Blasphemy escrita por Hoppe


Capítulo 5
Consolo


Notas iniciais do capítulo

Oii *-* tudo bom? Aki está outro capitulo o/ a musica dele: http://www.youtube.com/watch?v=axPlLqLmSUw
Espero q gostem e boa leitura :))
Bjoos ♥



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Chapter Four


– Não faz sentindo o que está dizendo... – Draco cortou o silêncio contínuo soltando uma risada sem humor – Chorar é para pessoas que vem sendo fortes por muito tempo...

– E você não concorda com isso? – ele rapidamente desviou os olhos dos olhos marejados de Astoria. Coisas doces o enjoavam.

– Não mesmo... – ele virou-se para fora do estranho bosque andando de volta para o final da rua.

Astoria rapidamente levantou-se também e tentou acompanhar seus passos.

– Por que não? – indagou ela – Acha ridículo demais? Ou não quer admitir que minha frase está certa?

Ele parou por um instante contra o vento gélido que começava a soprar contra a sua direção. Ele não queria admitir que ela irritantemente estava certa, não queria admitir que ele mesmo havia chorado em uma época em que por muito tempo, estava sendo forte demais. Não queria admitir que ela estava certa por que simplesmente, seu orgulho bobo não permitia.

– Estou errada? – Astoria o parou quando ele voltou a andar. Ele tentou evitar seus olhos enjoativos cor castanhos doces, tentou evitar inalar se cheiro doce demais, delicado demais e tentou ignorar a sua mão parada em seu peito, que dela emanava um calor descomunal.

E pela primeira vez, ele a observara de perto percebendo o quanto a beleza de Astoria Greengrass era pura. Seu rosto tão delicado e pálido, como marfim, emoldurado por longos cabelos escuros, quase negros, presos em um coque malfeito. Seus grandes olhos e enjoativamente doces eram castanhos emoldurados por longos e belos cílios.

– Estou errada? – repetiu ela afastando-se um pouco – Vamos, me responda!

– Não... – murmurou ele abaixando o rosto – Não está. Por que, eu mesmo em algum momento em minha vida, já pensei estar forte e no momento seguinte, já estava aos prantos no banheiro dos monitores. Mas, em alguma parte de sua frase, para mim não se encaixa. Nunca fui forte e nunca serei – ele levantou os olhos, voltando-os para os de Astoria, ignorando a cor doce e enjoativa – Você está certa.

Ele passou por ela, fitando o nada com os olhos vazios e inexpressivos. Sentia seu coração se despedaçar dolorosa lentamente quando as lembranças lhe vieram a tona. Doía ter aquela lembrança, doía ter de lembrar do desespero, da angústia, da solidão. E mesmo não querendo admitir a si mesmo, por um breve momento sentiraa uma paz reconfortante quando sentira a mão de Astoria em seu peito, sentia como se ela tirasse o peso que desde sempre carregara em seu coração.

– Você sempre foi forte... – ela murmurou fazendo-o parar novamente. Sem controle, suas pernas não o obedeceram mais – Não percebeu? Esses anos todos, a frieza, como se você não se importasse para tudo o que acontecia ao seu redor mesmo quando sua família já estava em ruínas! Você foi forte, Draco, enquanto eu... A infantil, a indefesa, a oprimida... Todos esses anos sendo infantil, me escondendo em meus livros, usando-o como um refúgio, fugindo da realidade! Eu sou a fraca!

Ele virou-se para ela lentamente e naquele instante, os olhos de Astoria não lhe pareceram enjoativos.

– Não se ache fraco... – murmurou ela com a voz abafada pelas lágrimas que ameçavam cair de seus olhos – Por que você não é! A única fraca aqui... Sou eu...

Ela fechou os olhos e expulsou as grossas lágrimas que rolaram pelo seu rosto marfim. Ele sentiu-se inquieto ao vê-la chorando, sentiu-se incomodo, sentia simplesmente a vontade de tentar consolá-la, abraçá-la, secar suas lágrimas e dizer a ela que tudo ficaria bem. No entanto, ele não faria aquilo, não sabia como.

– Ei... – ele tentou – Shh... Pare de chorar...

E inesperadamente, ela o abraçou enterrando seu rosto em seu peito e ele sentiu o calor mais forte, mais intenso juntamente de arrepios e choques elétricos. Ela tremia, soluçava e as lágrimas que há muito tempo ela guardava para si, rolavam pelo seu rosto.

Os braços de Draco lentamente a envolveram e sem perceber, ele já a puxava junto de seu corpo. Aproveitava secretamente o calor reconfortante que emanava do pequeno e frágil corpo de Astoria Greengrass.

– Astoria! – uma voz ecoou pela rua deserta e silenciosa, fazendo-os se separarem imediatamente. Astoria levantou o rosto e secou as lágrimas, em vão.

Os dois pares de olhos se focaram logo a frente, na figura loira e imponente. A bela Daphne Greengrass, irmã mais velha de Astoria.

– Afaste-se dela, Malfoy! – rosnou ela aproximando-se.

– Daphne... – Astoria tentou impedi-la, no entanto, foi ignorada.

– O que diabos pensou que estava fazendo com sua irmã, Greengrass? – instantaneamente, a ironia e o sarcasmo de Draco voltava.

– Qualquer coisa vindo de você não é um bom sinal... – ela semi-cerrou os olhos em sua direção – Não confio em você, Malfoy. Você é patético.

– Deveria procurar insultos melhores! – Draco soltou uma risada de escárnio.

– Eu odeio pessoas estúpidas e promíscuas! Você se encaixa perfeitamente nisso! - cuspiu Daphne.

– Tenha um pouco de amor próprio, Daphne querida – ele soltou outra risada irônica e mal perceberam que perigosamente estavam pertos, as varinhas prestes a serem sacadas e os feitiços lançados.

– Parem! Parem! – gritou Astoria enquanto mais lágrimas caiam de seus olhos. Ela se colocou entre eles impedindo que algo de grave acontecesse – Ele não estava fazendo nada de mais, Daphne! – ela virou seus olhos para Draco – E você... Eu pensei que ao menos deixasse de ser tão estúpido!

– O que esperava que eu fizesse? – ele fuzilou Daphne com os olhos – Que eu a deixasse me insultar?

– Ela é minha irmã, apesar de tudo – murmurou Astoria abaixando os olhos – Vamos Daphne...

Daphne rapidamente a puxou em direção a mansão Greengrass, tirando-a do frio gélido que soprava pela rua deserta deixando Draco novamente na solidão.

Preview do próximo capitulo:

– Há pessoas gentis ao seu redor – murmurou ele – Deveria agradecer por isso. Pelo menos não nasceu em uma família que desde sempre se construiu a base da hipocrisia e mentiras.

Ele se virou para ir embora, em direção a sua casa.

– Espere! – ela exclamou segurando seu braço impedindo que ele fosse – Eu faço seu dia mais feliz...


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Notas finais do capítulo

Capitulo novamente dedicado a Julii, ela está passando por uma situação dificil, vamos torcer por ela pessoal *-* mandem um review, por favor? *-* nem q seja um "Oi" pra ela e pra mim kkk estamos carentes o/, obrigadas meninas!
Bjiinhos ♥