I Am Innocent - Salazar Slytherin escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 2
Salazar Slytherin


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse é o começo do que espero ser uma fic que faça a mim e a vocês rirem e chorarem. Não devo demorar a postar, até o capítulo 9 já está pronto.
Espero que gostem.



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\"A esta altura, a chuva já não podia mais esconder minhas lágrimas, que escorriam descontroladamente, e, muito menos meu arrependimento, que era evidenciado pela cabeça baixa e os olhos vermelhos.\"

Aquele não era um dia comum para mim. Meu pai saíra em busca de um grupo de feiticeiros que praticavam artes das trevas há algum tempo e, hoje, voltaria com a equipe que o acompanhava.

Eu e minha tia Ana esperávamos ansiosamente na porta do castelo do feudo quando minha atenção foi desviada para uma briga entre dois garotos da minha idade.

Um deles, o maior, insultara o sangue da família de um menininho de cinco ou seis anos. Então o outro, quase da mesma altura do primeiro, defendeu o garotinho insultado e começou-se a briga.

Reconheci as roupas do segundo garoto como as de um membro da família Gryffindor, família que morava em nosso feudo como nossos amigos a gerações. Perguntei-me como não o conhecia.

Aproximei-me para ver melhor. O garoto-Gryffindor era bom, mas outro entrara contra ele e ele começara a perder.

Foi então que me livrei de meu colete e minha mochila para fazer parte do conflito. Tia Anastácia tentou me impedir, mas eu fui mais rápido.

Entrei direto com um soco na cara do primeiro a entrar na briga, que caiu ruidosamente no chão.

Então recebi um soco na barriga vindo do último a entrar e me encolhi com a dor.

- Fique fora disso, filhinho de papai! – disse enquanto se virava, autoritário.

Retomei a postura e caminhei em sua direção, o punho preparado. Porém o garoto se virou, me acertando novamente.

- Eu disse para ficar fora diss... – tentou repetir, mas foi atingido por um chute do Gryffindor.

O primeiro se levantava quando acertei-lhe mais um golpe, derrubando-o novamente. Estava prestes a atacar com toda a força quando senti mãos fortes agarrarem meu punho.

- Já chega. – disse a voz ríspida.

Virei-me para trás, deparando com meu pai de varinha pronta com o cavalo parado atrás. Eu não havia notado sua chegada.

- Anastácia. – disse, severo. Todos se amontoavam em torno de nós, respeitando certa distância. – eu confio-lhe os cuidados de meu filho enquanto estou fora e o que me devolves? Isto? – perguntou e ela abaixou a cabeça. Me arrependi por ter feito aquilo com a pobre mulher.

A chuva caía fraca, transformando a terra em barro e sujando meus trajes especiais. Pelo menos ela também disfarçava minhas lágrimas, as poucas que escapavam.

- Vocês dois! – disse, apontando para os dois garotos cuja família eu desconhecia. – Espero que seus pais o punam severamente, pois não tenho autoridade para isto. E Godric... O que seu pai vai pensar quando souber disso, garoto? – o Gryffindor negou com a cabeça e meu pai se virou para mim. – Quanto a você, Salazar... Tudo o que posso dizer é que sinto vergonha de você. De ser seu pai.

A esta altura, a chuva já não podia mais esconder minhas lágrimas, que escorriam descontroladamente, e, muito menos meu arrependimento, que era evidenciado pela cabeça baixa e os olhos vermelhos.

Meu pai continuaria a falar mas, graças a Merlin, um choramingo o interrompeu. Porém, eu sabia que as punições viriam depois.

Nesse momento, todos se viraram para a pequena Rowena Ravenclaw, que se escondia da chuva debaixo de um toldo. Ela também era filha de um dos mais prestigiados nobres do feudo e seu pai havia partido na expedição assim como o meu.

- Senhor Slytherin, - murmurou. – Pode me informar de onde está meu pai? Não o vi com os outros...

A expressão do homem se abrandou e ele se abaixou.

- Minha querida, - disse em tom calmo e bondoso. – Venha até aqui, venha! – a garotinha de cabelos negros obedeceu, não se importando de estar sujando seu belo vestido, e meu pai a segurou no colo. – Olhe, você sabe que Julius a ama, não sabe? – perguntou e ela assentiu. – Onde quer que seja? – reforçou e a garotinha de 8 anos fez que sim com a cabeça. – Certo, querida. Vou te contar. Julius foi um dos homens que se mudaram lá para... Para perto do papai do céu... E pediu... – ele gaguejou, tropeçando nos soluços. – Que eu cuidasse de você.

- Não posso ficar com ele? – perguntou Rowena, piscando os belos olhos azuis.

- Não, minha linda. – respondeu meu pia, o rosto cheio de lágrimas. – Não pode. Mas... Se quiser muito... Ele poderá vir te ver... Um dia desses...

Todos abaixaram a cabeça em respeito ao grande homem que Julius Ravenclaw fora. À menina órfã que deixara.


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