Blasphemy escrita por Hoppe


Capítulo 15
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente *-* ook, já passou da data mas fingi q tah valendo suahsuahsuhasuh desculpem pela demora! Aqui está o capitulo e espero q gostem *--*, alias, mt obrigada pelos reviews do capitulo anterior, me ajudou MUITO!
Enjoy :)



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As grossas gotas de água machucavam sua pele marfim, mas ela continuou a enfrentar a chuva, até aproximar-se dele.

– Pronto, eu estou aqui! – ela gritou mas sabia que ninguém ouviria devido ao barulho – Agora vá embora, Malfoy!

Ele agarrou o pulso dela, embora, Astoria não houvesse se movido.

– Eu não quis isso! – exclamou ele, aproximando-se mais dela. Seu rosto pálido estava molhado pela chuva, e mesmo assim, conseguia-se ver fracos vestígios de angústia e tristeza – Eu não queria, entenda isso!

– Eu entendo, Draco! – ela gritou de volta e ele se reconfortou ao vê-la voltar a lhe chamar pelo nome – Eu entendo, está bem? Mas não há mais volta! Você vai se casar! Não há mais volta...

– Mas eu... – ele deixou a voz morrer apertando mais o pulso dela, não queria que ela se fosse, não queria fazer aquilo. Por Merlin! Por que seus pais tinham de ser tão impulsivos?

De modo automático e inesperado, ele envolveu os braços em torno dela puxando-a para si e apertando-a contra seu corpo. Seus olhos ardiam, mas não sabia se era por causa da chuva ou das lágrimas, e preferia pensar que era por causa da chuva.

Ela correspondeu o braço por curtos minutos, que para ele lhe pareceu segundos. Rapidamente, Astoria afastou-se e deu largos passos para trás.

– Eu te amo... – a voz de Draco morrera com o barulho da chuva e ele lamentou-se por não ter coragem de gritar á ela. Ela não ouvira.




No natal fora celebrado a festa de noivado e ela, em sua opinião, comportou-se de forma feliz, até bem demais, que conseguira até mesmo enganar Daphne, a única que sabia o que se passava ali. Pela primeira vez, Astoria conseguira mentir, conseguira dissimular, conseguira fingir, era um grande começo. O natal se foi e ela soube que a data tão temida estava próxima. Ela lamentou-se quando percebeu que os meses se passaram como dias, quando na verdade, ela queria que se passasse como anos, que simplesmente congelasse.

***

Ela acordara um pouco antes de todos, contudo, continuou deitada ouvindo o silêncio que havia ali, olhou para o relógio e fechou os olhos, á espera e ao mesmo tempo, a porta se abriu.

– Bom dia, minha senhora! – guinchou a elfa caminhando até a janela e abrindo as cortinas, permitindo que o sol adentrasse – Está um belo dia, não?

– Claro... – ela suspirou levantando-se e se sentando na cama, semi-cerrando os olhos á claridade que adentrara pelo quarto – Obrigada... – murmurou quando a elfa saía de seu quarto e fechava a porta.

Ela não prestara atenção quando sua mãe adentrara no quarto, deixando sobre a cama seu vestido. Era realmente irônico que Astoria fosse a dama de honra, junto de Daphne, mas ela simplesmente fingiu não se importar, fingiu estar feliz, por ele. Apesar de tudo o que ele lhe fizera, ela faria aquilo por ele.

– Até quando vai se fingir dessa maneira? – uma voz a sobressaltou, fazendo-a se virar abruptamente para trás e encarar a irmã de olhos arregalados – Aonde está a Astoria que conheço? A minha irmã? Essa não é você...

– Você prefere que eu esteja me lamentando pelos cantos ao invés de aparentar estar feliz? – perguntou Astoria, quando se recompôs do susto.

– É menos pior! – exclamou Daphne aproximando-se mais da mais nova – Eu não consigo encarar você sorrindo dessa maneira, quando sei que você está se destruindo por dentro! Eu não consigo!

Astoria suspirou, virando-se para mesa perto do espelho, apoiando-se nela e fechando os olhos.

– Eu... Estou bem – murmurou por fim.

– Não... Não está. Por que está agindo assim, ein? Por que esconde toda essa dor? Acha mesmo que eu não sei que você chora todas as noites?

Ela sem querer, deixou um soluço involuntário escapar pelos seus lábios, levantando a cabeça.

– O que eu tenho agora que me prende aqui? – perguntou ela, fitando a irmã pelo reflexo do espelho.

– Ele fez a escolha dele...

– E eu tenho que fazer a minha... – Astoria arrancou a tiara de sua cabeça e virou-se para sua irmã. Daphne sabia o que Astoria faria, contudo, não esboçava qualquer reação – Não vai me impedir? Não vai me impedir que eu destrua minha vida fugindo de tudo isso como uma covarde?

– É a sua escolha – sussurrou a mais velha sorrindo – Vá...

Astoria, hesitante, aproximou-se da irmã e a abraçou com força e logo, se afastou, saindo do quarto á passos largos sem qualquer relutância. Nunca estivera tão determinada como naquele momento.

Ela apertou sua varinha e desceu as escadas da mansão, correndo para fora de casa e continuou, pela enorme rua vazia. Olhou para a frente deparando-se com a Mansão Malfoy, os portões estavam abertos e ela aproximou-se, involuntáriamente.

Havia alguém na janela do 3° andar, e ela imediatamente reconheceu os olhos prateados. Ele tentava arrumar sua gravata e parou, ao avistá-la parada perto da entrada da mansão, vestia o vestido vermelho vinho que sua mãe escolhera e não possuía nenhuma emoção aparente no rosto, como nos meses anteriores.

Ele a viu correr para a direção contrária e ele fez o mesmo, pondo-se a correr pelo enorme corredor da mansão passando pelo quarto em que sua noiva se arrumava com a ajuda das amigas. Desceu as escadas e passou como um furacão pela mãe, ignorando os protestos da mesma.

Correu para fora e chegou ao portão, mas já era tarde demais. Ela já estava na metade da rua, corria para algum lugar e ele se perguntou se talvez ela estivesse louca. Mas algo o atingiu certeiramente. Preocupação.

Uma fusão estranha de emoções que ocorria de dentro dele. Preocupação, medo, ansiedade e, ele pôde identificar a última coisa como, felicidade.

– Drake! – ele virou-se rapidamente para o lado avistando o amigo Blaise Zabine se aproximar.

– Preciso da sua ajuda! – exclamou ele aproximando-se.

– Hãm... Tudo bem – Blaise o fitou em confusão e assustou-se com o desespero do amigo.

– Vá atrás da Greengrass! – exclamou não perdendo o mesmo hábito de sempre que tinha de chamá-la pelo sobrenome.

– Por que?

– Não me faça perguntas, Zabine! – o cortou – Eu sei do seu segredo – e mesmo em meio ao desespero, Draco conseguira abrir seu sorriso frio e cínico ao ver Zabine parar de abrupto, imóvel – Por favor... Vá atrás dela...

– Espere... Você disse “por favor”? Então tudo bem! – sorriu Blaise correndo para fora dos portões, virando-se para o amigo e lhe lançando uma piscadela.

E algo, em Draco Malfoy, acalmou-se. Ela estaria bem, ao menos.

Preview do próximo capítulo:

– Você precisa voltar! – exclamou ele.

– Eu não vou voltar! – ela gritou, em protesto – Ele fez a escolha dele e eu fiz a minha.

– Fugir não é uma escolha – tal frase a fez parar de andar – Você não vai querer mesmo que o seu homem se case com aquela baranga, não é?

– Mas ele não é...

– Nem vem, Greengrass. Ele é sim seu homem e se você, até agora, não lutou por ele, ainda há tempo. Lute por ele...

– Não... – ela negou – Não consigo...


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Notas finais do capítulo

MAIS UM CAPITULO PRO FINAL! *-* e ainda o epílogo! OMG, eu estou taum ansiosa *O* bom... tah aqui o capitulo, espero q tenham gostado e me digam ok? *-*
Um super beijo pra todas ♥