Charlie escrita por Reet


Capítulo 14
13 - Danny só pensa besteira


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas!
Mais um capítulo de Charlie, e hoje eu to sem vontade de fazer descrição. Sabe o que pediram? Ponto de vista do nosso bebe, o Danny, e aqui está 1. Curtam!!



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Danny Moritz

– Caladito é o caralho, quem vai socar aqui sou eu se vocês não se retirarem.

Charlie disse, metralhando os mexicanos com seu olhar assassino. Apesar de sentir total confiança de que ela não tinha medo de quase nada, além do escuro, eu não queria deixar que aquela pequena menina encarasse três mexicanos bombados. Era minha meia–irmã, eu não deixaria.

Puxei Charlie que estava perto de mim pelo pulso e a trouxe para o meu colo, onde ela caiu e me machucou na barriga com seu cotovelo.

– O que vocês tá fazendo, Danny?! – Chiou a menina.

– Charlie, agora não! – Grunhi.

Ela estava sentada entre as minhas pernas, com a cabeça abaixo do meu pescoço e deitada no meu peito. Não era uma posição muito fraternal, mas dane–se, já tive sonhos pervertido com ela. Mas ela se remexia, e isso me deixava tenso. Soltei–a e ela foi em direção ao mexicano e socou a barriga do cara, que se inclinou para segurar as mãos de Charlie. A vi arregalar os olhos.

Foi quando eu me levantei e empurrei o mexicano, fazendo–o bater contra a parede. Murmurei alguma coisa sobre “não mexa com minha irmã”, mas esperava que ninguém tivesse ouvido aquilo.

Nesse momento a porta da frente foi empurrada. Charlie sorriu para as quatro pessoas que apareceram ali. Era um menino de cabelos negros, alto, com uma carinha pervesa e parecia ter a idade da Charlie, e mais três criaturinhas usando roupas de bandeirantes cor de rosa, puxando carrinhos com biscoitos para vender.

– Chris! – Charlie gritou para o menino.

– Chars! – Retrucou o garoto, adentrando a casa e dando um arrastão no segundo mexicano, fazendo o cara cair no chão.

Nossa!

Charlie e o garoto cujo apelido era Chris se cumprimentaram e o terceiro mexicano olhou os dois pestinhas assustado. Virei–me para Lucas, Andrews e Gerard:

– Vocês não vão se mexer, não? – Grunhi.

Lucas pegou o celular e discou algum número, enquanto Andy avançava para junto de Charlie.

Quando eu me dei conta, os três mexicanos estavam brigando com a Charlie. As três bandeirantes minúsculas davam conta de um deles, chutando seus países de baixo; Chris, Charlie e Andy estapeavam outro e eu me vi indo em direção ao terceiro.

ALO! É A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL AQUI EM CASA!

Gritos agudos pra lá, estalos pra cá. Eu levei um soco forte no rosto do terceiro mexicano, mas em compensação, chutei sua barriga com a ajuda de Gerard, e o cara bateu de costas na parede.

Lucas se aproximou devagar e colocou algemas no terceiro mexicano, indo em direção ao do meio, que Chris, Andy e Charlie davam conta. Minutos depois, tínhamos os três narcotraficantes algemados no canto da sala, com um Andy se fingindo de bravo com uma frigideira na mão.

– Eu chamei a minha mãe. – Lucas avisou quando as coisas se acalmaram.

Os três mexicanos se desataram a gargalhar.

– Ouviram, cumpadres? Chamou la mamá!

– Minha mãe é a polícia. – Lucas informou com a cara de tacho.

Eu me joguei no sofá, passando a mão pelo rosto.

– Não entendi porra nenhuma que aconteceu nessa joça, mas minha casa está de cabeça para baixo! – Eu rugi.

Todos riram de mim. Vê se pode!

Charlie e o menino Chris estavam sentados com as bandeirantes no outro sofá, e eles dividiam biscoitos que as bandeirantes vendiam. Elas também vendiam tinta para cabelo, e Charlie comprou vidros cor de rosa e azul, dizendo que iria pintar mais tarde seu cabelo.

– Vou repetir, porque ele é muito tonto assim mesmo – Charlie disse – Chris e suas irmãs estavam passeando a fim de vender biscoitos e tintas para cabelo. Ele passou aqui em casa, eu o reencontrei e começamos a lutar contra os traficantes!

Sorriu. Seus olhos verdes brilhavam quando ela sorria.

A polícia chegou, sendo liderada por uma mulher de cabelos loiros com cachos, olhar mortal e roupa policial, cheia de postura, erguendo uma arma.

– Oi mãe! – Lucas acenou.

A mulher desfez a feição durona e acenou para o filho com um sorriso, enquanto os homens levavam os traficantes.

– Olha, fizeram um ótimo trabalho aqui. – Disse ela – Estávamos procurando os danaditos desde que chegaram nos Estados Unidos  ilegalmente.

– Mãe, me dá carona para casa? – Lucas perguntou – Andy vai dormir lá.

– Tudo bem, vamos rapazes.

E assim saíram, levando Lucas e Andrews junto. Chris e Charlie se despediram, trocando facebook e MSN, e quando ela fechou a porta, estávamos nós três na sala, como antes, naquele silêncio de calmaria.

Charlie se virou, me olhando mortalmente.

– Não volte a me agarrar, Moritz! – Gritou, batendo os pés.

– Eu tive uma idéia! – Gerard pulou – Vamos colocar um nome no Indeterminado, já que ele não tem dono mesmo?

Concordamos os dois, e puxamos o buldogue para perto, sentados no sofá.

– Charlie, escolha. – Eu falei.

– Sério? – Perguntou com os olhos brilhantes.

– Não, estou zoando com a tua cara, pirralha. – Eu revirei os olhos – Vai ser Tapa–Na–Xubaca o nome do buldogue.

Charlie me deu um soco no ombro e olhou para o teto.

– Vai ser Nikabrik e não reclamem! – Chiou a menina com sua vozinha aguda. – É o nome do anão que aparece em O Príncipe Caspian.

O silêncio reinou mais tarde quando Charlie se enfiou em seu quarto.

Gerard se jogou no sofá ao meu lado, dando três batidinhas no meu ombro. Ligou o wii, coloacndo em um jogo qualquer. Eu grunhi de raiva. Segurei o wii acima da cabeça e joguei pela janela.

– Meus recordes! – Choramingou.

Eu estava puto por ter minhas paredes sujas e o chão cheio de caco de vidro. E o pior: Charlie era uma relaxada que nem me ajudava a arrumar! Joguei uma vassoura para Gerard e o obriguei a arrumar a casa enquanto eu ia tomar um banho.

Não vou relatar o que eu fiz no banho. Minha mente andava pervertida demais nos últimos dias. Saí do banheiro com uma calça de pijama, sem camisa e com os cabelos molhados.

Desci até a cozinha e comecei a fazer o jantar manualmente, onde teria bacons fritos e macarrão ao molho de tomate. Gerard terminou de limpar a sala e veio me ajudar, deixei a panela em suas mãos, indo em direção ao banheiro do corredor mais próximo.

Abri a porta sentindo o vapor quente do chuveiro me abraçar. Ouvi um grito agudo e bateu em minha cabeça um tubo de shampoo para manter o cabelo liso por mais tempo. Até que eu olhei para o box que estava embaçado com o vapor e tive uma distorcida visão do corpo nu da Charlie, tomando banho.

Ela tinha as curvas perfeitas da cintura até as coxas e estava arrepiada com o corpo brilhante por causa da água quente, os fios de cabelo muito grandes estavam molhados e tapavam seus seios, ela estava vermelha mesmo debaixo d’água. Gritou novamente quando me viu parado.

– SAIA! SAIA! – Gritou, e se atirou no chão da banheira, onde eu não podia a ver nua, pois a banheira era funda.

– Você... Você se jogou! Charlie, você se machucou? – Perguntei, adentrando mais o banheiro.

– SAAAAAAAAAAI DAQUI MORITZ!

E me lançou mais um tubo, mas dessa vez era condicionador.

Sai do banheiro, bufando e batendo a porta. Eu só havia perguntado se ela estava bem!

Gerard me encarava confuso no corredor.

– Danny, você está vermelho. – Disse com um sorriso pervertido. Eu corei mais ainda.

– Foi por causa do vapor do banheiro. – Eu contei a mentira mais furada que passou pela minha cabeça.

– Viu a menina pelada?! Oh, Danny!

Gerard socou meu ombro.

– Não a vi nua! – E a cada frase eu ficava mais corado, pois estava mentindo. Havia visto a menina nua. – Para com isso, p–para!

Soquei o ombro de Gerard também e voltamos os dois para a cozinha. Eu coloquei macarrão e bacon nos três pratos, e obrigaria Charlie a jantar depois. Me sentei no banquinho olhando para a comida e sentindo que estava ficando excitado com os pensamentos pervertidos que eu tive durante todo o dia.

Me ergui do banco e fui em direção ao quarto de Charlie, mas antes que batesse na porta, ouvi uma conversa vindo de lá de dentro.

– Tudo bem por aqui, pai, estou sendo má como sempre. – Disse a menina, e demorou alguns segundos para continuar. – Não é verdade! Quando Caillet foi internada eu já era má com as pessoas, ter perdido minha mãe não tem nada haver com minha personalidade avessa à vida social... Ok, pai. Bom nado noturno com os golfinhos. Estou com saudades e quero ir embora daqui... Tchau!

Fiquei paralisado quando ouvi o celular se chocar contra a porta de madeira e logo depois Charlie fungou como se estivesse chorando. Minha mão ainda estava paralisada no ar antes de bater na porta.

Saber que Charlie é filha de uma mãe psicopata era minha única informação, fonte da conversa que tive com Joseph noite atrás. Joseph me dissera que a última vez que Charlie foi amigável de verdade com alguém, fora antes de levarem a mãe dela para o hospício. Depois disso, imaginava que a barreira que a pequena Charlie havia criado para se afastar do mundo era apenas um modo de defesa, que se auto–destruía quando estava escuro, pois Charlie tinha medo de ficar sozinha.

Novamente.

E eu a apertei contra meu corpo naquele dia que faltou luz, pois não iria deixá–la sozinha, mesmo que o mini–capete estivesse infernizando minha vida desde que chegara.

Bati na porta, segundos depois ela foi aberta por uma Charlie desajeitada que usava um moletom grande, deixando a alça do sutiã aparecendo e short jeans, com os cabelos molhados e despenteados. Mas as pontas, pintadas de azul e rosa.

Charlie revirou os olhos para mim e eu notei que estava mesmo chorando, tinha o rosto inchado. Virou–se, marchando para dentro do quarto com raiva. Eu a puxei pelo pulso e a trouxe com força, e um misto de raiva, de volta para a porta, mas fiz com que ela batesse de frente comigo.

Ela se afastou bruscamente de olhos arregalados.

– O jantar está pronto – Falei rapidamente.

– Não estou com fome, abrir a porta enquanto tomo banho me tira a fome. – Ironizou.

– Foi sem querer, ok? – Eu bufei – Não sabia que estava lá dentro.

– Você é surdo? O chuveiro estava ligado e eu estava cantarolando Skillet! – Rugiu a menina.

– Talvez eu seja, porra! Já pedi desculpas!

– ENTÃO ME ESPERA PELO MENOS COLOCAR A SANDÁLIA, PORRA! – Retrucou, ficando se costas para mim e colocando sua sandália.

Eu adentrei o quarto atrás dela, discutindo.

– VOCÊ É UMA LESADA, SABIA?

– ENTÃO ESTAMOS QUITES, POIS VOCÊ É UM IDIOTA.

Eu imaginei que ela continuasse a andar, mas ficou parada e bati com ela no meio do quarto. A menina pisou no meu pé, se virou bufando e foi em direção à cozinha.

Eu fui atrás, e quando cheguei lá, estava ela e Gerard fazendo guerra de comida. Eu revirei os olhos e me sentei no banquinho do meio, sendo acertado por alguns fios de macarrão e bacons.

Quem não estava com fome era eu. Mexia nos bacons no meu prato formando nomes. De repente, a guerra parou. Gerard colocou a mão no meu prato e tirou o “h” do meu “Charlie” escrito em bacon. Então eu me dei conta de que estava escrevendo Charlie em bacon.

Falta muito pra ela ir embora? 


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Notas finais do capítulo

Ahh ♥ Eu adorei esse capítulo! fhsofs o Danny vê a Chars nua fshofsh enfim, agora o próximo já está pronto, mas... Só com reviews!
Então até o próximo, galerë. Beijos ♥