Blasphemy escrita por Hoppe


Capítulo 8
O tempo


Notas iniciais do capítulo

Oii gente :) desculpem pela imensa demora! Hoje deu um aloka em mim e eu to com 5 janelas do world abertas aki ._. alguem me ajuda? kkkkk-q
Bom... o capitulo é dedicado especialmente á linda da Lissa Santos *--* florzinha, obrigada pela recomendação! Eu amei muito viu? MUITO obrigada :) esse eh pra vc, espero que goste!
Musica do capitulo: http://www.youtube.com/watch?v=_mgR9nO0SB8
Enjoy =*



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Chapter Seven


Seus olhos se fecharam e logo ele os abriu pesadamente. Toquei seu pescoço sentindo a temperatura alta ao tocar sua pele habitualmente tão gélida. Sentir o calor emanar de sua pele era algo reconfortante e de certa forma, me atraia para mais perto.

– Pode dormir – sorri – Vou estar aqui...

– Ainda estou tentando entender o que queria dizer com “É exceção”... – murmurou sonolento.

– É simples – sussurrei e mal percebera que meu rosto estava mais perto do seu – Você é exceção em tudo, Draco Malfoy. Você é o único que conseguira me fazer ter momentos realmente felizes depois de tantos meses sem meu pai. E eu devo ser eternamente grata a você por isso...

– Sinceramente... – ele riu fracamente – Pessoas como você, me enojariam. Seria insultante ficar em um mesmo espaço que vocês. Bondosas demais, felizes e alegres demais. E o que eu percebi nesses dias que a conheci melhor foi que... – ele se calou e tentou abrir os olhos.

Houve um silêncio e ele abriu os olhos levantando-se da cama ao mesmo tempo, cambaleante.

– Que eu deveria voltar para a casa – murmurou enquanto eu me levantava.

– Não pode ir! – exclamei – Está com febre! Lá fora está frio, pode pegar algo mais grave e...

– Pare de se preocupar comigo, uma vez sequer – me cortou ele – Eu não sei por que ainda faz isso comigo... Eu nunca lhe fiz nada... Venho sendo um estúpido com você. Por que tem que ser tão... Você?

– E qual é o problema de eu me preocupar com você? – exclamei – Ou você está criando uma desculpa para ficar longe de mim? Acho que é isso! É insultante permanecer em um mesmo espaço com pessoas como eu! Boazinhas, bobinhas, ingênuas demais!

Meus olhos marejaram e forcei a não deixar nenhuma lágrima escapar. O silêncio se fez ali, mórbido.

– Eu realmente pensei que... – murmurei deixando minha voz morrer – Que você fosse diferente – fechei os olhos expulsando as lágrimas que ignoraram meu esforço – Pensei que a guerra tivesse mudado você, mesmo que fosse apenas um mínimo detalhe.

Ele se manteve com a expressão de frieza, sem se abalar com as minhas tolas e inúteis palavras. O nó se formava em minha garganta e mais lágrimas preenchiam meus olhos.

– Mas... Nesses dias que conheci melhor você – continuei – Eu percebi duas coisas...

Levantei o rosto dando um passo incerto em sua direção.

– Eu estou apaixonada por você – murmurei certa na decisão que meu coração havia dado aos meus pensamentos confusos. Vi sua máscara gélida se abalar com as minhas palavras – E por mais que eu tente não sentir mais isso por você... Não consigo... Então... Se for continuar a me desprezar ou me insultar, que faça isso agora... Irá doer menos...

Limpei as lágrimas com as costas das mãos e me virei de costas para ele, escondendo meu rosto e minha fraqueza. Houve mais silêncio e logo em seguida, o bater rude da porta.

Meu corpo cedeu e me sentei no carpete do chão, deixando que o restante das lágrimas caísse.

***

Ouvi a porta do andar de baixo se abrir e não me importei. Era apenas mamãe e Daphne que haviam voltado das compras. Abracei mais forte minhas pernas e apoiei meu rosto em meus joelhos, observando o céu que aos poucos começava a ser tingido pelo pôr-do-sol.

“Qual era o problema dele, afinal?” me perguntava, mas sabia que seria em vão. Fechei os olhos novamente encostando as costas na cômoda ao lado da janela. Sentia pequenas pontadas pelo peito, meu coração batia de forma arrastada, sem vida ou sem ânimo para continuar bater. Minha visão tornou-se difusa e embaçada, não tinha mais forças para continuar acordada, pois eu usara minhas ultimas restantes para derramar toda a minha dor em lágrimas.



O vento gélido soprou pela janela aberta batendo contra a minha pele. Os calafrios que correram pelo meu corpo, me despertaram. Abri os olhos, assustada e observei ao redor me assustando ainda mais com a escuridão que tingiu gradativamente o meu quarto.

Levantei do chão sentindo a dormência em minhas pernas e me aproximei da janela, observando a noite calma e fria. As cigarras cantavam desafinadamente quebrando o silêncio da noite. Suspirei e fechei os olhos ignorando os calafrios que o vento frio me causava.

Fechei a janela em um baque surdo bloqueando a corrente de ar tornando o quarto mais escuro ainda. Virei-me para trás e me deparei com olhos claros e gélidos, arfei recuando um passo, o que não fora muito já que a janela estava logo atrás de mim. Houve um silêncio incomodo, meu coração se acelerara abruptamente e não duvidava que ele também ouvisse as batidas fortes.

– Oi... – simplesmente falou, deixando a voz morrer. Seu rosto estava próximo do meu.

– O que está fazendo aqui? – suspirei saindo do meu transe e passando por ele, indo em direção ao interruptor. Acendi a luz e o vi parado no mesmo lugar, suas roupas eram negras mas não pareciam ser as mesmas de antes.


POV Terceira pessoa


– O que você acha? – rebateu ele com sarcasmo. Ela o repreendeu com um olhar severo e ele revirou os olhos – Me desculpar...

– Não quero suas desculpas – ela o cortou rude – Mesmo depois de eu ter lhe confessado que nutria um sentimento tolo por você, você foi embora!

– Sentimento tolo? – perguntou surpreso pela frase ter vindo dela. Surpreso por que nunca pensaria que a princesinha Greengrass diria que o amor era um sentimento tolo, a doce e ingênua princesa Greengrass, presa em seu refúgio de contos de fadas, cegas pelos livros.

Ela suspirou afastando-se dele e indo para perto da sua enorme e abarrotada estante de livros.

– O amor... – suspirou ela depois de um tempo – Um dos únicos sentimentos que não podemos evitar. Ele vem na hora mais inesperada. Ele veio para mim bem na hora que encontrei minha verdadeira amizade – ela virou-se para ele com os olhos marejados – Na hora em que vi algo incrível de dentro de você, enxerguei sua alma e ignorei seus defeitos. Eu sei de todos eles, mas é cada um deles que me fez sentir algo mais forte por você.

Draco sentiu seu coração se descompassar, mas ignorou não acreditando que fora pelo efeito que as palavras de Astoria causavam nele.

– Por que está aqui? – repetiu ela novamente – Se desculpar comigo? Dormir sem o peso na consciência por ter ferido o tolo coração de uma estúpida e ingênua garota?

Ele deu um passo cauteloso em sua direção e ela recuou, evitando seus olhos gélidos que faziam seu coração sangrar mais e mais.

– Vá embora – falou ela com a voz abafada, tinha apenas de agüentar mais um pouco para então, permitir que as lágrimas caíssem. Ele, contudo, não se moveu.

Ela recuou outro passo quando o viu se aproximar e se viu presa entre a estante de livros. E ele inesperadamente, deu outro passo em sua direção a puxando para um abraço, de forma um tanto brusca, mas a sensação seguinte fora totalmente diferente.

O encontro do corpo frio de Draco contra o corpo quente de Astoria, a fez fechar os olhos e o abraçar com mais força permitindo que as lágrimas caíssem.

– Eu não posso – sussurrou em seu ouvido – Eu fui criado exclusivamente para não amar, não ter sentimentos... Ser tecnicamente, um monstro. Fui criado para matar, exterminar a raça bruxa do qual possuem sangues impuros. Eu não posso...

– Quando isso irá acabar? – perguntou ela, soluçando.

– Em breve... – suspirou ele, gélido – Em breve, as marcas deixadas pelo passado se apagarão.

– Quer que eu o espere até lá? – perguntou ela de forma doce, tão pura e ingênua capaz de ser ouvida apenas de uma criança.

Ele riu, da forma habitual. Gélido e inexpressivo, enquanto a soltava e a puxava para a cama.

– Não se arrependa depois – murmurou ele sentando na cama e fitando-a com a sobrancelha erguida.

– Esse é o outro problema do amor – falou ela com melancolia sentando-se ao seu lado fixando seus olhos no vazio – Talvez não um problema, mas uma barreira...

Ele continuou a fitá-la com inexpressividade, o mistério envolvia seus olhos prateados tornando a todos impossível de serem lidos.

– O tempo – sussurrou ela – Mas se quiser... Eu esperarei você, Draco Malfoy.

– Se não for se arrepender depois – riu ele novamente gélido e a deitou no travesseiro macio que apoiara em sua perna. Ele roçou os dedos pelo rosto de Astoria fazendo um caminho de gelo e causando a ela, calafrios.

– Boa noite – murmurou ela docemente, como uma criança, fechando os olhos. E mesmo quando caíra na inconsciência, tinha plena consciência de que Draco estaria velando seu sono.


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Notas finais do capítulo

Bom... :) pra qm aki gosta d Draco/Astoria, tenho novas fics deles *--*
Agridoce - Draco/Astoria
Pain (com a Carol Miller e a Rock_Queen) - TheodoreNott/Astoria/Draco
Se puderem dar uma passadinha *--* obrigada desde já!
Oq acharam desse? Confuso? Rapido demais? Qualquer problema, vcs me falam! :)
Bjoos ♥