Charlie escrita por Reet


Capítulo 24
23 - Uma troca que deveria estar certa


Notas iniciais do capítulo

Oiee, voltei. Obrigada às meninas que foram até minha caixa de mensagens e me deram apoio, acho que foram vocês que me deram força mesmo ((((: Aqui mais um capítulo, dedicado à Juliiet e a Baabi. Bjs



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— Nossa Danny, que bom que você me ajudou a chegar à borda da piscina. Meu nariz já estava ardendo de cloro quando eu caí na água acidentalmente.

Uma curiosidade: que som os bezerros fazem? Mugem? Não, isso são as vacas, não é? Dane-se. Aquela vaca/bezerro (ótimo animal para se comparar uma pessoa, tome nota) estava fazendo aquele som que a gente ainda não descobriu enquanto tagarelava com Danny, no MEU flat, no quarto do Danny.

— Vaca, você está insinuando que eu te derrubei de propósito? – Perguntei, já querendo arrumar confusão.

— Estou afirmando, pirralha maluca. – Julia grunhiu de volta.

Tinha um beliche no quarto de Danny. Eu estava na cama de cima – eu sei que isso é perigoso para mim— e os dois estavam se paparicando (coisa de papagaio) na cama de baixo, envoltos por edredons, com pelo menos Julia afirmando que estava morrendo de frio por ter caído na piscina, esperando chocolate quente que Gerard estava fazendo na cozinha com Rocket.

— Não comecem vocês duas. – Danny disse.

— Danny, foi ela quem começou.

— Dá um tempo. – Eu revirei os olhos. Batam palmas para mim, essa frase é típica de adultos.

— Charlie, por que você não vai conferir se Gerard está fazendo o nosso chocolate quente direito? – Danny perguntou sendo bonzinho. Como é, ele está me expulsando?

— É Charlie... – Concordou Julia – Digo, por que ela está em todo lugar onde a gente está?

— Bezerro, não existe “a gente”, Danny é meu irmão mais velho e o meu dever é persegui-lo.

Coloquei a cabeça para fora da cama, fazendo meu cabelo cair enquanto eu espiava a situação de baixo. Devo ter ficado roxa de vergonha. Os dois estavam deitados juntos na cama de baixo... de solteiro. Por que ele está todo assim com ELA?

— Eu não vou na cozinha porque aquele clima deve estar mais agarração e menos chocolate quente. – Disse, dando de ombros. Naquele momento a cama se balançou e eu quase caí. Danny se levantou como reflexo e me segurou pelo ombro. Meio assustado.

Ele suspirou.

— É por isso mesmo que você quem precisa ir, você é uma ótima quebra-gelo e Charlie, eu não sou seu irmão. – Danny grunhiu a última parte.

Eu empurrei a parede com o pé, inclinando meu tronco o máximo possível e dando praticamente uma cambalhota para o chão. Eu tinha noventa e oito por cento de chances de bater a cabeça no chão, rachar o crânio e tudo mais. Mas dois por cento de chances apostavam que Danny, iria aproveitar as mãos nos meus ombros e me segurar. Dois por cento ganham.

Julia ficou com a cara no chão de raiva.

Rocket e Gerard apareceram com as canecas de chocolate. Tinham duas para eles, e mais duas para Julia e Danny. Não tinha uma caneca para mim. Fiquei puta com isso. Antes mesmo de eles notarem minha falta, eu já estava chutando a porta do flat de Andrews e Lucas.

— Já vai! JÁ VAI! Puta que par... – Lucas abriu a porta e decidiu não terminar a frase. – Oi Charlie.

Eu tentei entrar. Ele barrou minha passagem.

— Tipo, tem certeza de que você quer entrar agora?— Sorriu amarelo.

— Sim, seu babaca, me deixa entrar!

Eu o empurrei e entrei no flat. A porta do quarto de Andy estava fechada, e eu arrombei. Que dó, que dó. Tinha algumas revistas pornô espalhadas em cima da cama dele, e debaixo do edredom, eu vi alguma coisa se mexendo.

Bem, por que eu fui arrombar a porta?

Uma ponta do edredom se abriu, mostrando a cara de Andrews, com um cabelo meio bagunçado e as bochechas vermelhas. Ele estava meio bonitinho, eu devia admitir. Mas eu devo ter ficado roxa mais uma vez naquele dia.

— Ops. – Disse, e me virei para sair do quarto.

— Droga, Charlie, arrombar a porta é falta de educação.

Ele tirou totalmente o edredom, e eu já estava quase gritando para que ele não fizesse isso, mas quando o fez, foi só para tapar as revistas de mulheres nuas, na verdade, Andrews estava usando uma calça jeans, sem camisa, com duas pequenas pilhas na mão. Ele me explicou que estava procurando as duas para colocar em seu Xbox, que estava sem pilha. Depois de tudo isso, eu estava rindo histericamente por achar que ele estava se masturbando.

Chamei Lucas e Andrews para sair e passear simplesmente. Alguns minutos depois eu estava me perguntando por que razão eu chamei-os para fazer aquilo.

Chegamos na recepção do hotel pelo elevador. Um carinha fininho, usando um chapéu estranho que devia fazer parte do uniforme do hotel, com uma roupa folgada nele se aproximou. Ele era muito feio.

— Oi! Srta Hagen? – Perguntou. Eu acenei positivamente. – Eu sou o Mosley, da recreação.

— O cara que me acordou hoje de manhã. – Eu olhei com meu típico olhar assassino.

— Sim, mil perdões, senhorita, bem... Como meu dever na recreação, eu e mais uma equipe de funcionários estamos organizando uma festa no hotel amanhã à noite, comemorando o aniversário de quinze anos do hotel Lithium. Todos os hóspedes estão convidados. Não é uma festa que tenha tema, é mais uma balada decorada.

— Vai ser legal. – Disse Lucas.

— Cala a boca. – Eu grunhi.

— Bem, é só isso. Espero que todos compareçam, até mais. – Mosley evaporou como um gênio da lâmpada.

— Charlie! É isso! – Disse Andrews. – É perfeito para você conseguir de volta a atenção de Danny!

— Sabe aquele gritinho dos filmes de terror da música Twisted Nerve? Eu estou ouvindo ela agora como plano de fundo dessa ideia terrível. – Eu disse.

— Você adorou a ideia. – Disse Danny.

— Claro que não, eu tenho um pulso engessado, isso vai ser uma merda.

— Srta Hagen, nós temos uma sala de emergências no hotel, podemos tirar o seu gesso se esse for o caso, compareça à festa! – Eu me virei, e aquele tal de Mosley da recreação ainda estava ali.

— Eu ainda não terminei o tratamento... Vocês podem tirar meu gesso? – Sorri. Nossa, eu estava sendo boazinha com um cara que eu não conhecia. Mereço um premio.

***

Sabe o que Andy me obrigou a fazer? Uma coisa totalmente louca, fora de série, que a gente só se vê em filmes e que não tem SENTIDO! Foi pura e total ideia de Andrews. Culpem-no por qualquer acidente que isso vier resultar.

Devo começar por “nessa tarde, eu mudei de ‘gêmeos’”. É, eu sei que Lucas e Andrews não são gêmeos. Mas eu troquei os Moritz idiotas pela companhia deles. Passamos a tarde fora. Meu celular tocou no bolso. Vi no visor o número do celular de Danny. Desliguei.

— Olha esse vestido, Chars! – Andrews me chamou.

— O que você entende sobre vestidos, Andy?

— Bem, nada, mas só de te imaginar nele, sinto vontade de te agarrar.

— Ah claro, isso resolve muita coisa.

— Vamos levar. – Disse Andrews para a vendedora.

— Lucas?

Eu me virei. Ele estava do outro lado da rua, em frente a uma vitrine de uma loja de revistas de quadrinhos, terminando sua raspadinha azul. A minha raspadinha vermelha havia evaporado minutos antes depois que Andrews terminou a sua e roubou a minha.

Hoje eu estava mansa demais.

— Agora, Luc provavelmente vai me fazer comprar um almanaque edição de aniversário de qualquer super-herói, então nós vamos para casa e amanhã de tarde, vamos finalizar o “plano”. – Disse Andrews.

— Tudo bem.

— Ah, falta mais uma coisa. – Disse ele, e inclinou-se um pouco para mais perto da minha boca. Hm, Andy, isso não vai rolar.

— O que?

— Quer ir à festa comigo? – Ele piscou. É, fazia parte do plano.

— Quero.

Ele beijou minha bochecha em um estalo e saímos da loja. As atendentes estavam suspirando de braços cruzados quando Andrews saiu. INVEJEM-ME VADIAS. Eu ri sozinha.

(...)

— Charlie, onde você estava a tarde inteira eu te liguei! – Danny me perseguiu pela sala do flat quando eu cheguei, já passava da meia noite, eu estive o resto da tarde no flat dos outros meninos.

— Não é da sua conta, babaca.

— Claro que é! Eu sou seu responsável, eu sou seu...

— Não venha com a desculpa de que você é meu irmão agora. – Eu sorri. – E estava com meus amigos.

— Você quis dizer meus amigos.

Me virei.

— AGORA VOCÊ, ALÉM DE CURIOSO VIROU EGOÍSTA? QUAL SEU PROBLEMA? ME LARGA.

— EI, NÃO GRITA COMIGO, NANICA!

— VAI CATAR A JULIA.

— VAI CATAR O ANDREWS.

Continuem esperando que ele vá me agarrar nesse momento e nós vamos partir para a cama e as preliminares e depois, alguma coisa vai nos interromper. Continue, seus idiotas.

Fui para o meu quarto, tomei banho e depois me deitei para dormir. É, foi um dia muito lindo. Nada de Danny, apenas Andrews e um pouquinho de Lucas com seus conselhos assustadores de moda. Moda?!

(...)

Eu estava penteando meu cabelo e olhando para o vestido que havia comprado em cima da cama. É, acho que não iria na festinha. Eu estava o dia inteiro ouvindo conversas e a voz irritante da Julia na sala, conversando com Danny. Aquilo estava um saco escrotal muito grande que merecia explodir.

E eu estive o dia inteiro no quarto ouvindo mp4 e mexendo no computador. Que é? Pensa que todo personagem de história como um passe de mágica, não é VICIADO em computador como você? Eu sou como qualquer um, só que eu tenho mais coisa para fazer, e eles me tirar do meu amorzinho do netbook.

Ouvi vozes no corredor agora.

— Cadê ela?

— Trancada no quarto. – Respondeu a voz do Danny, rabugenta.

— Ela vai sair.

— Você vai levar um tapa. – Avisou Danny.

— Não vou, eu aposto dez dólares.

— Apostado.

Bateram na porta do quarto.

— Chars? Pronta para finalizar aquele negócio? – Era Andy. – Já vai dar a hora da festa.

Enfiei o vestido na sacola e abri a porta, acenando positivamente. Passei por um Danny abobado no corredor. – Você está me devendo dez dólares, Danny. Completou um Andrews todo cheio de si enquanto me tirava daquele clima tipo deserto do Saara.

Descemos até a recepção e eu procurei por Mosley, que me levou até a enfermaria. A sensação daquela maquininha tirando o gesso do meu pulso foi agonizante, mas depois daquilo, eu lavei o braço e eles me deram uma luva ortopédica para usar mais tarde e finalizar o tratamento. Okay, eles não me deram, eu obriguei a me darem.

Abracei Andrews no corredor.

Faltava uma hora para a festa. Eu entrei no flat dos meninos e tomei um banho no banheiro de Andrews, expulsando-o do quarto e praticamente tomando posse enquanto eu me arrumava. Vesti-me, calcei um par de saltos altos que eu nunca usava e arrumei o cabelo com um reparador de pontas, ajeitando daquela forma excêntrica e desfiada.

E saí do quarto uma hora depois. Andrews e Lucas me olhavam dos pés à cabeça, provavelmente pensando “não foi essa menina que eu vi entrar no banheiro para tomar banho”.

— Charlie, você parece mais velha. – Disse Andrews, sorrindo.

— Ela conseguiu ficar cinco centímetros mais alta, vamos comemorar com Vodka. – E esse foi o bastardo do Lucas.

— Ele quis dizer que você está linda. – Disse Andrews novamente.

— Mas o que ele disse não tem nada haver. – Eu arqueei a sobrancelha.

— Eu não disse isso. É porque ELE quis dizer que você está linda. – Lucas reformulou a frase.

— Okay, obrigada mesmo assim vocês dois.

— Oh, ela foi boazinha!

Lucas acha que já tomou minha confiança para zoar com a minha caridade de sorrisos.

Os dois também já estavam arrumados. Andrews estendeu a mão e eu a segurei. E logo depois, Lucas fez o mesmo. Eu me sentia ainda mais a menina dos meninos, com um menino de cada lado meu.

Pelo corredor até o elevador, eu vi a porta do meu flat se abrir, e provavelmente de lá, sairiam Gerard e Danny. Dobramos o corredor naquele mesmo instante e corremos para o elevador, que fechava a porta.

As coisas estavam só começando, eu pensei.

— Vamos retomar, Charlie. – Disse Andrews – Lembre-se de ser educada, ainda mais do que a Julia.

— Aquela vaca não é educada. – Eu disse.

— Mais um motivo para ser. – Lucas completou.

— Sim! E olhe, você com certeza está mais arrumada do que ela, então tenha modos. E não derrube coisas. Isso pode chamar muita atenção.

— E você estará o tempo inteiro comigo e com Andy, mas pode deixar que vamos rondar o Danny para que você fique mais perto dele também.

— Eu vou chamar a Julia para dançar algumas vezes, e você pode, sei lá, chamar o Danny para ver a decoração. – Andy sorriu amarelo.

— Isso não é convincente.

— Tem razão. Faça qualquer coisa. – Ele revirou os olhos.

— Quem deu permissão para vocês me dizerem o que fazer? – Arqueei a sobrancelha.

Atravessamos o salão da recepção e a porta do restaurante do hotel estava aberta, mostrando a decoração para balada e o local ainda mais escuro para dançar, um DJ, e já havia pessoas se divertindo. Além de garçons, servindo bebidas.

— Andy... Isso é uma balada. – Lucas comentou.

— Okay! Mudando as regras: não seja educada. Seja ousada. Dê de ombros para ele, e o ignore muitas vezes. – Corrigiu-se Andrews. – E Charlie, não é hora para brincar de fazer travessuras.

— Foda-se.

Ele tomou minha mão mais uma vez e entramos no meio das pessoas, sendo tomados pelas luzes escuras e o som alto das caixas do DJ. Lucas vinha atrás. Ele não fazia muito parte desse plano, mas estava me ajudando com apoio moral.

— Vamos lá Chars, mostre o que você sabe. – Andrews provocou, começando a se mexer no ritmo da música que passava. Deveria ser Sexy Bitch do David Guetta e aquele carinha negro lá que canta rap.

Eu fiquei parada igual a uma estatua. Quer dizer, ele está falando sério? Para eu dançar? Nossa, eu não danço.

Andrews colocou as duas mãos na minha cintura, sem nenhum pervertimento, e me fez dançar no ritmo dele. De um lado para o outro, acompanhando a batida da música. Ele piscou para mim. Dançamos por segundos intermináveis, eu até coloquei as mãos em seus ombros, para me ajudar e arrisquei morder o lábio inferior para ver sua reação, que foi ótima. Chegou uma parte da música, que eu quis experimentar alguma coisa nova. Okay, talvez eu tenha começado a dançar.

The way that body move, I can’t take it no more.

Escorreguei pelas mãos de Andrews, com as pernas juntas, descendo, e me movendo de um lado para o outro com a música. Andrews bateu palmas, e eu subi novamente. Ele se aproximou do meu ouvido para que eu pudesse ouvir.

— Então sabe o que eu falei sobre ser tal coisa e fazer tal coisa? Esqueça, seja você mesma, mas alterada com o ambiente.

Eu ri. Ele parou um garçom e tirou duas taças de caipifruit. Me deu uma, mas assim que eu provei, soube que aquilo não era “normal”. Tinha Absolut Vodka misturada.

— Andrews... Se Danny souber que eu tomei isso, ele te mata!

— Foda-se, como você costuma dizer. – Ele sorriu e brindou seu copo com o meu. Eu fiz caretas ao tomar a bebida.

Dançamos até o final daquela música, e Lucas havia se perdido na multidão. Não importava agora, o negócio era entre eu, Danny, Andrews e a vadia da Julia. Andrews, sem me fazer parar, me apontou com seu queixo para a entrada do salão, onde vinham na nossa direção, Danny e Julia. De mãos dadas.

Danny estava vestindo um jeans e uma camiseta marrom. Ele bagunçou o cabelo ao invés de pentear. Eu sabia a diferença. E tinha as bochechas mais coradas do que o normal. Ele ficou com a boca meio entreaberta quando se aproximou. Eu acenei.

Era como se dissesse “essa é a Charlie mesmo?”.

Andrews estava comentando sobre o visual de Julia. Danny se inclinou para mim, levando a boca ao meu ouvido. Ao abri-la, eu logo senti o hálito doce. Aquilo já me fazia ficar corada.

— Que vestido. – Seu sussurro era mais fácil de ouvir.

— Não venha com essa puta responsabilidade agora, Moritz. – Eu disse.

— Não, hoje não. – Ele sorriu, de outra forma. Era meio... sacana. Eu não conhecia aquele sorriso. Ou talvez só tivesse visto ele algumas vezes quando fazíamos apostas comprometedoras. – Eu vou usar essa falta de responsabilidade para fazer outras coisas.

Eu ri, fiquei corada, engasguei com a bebida cheia de vodka, tossi, tudo ao mesmo tempo. Danny piscou com aquele sorriso torto no rosto.

Voltei a dançar com Andrews, e fui até seu ouvido e contei para ele aquela frase que Danny havia dito.

— O que isso significa? – Perguntei.

— Significa que já está na hora de eu buscar uma bebida direto com bar com a Julia. – Ele puxou a mão da rockeira ferrada, levando-a para seu lado, e deu uma empurradinha na minha cintura para mais perto de Danny, que estava sorrindo.

Eu fiquei parada na frente dele. E ele fez a mesma coisa, com as mãos no bolso.

— Tiraram o seu gesso. – Ele comentou.

— É, mas ainda tenho que usar uma luva ortopédica.

— Você acha que já está melhor?

Ele segurou minha mão, a que antes estava com o pulso quebrado. Senti meu coração disparar. Sabe... ele estava segurando minha mão. Deveria ser um sintoma de loucura psicológica adolescente sentir o coração disparar quando algum menino segurar a mão. Mas ele era o DANNY. Digo, sempre me fazia sentir coisas estranhas. Eu dei de ombros pela pergunta, mas acabei acenando positivamente, pois minha mão não estava doendo muito.

Ele elevou minha mão até seu ombro, colocando-a lá. Com uma das mãos, segurou um lado da minha cintura, me aproximando dele, que se mexia um pouquinho por causa da música.

Deveria ser Give Me Everything, daquele cara que tem nome de raça de cachorro.

I make you feel right baby, can’t promise tomorrow, but I promise tonight.

Eu mordi o lábio inferior. Era uma experiência que eu estava fazendo com Danny agora. Ele mirou minha boca por um longo período de tempo, até que eu abaixei a cabeça, corada, e o senti apertar minha cintura com as mãos.

— Eu acho que eles dois fizeram aqui, uma troca que deveria estar certa. – Disse Danny.

— Oi?

— É, sabe, quando a gente estava perdido procurando a praia naquela floresta, eu não queria dizer que na verdade, deveria estar com a Julia e você com o Andy. Acho que... acho que se eu estivesse com a Julia, ficaria perdido até morrer de fome. – Ele riu. – Eu acho que eu deveria estar com você.

— O que você quer dizer com uma troca que deveria estar certa?

— Quero dizer que eu deveria estar aqui, e Julia deveria estar lá.

Exatamente como estava acontecendo.

Ele inclinou um pouquinho, como se fosse me beijar, e encostou seu nariz ao meu, sentimos as respirações meio alteradas.

É faltavam centímetros.

Continuem esperando que ele vá me beijar. Continuem, idiotas.


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Notas finais do capítulo

fhsofhedhefgshdjfd esse foi o capítulo. Espero seus comentários sobre o capítulos, beijos gente.
AH! Quase me esqueço, já devo ter falado isso por aqui, mas gente, Alice está muuuuito boa. Leitores malucos, deem uma passadinha na fanfic da minha melhor amiga, Alice, original.
https://www.fanfiction.com.br/historia/183460/Alice
Beijos x))