Charlie escrita por Reet


Capítulo 4
03 - Cala a boca, Charlie!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Já vou logo agradecendo pleos reviews e mesmo que não venha respondendo todos, saibam que eu leio tudinho e fico muito feliz que a fanfic esteja ficando boa e dando resultados!
Eu gosto mais desse capítulo do que os outros ali atrás, admito, sem mais delongas, curtam ;)



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Puxei um carrinho de compras e o coloquei na reta do corredor do supermercado. O idiota do Moritz, quando se deu conta de que iria perder em cada jogo que tinha naquele Wii para mim, levantou a bunda do sofá – arrastando Gerard junto – e pegamos o carro direto para o supermercado depois que eu reclamei algumas vezes que estava com fome.

Nesse mesmo segundo, ele me empurrou, colocando suas mãos no carrinho, fez uma careta e disse:

- Eu levo o carrinho, você coloca o que quiser.

Eu revirei os olhos, ajeitei o boné azul na cabeça e corri na direção do corredor de biscoitos salgados; ouvi Danny gritar de longe o meu nome e o barulho das rodas do carrinho dele atrás de mim. Gargalhei.

Na seção dos biscoitos salgados, eu fui puxando alguns pacotes de Ruffles, Pringles, Doritos, Stax e algumas outras marcas de batatinhas fritas. Olhei para trás, Danny se enrolava tentando passar por uma fileira de carrinhos com mulheres e suas crianças. Ele acabou batendo no carrinho de uma mãe com seu filho de dois anos, que logo começou a chorar com o susto, eu gargalhei bem alto e o Moritz me lançou um olhar mortal, pedindo desculpas para a mãe e o bebê.

Veio atrás de mim e me puxou pelo braço, logo eu comecei a fazer drama. Vai que a sorte bate na porta e chega um segurança levando o idiota para o presídio – aí eu fico em casa torturando o ruivinho tingido com minhas batatinhas na mão.

- Nãaaaao, não me bate! Por favor, maninho, não faça como ontem, meu braço ainda está todo vermelho! NÃO! – Eu gritei pelo corredor, algumas mães arregalaram os olhos para Danny.

- Isso é mentira! – Ele retrucou – Ela nem é minha irmã de verdade! Sério, não me olha assim! Cala a boca, Charlie!

- Ele vai me bateeeeer, moça, me ajuda! – Eu gritei para a mesma mamãe que ele bateu o carrinho e assustou a criança.

A mulher deu um tapa forte de deixar marca dos dedos no rosto de Danny, que me soltou no mesmo instante. Ela marchou para outro canto, eu parei toda a minha encenação e fiz uma careta perversa para o castanho, que estava todo vermelho de raiva. Comecei a rir, baixo dessa vez.

- Aaaaaah, Charlie! Sua peste! – Ele resmungou.

Eu coloquei as batatinhas no carrinho e me virei de volta para o corredor. No segundo seguinte o carrinho bateu com força nas minhas costas, mas antes que eu gritasse para acusar Danny, Gerard apareceu do nada e calou minha boca com as mãos – eu mordi seu dedo e me xingou.

- Não corra pelo supermercado, seu mini-capeta! – Danny me repreendeu e eu mandei o dedo médio para ele com uma careta – Essa mulheres estão me achando maluco agora. Gerard, dá um jeito nessa criança. Eu vou colocar uma caixa de Ruffles só para mim!

- Foda-se, agora eu peguei as Pringles, elas são melhores que Ruffles. – Eu dei de ombros soltando os cachorros com a boca.

Nunca fui santa mesmo.

De repente, o ruivinho colocou as duas mãos em cada lado da minha cintura – eu gritei – e fui jogada dentro do carrinho de compras. Gritei mais alto ainda e podia jurar que aquela mesma mãe se aproximava para bater em Gerard dessa vez, mas ele saiu do corredor me carregando junto pelo carrinho.

Balancei as grades finas, o carrinho quase virou e Gerard me olhou incrédulo.

- Você é maluca? Fica quieta aí! Eu só vou pegar umas pizzas congeladas e alguns hambúrgueres. É só para você não fugir.

- Vai me prender agora, ruivinho? – Eu fiz uma careta.

- Vou, enquanto Danny não chega.

- Sabe de uma coisa, vocês dois são os gêmeos mais idiotas que eu já conheci! – Eu disse alto, ele me ignorou completamente e jogou algumas caixas grandes de pizza na minha cara, eu grunhi – O Moritz enjoado ali atrás parece um gay com aquela mania de concertar o cabelo que não fica no lugar de forma alguma, e você tem esse seu estilo rockeiro super falso, aposto até que você ouça aqueles raps ridículos como pitbull e enimem! Vocês dois são dois egocêntricos, são iguais! Gêmeos iguais com aparências diferentes e...

- Ok, cala essa boca, Charlie. – Danny veio atrás de mim e colocou uma caixa de Ruffles de um lado meu e uma caixa de Ice do outro lado. – As pessoas normais já estão te achando maluca, vamos ser expulsos do supermercado e sabe de uma coisa? Você vai ficar sem seus Pringles e suas outras batatinhas ferradas aí.

- Me deixa pelo menos descer do carrinho e comprar o que eu quiser! – Fiz uma cara de manha.

Danny me olhou com pena – por menos de um segundo e depois fez uma careta, negando com a cabeça.

- Se for para você sair correndo pelo supermercado, não mesmo. Sossega aí, menina.

Eu cruzei os braços com raiva e fiz um bico.

Me inclinei no carrinho para o retângulo do freezer e puxei algumas embalagens de sanduíches, separei tudo que eu queria em um canto do carrinho – se eles querem rotular suas comidas, eu iria rotular as minhas.

Minutos depois, chegou um segurança. Sabe aqueles negões carecas com um cassetete na cintura, um comunicador e aquele olhar mais ameaçador do que o meu?

- Eu vou pedir uma vez para você tirar a garota do carrinho – O negão maníaco disse. – Ela ultrapassa o tamanho permitido.

Danny encarou o negão com um pouquinho de medo, lembrando que nessas horas Gerard já meteu o pé de medo.

- E-eu, érr, senhor... A garota... A gente precisa prender ela, sabe como é?! Ela foge, não é Gerard? – Olhou em volta – Gerard?

- Ok, eu vou falar só mais uma vez, porque você parece ser maluco falando com quem não existe. – O segurança levou a mão até o cassetete – Tira. A menina. Do. Carrinho.

Eu deveria estar roxa de tanto segurar o riso olhando Danny se cagando de medo do negão. Ele me puxou pela cintura e me colocou ao seu lado, ainda segurando meu braço. O segurança forçou um sorrisinho de lado que foi bem amedrontador e saiu.

Danny me olhou pelo canto dos olhos com visível raiva. Me ergueu passando um braço pela minha cintura e me puxou por cima do seu ombro.

- Daaaanny! – Eu gritei e bati com os punhos cerrados nas suas costas, eu só ouvi-o grunhir de raiva.

- Chega, Charlie! Você só está me humilhando hoje!

Apoiei o cotovelo nas costas dele e a cabeça em minhas mãos, bufando enquanto ele caminhava e colocava mais coisa dentro do carrinho.

Enquanto ele caminhava e eu estava sendo carregada como carne de porco – eca, odeio carne de porco -, avistei Gerard parado ao lado de um carrinho de uma mulher que parecia ter vinte e dois anos, os dois conversavam alegremente e ela parecia anotar o celular dela na mão dele. Safado! Me deixou aqui sofrendo com o idiota do Moritz 2.

Minutos depois, eu fui jogada para dentro do carro, ainda bufando de raiva e olhando os dois irmãos discutindo por Gerard ter deixado Danny sozinho no supermercado enquanto ele era assediado pelo segurança bombado que veio da cadeia.

Eles se calaram quando se sentaram no carro. Danny apertou o pé no acelerador e me fez bater com a cabeça no banco, eu xinguei bem alto e  ele só gargalhou da minha cara.

Gerard ligou o rádio do carro na estação local, o locutor anunciou um especial do Guns N’ Rose e a música Sweet Child O’ Mine começou a tocar, eu delirei.

- CARALHO, EU AMO GUNS N’ ROSE! – Disse bem alto.

Gerard estendeu o braço e eu bati junto com ele, provavelmente também gostava da banda e aumentou o volume, eu balancei a cabeça no ritmo da música e comecei a cantar bem alto com Gerard.

Danny de vez em quando tentava abaixar o volume, eu me inclinava na direção da sua mão e batia nela para que ele nem ousasse a abaixar o volume.

- Essa música é irônica, sabe – Danny comentou no meio da música – Porque você não é nada ‘sweet’, Charlie.

- WHERE DO WE GO NOW? – Gritei junto com Gerard interrompendo Danny, que ficou novamente vermelho de raiva, sorri. – SWEET CHILD OF MINE!

As músicas na rádio foram passando, eu cantava junto porque conhecia a maioria, e se não conhece, passava a conhecer para cantar bem alto, o intuito de irritar ao máximo o Moritz.

Segundos depois começou outra música que eu curto, Love Generation do Bob Sinclar. Eu soltei um “U-HUUL” bem alto e Danny pirou de vez.

Arrancou o rádio e jogou pela janela do carro, vermelho de raiva. Eu arregalei os olhos junto com Gerard, Danny apenas continuou olhando para a estrada.

- CALA A BOCA, CHARLIE!

Gritou, se corroendo de raiva.

- Só vou ficar quieta dessa vez porque não quero provocar mais um ataque de raiva do Sr Moritz Gayzão vermelhinho que não gosta nem um pouco quando eu cant-...

Ele buzinou sem pausa por segundos interrompendo minha frase. Sorri de lado, zombeteira.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? SWEET CHILD O' MINE (8) Esse capítulo tem muito haver comigo hoje quando eu fui no supermercado e comprei algumas Pringles, sabe aquele tubinho vermelho das batatinhas deliciosas? Eu amo q
Mereço reviews como no capítulo anterior? Espero que sim, então até o próximo! Beijos.