O Outro Weasley E A Outra Potter escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 4
Visitas




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Capítulo 4 – Visitas

         O mês de Agosto não demorara a chegar. Todos já tinham se acostumado aos dois “convidados”.

         Depois de alguns dias tiveram de ir a Sede da Ordem, e Nick e Malí ‘descobriram’ ela. Então, agora dormiam lá: todos os Weasley, Hermione e os dois adolescentes, e, é claro, alguns integrantes da Ordem, ás vezes.

         A Sede estava bem agitada, toda hora alguém entrava e saía, a porta era aberta várias vezes ao dia. A Sra. Weasley estava sempre cozinhando, e os jovens ainda tinham que limpar a casa, porque a Muy Nobre Casa dos Black ainda era bem sujinha. Rony e Hermione usavam magia, e sorriam quando olhavam para Nick e Mary, que não podiam usar magia por serem menores de idade. Mas, na realidade, quando Mione e Ron acabavam e iam descansar, eles simplesmente faziam a sujeira sumir com um estalar de dedos.

         No dia cinco de Agosto, todos acordaram cedo para ir ao Beco Diagonal. Tonks iria acompanhá-los, e ela parecia bem, bem animada.

- Sabe, gente, eu adoro ir ao Beco, me lembra dos meus tempos em Hogwarts – dizia ela sonhadora.

- Você era de que casa, Tonks? – perguntou Nick, sorrindo de lado.

- Lufa-Lufa. Acho que era porque eu não tinha jeito e era bem desastrada – ela riu sendo acompanhada pelos outros, exceto pela Sra. Weasley, ela lançou um olhar severo. Como ela concordava com essa afirmação!

         Mary deu uma olhadela no cabelo rosa chiclete de Tonks. Poderia ser menos chamativo?

         Ela tinha algo para fazer hoje, e não podia deixar alguém impedi-la.

- Gente... – começou ela, chamando a atenção – eu queria saber... Poderíamos ir ao cemitério onde estão enterrados Gina e Harry?

         Silêncio.

“Será que falei algo errado?” perguntou para Nick.

“Duvido muito” respondeu ele, mentalmente “Mas acho que eles não tocam nesse assunto”.

         A Sra. Weasley forçou um sorriso.

- É claro, querida. Desculpe-nos o silêncio, somente não visitamos lá ainda, então... – mas sua voz foi morrendo.

- Entendo. Entretanto preciso deixar flores a eles, são meus amigos – disse a morena.

         Ela ficava grata de ninguém lhe perguntar d’aonde conhecia Harry e Gina.

         Aquele dia fora muito confuso... Todavia, sabia de uma coisa:

         Era amiga de Gina e Harry, tinha certeza disso tanto quanto estava certa de que esse era seu nome.

                                                        ooOoo

- Venham por aqui! – gritou Rony.

         Estavam no Beco e a primeira loja que tinham ido eram as Gemialidades Weasley. Não que fossem comprar alguma coisa, Molly nunca deixaria eles levarem logros a Hogwarts.

         Mas davam uma olhada, e, logo em seguida, iriam ao Gringotes.

- Fred! Jorge! – gritava Nick. Ele passava pelo meio das várias pessoas, segurando a mão de Mary para não se separarem.

         Era estranho como quase todas as lojas do Beco Diagonal fechavam, menos o Gringotes e as Gemialidades Weasley.

- Como vão? – perguntou Fred, quando os quatro avistaram os gêmeos.

- Bem, Fred – respondeu Nick.

- Eu sou o Jorge – discordou o gêmeo ruivo da direita.

- Não é, não – afirmou Mary. Ela tinha certeza que Fred e Jorge eram um pouquinho diferentes, mesmo que pouco, dava-se para reparar.

         Os gêmeos Weasley sorriam.

- Olha só – começou Mary olhando em volta. Rony se distraíra com algo, e Hermione analisava um livro bem estranho – Quando vocês me disseram que tinham uma loja de logros, não imaginei toda essa classe. Olha.

         Fred deu um sorriso falsamente superior.

- É, tá pensando o quê? Aqui só tem do bom e do melhor.

- Vamos logo ao Gringotes! – gritou a Sra. Weasley no meio das crianças, tentando passar por elas – Não me façam ir até aí!

         Eles se entreolharam.

- Ron! Mione! – gritou Mary, chamando a atenção dos dois – Vamos logo embora!

         Eles viraram-se e acenaram um tchau para “Forge e Jred” e perdiam-se no mar de crianças.

- Ui! – ofegou Hermione quando saíram da loja – Até em época de guerra essa loja continua cheia.

- Só porque é uma guerra não quer dizer que não tenha que ter diversão – disse Nick, e Mary assentiu séria.

- Vamos logo, gente, quero sair daqui o mais rápido possível – falou Molly, e Tonks sorriu atrás dela.

         Caminharam pelas escadas do banco e quando passaram pelas portas do banco desemboscaram no famoso saguão do Gringotes.

- Tudo bem, queridos – falou Molly virando para Mary e Nick – imagino que nunca tenham vindo aqui.

- Não. Mas, bom, sabemos como funciona – corrigiu Mary – E desde que eu me lembre, eu tenho essa chave.

         E tirou do bolso da jeans uma chave pequena, dourada e com um G vermelho gravado, a única coisa de sua família. A única coisa que poderia fazê-la descobrir.

- Certo – disse ela, e foram acompanhados até o vagonete por um duende.

- Grampo... – sussurrou Mary analisando o pequeno duende mal-humorado.

- Disse algo, Malí? – perguntou Tonks que caminhava ao seu lado.

- Não, nada Tonks.

         Só pararam de andar quando chegaram a nos trilhos onde estava o vagonete. Este era maior do que os que eles estavam acostumados a ir. Cabiam pelo menos dez pessoas e tinham banquinhos encostados.

- O cofre desta garota – indicou a Mary – é lá embaixo.

         Rony arqueou as sobrancelhas, surpreso, aparentemente, ele sabia o significado disso. E os outros também. Quanto mais baixo, mais antigo, e, geralmente, quanto mais antigo mais cheio.

         Todos se sentaram e ficaram folgados nos bancos. A viajem era enjoativa e Tonks estava pensando qual era pior, isso ou o Noitibus Andante.

         Demorou muitas curvas e descidas, mas tinham chegado ao cofre dos Weasleys.

         Cortou o coração de Mary ao ver a Sra. Weasley tatear o cofre, procurando alguns galeões sobrando. Dividiria o dinheiro de bom grado com aqueles que lhe acolheram e a seu namorado, mas pelo tempo que ficara com eles, sabia que eram orgulhosos.

         A viagem até o cofre de Mary Lílian demorou mais ainda, e esta pensou que fosse vomitar quando deu uma enorme descida no final.

- Cofre nº 2 – avisou o duende.

         Todos ficaram surpresos. Número 2? Bem, com certeza era um cofre antigo.

         Mary desceu do vagonete com ajuda de Nick. Tirou a chave do jeans e, estranhamente, o lugar de enfiar a chave era na pata de um grifo, que tinha a cabeça e o corpo de um leão, mas as asas de águia.

         Quando a grande porta redonda do cofre abriu, fez um silencioso “click”. Olhando ela não pode ver muita coisa, mas, de repente, sentiu uma puxada nos pés e estava no preto vazio.

         Olhou em volta, não tinha nada, nem Nick viera com ela.

- Olá? – chamou ela meio trêmula.

         Imagens passaram em sua cabeça como uma flecha. Uma parede escrita “A Câmara Secreta foi aberta, inimigos do herdeiro cuidado”. Uma cobra rastejando a um mar de cabelos ruivos. “Um chapéu?” perguntou uma voz fria. “O Harry não! O Harry não!” uma mulher gritou. Ela jogando um diário na Murta-Que-Geme. Um dementador. “Mate o outro” sibilou uma voz, cortante ao silêncio. “Não devo contar mentiras” na mão de alguém. “Malfeito, feito” sussurrou uma voz. “Avada Kedavra!” e tudo preto.

         Mary a esse ponto já estava no chão, os joelhos junto ao corpo e a cabeça neles enquanto ela a apertava com as mãos.

         Vozes falavam juntas, cada vez mais rápidas. Pararam. Silêncio.

         Foi puxada novamente pelos pés, e se encontrava ao lado de Nick novamente.

- Tudo bem, Mary? – perguntou ele, franzindo as sobrancelhas.

- Viu, isso? – perguntou ela.

- Isso o quê? – indagou o garoto enquanto tirava vários galeões e colocava em uma carteira.

- Nada – murmurou ela, e voltaram, com a carteira pesada, para o vagonete.

         Aparentemente, nem Nick, que sempre sabia das coisas dela e ela dele, não tinha entendido o que aconteceu. Mas Mary tinha certeza que entrou no cofre, mas, como era possível? O que era aquele lugar preto e vazio?

         A visita ao Beco Diagonal foi realmente gratificante. Compraram várias coisas, entre elas, Mary e Nick compraram firebolts para cada um, por mais que não fossem usar (ou talvez fossem, era difícil saber), seria útil caso precisassem em algum lugar por aí. Rony babava em cima das duas vassouras, reclamando que sua Cleansweep não era tããão boa.

         Compraram os livros, os ingredientes, frasquinhos de poção, uniformes, pergaminhos, penas e tintas. Mas fizeram tudo rapidamente, pois a Sra. Weasley não queria ficar lá muito tempo, o Beco estava silencioso, poucas pessoas passavam, algumas, um tanto suspeitas.

         Quando acabaram, iam visitar os túmulos.

         Rony aparatou acompanhando Hermione, a Sra. Weasley aparatou com Nick acompanhando, e Tonks aparatou levando Mary.

         Todos aparataram em um cemitério.

- Onde estamos? – indagou Nick, olhando em volta.

         Não era um lugar feio. O que mais chamava a atenção eram quatro túmulos brancos de mármore ao lado de uma árvore de flores rosa que caiam ao vento.

- Em Godric’s Hollow – falou Tonks sombriamente, seu cabelo estava num roxo escuro, nem um pouco berrante.

- Aqueles são os túmulos? – perguntou Mary apontando para as quatro lápides brancas.

- Sim – respondeu a Sra. Weasley – Vão... Vão vocês, não irei suportar... – e caíram as lágrimas com Tonks a consolando.

         Rony, Mione, Nick e Mary caminharam até ali.

         Surpreenderam-se ao ver que estavam ali, também, o túmulo de Tiago e Lílian Potter.

Tiago Potter                                           Lilian Potter

Nascido em 27 de Março de 1960     Nascida em 30 de Janeiro de 1960

Morto em 31 de Outubro de 1981    Morta em 31 de Outubro de 1981

O último inimigo que deve ser derrotado é a morte.

“Nunca pensei que estivessem aqui” disse Nick, mentalmente para Malí.

“Nem eu” concordou.

         Ao lado da de Lílian, tinha a lápide de Harry.

                                     Harry Tiago Potter

Nascido em 31 de Julho de 1980

 Morto em 17 de Maio de 1996

    Draco Dormiens Nunquam Titillandus

         Mary franziu a testa ao ver a frase de Harry, mas, era, de certa forma, divertida e triste. Quer dizer, nunca cutuque um dragão adormecido parecia descrever bem Harry, mas era triste, pois é como se jogasse na cara que ele foi morto dentro da “segura e impenetrável” Hogwarts.

         Olhando de esguelha para Nick, viu que ele tinha os olhos fixos na lápide de Gina, tanto quanto ela tinha na de Harry. Quando trocaram os olhares, ele fixou na de Harry e, surpreendemente, uma lágrima escorreu.

                                      Ginevra Molly Weasley

                            Nascido em 11 de Agosto de 1981

                               Morto em 17 de Maio de 1996

                            Longe dos olhos, perto do coração

         Nick conseguia entender essa frase perfeitamente. Por mais que não olhasse a pessoa ali, não queria dizer que ela não estivesse contigo.

“Colocaram frases bonitas, não?” perguntou Mary.

“Sim, gostei da minha” respondeu Nick, dando uma olhada na sua frase.

“Também gostei da minha” disse quietamente.

         Pegaram flores da árvore e depositaram ali. Hermione e Rony imitaram o gesto dos dois.

         Juntos, aparataram de voltar para casa.


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