Blasphemy escrita por Hoppe


Capítulo 3
Contraditório


Notas iniciais do capítulo

Poisé u__u, eu queria ter feito um capitulo melhor por que essa linda da Swift_Belle (minha linda Larissa *-* -eu ateh colokaria seu sobrenome mas eh mt grande e eu naum lembro :s-) me fez uma recomendação q naum chega nem aos pés desse capitulo :/ mas eu espero q vc goste linda! Eh pra vc *-*
A musica do capitulo: http://www.kboing.com.br/3-doors-down/1-1086273/
Boa leitura :)
Bjoos ♥



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Chapter Two

Levantei-me da grama fofa e me pus a andar pelo imenso jardim de minha mãe. Não voltaria a aquela festa de jeito nenhum, não suportaria ter de parecer feliz quando o dia já estava completamente arruinado.

O vento fresco continuava a soprar bagunçando levemente meus cabelos e trazendo consigo o perfume das várias flores que havia ali.

Empurrei uns galhos envelhecidos afastando-os e permitindo que eu visse algo no meio daquela pequena clareira que havia ali.

Era um antigo balanço do qual eu passava tardes inteiras brincando, vivendo em um mundo apenas meu, tentando me levantar ignorando a morte abrupta de meu pai. Dei um passo em sua direção e adentrei na clareira secreta, como eu a chamava.

Sentei-me delicadamente no balanço temendo que ele cedesse, já que eu já não tinha mais 6 anos de idade. E quando soube que estava seguro, agarrei as grades e me balancei levemente.

Fechei os olhos inspirando a fragrância que havia naquele lugar tentando chegar às minhas lembranças mais antigas, no entanto, não consegui. Desde o ano em que meu pai morrerra minhas lembranças pareciam ter sidas bloqueadas.

Suspirei cansadamente soltando-me das grades e olhei para o chão. Finalmente, o tão esperado silêncio se instalou ali se tornando minha única companhia.

– Você não sabe de nada – me cortou ele, rude em um murmúrio entre dentes.

– Eu... - recuei um passo surpresa.

– Esqueça! – ele exclamou virando-se para a saída do jardim – Eu... Vou voltar. Aliás... Feliz aniversário.

Uma única lágrima rolou pelo meu rosto ignorando minhas tentativas de me manter forte, de livrar aquela vontade de chorar... Era o meu aniversário...

Um remexer violento se fez nas folhas que cobriam a saída da pequena clareira fazendo-me fitar o local, assustada. Logo, Draco Malfoy adentrou na clareira visivelmente desconfortável com o ar úmido e a pouca iluminação.

Em suas mãos havia uma rosa vermelha que logo tratou de estendê-la a mim. Ele já estava mais próximo, logo a minha frente me encarando com tédio.

Olhei para a flor em sua mão e voltei meus olhos ao seu rosto. Arqueei as sobrancelhas esperando que ele dissesse algo.

– Eu... – ele pigarreou olhando para os lados desconfortavelmente – vim... Desculpar-me...

– Pelo o quê? – perguntei e ele suspirou cansadamente.

– Quer logo pegar a flor e me perdoar? – voltou com seu tom grosseiro.

– As rosas vermelhas são as preferidas da minha mãe... – murmurei olhando novamente para a flor – E eu... Não vou perdoar você... Foi sua mãe que o mandou aqui, não é mesmo?

– Não – respondeu ele – Eu vim... Por que... Fui injusto...

Olhei para o chão sentindo novamente a vontade de chorar, porém, tentei me controlar.

– É o seu aniversário... Você deveria estar no mínimo feliz e o que eu fiz, com certeza deve ter dizimado as chances de o seu dia ser perfeito – murmurou ele com uma falsa compreensão.

Ele voltou a me estender a rosa, com persistência.

– Eu faço seu dia mais feliz... – murmurou surpreendendo-me. Olhei para cima fitando seus olhos vazios, seu rosto coberto pela máscara impermeável de frieza.

– Meu dia esta arruinado, Malfoy... – falei – Pare com essas brincadeiras. Se queria me ver pra baixo, bom... Você conseguiu!

– Acha mesmo que estou brincando? – perguntou ele em um tom que se assemelhava a indignação – Não sou tão mau a ponto de arruinar ainda mais o seu dia. É o seu...

– Aniversário – completei monotonamente – E isso muda algo? Muda algo em minha mãe e minha irmã?

Ele me estendeu com mais persistência a rosa vermelha. Suspirei cansadamente fitando-o desejando ter mais um pouco de força para fazê-lo desistir daquela brincadeira.

– Você é um Malfoy... – murmurei – Frio, arrogante, egocêntrico... Por que um Malfoy iria querer fazer o meu dia mais feliz? Só por que é meu aniversário? Bom... Esse fato não mudou nada entre eu, minha mãe e minha irmã.

– Esta me comparando a um Greengrass? – perguntou novamente, com falsa incredulidade, controlei a vontade de revirar os olhos – Ei! Esqueça o que eu disse... Pegue a flor, pelo menos...

Cansada daquilo, estendi minha mão e toquei o caule da rosa sentindo um espinho pontudo entrar em contato com a minha pele. Recuei a mão observando o filete de sangue que começava a sair do meu dedo.

As mãos frias de Draco Malfoy tomaram as minhas e seus olhos gélidos observaram o filete que escorria, rapidamente ele limpou o sangue.

– Hm... – olhei para os lados, evitando seus olhos – Obrigada...

– Isso fez seu dia mais feliz? – perguntou ele. Talvez, ele não soubesse o que era realmente fazer o dia de alguém feliz, por que ele era Draco Malfoy.

Ignorei sua pergunta voltando a me balançar distraidamente tentando me esquecer de sua presença.

– Desculpe... Pela minha grosseria mais cedo... – ele dificultava minha tentativa de ignorá-lo, no entanto, vi o seu esforço para tentar ser agradável ao dizer aquilo – Eu... Agradeço por acreditar na nossa inocência...

Ele havia se desculpado e agora estava agradecendo. Coisas que seriam normais vindas de outras pessoas, no entanto, ele era um Malfoy.

– Certo... – suspirei enquanto roçava os dedos delicadamente pelas pétalas macias da rosa vermelha. Em uma hora eu queria apenas ignorá-lo ou apenas que ele ficasse em silêncio e em outro já era incomodo para mim o silêncio absoluto que reinou ali, finalmente.

– Seu vestido... – ele pigarreou novamente tornando visível seu desconforto – É bonito...

– Foi a minha mãe que escolheu – falei olhando para o vestido branco de brilhantes com um enorme e chamativo laço na parte de trás.

– Ah! Então... – ele olhou nervosamente para ele fazendo uma expressão de desdém – Eu... Não gostei.

Repentinamente, comecei a rir. Rir do seu nervosismo, do seu desconforto, daquela situação, do quanto ela era contraditória... E ele, logo me acompanhou, não sabia se era pelos mesmos motivos, sabia apenas que ficamos rindo por um longo tempo.

Talvez meu dia não estivesse completamente arruinado assim...

“ – Você é bela, minha querida – dizia meu pai afagando meus cabelos – Irá encontrar um dia alguém que a mereça... E se conhecer essa tal pessoa em um dia infeliz, sempre haverá algo nela que fará desse dia feliz.

– Como sabe disso, papai? – perguntei com os olhos cheios de curiosidade. Desde sempre, confiava cegamente em suas convicções, em suas sábias palavras e nada me fazia esquecê-las.

Ele balançou a cabeça com o sorrisinho bondoso.

– Vá dormir, minha querida – falou ele cobrindo meu corpo com o cobertor pesado e apagando o abajur – Boa noite”


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