O Outro Weasley E A Outra Potter escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 9
Demonstre sua força


Notas iniciais do capítulo

Gentiiiii! Cadê os comentários? *chorahistéricamenteaofundo*
Se não gostaram, pelo menos falem! Buááááá!



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Capítulo 9 – Demonstre sua força

         Terça começou cedo.

         Malí sentou na cama e espreguiçou-se preguiçosamente. Piscou os olhos algumas vezes até perceber que não estava no seu dormitório. Confusa, observou o lugar e sua memória estalou.

         Sala Precisa.

         Estava deitada em uma enorme cama redonda. Os lençóis brancos embolados em suas pernas e nas pernas de seu namorado. Olhou a si mesma antes de estalar os dedos e fazer uma camisola aparecer. Durante alguns minutos, ficou admirando a imagem de Nick dormindo.

         Seus ombros subiam e desciam suavemente com sua respiração. Os cabelos ruivos estavam completamente desalinhados, de forma que a mão de Malí automaticamente foi para ali e começou a acariciar.

         Nick se mexeu e sorriu.

         Malí viu isso e esboçou um sorriso malicioso. Foi beijando o pescoço do namorado, subindo cada vez mais – pescoço, orelha, bochecha. Parou a centímetros da boca, e se afastou.

- Hm – Nick gemeu tristemente. Queria mais, definitivamente queria mais.

- Isso que ganha por fingir estar dormindo, ruivo – Mary sorriu alegremente.

         Nicholas puxou-a para seus braços, aninhando-a ali. Brincou por alguns instantes com seus cabelos antes de suspirar.

- Nem acredito que ontem foi só o primeiro dia aqui.

- Eu sei – mas a menina sorria -, porém, será um ano muito bom, hm? – e mexeu as sobrancelhas sugestivamente.

         O ruivo riu e concordou.

- De qualquer forma – ele começou a falar – temos de ir. Colin logo acordará e verá que não estou no quarto.

- Pois é. As meninas também... Que chato, queria ficar mais aqui! – Malí resmungou.

         O garoto somente riu antes de, finalmente, depositar um beijo cálido nos lábios da moça e aparatar. Puf – simples assim. Hermione com certeza diria que era impossível, mas ambos não conheciam essa palavra.

         Foram poucos minutos para Malí se arrumar após chegar ao dormitório. Deixou a cama como estava – perfeitamente arrumada -, pois não havia problema, já que poderia fingir já tê-la feito. Deixou um bilhete para as meninas, avisando que já desceria para o café.

         Saltitou alegremente escada abaixo, pensando se Nick já estaria pronto, mas não estava. Então, algo lhe ocorreu. Dumbledore. Parecia estranho pensar nisso nessa hora da manhã, mas, o pensamento simplesmente lhe veio.

         Dumbledore, sua mente repetiu teimosamente. Malí sabia que teria de contar ao diretor quem ela e Nick eram. Só não tinha lhe ocorrido até agora que deveria ser no inicio do ano letivo. Mas tinha de ser – e se o diretor suspeitasse? Eles eram jovens poderosos, afinal.

         Voldemort tinha reparado em suas presenças mágicas – mesmo estando tão longe -, por que Alvo não repararia, estando tão perto?

         "M'amour?"

         "Ficou interessada em achar um apelido para mim, Anjo?" ela ouviu a voz brincalhona do namorado responder.

         "Claro que não, pitchutchinho" ela brincou, antes de tornar sua voz mental séria "Mas acho que há mais uma pessoa que necessitamos contar nosso segredo."

         "E seria?"

         "Dumby, obviamente."

         O menino ficou quieto. Mary sabia que o namorado observava tudo – era muito mais atento que ela, indubitavelmente – e encarava isso. Se ele discordasse de sua idéia, ela também desistiria – Mary tentava manter tudo em acordo. Mas era algo muito importante.

         Para o alívio de seu debate interno, Malí ouviu em sua própria cabeça: "Sem dúvida, Anjo". Ela respirou fundo.

         "Te vejo no café em alguns minutos" Malí disse antes de aparatar.

         Seu destino tinha sido a sala de Minerva. Sabia que devia esperar pelo café da manhã para falar com a professora – que talvez não estivesse nem acordada, apesar de duvidar -, no entanto, precisava se distrair.

         Bateu ritmicamente na porta de madeira. Alguns segundos depois, o rosto severo de Minerva McGonagall lhe encarava. A professora já vestia suas típicas vestes verdes esmeralda, assim como seus cabelos castanhos grisalhos estavam presos em um coque firme.

 - Srta. Potter?

- Bom dia, professora McGonagall – Malí sorriu cintilante – Eu vim perguntar para a senhora sobre Quadribol.

         Mary pronunciou as últimas palavras como se as soletrasse. De imediato, a professora ficou atenta e menos irritada.

- O que gostaria de saber, Srta?

- Hm. Eu gostaria de saber quando são os testes, sabe... – Malí riscou um círculo no chão com seu pé – eu gostaria muitíssimo de entrar para o time e preciso treinar, não é?

- Certo. Ainda não me decidi por quem será o capitão da Grifinória. Os Srs. Peakes e Coote vieram ao meu encontro ontem para se demitirem de suas vagas de batedores, alegando não estarem preparado para tal posição – a professora parecia decepcionada – de forma que no time estão somente o Sr. Weasley e a Srta. Demelza Robins.

- Entendo. Obrigada, tia Minnie! – Malí acenou alegremente e saltitou (como sempre fazia) em direção ao Salão Principal.

         Antes de fazer a curva, a menina ainda pode ouvir – com seus ouvidos anormalmente aguçados – Minerva murmurar: - Potter's... Seu vício em Quadribol e seu tratamento para com os professores... Francamente... Tia Minnie!

         Mas a morena sabia que a professora sorria um daqueles raros sorrisos. Quando chegou ao Salão, viu que uma boa quantidade de alunos já se empanturrava com o delicioso café preparado pelos elfos.

         Enquanto caminhava para sua mesa, acenou para Sirius, Remo e Tonks – que distraidamente mudava seu cabelo de rosa para azul. O professor Dumbledore também piscou para Malí, sorrindo agradavelmente.

         Guerra... Estavam em guerra, mas Dumbledore realmente sabia tranqüilizar a todos.

         A menina sentou-se no espaço entre o namorado e Hermione. Rapidamente analisou a mesa. Hermione lia o Profeta Diário que comentava a mortes e ataques, franzindo o cenho a cada notícia. Rony comia e ao mesmo tempo dormia em cima de seus ovos. Neville não estava na mesa, sentando-se com Luna na mesa da Corvinal.

         Nati, Ema e Laura estavam sentadas em sua frente, conversando com Dennis. Colin babava em cima de seu prato intocado, com o rosto sujo de geléia e manteiga.

         Malí riu.

- Bom dia, povo do bem!

         Viu-se seguido de muitos: "Bom dia, Malí!", "Hm, é, bom-bom-bom-bom diiiia", "Como foi sua noite, Anjo?". Malí deu um sorrisinho pela última pergunta do namorado.  

         Laura observou atentamente os lábios da amiga se curvar num sorriso malicioso – e logo deu o seu próprio.

- Sabe, Malí... – a menina começou – eu acordei no meio da noite para ir ao banheiro... E sabe o que eu vi?

- Não, Lay. O quê? – a verdade é que Malí não tinha nem corado com a sugestão do comentário, mas, mesmo assim, esperava que o apelido amolecesse a amiga.

- Sua cama vazia. Os lençóis arrumados e seu pijama em cima dos mesmos.

         Agora sim o comentário da garota tinha atraído atenção dos amigos. Rony olhava desconfiadamente, assim como Mione. Nati e Ema soltavam risadinhas e Dennis encheu-se de ciúmes.

         Malí ergueu as sobrancelhas: - E?

- Será que não estava com certo ruivo, que provavelmente tinha a cama intocada...? – Ema sugeriu maliciosamente.

- Bom. Vocês não podem provar, podem? De qualquer, e se eu estivesse? Não é pecado amar alguém, sabiam disso, garotas? – Malí sorriu para Nick.

- O que você fez com minha irmãzinha, Weasley? – Ron perguntou perigosamente.

         Não tinha sido alto o suficiente para todo o Salão ouvir, mas algumas cabeças Grifinória viraram-se curiosas – assim como a de Sirius e Remo que, sendo animago e lobisomem, respectivamente, tinham a audição apurada. O primeiro fez cara feia.

- Nada, primo – Nick frisou a palavra, tentando fazer Rony não dar um chilique no meio do Salão.

          O ruivo do sétimo ano bufou, suas orelhas vermelhas.

- Além do mais, Rony, cuide de sua vida, sou bem grandinha para cuidar da minha, obrigada – Mary não queria soar tão nervosa, mas ela odiava isso. Era um sentimento de Gina que fora passado para ela, por ser mulher, provavelmente.

         O fato é que não gostava de controlarem sua vida. Muito menos de ataques de ciúmes de "irmãos mais velhos super protetores".

         A resposta por alguns segundo deixou Rony atordoado. Ele não esperava ouvi-la novamente. Gina dizia isso. Mas Gina não estava ali, tinha sido Malí. Por alguns instantes, ele pensou estar traindo a irmã.

         A morena, por outro lado, olhou para a mesa dos professores, onde um Sirius nervoso era acalmado por Remo, tentando não atrair atenção.

- Ela é uma garotinha, Aluado! – Sirius cochichou no ouvido do amigo. Mas Malí e Nick tinham audição apurada e ouviram perfeitamente.

         A menina emburrou na hora.

         A sineta anunciando a aula estava para tocar e, para felicidade de todos os amigos, a primeira aula era Duelo. Como era uma aula importante, Dumbledore estipulara que seria dada para casas inteiras de uma vez, ou seja: desde o primeiro ao sétimo ano os alunos estariam juntos.

         Só que eram para as quatro Casas ao mesmo tempo. Tonks obviamente teria como assistente Sirius, Remo e um inconformado Severo Snape.

         Sem perder tempo, Dumbledore pediu aos alunos para se levantarem – Colin acordou bruscamente – e fez as mesas sumirem, dando lugar a uma grande passarela. Era como quando o Lockhart deu só que agora era decente.

- Muito bem – Tonks começou assim que subiu no tablado e atraiu a atenção de todos os alunos.

         De um lado, os Corvinais e Grifinórios, do outros, Sonserinos e Lufos.

- Não serei exagerada ao dizer que essa aula pode lhes custar à vida, por isso, prestem atenção. Sei que muitos não conhecem feitiços de ataque ou, até mesmo, defesa. Mas, talvez, alguns saibam, e gostaria de propor um duelo demonstrativo para início de aula.

         Mãos logo se ergueram. Nick olhou em volta. Sonserinos em sua maioria, confiantes de sua vitória. Seis ou sete Grifinórios – inclusa Hermione -, quatro Corvinais e dois Lufanos.

- Hm, certo... – Tonks analisou antes de...: - Srta. Potter e Sr. Weasley, se puderem fazer a gentileza.

          Por alguns segundos, Rony pensou que era ele, mas logo viu que se tratava de Nick. Sirius fechou a cara e olhou assim para Tonks, que riu, enquanto se afastava para as escadas da passarela.

         Nick subiu agilmente pelo tablado, sem se importar em usar as escadas. Esticou uma mão e puxou Malí para cima como se a menina fosse uma pena de tão leve – duas Corvinais soltaram risadinhas e começaram a cochichar sobre os bíceps do garoto. Malí lançou-lhes um olhar feio.

         O Salão se encheu de burburinhos. Pelo que tinham visto até agora, os dois alunos novos tinha um "namoro perfeito", então, como poderiam estar tão animados para duelar um com o outro?

         Ficaram de costas um para o outro num acordo silencioso de que seria um duelo tradicional. Andaram dez passos para frente e o tablado ainda se estendia comprido. Viraram-se em posições de ataque.

         "Um, dois, três..." contaram juntos e: - Bombarda!

         Logo de primeira o feitiço surpreendeu. Os alunos, assim como os professores, esperavam algo como "Expelliarmus" de início.

- Protego máximo! – Malí devolveu e um grande escudo invisível entrou-lhe na frente. O feitiço de Nick se perdeu – Alarte Ascendere!

         Nick foi jogado para o alto, antes de cair no chão com um estrondo. Nem mesmo parecendo afetado, levantou-se rápido e logo proclamou: - Estupore!

         O jato de luz vermelha disparou em Malí, entretanto a menina somente gritou: - Element circa! – e um grande espelho de pedra se ergueu do chão ao lado tablado e contorceu-se até ficar na frente da menina.

         Os professores apertaram os olhos. Aquela menina... Aquela menina sabia feitiços demais.

- Everte Statum! – Nick gritou.

         Malí girou graciosamente a varinha, de onde saiu um brilho prateado forte. Durante alguns segundos, alguns alunos tamparam os olhos, antes de o abrirem maravilhados.

         Em sua frente, imponente, uma corsa. Grande e delicada, a corsa pulou agilmente em ziguezague. Parecia viva tamanha sua solidez. Olhou por um instante para Malí e reverenciou com a cabeça, antes de correr na direção contrária.

         Para surpresa geral, o patrono agiu como um feitiço escudo: entrou na frente, abriu a boca e... Engoliu o feitiço! O jato de luz amarela brilhou por alguns segundos dentro da corsa e sumiu, assim como o patrono.

- Sabe, Ruivo, devia parar de brincar – Malí comentou animadamente, batendo palminhas.

- Achei que era um duelo demonstrativo, Malí – o garoto replicou sorridente.

- Ora, deduz-se que demonstrativo quer dizer demonstrativo – ninguém entendeu a fala da garota durante alguns instantes.

         Até ambos começarem a duelar com feitiços não verbais. Ninguém via nenhuma palavra escapar da boca dos dois, que nem mesmo se mexiam para desviar. Jatos de luzes coloridas saíram de varinhas rodadas, mas sem palavras proferidas, escudos prateados e de bolha surgiram aqui ou lá. O patrono do Malí ainda deve ter aparecido uma ou duas vezes – ninguém realmente prestara atenção, todos ansiavam por ver mais do duelo.

- Element circa! – Nick gritou. Uma gigante bola de ar contido dançou em cima de sua cabeça. O ruivo se sentiu poderoso, poderia fazer um furacão até.

         Malí deu um sorrisinho malicioso.

- Ainda não aprendeu a usar esse feitiço de maneira não-verbal, Ruivo?

         Nick riu sarcasticamente, por mais que preservasse um sorriso nos lábios: - Muito engraçadinha, Srta. Às no Duelo. Faça você, então!

         Ambos sorriram um para o outro.

- Com sua licença – a menina falou, antes de menear a varinha e fazer um grande chicote de fogo.

         Juntos, lançaram seus feitiços. O turbilhão de ar e o chicote de fogo se chocaram, criando fumaça para tudo que é lado. Todos ouviram um grito feminino e depois um som que pareciam gemido abafado.

         Dumbledore girou sua varinha e a fumaça sumiu. Os alunos rapidamente se espichavam para ver como o duelo tinha terminado. Os professores agilmente subiram no tablado, checando seus dois alunos.

         Nick tinha caído nas escadas de um lado da passarela, seus pés para cima e sua cabeça tocava o chão. O professor Flitwick e a professora Sprout estavam para lhe ajudar, mas Malí deu um gritinho do outro lado do salão, e isso lhe fez despertar.

         Ele rapidamente correu pelo tablado e chegou do outro lado.

         Malí estava caída no final da passarela, a cabeça pendendo no primeiro degrau da escada. O motivo de seu grito tinha um corte no supercílio e ao ver o sangue (depois de passar a mão ali), havia tido uma reação involuntária.

         Sirius se aproximava e, mesmo estando mais perto, Nick foi mais rápido. Ele se agachou ao lado da namorada e a pegou nos braços.

- Nicky... – ela resmungou – eu estou bem.

- Não está não. Você teimosa demais, sabia? – algumas meninas próximas fizeram um "awn" coletivo.

         Malí somente suspirou, resignada. Passou os braços em volta do pescoço do namorado para facilitar, encostou a cabeça em seu peito e adormeceu. Estava com muita dor de cabeça para ficar consciente.

- Eu os levo até a Ala Hospitalar, diretor – Sirius rapidamente se ofereceu.

         Dumbledore acenou positivamente. Seus olhos azuis cintilaram na direção daqueles dois adolescentes muito curiosos. Poderosos demais para a idade, como podia? E não era somente isso... Seus jeitos lhe lembravam alguém.

         Nick ainda pode ouvir Tonks continuar a aula, amenizando o clima e a animação dos alunos após o duelo.

         Porém ele não estava feliz. Tinha machucado Malí – seu corpo adormecido em seus braços lhe provava isso. Claro que eles já tinham treinado junto um milhão de vezes, principalmente antes de chegarem à casa dos Weasley. Mas dessa vez parecia diferente. De alguma forma, ver o sangue no supercílio da namorada o fez sentir-se esquisito.

         Nunca, nunca, mais a machucarei, prometeu a si mesmo, antes de continuar seguindo Sirius, que também olhava Malí, preocupado.

         A dita cuja se remexeu por um segundo e voltou a tranquilamente dormir.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos! =D
(Sim, sou MUITO bipolar).



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