LEIAM AS NOTAS FINAIS!



Quando cheguei em casa, mesmo sem vontade, mandei uma mensagem para Hillary, o baile estava próximo e minha mãe me obrigaria a comprar o vestido mais cedo ou mais tarde. Sentei-me no sofá e fiquei mexendo no meu celular, vendo minhas fotos mais antigas, quando ainda estava na Espanha e, meu coração apertou-se tanto ao ver uma foto minha com Gustav, meu coração simplesmente vacilou, eu... Ainda o amo? Não! Não, eu não o amo, ele é apenas um amigo para mim, isso, um amigo. Passei de foto, para que não ficasse com aquilo na cabeça e me deparei com uma foto um tanto engraçada, era uma foto minha, junto com o meu ator favorito, Logan Lerman. Meus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar e ele estava ali... Simplesmente maravilhoso. Foi o dia mais feliz da minha vida! Sorri com meus devaneios, mas fui tirada dos mesmos ao ouvir a campainha soar, berrei a Dereck que estava saindo e fui para fora de casa, deparando-me com Hillary e Kate... No tapa.
- O que está acontecendo? - perguntei caminhando até elas.
- Nada, era só para chamar atenção - Kate soltou um sorriso descarado e eu revirei os olhos.
- Vamos logo - ri pelo nariz e entrei no carro que provavelmente seria de Hillary.

Oh-oh, oh-oh, funny how it looks when you switch the roles,
Oh-oh, oh-oh, never know what's undernearth until it gets exposed
And if they make you feel ugly,
Just imagine everybody in their birthday suits. ♪


Ugly soava razoavelmente alto naquele carro, Hillary e Kate queriam tirar daquela rádio, não gostavam da Christina Grimmie, alegando que ela era emo, mas como eu sou apaixonada pela Grimmie, elas não ousaram mudar de música. Apenas eu sabia cantar, o que não me impedia de me soltar também, era engraçado, eu me soltando ali, no banco de trás do carro, todos da rua me olhavam, mas eu não estava ligando, eu simplesmente gosto. Hillary parou o carro de frente a uma loja incrivelmente grande, descemos do carro e entramos de pronto na loja. As duas primas deram gritinhos animados, me fazendo rir pelo nariz. Fui me afastando das duas para tentar achar um vestido, havíamos combinado que ele não seria longo, e dois dedos acima do joelho era o limite.
Corri minhas mãos por aquelas pilhas e mais pilhas de vestidos, acho que nunca tinha visto tantos em toda a minha vida. Amarelos, azuis, vermelhos, rosas... Vestidos de tudo que era cor, um mais lindo do que o outro, mas minha atenção ficara voltada para um único vestido, caminhei até ele, sem sequer piscar, parecia um prêmio ou sei lá o que, era simplesmente perfeito para mim.

[...]

Cheguei em casa com os pés me matando, Hillary e Kate são o tipo perfeito de garotas viciadas em compras, me fizeram andar por metade da Virgínia em um só dia, estava jogada no sofá, vendo Dereck jogar videogame. Ouvi um barulho vindo do meu quarto, fiz uma careta e avisei a Dereck que iria subir, fez apenas um gesto de desdêm, dei de ombros e cautelosa fui para o meu quarto, o barulho continuava, eram passos, indo de um lado para o outro, engoli em seco e em um surto de coragem abri a porta, dando de cara com Justin.
- AAAAAAAAAAAAA - berrei o fazendo dar um pulo e berrar também, comecei a rir.
- Credo menina, pra que me dar esse susto? - disse colocando suas mãos no peito.
- É legal assustar os outros - joguei-me na cama - Como invadiu minha casa e por que está aqui?
- Credo, não venho mais - fingiu ficar ofendido - Vim visitar minha melhor amiga, posso? - sentou-se ao meu lado, e eu sorri boba.
- Claro que pode, se tiver um motivo.
- Vim ver minha melhor amiga, é um bom motivo?
- Um ótimo motivo - sorri, sentando-me de perna-de-índio. Justin aproximou-se e acariciou lentamente minhas bochechas, fechei os olhos como um simples reflexo e senti aqueles lábios macios beijarem delicadamente meu pescoço. Me afastei fitando-o.
- Para... - soou como um sussurro, mas Justin me ouviu.
- Me desculpe - quase sussurrou de volta, levantando-se - Eu quero fazer alguma coisa hoje, vai levanta dessa cama e vamos fazer algo.
- Oxe, vai arrumar você algo para fazer, quero assistir um filme e dormir - cruzei os braços, deitando-me novamente da cama.
- Vou ficar assistindo com você, qual filme?
Revirei os olhos.
- A última música - disse levantando-me da cama. Coloquei o DVD, ignorando os comentários de Justin, joguei-me novamente na cama e senti meu corpo ser envolto por um abraço, era Justin, que empurrava delicadamente minha cabeça para seu peito. Sorri envergonhada e abracei sua cintura, deixando-me fora do ar por alguns instantes, ao sentir seu perfume, suas mãos infiltraram meus cabelos, acariciando-os levemente, era uma sensação gostosa, ótima.
O filme já estava bem no final quando vi a porta se abrir, com uma força que nem eu sabia que tinha, empurrei Justin para fora da cama, fazendo-o cair no chão com toda a força, fiz uma careta de dor e fitei novamente a porta, com Dereck nos fitando pasmo.
- O que estava acontecendo aqui?
- E aí dude, estávamos assistindo A última música - Justin disse ao levantar-se.
- Os dois na mesma cama?
Revirei os olhos, dando um suspiro alto.
- Dereck, não estávamos fazendo nada, sério. Larga de ser um irmão tão protetor?
- Eu só... Ah... Juízo moleque! - Dereck apontou para Justin e saiu, fazendo-nos rir.
- Não liga, ele é louco.
- Eu também sou sabia? - Justin disse aproximando-se de mim - Desde os meus sete anos, e por você.
Dito isso, Justin tomou meus lábios com uma delicadeza quase imprópria, tocava-me como se fosse de cerâmica, ou de algo frágil e fácil de se quebrar. Sua língua pediu passagem e eu cedi, sentindo o maravilhoso gosto do seu beijo. Ele tinha um gosto diferente, morango com menta, talvez? Ri com os meus devaneios e correspondi ao beijo, separando logo.
- Eu... Gosto de você.
- Eu ainda vou fazer você dizer que me ama.
- Como pretende fazer isso? - sorri olhando-no nos olhos.
- Com muito disso - a cada intervalo de palavra me dava um selinho, fazendo-me rir levemente.
- Chato.
- Chata.
- Idiota.
- Besta.
- Palhaço.
- Linda - sorriu dando-me mais um selinho.
- Para... - minha voz falhou, Justin assentiu cabisbaixo e fitou a TV.
- Ótimo, o filme acabou. Está vendo? Culpa sua! Eu posso morrer agora sem saber o final!
- Como esse meu amigo é dramático, meu Deus!
- Não sou dramático, sou realista. E se eu ficar curioso demais com o filme, eu pensar demais nele e acab... - interrompi sua fala com um selinho demorado, separamo-nos e ele sorriu.
- Pensava que nunca iria fazer isso.