Charlie escrita por Reet


Capítulo 18
17 - Volta aqui!


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: What You Want- Evanescence



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/168321/chapter/18

Charlie Hagen

­– Charlie, você vai sair daí?

— Não!

— Têm waffles... Eu fiz waffles com calda de chocolate e têm geléia de ameixa.

— Eu odeio ameixa.

— Têm geléia de morango também e sorvete! – Parou por um segundo, mas eu ouvia sua respiração anunciando que aquele idiota iria voltar a falar – Okay, não têm geléia de morango, eu estou indo no supermercado agora comprar, e também comprar Pringles e mais Pringles, eu posso comprar uma caixa de Rufles só pra você. E algumas garrafas de Ice se você quiser.

— Danny, eu não vou sair do meu quarto. – Eu grunhi.

— CHARLIE HAGEN VOCÊ ESTÁ AÍ TEM QUASE DOIS DIAS COMPLETOS: VOCÊ NÃO TOMOU BANHO, NÃO ESCOVOU DENTES NEM COMEU!

— DANE­–SE EU FICO QUANTO TEMPO EU QUISER LONGE DE TODOS QUE ME VIRAM PRATICAMENTE NUA POR SUA CULPA SEU CÃO SAFADO E SARNENTO!

Então, nessa seção vocês podem ver que eu estou já há dois dias no quarto, trancada, porque descobri na manhã seguinte (que eu acordei com uma puta dor de cabeça) que havia sido levada para o chuveiro com Danny – sem falar a parte constrangedora que ele me deu banho e me viu “naqueles dias” aqui – e logo depois passeei com ele no colo pela sala com todos aqueles três abutres olhando para meu corpinho tábua de sutiã e calcinha!

Mentira que eu não estou sem comer. Se olhar mais além, poderá notar pacotes e mais pacotes de Pringles que eu raptei durante a noite para comer durante todo o dia e alguns copos descartáveis, sujos de coca–cola que eu também raptei durante a noite.

— Charlie, sai daí! – Gritou Danny. – Você está sem comer!

— Nem estou, eu comi seus Pringles.

— Que? Ah caramba, Charlie! Sua pirralhinha de merda! Quer saber? FICA AI! Não é só você que vai aprontar nessa casa, espera só você sair pra ver o que eu faço.

— Ui que medo.

— Você não muda nunca!

— Toda vez que eu mudo, eu lavo os pés. – Revirei os olhos.

— Não é só quando está sujo?

— Não! Ah Danny, vai à merda.

Eu fiquei olhando pela janela até ver o carro de Danny sair da garagem, então me enrolei em um roupão com o lixo do meu quarto e saí em seguida, encontrando os três meninos na sala.

— Hey Charlie. – Gerard saudou.

Sabe como eu sou anti–social, por isso eu nem respondi e fui em direção à cozinha deixar o lixo e logo depois, o banheiro para tomar um banho rápido antes que Danny voltasse. Vesti uma camiseta e sandálias, saltitando com a roupa suja acumulada no colo para o quarto da máquina de lavar roupas.

Eu nunca soube mexer em uma dessas, então coloquei tudo que eu tinha dentro da máquina, olhando aqueles botões um tanto confusa. Peguei aquela caixa com aquele pó azul que eu não sei o nome, mas no comercial da televisão eles costumam despejar bastante, e fiz o mesmo, fechando a máquina e apertando qualquer botão. Potência: máxima.

Bem, foi fácil. Corri para a cozinha, subi em cima da pia de mármore e peguei dentro do microondas os waffles com calda de chocolate e passei geléia de ameixa em cima – claro que eu gosto de geléia de ameixa, é muito bom!

Lucas entrou na cozinha, distraído com sua revista em quadrinhos e se sentou na minha frente, bebendo um copo de suco de laranja. Eu me estiquei e raptei seu copo, bebericando um pouquinho. Cuspi o liquido na cara do Luc no segundo seguinte.

— Eca! Isso é de soja! Eu odeio suco de soja. – E joguei o liquido na pia, colocando o copo para lavar.

Deixei Luc e sua cara de tacho na cozinha, voltando para o quartinho da máquina de lavar e vi uma cena não tão legal de se ver. Espuma transbordava da máquina, e ela estava fazendo um barulho estranho.

Ok, quando eu quebrei a porta de vidro não foi problema, então não é quebrando a máquina de lavar que eu vou me ferrar com Danny.

Adentrei o quarto com os olhos arregalados e chiando de surpresa, passei as mãos em volta da boca da máquina para tirar a espuma e logo abri a tampa, mas foi a pior coisa que eu podia fazer, e a espuma ficou viva e saltou da máquina pra cima de mim! Eu gritei e gritei mais ainda.

A espuma começou a escorrer para o chão e em segundos tentando tirar as roupas pesadas e encharcadas de água de dentro da máquina e jogando–as no chão, fez a máquina espumar mais e encher o chão de espuma. Em segundos, o chão estava uma piscina de espuma. Eu gritei mais alto ainda, me afastando da máquina e soprando espumas que escorriam do meu cabelo para meu rosto.

Meu cabelo estava cheio de espuma, minha blusa estava molhada, eu estava melada de espuma, gritando e ninguém me ouvia.

— Charlie o que... aconteceu aqui? Qual problema?

— O problema eu não sei!

Era Andrews na porta do quarto. Eu corri para ele e o abracei.

— A máquina está viva! – Falei alto para minha voz sair mais alta que o barulho que a máquina fazia.

— Não está viva! Você colocou sabão demais!

Andy avançou até a máquina, apertando botões para desligá–la. Logo, a máquina estava desligada. Eu estava cheia de espuma, Andy estava cheio de espuma, o chão era uma bacia de espuma e eu comecei a rir descontroladamente até o meu estomago machucar. Me encostei na parede e escorreguei até me sentar no chão, ainda rindo.

— Danny vai me matar.

— Sim, ele vai!

— Não vai não, isso é forma de dizer.

Andrews olhou para mim com uma cara de “foda–se” e com um sorrisinho sarcástico. Seu próximo ato foi se abaixar ao meu lado e jogar espuma na minha cara. Risadinha, ele quer brincar comigo? Okay. Só bastou erguer uma mão (que iria assustar qualquer outro dessa casa menos Andrews que adora brincar de lutinha comigo) e jogar espuma na cara dele, empurrando–o pelo joelho para que ele caísse sentado e batesse com o bumbum no chão.

Sim, nós ficamos brincando de jogar espuma no outro. Eu nem me lembrei de tomar outro banho rápido porque Danny já estava chegando do supermercado.

— Ah galera! Vocês estão brincando e não me chamam? – Gerard apareceu na porta com uma carinha triste e eu dei a mão para ele, puxando–o para dento do quarto e o sujando de espuma.

Atrás dele, estava Lucas que fez questão de comentar: – Sabe que é uma coisa muito rara ver uma criatura assassina dando a mão para outros e brincando de jogar espuma dessa forma, você deveria ser mais fofa às vezes, Chars.

E depois disso, ele colocou a revista em quadrinhos de lado e se jogou na espuma. Eu brinquei de salão de beleza e espumei a cabeça de Gerard, fazendo vários penteados com aquele cabelo vermelho que ele tem. Andrews veio por trás e agarrou meu cabelo, e me arrastou pelo chão de espuma pelo cabelo. Eu gritei e esperneei, ameacei ele de morte e tortura, mas ele não me soltou e quando o fez, me deixou deitada no chão com o cabelo despenteado com espuma até onde não pode se ver.

Foi quando eu ouvi a porta da frente bater e todos ficamos em silêncio com sorrisos marotos na cara, pois tínhamos aprontado. Eu saí de fininho da sala avisando para todos para ficarem em silêncio e adentrei o banheiro que era o quarto em frente ao de lavar roupa, com a luz apagada.

— Alô? Alguém em casa? Eu não acredito que vocês saíram e deixaram a Charlie sozinha! CHARLIE!

Danny falava enquanto andava pela sala. Eu tampei a boca para não rir. Ele grunhiu mais alguns palavrões encenando aquela dona que casa que ele parece ser e finalmente entrou naquele corredor. Parou de frente para o quarto de lavar roupa e ficou olhando para os meninos sentados na espuma, eu juro que vi Danny tremer de raiva.

— MAS QUE PORRA É ESSA?

Gritou, e foi na hora que eu entrei em cena, pulando da bancada do banheiro e me agarrando às costas de Danny, com os braços em volta de seu pescoço. Ele tomou um susto e eu comecei a rir com os meninos, ainda agarrada em seu pescoço.

— Charlie você ta melada de espuma também!

— Hello hello, remember me? I’m everything you can’t control – Eu cantarolei em suas costas balançando a cabeça de um lada pro outro.

— O que aconteceu aqui?! – Danny perguntou rapidamente e avançando pela espuma.

— Eu coloquei sabão demais na máquina de lavar.

— Caramba Charlie! Ah por favor não me diga... – Então ele tirou algumas peças de roupa da máquina que antes eram pra ser brancas, mas agora estavam azul como meu vestido que eu tinha colocado lá. Eu reconheci alguns shorts brancos e algumas blusas brancas de Danny, agora, da cor azul.

Eu ri extremamente alto – ainda agarrada nas costas de Danny.

— Danny larga de ser dona de casa! – Gerard gritou para o irmão – Cara, depois que a Charlie chegou, cadê seu espírito descolado e maneiro? Você virou uma completa babá.

— É cara, não ta vendo que essa pirralha não precisa de uma babá? – Disse Andrews.

Danny ficou em silêncio por alguns segundos e depois se moveu um passo para frente, mas ele sem querer pisou em uma peça de roupa que eu havia colocado no chão e escorregou, caindo de costas – acontece que eu estava agarrada em suas costas, o que me fez me soltar, cair no chão e ele ainda caiu em cima de mim.

Eu gritei bem alto mesmo, pra estourar os tímpanos de Danny. Ele estava me esmagando e me machucando.

Danny se virou no mesmo segundo, ficando de quatro, com as duas mãos de cada lado da minha cabeça e os joelhos apoiados de cada lado da minha perna, como se me prendesse. Eu só consegui olhar para seu rosto.

Eu juro que achei que ele fosse pedir desculpas, mas ao contrário disso, ao olhar para frente no lugar onde deveria estar Andrews, ele se voltou com uma careta egocêntrica e apenas disse: – A culpa foi sua de ficar nas minhas costas, pirralha.

Eu levei minhas duas mãos para seu peito com força e o empurrei de cima de mim, fazendo–o cair sentado na minha frente, e eu logo me sentei. Olhando de longe, cinco criaturas dentro de um quarto cheio de espuma, e cada um com mais espuma em cima de si. Levantei–me, balançando os braços para que a espuma saísse (metade da espuma foi parar na cara de Lucas).

— Obrigado, Charlie. – Disse Lucas, enquanto se limpava.

Eu saí da sala sem falar nada, balançando o cabelo para sair espuma, logo me tranquei no banheiro para mais um banho, e tudo isso por causa da porcaria da máquina de lavar.

Nikabrik apareceu no corredor e eu o deixei entra no banheiro comigo, me sentei no chão e o coloquei no meu colo, enquanto eu fazia carinho em sua cabeça, ele tentava colar sua boca na minha. Eu o abracei fortemente, Nikabrik era lindo, fofo e gentil. Tudo que eu não era, mas adorava quebrar as coisas (como nesses dias que eu o coloquei no quarto do Danny e quando o mesmo entrou no quarto, viu o pé da cama destruído, mais a estante e as meias rasgadas). Apertando Nikabrik, eu senti o perfume de todos dentro daquela casa.

O mais forte era o perfume de Gerard, que mais abraçava Nikabrik, com o perfume de bacon, porque era ele quem mais gostava de bacon e tintura de cabelo. O segundo perfume mais fresco era de Lucas, de folha de revista em quadrinhos e nachos. Eu conseguia sentir o perfume de Andrews, de cartas novas do correio e também perfume de metal, ou talvez todos esses perfumes eu estava imaginando pela visão de que eu tinha deles. Mas eu conseguia sentir lá no fundo, o perfume de Danny, de lençol limpo, camisa branca que saiu da máquina de lavar recentemente e Pringles.

Me levantei do chão e fui tomar banho, arrastando Nikabrik para dar banho nele também.

Nikabrik pulou dos meus braços assim que eu abri a porta do banheiro, então o deixei solto, esfregando a toalha no meu cabelo grande e molhado que fazia um rastro de água pelo chão. Eu cantarolava baixinho uma música da Evanescence que tinha ficado na minha cabeça desde o dia que eu a vi passar na televisão.

— Hello, hello, remember me? I’m everything you can’t control.

Exatamente como eu, algo que não se podia controlar.

Foi quando senti que alguém me segurou pelo cabelo, juntando todos os fios que eu havia deixado para trás e me puxando um pouquinho para trás. Mas antes que eu pudesse gritar ou qualquer coisa, ouvi aquele barulho quando uma tesoura enferrujada corta algo, ao mesmo tempo em que sentia que meu cabelo diminuía uns três quilos. Soltaram meu cabelo logo em seguida, e eu senti os fios molhados batendo no pescoço, não mais na cintura.

Virei–me surpresa e com os olhos arregalados e assassinos, vendo Danny com uma tesoura na mão e metade do meu “ex–cabelo” que ia até a cintura ainda com as mechas cor de rosa e azul em sua outra mão. Eu soltei um grito longo, agudo e irritante.

— Meu... Cabelo! – Apontei para sua mão e depois segurei meus fios curtos que batiam acima dos ombros agora. – Ah não! MEU CABELO! VOCÊ CORTOU MEU CABELO! CORTOU MESMO! CORTOU TUDO!

Soltei tudo que eu tinha em mãos, nécessaire, toalha, xuxinhas, roupas molhadas. Ele havia cortado meu cabelo!

— Por que você fez isso? – Gritei.

— Porque você comeu meus Pringles e eu disse que ia aprontar com você também!

Eu senti minhas forças caírem. Eu não estava mais com o longo cabelo loiro! Agora estava curto! Eu não estava mais parecida com ela... E quase me senti aliviada por isso. Abaixei meus ombros tensos e me aproximei para passar os braços em volta da cintura de Danny e o apertei contra mim.

— Ei! Me solta! Por que você ta me abraçando? Era pra você ficar com raiva!

Eu não respondi pergunta nenhuma, me virei, peguei minhas coisas no chão e voltei para meu quarto, fechando a porta. Mas aí me deparei com aquela bagunça dos infernos e abri novamente a porta.

— Daaaanny, mais tarde, meu quarto tem um trabalhinho pra você.

— Eu não sou empregada nem sua dona de casa, Charlie!

— Você vai deixar isso aqui bagunçado? – Retruquei.

— SIM.

Isso me pegou desprevenida. Significava que mais tarde eu teria que limpar o quarto se não quisesse dormir no meio da bagunça. Ah dane–se, se precisar eu vou dormir na sala. Tudo para não arrumar o quarto, tsc.

Penteei o cabelo e sequei com meu pequeno secador. Estava sentada em frente ao espelho com algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto enquanto eu observava como o fio curto escorria perfeitamente até um pouco acima dos ombros, deixando o loiro mais intenso, e depois de pentear tantas vezes, meu cabelo parecia feito de seda.

Bateram na porta e eu sequei as lágrimas rapidamente para em seguida, jogar um pé de tênis na porta para avisar que eu estava mandando entrar.

Uma cabecinha linda e de fios negros rodeando a cabeça apareceu na porta, avisando que era Andrews e seu costume sorriso bonitinho, mas ao mesmo tempo, amedrontador que nada me assustava.

— Nós já estamos indo embora, eu e o Luc. – Disse Andy. – Hm, seu cabelo novo ficou legal.

Soltou uma risadinha besta em seguir.

Eu saltei da cadeira e fui até a porta abraçá–lo, sim isso mesmo que você leu, eu fui até lá abraçá–lo. Uma Charlie sendo sociável incomoda muita gente, duas Charlie sendo sociáveis incomodam muito mais...

Atrás de Andrews, estava Lucas, de braços abertos para receber um abraço também, mas a única coisa que eu fiz foi me voltar a meu banquinho na frente do espelho. Lucas ficou bravo dessa vez e grunhiu: – Sério mesmo que eu sou o ÚNICO nessa casa que ainda não fez amizade com a Charlie?!

Eu dei de ombros, ainda em silêncio. Mais tarde, os meninos foram embora, enfim, estávamos sós nós três em casa novamente e o Nikabrik, que trotava pela casa sem ninguém ver.

Foi olhando para meu cabelo que eu tive uma idéia luxuosa para dar o troco novamente em Danny, e também para provocar se ele iria revidar.

Fui até a cozinha pé ante pé e o próprio estava lá, como eu imaginei. Ele estava em frente ao fogão sem camisa. Alguém me diz o que leva um adolescente ir até o fogão preparar alguma coisa sem camisa? Não há necessidade de despertar sentidos em uma pobre coitada.

Pobre coitada eu estou longe de ser.

Peguei dentro da dispensa todos os pacotes de Rufles que encontrei, todos que tinham como etiqueta o nome “Daniel Moritz” e fui até a pia, ao lado do fogão, ele colocou os olhos em mim com suas Rufles, mas já estava acostumado em me ver pegando seus salgadinhos. Foi então, que eu tirei da gaveta da cozinha uma grande tesoura prateada, a mesma que ele usou pra cortar meu cabelo, e eu enfiei em cada pacote e logo derramei todos os salgadinhos na pia.

Danny estava incrédulo e sem palavras, eu ri da sua cara.

— Vai retrucar agora, mané? – Eu provoquei fazendo biquinho.

— Ah sua safada! – Danny gritou, mas respirou fundo algumas vezes e não fez nada além de continuar a cozinhar.

Eu me joguei na bancada minutos depois de ver que provocar Danny tinha ficado entediante quando ele começou a ignorar o que eu faço.

— E aí, o Andy falou alguma coisa lá quando foi se despedir? – Perguntou Danny, assobiando.

— Hm, não, o que ele deveria perguntar exatamente?

— Sei lá, se você gostava dele de volta por exemplo.

Deu de ombros e depois começou a rir.

— Que pena que eu não gosto do Andy – Eu falei lentamente e com um sorriso bobo no rosto. Será que esse idiota percebia que eu gostava dele? Idiota.

— Eu acho que você ta precisando se envolver mais com as pessoas, Chars, você sempre odeia todo mundo.

Eu revirei os olhos e balancei os pés no ar.

— Danny, você não vê que eu só finjo? Eu não sinto, Moritz! Não sinto carinho nem nada disso, não sinto nada por ninguém, a minha vida inteira eu venho fingindo tudo! Eu não posso me envolver.

Danny jogou a colher de metal na pia, desligou o fogo e se virou chocado para mim.

— Não sente nada?

— Não. – Eu neguei.

— Nem um beijo?

Ele falou a última parte quase em sussurro de tão baixo, e mesmo assim, eu neguei balançando a cabeça.

— Por que tudo isso? Por que então você só finge e nunca gosta de verdade?

Pena que eu nem poderia falar a verdade, porque tocava num ponto fraco, então eu me virei, caindo da bancada até o chão e corri para o corredor que chegava a meu quarto.

Eu só ouvi os passos rápidos de Danny vindo atrás de mim, e ele gritando meu nome e alguma coisa parecida com “volta aqui!” Eu só sei que estava fugindo de contar a verdade.

Até entrar no quarto e tentar fechar a porta, mas ele se colocou no meio, tentando me empurrar e me impedir de fechar a porta. E foi o que conseguiu fazer, me jogar longe com a boca entreaberta de susto para o castanho que se mostrou ainda mais forte do que eu. Louco, ele quer morrer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pausa para a Reet de 2016 ler o que escreveu nas notas desse capítulo... KKKKKKKKKK GENTE EU ERA MUITO RETARDADA, DESCULPA, até eu teria me bloqueado depois de uma coisa dessa. O pior é que eu conheço esse garoto até hoje uashauhsau

*****************
CALMAE EU TENHO MOTIVOS BLZ? Demorei porque estava sem inspiração pra charlie (ainda estou) e tem um menino que eu gosto muito que me deixou muito triste porque eu deixei ele muito triste na primeira vez que a gente se encontrou (a gente só se falava por msn antes ofshofs) Gente eu chamei dele de "achatado como o noitebus andando de harry potter 3". Ele ficou puto (porque ele é realmente muito magro)e falou "auto estima pra que né? rs" e me bloqueou no msn. Po, eu fiquei pra baixo dias e dias. Pedi desculpas, e contei tudo o que eu sentia e dane-se o que acontecerá. Eu falei que ele é lindo, extremamente lindo, e eu acho isso. E sei lá, eu to apaixonada por ele, é isso.
Bj, feliz ano novo! *-*