tudo aquilo, e ainda por cima rir de mim. Olho para a janela e me deparo com um lindo seu azul, lembro da menina com cabelo cor de chocolate, dela e das outras, hoje o dia foi especial, e tenho pressentimento que os próximos serão muito melhores.



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Notas finais do capítulo

mereço reviews?
bom esse cap foi para mostrar como a maluca encrenqueira da temari se sente.
bom por enquanto é isso.
amanha tem mais.
beijos S2
ja ne