Brand New You. escrita por cacabeebs


Capítulo 7
SMS


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora para postar. Para compensar, esse capítulo ficou grande. Espero que gostem.



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Assim que chegamos em casa, Dereck jogou-se no sofá e ligou a televisão. O controle em sua mão o auxiliava a passear por todos os canais. Revirei os olhos. Por que meninos tem que ser tão idiotas? Por que meu irmão ter que ser tão idiota as vezes?
- Vou subir, não se machuque - ri pelo nariz e subi as escadas que levavam até meu quarto. Eu não hesitei muito, e logo peguei meu notebook, entrei no Skipe e pude ver Gustav me chamar.
- Oi meu amor! - e então a voz melódica de Gustav invadiu meu quarto, e eu apenas sorri boba. Lá estava ele, sua pele tão branca como a neve, seus cabelos negros como o carvão, e seus olhos perfeitamente azuis. Gustav é da Espanha, namoramos por dois anos, mas nos separamos porque Misty, minha amiga, também da Espanha estava gostando dele e bem, deixei de ser egoísta, eu não ficaria feliz, vendo minha amiga triste. Terminamos, mas Gustav ainda me atrai, ele é doce e cuidadoso. É o tipo de namorado perfeito, mas como disse, minha amiga apaixonou-se por ele, então preferi preservar minha amizade.
- Oi gatinho, como está? - disse ajeitando-me na cadeira.
- Com saudades de você! Irei te visitar daqui a duas semanas, espero que esteja preparada. Serão muitas emoções - ele disse e eu ri. Ah, além de um namorado perfeito, é um ótimo amigo. Pode-se dizer que na Espanha, meu melhor amigo era Gustav.
- Pode deixar, vou preparar meu piscicológico para isso - coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha - Como estão as coisas aí na Espanha?
- Estão as mesmas coisas. Os professores continuam pegando no meu pé, e a louca da Lisy ainda corre atrás de mim - deu uma risada fofa - Mas sabe que só tenho olhos para você. - piscou.
Meu Deus menino, não faz isso se não eu morro!
- Sabe que sua piscadinha me seduz né? - ri colocando meu braço são sobre o machucado. - Você não sabe o que o malvado do Dereck fez comigo! - esbocei um bico.
- O que o malvado do Dereck fez com a minha neném? - Gustav deu mais uma de suas risadas bobas.
- Ele abriu meu pulso, olha - estendi o mesmo sobre a câmera do notebook, Gustav arregalou os olhos.
- Eu mato esse desgraçado quando for aí!
- Ai tadinho do Dereck! - ri e olhei no relógio, ainda era quatro horas da tarde. Eu estava entediada e chateada, por mais que gostasse de Gustav, conversar por Skipe não é a mesma coisa, eu o queria alí comigo. E por um momento, cheguei a ficar realmente triste - Sinto sua falta G-Man.
- Eu também sinto sua falta minha pequena. As coisas aqui nunca serão mais as mesmas sem você. Ah, estava falando com a Misty agora por SMS, ela mandou um beijo e disse que está com saudades.
- Manda outro para ela, diz que também estou morrendo de saudades. Cara, como eu queria que estivessem aqui... Vocês me fazem um bem tão grande - sorri e Gustav fez um sinal, como se quisesse acariciar meu rosto.
- Olha, eu assisti Querido John hoje mais cedo - ele riu. Eu sabia! Ele não gosta de me ver triste, então o máximo que ele puder fazer para mudar de assunto, ele mudará - E eu fiquei inspirado. Vou te escrever cartas todas as semanas, e quero que as responda mocinha! Você me entendeu?
- Claro que entendi, entendi muito bem. Sua sorte é que eu gosto de escrever. - Franzi os lábios - Gustav, tenho que sair. Vou escolher uma roupa bem bonita, vou andar por aí.
- Tudo bem então, amo você - ele sorriu e fez um coração com a mão.
- Amo você - sorri e desliguei meu notebook, deixando-o de lado. Olhei novamente no relógio, quatro e meia. Bufei irritada e entrei no banheiro, me despi e tomei um banho quente para que eu pudesse relaxar. Não demorei muito, terminando o banho em cerca de dez minutos. Coloquei meu hobby e fui até meu guarda-roupa, arreganhei todas as portas, a procura de uma roupa.
Sou muito prática em relação a roupas, demorei cerca de dez minutos escolhendo-a. Eu não iria a nenhuma premiação do Oscar, então não precisava estar tão arrumada. Minha roupa era simples, peguei meus vans vermelhos, um short curto preto, uma camiseta branca e um casaco fino de listras brancas e pretas. Me vesti e fitei-me sob o espelho, resolvi deixar meu cabelo solto mesmo, e não passar muita maquiagem, apenas um lápis de olho e pronto, estava ótimo.
E agora, onde é essa praça central? Lógico, o Bieber é muito inteligente. Praça central, ok, mas onde é? Burro, idiota! Não mudou nada esse tapado. Mentira, ele mudou sim, ele está muito sexy, sua voz rouca, seu corpo... É Bieber, que avanço!
Balancei minha cabeça, livrando-me dos devaneios. Peguei meu celular que estava sob a cômoda, e resolvi mandar uma mensagem para Avan.
"Avan, meu rockeirinho favorito, você vai hoje a praça central?"
Sentei-me na cama, a espera de uma resposta. E então meu celular tocou ao som de How To Love, levei um pouco de susto, jogando-o sobre a cama, mas logo percebi que era apenas uma nova mensagem.
"Alícia minha louca predileta, eu vou sim. Quer que eu te busque para irmos juntos?"
"Eu adoraria. Vai sair que horas?"
"Estou saindo de casa. Espero que esteja pronta, chego em vinte minutos."
Sorri ao vê-lo responder tão rápido, enfiei meu celular no bolso de meu casaco e desci as escadas rumo a sala, e lá estava Dereck, esparramado no sofá, cochilando. Caminhei com passos leves até o sofá onde estava, levantei seus pés com cuidado e sentei-me, colocando-os sobre meu colo. Comecei a cutucar suas pernas, indo até suas coxas, fazendo-o acordar com um bico. Ri de sua situação e lhe mandei um beijo.
- Eu te acordei para avisar que o Avan está vindo me buscar para irmos juntos a praça central.
- Eu vou com vocês! - Dereck disse dando um pulo do sofá.
- Então se arruma logo bundudo, daqui a pouco o Avan está aqui - ri e ele assentiu. Dei de ombros e levantei-me, a casa estava vazia, minha mãe e meu pai só chegariam provavelmente bem de noite, era sempre assim. Fui então até a cozinha, preferi pegar apenas um copo d'água, bebendo-o rapidamente. Não tive tempo nem de pensar muito, ouvi a campainha soar suavemente. Coloquei o copo sobre a pia e dei passos rápidos até a porta, abrindo-a rapida, e animadamente e lá estava Avan, com seu sorriso completamente perfeito e seu estilo rockeiro, eu não havia reparado, mas ele sim era bastante atraente.
- Rockeirinho! - disse e pude ver Avan rir pelo nariz, enquanto me puxava para um abraço. Eu não pude deixar de me envolver pelo gostoso aroma que exalava de seu perfume, fazendo um sorriso involuntário brotar em meus lábios. Nos separamos e ele sorriu mais uma vez.
- Vamos?
- Espera meu irmão? Ele insistiu em ir - perguntei e Avan deu de ombros. Virei metade do meu corpo para dentro da casa - DERECK VAMOS LOGO SEU CHATO!
- JÁ ESTOU INDO! - Dereck gritou de volta e passos apressados escutaram-se, dentro de segundos, Dereck já estava ao meu lado, esboçando um sorriso em seus lábios. Avan deu de ombros e envolveu minha cintura em um abraço, guiando-me até o banco do passageiro, sorri a ele, que piscou de volta. Dereck havia entrado no banco de trás do carro, mas Dereck, não é uma das pessoas mais educadas do mundo, pois, ao invés de se sentar, deitou-se no banco, como se estivesse no sofá de sua cada.
Jesus que vergonha!
Tapei meu rosto envergonhada e acho que Avan reparou, pois soltou uma de suas risadas fofas e começou a dirigir. E, aos poucos, a vergonha ia diminuindo.

[...]

A praça ainda não estava muito cheia, segundo Avan, a praça lotava apartir das seis, e agora eram apenas cinco e quarenta. Avan decidiu que nos mostraria a praça por completo, mas Dereck resolveu ficar, alegando que se chegasse uma garota muito gata, ele não veria. Babaca.
Avan guiava-me docemente por toda a praça, que era bastante grande, era cerca de dois quarteirões. Era uma praça simples, mas muito sofisticada, havia uma espécie de calçadão, onde Avan disse que de noite era tomado por pessoas andando de patins, bicicleta ou simplesmente andando. A grama verdejante e viscosa debaixo de nossos pés deixava aquilo ainda mais agradável, bancos de aço misturavam-se perto das árvores e arbustos, e no centro da praça, uma espécie de fonte, muito bonita por sinal.
- Quando escurecer, ela vai ser iluminada por luzes de neon. Acho que vai gostar - Avan disse parando de frente a fonte, eu apenas sorri, fitando a água mover-se preguiçosamente. Senti um tocar em minha bochecha, sorri meio boba, lembrava os toques de Gustav. Deixei-me envolver, e apenas quando estava a uma distância perigosa, percebi que a respiração de Avan bater contra minhas bochechas. Sorri sem graça e me afastei.
- Quem sabe mais tarde - sorri divertida e Avan me acompanhou - Vamos voltar? Já são seis e dez, as pessoas devem estar chegando e, do jeito que meu irmão é um panaca, ele deve ter se perdido.
- Tudo bem - Avan riu e voltou a guiar-me pela praça. E realmente pude comprovar o que Avan havia dito, havia muito mais pessoas do que quando chegamos. A maioria eram jovens, muito bonitos por sinal. Bom, acho que é um dos melhores pontos aqui da Virgínia, as pessoas são muito bonitas.

[...]

Andamos por cerca de vinte minutos atrás de Dereck, mas acabamos desistindo. Sentei-me em uma das mesas que alí haviam e fitei Avan distanciar-se, alegando que compraria um sorvete para mim. Senti meu celular vibrar em meu colo, avisando que havia chego um novo SMS, era Justin.
"Eu já estou aqui na praça central. Será que está aqui também?"
Sorri com a mensagem e fiquei de pé, na tentativa de achá-lo, e então, vi uma cabeça loira cumprimentar um grupo com várias pessoas e eu conseguia ver algumas, elas eram: Kate, Hillary e Amber. Peguei meu celular para respondê-lo.
"Eu já estou na praça, e estou te vendo nesse momento. Tente me achar!"
Mordi o lábio inferior e mandei a mensagem, voltando a observá-lo, rapidamente ele palpeou o bolso, tirando dele seu celular, todos que estavam a sua volta o fitavam, ele só fez sorrir mais forte, fez um sinal que esperassem e correu para uma direção, a qual não consegui ver, pois senti alguém me cutucar, era Avan.
- Espero que goste de sorvete de morango - sorriu estendendo-me o mesmo. Peguei-o de sua mão e levei-o até a boca. O gosto doce e sua temperatura me fizeram arrepiar, e Avan percebeu, esboçando um sorriso bobo, sorri travessa e fui me aproximando dele devagar, e com um golpe de sorte, consegui acertar-lhe a bochecha com o sorvete.
- SUA CHATA! - berrou limpando a bochecha. - Vem cá, você vai ver! - disse e saiu correndo atrás de mim, que já estava a alguns passos de distância. Eu não olhava para frente, apenas para trás, ao ver Avan aproximar-se, e então, senti meu corpo chocar-se contra algo, me fazendo cair no chão. Gemi de dor, havia caído sobre meu pulso machucado.
- AI MEU PULSO - gritei e senti uma mão me levantar.
- Cuidado Alícia - uma voz rouca e sexy soou, me fazendo arrepiar. Levantei meu olhar e vi Justin, rindo.
- Cuidado você seu besta - coloquei minha mão sobre meu braço, sem graça.
- Eu? Você que esbarrou em mim otária - ele riu, me fazendo rir junto. - Veio com quem?
- Comigo - Avan apareceu em meu lado e abraçou minha cintura. Justin e ele fitaram-se por alguns instantes, com uma expressão não muito boa, engoli em seco. - Vem Alícia, vamos voltar.
- Espera Avan, quero falar com a Kate e com a Hillary - disse soltando-me dele e indo para o lado de Justin. - Me leva até elas Justin? - sorri.
- Claro que levo, vamos - Justin sorriu satisfeito a Avan, e envolveu minha cintura em um abraço.

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