Blasphemy escrita por Hoppe


Capítulo 16
Resgate


Notas iniciais do capítulo

Ok gente u_u eu demorei pra car** (sim, eu to brava comigo mesma D:) mas o problema eh q eu naum consegui escrever antes d ir viajar e só voltei hoje. Entaum, me perdoem pliiis, olhem, eh o ultimo cap D: eu deveria estar triste mas naum, eu estou feliz por conseguir finalizar mais uma fic com a ajuda d todas vcs, com o apaio, reviews e incentivos. Isso eh algo mt maravilhoso pra mim :) mt obrigada! Bom... qro dedicar esse cap á linda da JackellynneCS *-* que recomendou a fic. Jaaack linda do mueu little heart, mt obrigada e espero q goste do capitulo. Ele eh só SEU! KKKKKK
A musica dele: http://www.youtube.com/watch?v=CdbNnus8w6o&feature=related



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É algo estranho. O amor. Às vezes ele nos machuca, nos abre uma ferida que nos faz pensar que será impossível de se cicatrizar. E por outras vezes, ele nos traz uma imensa felicidade que nos faz pensar que será impossível de ser lhe tirada mesmo com os mais tristes acontecimentos. É algo engraçado, irônico, bipolar, contraditório. Por que quando pensamos estar tudo bem, sentimos tudo cair em ruínas.

Aconteceu comigo, de forma tão abrupta quanto dolorosa. Fora tão rápido que até aquele momento eu não conseguira sentir a verdadeira dor.

Continuei a andar. Minhas pernas falhavam uma hora ou outra, pareciam quererem me levar ao chão, me fazer desistir daquela idiotice, me fazer ver o quanto era estúpido fugir do que simplesmente enfrentar tudo sem medo da verdadeira dor do amor.

E como o previsto, elas falharam, me levaram ao chão. Arranhei o braço e senti meus olhos se encherem d’água, como uma criança chorona que se lamentava por tudo. Levantei-me irritada, controlando as lágrimas. Sabia secretamente que aquelas lágrimas não foram por causa da queda, mas não queria repetir a mim mesma o verdadeiro motivo. Era tolo me destruir daquela forma. Eu não era uma masoquista.

Bati no vestido vermelho vinho tirando a poeira e parei, ao ver que não havia mais nenhum motivo para ele continuar impecável e limpo. Bufei, recomeçando a andar. Eu já estava longe de casa, o campo já podia ser visto ao meu redor, a grama verde, o vento fresco. Liberdade.

Mas para mim parecia sufocante, da mesma forma. Senti uma respiração estranha detrás de mim e parei, estática. Passos soaram logo em seguida.

Fechei os olhos, convencendo a mim mesma a não olhar para trás.

Eles se aproximavam, mais e mais e logo, senti algo molhado roçar em minhas mãos. Virei-me abruptamente para trás, reprimindo um grito e me deparei com um cachorro. Um simples cachorro, talvez não simples. Seus olhos eram estranhamente familiares para mim, seu pêlo me lembrava chocolate.

– Deixe de ser idiota, Astoria – murmurei a mim mesma, voltando a me virar para frente e começando a andar. Ele voltou a me seguir, aumentei os passos e logo, já voltara a correr mas parei ao perceber o quanto aquilo era tolo.

Diminui os passos e olhei de relance para trás. Para o meu alivio, ele já não estava mais ali.

Suspirei e voltei a andar, virando-me para frente mas algo bloqueara minha passagem. Recuei um longo passo ao me deparar com olhos cor de areia.

– Aonde essa belezinha vai? – perguntou ele com a voz lamacenta e arrastada dando um passo em minha direção.

– Com licença... – minha voz dedurara meu medo evidente saindo trêmula. Ele riu com escárnio, dando um passo em minha direção e tocando meu rosto.

– Garotas bonitas não deviam andar sozinhas – murmurou ele deixando a voz morrer em um sussurro.

Meu coração começara a se acelerar, tinha medo dele. Era evidente em seus olhos a maldade, ele faria algo de mal. E por mais que eu tentasse me afastar, não conseguia, era o medo que me prendia.

Um rosnado cortou o ar me fazendo estremecer e logo cessou, mas rapidamente, um feixe de luz verde passou por sobre meu ombro acertando o homem á minha frente, certeiramente fazendo-o cair desmaiado no chão.

Cambaleei para trás, caindo no chão e levantando mais poeira. Tossi ofegante e atordoada, sem saber o que fazer a seguir.

Uma sombra apareceu detrás da densa cortina de poeira e eu recuei para trás, mas ele andou á passos largos até mim me estendendo a mão. Olhei para o seu rosto familiar e senti meu coração novamente se acelerar. Não conseguia acreditar, talvez eu houvesse caído no chão e adormecido, aquilo talvez fosse um sonho. Era algo da minha imaginação, talvez eu houvesse chegado finalmente á insanidade.

Ele percebeu que não aceitei sua mão, mas mesmo assim pegou a minha levantando-me do chão. Rapidamente me afastei dele, sentindo que aquilo tudo era algo irreal.

– O que está fazendo aqui? – perguntei elevando absurdamente meu tom de voz. Senti minha visão de escurecer ligeiramente e tudo ao meu redor rodar, por poucos segundos.

– Onde está a educação Greengrass? Titia Alicia não lhe ensinou bons modos? – debochou ele. Parecia gostar de me irritar, me irritar sempre me lembrando que éramos primos distantes, distantes mas ainda sim, primos.

– Por que não volta para a festinha do seu amigo? Aproveita enquanto há tempo! Beba todas, pegue todas e humilhe todas! Como sempre fez! Eu nem mesmo sei por que está aqui!

Virei-me de volta para a direção em que eu seguia, tentei ignorá-lo, tentei seguir em frente. Eu tinha de sair dali, ele não me levaria de volta, eu não seria uma ingênua, não mesmo.

E mal percebera que as lágrimas voltaram a cair devido á minha distração. Tentei secá-las com as mãos arranhadas, mas foi em vão.

– Ei, Astie – ele segurou meu braço – Desculpe... Eu...

– Me deixe em paz, Zabini! – me soltei de suas mãos tentando esconder o rosto.

– Você... Você está chorando?

Sacudi a cabeça em negação, embora os fracos soluços já me denunciassem. Ele me virou lentamente e segurou meu rosto.

– Ele o mandou aqui, não é mesmo? – perguntei me livrando novamente de suas mãos e levantando os olhos aos seus – Saiba que eu não vou voltar! Não vou voltar como a fraca e ingênua que eu sou! Eu não agüento mais isso! Acha mesmo que eu sou uma masoquista, Blaise?

Ele não respondeu, continuou com os olhos claros fixos em mim.

– Me responda! Acha mesmo que eu sou tão masoquista a ponto de continuar ali e vê-lo selar votos com uma outra mulher? Sim, uma mulher! Ela sim é uma mulher! Eu sou apenas uma garota! Infantil e tola!

Mais uma vez, ele permaneceu em silêncio. Por algum motivo, vibrei internamente ao ver que ele não tinha mais uma resposta.

Recuei alguns passos e recomecei minha caminhada, mas algo me fez parar novamente.

– Você precisa voltar! – exclamou ele, embora não precisasse.

– Eu não vou voltar! – gritei, em protesto virando-me em sua direção, cansada de tudo aquilo, aquela conversa já destruíra o que restara de mim – Ele fez a escolha dele e eu fiz a minha.

Recomecei a andar mais rápido, tinha que sair logo dali para não dar a ele a chance de começar outro discurso emocional e conseqüentemente, me fazer voltar, sentir mais dor, sofrer mais, me tornar uma masoquista hipócrita como minha mãe.

– Fugir não é uma escolha – por algum motivo, aquela frase parou minhas pernas, parou meu corpo, deixando-me estática – Você não vai querer mesmo que o seu homem se case com aquela baranga, não é?

– Mas ele não é...

– Nem vem, Greengrass. Ele é sim seu homem e se você, até agora, não lutou por ele, ainda há tempo. Lute por ele...

– Não... – neguei – Não consigo...

– Por que acha isso?

– Olhe para mim, Blaise – suspirei – Sou uma pirralha, adolescente de 15 anos. Acha mesmo que eu conseguiria superar a imponente Catherine Bulstrod?

– Se quer mesmo saber, priminha – ele sorriu abertamente – Você é muito melhor do que ela – bufei e ele riu – E sabe por que?

Olhei para o chão e fechei os olhos quando ele continuou.

– Por que você o ama. Tem a capacidade de amar, enquanto Catherine nunca terá isso. Só irá se casar pelo dinheiro dos Malfoy. Sabe o quanto o amor vale?

– Nunca pensei que Blaise Zabini, algum dia, estaria dizendo isso á mim. O amor – eu ri e abri os olhos – Obrigada Blás...

Ele riu, passando os braços pelos meus ombros.

– Aliás, Astie. Para mim, você é muito mais bonita do que ela – e então, me abraçou – Vamos... – ele me soltou, guiando-me pela direção contrária da qual eu seguia, mas parei.

– Espere. Vamos aonde? Eu não disse que iria... – falei e ele revirou os olhos em uma mania chata que tinha desde que aprendera a falar.

– Por que é tão teimosa? – perguntou ele – Ainda há tempo para você lutar por ele.

– E se eu não quiser lutar? – eu o cortei. Sabia que era infantilidade, como sempre fora, sabia que era tolo e estúpido, mas eu não me daria por vencida facilmente. Afinal, apesar de tudo, eu era uma Slytherin e o orgulho era algo que me levara para aquela casa.

– É claro que quer – ele me lançou um sorriso malicioso – Eu vejo isso em seus olhos, está fazendo joguinho. Tudo bem – ele levantou os braços em rendição – Vou deixar você enrolar mais um pouco, mas... – ele abaixou o braço esquerdo conferindo em seu relógio – Só temos meia hora.

Bufei, socando seu braço e ele riu, me abraçando novamente.

– Obrigada Blás... – repeti.

– Pelo o quê?

– Por não ter desistido de mim.

– Somos primos, certo? – ele riu – Distantes, mas ainda sim primos. E primos são pra essas coisas.

Ele me estendeu o braço e entendi como um claro sinal de que iríamos aparatar. Toquei seu braço e instantaneamente, senti o solavanco e fechei os olhos, tentando evitar o repentino rodopio violento.

Tão rápido como veio, se fora. Abri os olhos sentindo novamente o ar frio de casa. Estávamos diante da Mansão Malfoy, mas diferente de antes, a decoração estava pronta, o silêncio reinava ali, a cerimônia já começara.

Olhei para Blaise e ele assentiu, soltando meu braço. Comecei a correr, adentrando para os terrenos da mansão Malfoy, espantando os pavões albinos que entravam em meu caminho, sentia como se aquilo dependesse de tudo. Da minha felicidade, do meu destino.

Os arredores da mansão Malfoy nunca me pareceram tão imensos como àquela hora do qual eu simplesmente desejava que o caminho tortuoso chegasse ao fim.

Parei de correr perto do jardim da parte de trás, ofegante. Minha respiração pesava a cada passo que eu dava em direção á altar, mas parei na última fileira de cadeiras, onde ninguém ainda conseguia me ver, mas eu conseguia vê-lo.

Ele levantou os olhos em minha direção, em um movimento quase planejado. O silêncio se instalara ali, era a vez da resposta dele. A vez da decisão, da escolha dele.

– Sr Malfoy? – perguntou o padre, tirando-o de seus devaneios.

Draco olhou desnorteado para os lados, encontrei seus pais, frios e imponentes como sempre, não pareciam felizes ou tristes, estavam inexpressivos como se o casamento do filho fosse apenas mais um lucro á família.

Catherine o encarava com um olhar reprovador, irritada com os olhares curiosos sobre os dois e pela falta da sua resposta.

Dei um passo a frente e provocou um barulho maior que o esperado. Os olhos de todos se voltaram para mim e eu cerrei os punhos, dando mais outro passo.

Não precisei olhar para saber que minha mãe se encontrava na primeira fileira, me encarando abismada. Pude identificar Daphne ao seu lado, lançando-me secretamente um sorriso.

– Parece-me que tem alguém que é contra este casamento – murmurou o padre, fitando-me com curiosidade.

– Eu sei o quanto o que eu vou dizer é estúpido, mas preciso dizer – sorri quando me aproximei do altar – Eu sei de todos os seus defeitos, Draco Malfoy, mas é cada um deles que me faz amar você cada vez mais.

Dei outro passo incerto em sua direção e tudo se acalmou de dentro de mim, ao vê-lo sorrir em minha direção.

– Hoje... Uma pessoa me disse que a capacidade de amar é mais importante do que tudo, você tem. Eu tenho – segurei sua mão e a depositei em meu peito, sob o bater acelerado do meu coração, não consegui reprimir o sorriso que há muito fora guardado – Eu amo você.

Ele abriu a boca para falar, mas um barulho o cortou. Olhamos para o lado e Catherine se fora, jogando no chão o buque de flores sendo acompanhada pelas damas de honra.

Vi minha mãe tentar se levantar e me impedir de continuar, mas Daphne a impedira. Todos se levantaram, saindo rapidamente dali ao constatar de que o casamento se acabara.

Lucius tentava avançar em direção ao filho, contudo, Narcisa o impediu assim como Daphne fazia com minha mãe.

Dei mais um passo em sua direção, com relutância e ele sorriu. Fechei os olhos e aproximei nossos rostos. Um mínimo espaço restara entre nós, mas nos afastamos ao ouvirmos uma risada estrondosa logo atrás.

Nós viramos em direção aos bancos e me deparei com Blaise sentado em uma delas com um copo de Firewhiskey em mãos. Ele nos saudou, levantando o copo e tomando a bebida em um gole só.

Voltei a me virar para Draco e toquei meus lábios sobre os deles. Fora um beijo sem aquele estranho peso, sem a contradição. Estávamos livres daquilo tudo.

Me afastei dele e sua mão se entrelaçou com a minha. Virei-me de volta para os bancos, contudo, Blaise não estava mais ali. Mas no final do tapete felpudo e vermelho, encontrava-se o mesmo cachorro de pêlos cor de chocolate e olhos familiares.

Ele latiu em nossa direção e correu para fora da mansão.

Toda história tem um fim. E em todo “Felizes para sempre” há um novo começo.

Do I miss you? Everyday.


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Notas finais do capítulo

Posto o epílogo amanhã ook? *-* na verdade, hoje suhauash pke já saum 00:36 *-* ai ai, q lindo! Bom... nos vemos amanhã :)
super beijo procês ♥