I Am Innocent - Salazar Slytherin escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 12
Inteligêcia


Notas iniciais do capítulo

Bem, aí vai. Como prometido, esse é maior e mais triste... Não me matem, por favor! Espero que gostem!



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"Então minhas mãos relaxaram, deixando apenas o alto barulho do metal quando bateu contra o chão, após o grito de tai Anastácia"

Rowena e eu não nos falávamos a mais de uma semana. Não mais nos encarávamos e eu sentia a falta de seu doce sorriso, aquele que ela vinha escondendo de mim.

Aquela garota, ou talvez aquela paixão, trazia-me sofrimento indescritível. Aos poucos, fui me fechando, me isolando de todos lá fora. Minhas aulas deixaram de proporcionar aquele prazer e diversão que antes contagiavam os alunos. O único com quem eu falava era Godric. Como eu era ingênuo.

Quando aquilo completou um mês, meu sofrimento era tamanho que fui dominado pelo desânimo. Fora deli, daquela escola maldita, o mundo era um lugar longínquo, uma fantasia apenas. Um sonho.

Naquele mês, fui dominado pela insanidade, sendo afastado temporariamente das salas de aula. Tia Ana, a única a saber daquilo, fora até Hogwarts fazer-me companhia, talvez para me impedir de fazer algo insano até demais.

E foi naquele dia, enquanto Godric me contava o que acontecia do lado de fora de meus aposentos, que cheguei ao auge do sofrimento.

Involuntariamente, as lágrimas começaram a escapar dos meus olhos e os delírios vieram. Mas não eram delírios por completo. Eu sabia exatamente o que falava e fazia. Talvez fosse um acesso de loucura. E de dor.

Eu gritava, esperneava, socava o colchão com força o bastante para quebrar o osso de alguém, chorando. E, acima de tudo, eu queria o suicídio. A dor corria pelas minhas veias juntamente com o sangue, cada batida de meu coração era uma facada dolorosa.

Godric tentava incessantemente me parar, me segurar, me tranquilizar.

Até que parei.

- Godric – eu murmurei. – Não agüento mais. A vida... Dói!

- Está delirando, amigo. – cortou ele.

- Não, Godric. – afirmei. – Estou em plena consciência e controle de mim mesmo...

- Salazar, pare! – pediu.

- POR FAVOR, MEU AMIGO, POR FAVOR!

Ele pareceu pensar por alguns segundos e as lágrimas (falsas) começaram a brotar de seus olhos.

- Se é o que quer...

- É o que mais quero na vida. – cortei.

Ele assentiu e se retirou a passos rápidos. Após alguns minutos que mais me pareceram a eternidade, ele voltou, com uma espada de lâmina embrulhada com uma seda fina dourada.

- Tome. – disse ele. -  Quero que seja por algo... Nobre.

Peguei a arma e respirei fundo. Com todo o cuidado que pude, desembrulhei-a, expondo a lâmina afiada de cor de cobre. Virei a ponta para meu peito e respirei fundo.

Então minhas mãos relaxaram, deixando apenas o alto barulho do metal quando bateu contra o chão, após o grito de tai Anastácia. Ela mantinha uma feição assustada, a mão cobrindo a boca, os olhos fixos em meu amigo.

- Gryffindor! – exclamou. – Como... Pôde!

- Senhora, eu... – tentou se explicar, mas ela não o ouviria.

- Saia! Agora!

Godric foi esperto o bastante para obedecer (N/A: tia Ana é phoda) e tia Ana se aproximou, sentando-se na beirada da cama, ao meu lado.

- Salazar... – murmurou cautelosamente. – Não estava tentando fazer... O que eu acho que você estava tentando fazer, não é?

- Sim, tia. – respondi com um suspiro. – É que... Isso dói muito... Viver.

- Garoto! – ela exclamou.

- Não me chame assim!  -  protestei. – Não sou mais uma criança.

- Parece!  Confiou na pessoa errada!  Não vê que o Gryffindor queria mesmo que você... Que você...

Ela sufocava nos soluços e eu a envolvi num abraço apertado.

- Não, tia. Eu pedi!

- Ah, querido! Como é ingênuo! Sabe, garoto, – ela deu ênfase ao termo. – graças à Merlin eu cheguei a tempo! Sabe, eu... Tive outra visão. Esta arma... – ela apontou para a espada caída no chão. - Esta maldita arma, apesar de que um dia servirá para o bem, foi forjada por Gryffindor para... Para destruir especificamente você... E quaisquer traços de sua magia...

- Besteira! – exclamei.

- Duvida? – questionou. Ela pegou a espada e se posicionou exatamente como eu fizera, com a ponta da espada virada para seu peito, e a pressionou, porém não houve nem um corte sequer. – Com licença. – ela, com toda a educação de sempre, pegou minha mão e causou um pequeno corte em meu dedo apenas ao encostar a lâmina neste. – Vê?

Eu me levantei com um pulo, irritado.

- CHEGA! – gritei. – Godric... É meu amigo.

Anastácia suspirou.

- Como quiser. – respondeu. – Só... Não faça nenhuma besteira, está bem?

Ela saiu do quarto. Joguei-me em minha cama, fitando a espada. Por fim, a embrulhei de volta, devolvendo-a a Godric, que deixou-a sob a proteção do Chapéu mágico que eu lhe dera.

Este foi mais um de meus erros. Não ouvir minha tia.


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Notas finais do capítulo

E então???? Não me matem! Gnte, eu amo a tia dele... Ela ainda vai ajudar muito, podem ter certeza!
[...]
Bem, espero que tenham gostado! Mesmo! Agora vai ser só tristeza... Ah, não vou contar, né? hashash!
[...]
Alguém reconheceu a espada? Quem não reconheceu? Bem, quem reconheceu ganha um beijo! mil kisses (esses são pra todo mundo!) e obrigada por terem vindo!