I Am Innocent - Salazar Slytherin escrita por Pode me chamar de Cecii
Notas iniciais do capítulo
Muito obrigada pelos reviews do capítulo anterior, amei! Este é para vocês, leitoras lindas, mas, especialmente para Xgaabs!
[...]
Este foi o melhor de escrever. Na minha opnião, ficou bem romântico... Espero que gostem!
"...quando uma pessoa morre e faz falta no coração de alguém, são levadas ao céu pelo próprio Merlin e viram estrelas para que, quando nos formos também, possamos nos juntar a elas."
Era só um dia comum. Só isso. Ou era o que eu tentava fixar em minha cabeça, mas, por algum motivo inexplicável para mim naquele momento, eu não podia me concentrar nas lições que me estavam sendo passadas. E Anastácia percebeu.
- Querido? – chamou, mas eu não ouvia sua voz. – Salazar? SALAZAR! – gritou e eu me assustei. – Está tudo bem, querido? Vejo que não está prestando atenção na aula...
- Não é nada, tia. – respondi. – Foi só... Cansaço.
- Tem certeza? – ela perguntou, não se dando por convencida. – Não quer sair para tomar um ar?
Assenti e agradeci a Merlin por minha tia ser tão compreensiva. E foi então que as suas providências começaram a ser tomadas. Eu preferiria que isto não tivesse acontecido. Evitaria minha dor.
Saí dos meus aposentos e fui para o jardim. Deitei-me na grama molhada com orvalho da manhã e esperei meu silêncio. Infelizmente, não o tive. Ouvi, vindo de algum lugar por perto, ruídos que identifiquei como um choro.
Levantei-me e fui na direção do barulho, parando ao ver a pequenina Rowena Ravenclaw deitada atrás da cerca viva. Estava quase dormindo. Cobria o rosto com os braços, mas, mesmo assim, eu podia ver que derramava mais lágrimas do que pensei ser capaz, afogando-se nos soluços.
Contornei a cerca e ajoelhei-me ao seu lado. Porém, ela pareceu não notar minha presença. Toquei de leve seu ombro, fazendo-a pular de susto.
Rowena se virou para mim, surpresa, os olhos vermelhos e o rosto marcado pelas lágrimas e pela grama. Os cabelos desgrenhados mostravam que estivera em uma posição desconfortável por muito tempo.
- Calma! – eu disse. – Rowena, o que houve?
- Eu... – ela soluçou. – É só que... Sinto a falta dele...
Dito isso, ela abaixou a cabeça a voltou a chorar.
Fazia-se quase um mês que seu pai havia falecido e ela viera morar conosco, como protegida de meu pai.
- Ei... – murmurei. – Não chore...
- Como não chorar? – perguntou ela, chorosa. – Eu o perdi...
- Ora, - respondi, tentando acalmá-la. – perdi minha mãe também. Olhe, vou lhe contar uma coisa que jamais contei a ninguém, mas você vai ter de guardar segredo... Pode fazer isto?
- Acho... – soluçou, parando de chorar. – Acho que sim...
- Certo então. Sabe aquela estrela, lá longe?
Ela riu.
- Está de dia, Salazar! Não dá para ver! – retrucou.
- Claro que dá! – protestei. – Não vê? Aquela esverdeada?
Rowena forçou os olhos um pouco.
- Acho... Acho que estou vendo...
- Aquela é minha mãe. E vê a azul mais para cima?
- Sim...
- Aquela é seu pai. – afirmei. – Quando descobriu a doença, minha mãe me explicou que seu tempo conosco estava acabando. Então me contou que, quando uma pessoa morre e faz falta no coração de alguém, são levadas ao céu pelo próprio Merlin e viram estrelas para que, quando nos formos também, possamos nos juntar a elas. Ela também disse que, se desejarmos muito, essas pessoas poderão nos ouvir lá de cima.
Vi que os olhos da garota voltavam a marejar.
- Você já falou com a sua mãe? – perguntou.
- Todas as noites, e ela sempre me visita nos meus sonhos.
- Posso... Posso falar uma coisa com ela?
- À vontade.
Ela se virou para o céu.
- Bem, senhora Slytherin... Se estiver ouvindo... Queria agradecê-la.
Ela se virou para mim, as lágrimas escapavam, e me deu um abraço.
Foi a primeira vez que experimentei o amor.
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Beijos!