Blasphemy escrita por Hoppe


Capítulo 14
Diferente


Notas iniciais do capítulo

Oiii *O* ook, eu sei u.u eu sei KKKK naum postei ontem D: mil desculpas pessoal, sério, eu tava com mt coisa na cabeça entaum naum tive tempo d escrever, entaum... bom... tah aqui o capitulo *-* obrigada pelos reviews e espero q gostem!
bjoos ♥



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Chapter Fourteen

As horas se passaram e logo, a manhã virou tarde, e a tarde também arrastou-se de modo lento. Ela continuou ali naquela estranha floresta quando o pôr-do-sol apareceu, continuou para ver o anoitecer e quando achou  que era a hora certa, levantou-se do montinho de neve e caminhou para fora da floresta, deixando ali no chão frio, o convite do casamento. Suas mãos continuavam a agarrar a fita verde. A bainha do seu vestido estava suja de lama e poeira, as palmas de suas mãos estavam arranhadas devido às quedas que levara, e seus cabelos arrepiados e bagunçados. Em seu rosto havia a expressão de morbidez, uma máscara morta, sem vida. Seus grandes olhos perderam o brilho, restando apenas à cor fosca do castanho.

O vento tornara-se frio e forte, ela parou em frente á mansão Greengrass, as luzes continuavam acessas mas ela duvidava de que sua mãe houvesse voltado. Ela continuou imóvel, sentindo o vento ondular seu vestido puído.

Ela contou 7 segundos e recomeçou a andar, pisando no gramado verde e parando próxima á porta, tocando a mão arranhada na maçaneta. Girou-a silenciosamente e adentrou no local. O hall de entrada permanecia iluminado, contudo, os corredores estavam escuros recebendo apenas a luz da lua que era emitida da grande janela de mosaico no teto da casa.

Pisou no tapete caro de sua mãe com os sapatos sujos e subiu as escadas, mas parou no décimo degrau ao ouvir uma voz conhecida:

- Aonde você estava?! – era urgente e ela duvidou de que a voz fosse real. A voz de sua irmã.

Astoria virou-se para trás, encontrando Daphne parada no pé da escada, fitava-a com os olhos arregalados ao ver o estado da irmã mais nova.

- Fui passear – respondeu ela de modo automático, sem emoção aparente na voz.

- O que houve? – Daphne aproximou-se da mais nova pegando suas mãos machucadas e observando o vestido sujo e rasgado.

- Eu caí – murmurou Astoria e rapidamente se calou, ao sentir um nó na garganta e as lágrimas ameaçarem cair.

Houve um longo minuto de silêncio ali e Daphne suspirou, abraçando sua irmã como jamais havia feito.

- Vai ficar tudo bem... – tentou consolar.

- É claro que não! – exclamou Astoria afastando-se da irmã, assustando-a. Os olhos novamente brilhavam, mas devido ás lagrimas, e exprimiam tantas coisas que Daphne se assustou. Dor, tristeza e raiva – Ele vai se casar! Ele não me contou! Me escondeu! TODOS OS DIAS EU ACORDAVA COM A ESPERANÇA DE RECEBER ALGUMA CARTA DELE! E ENQUANTO A IDIOTA ESPERAVA, ELE ESTAVA AQUI, PLANEJANDO SEU MALDITO CASAMENTO!

Astoria virou o rosto para o lado ao sentir as lágrimas quentes molharem seu rosto, contudo, logo desistiu, enxugando-as com as costas das mãos.

- Astie... – Daphne tentou se aproximar, contudo, a mais nova recomeçou a subir as escadas.

- Não há mais volta...

***

Ela sentou-se do pé da cama fitando inexpressivamente o chão, as lágrimas haviam secado mas seu rosto ainda ardia.

Conseguia ouvir vozes do lado de baixo, mas duvidou de que fosse sua mão. Ficavam mais altas, cada vez mais altas.

Astoria levantou-se e andou até a porta, entreabrindo-a conseguindo ouvir as vozes mais nítidas.

- Não pode subir, Malfoy! – vociferou a voz de Daphne – Ela está descansando.

- Eu a vi chegando agora! – a voz arrastada de Draco soou pelo corredor, ele parecia tentar querer subir as escadas, mas Daphne o bloqueava – E quem é você para me dizer o que posso ou não posso fazer?

- Eu sou a irmã mais velha dela! – falou ela em um tom e claro, que silenciou tudo, até mesmo as vozes dos quadros da família que reclamavam dos barulhos – Eu quero o bem dela e se você for o causador do mal dela, não o quero aqui. Vá embora.

Houve um silêncio interrupto, Astoria pôde ouvir os cochichos dos quadros, e logo, passos pesados se distanciarem e a porta do hall de entrada se abrir e logo se fechar estrondosamente.

Ela voltou a fechar a porta da forma mais silenciosa que pôde e sentou-se de volta no chão, abraçando os joelhos e sem percebeu, adormeceu.

***

Estalos soaram na janela e a despertou de um sono leve. Ela sobressaltou-se para logo em seguida, levantar-se e olhar para a janela.

Com relutância, ela se aproximou e outro estalo soou, e ela percebeu que estavam jogando pedrinhas no vidro. Com mais confiança, certa de que talvez fosse o filho dos Bekkins, aproximou-se da janela e abriu-a, colocando a cabeça para fora.

Procurou pela grama verde algum garotinho de 6 anos mas logo, seus olhos se chocaram com outra figura ali, alta e atormentada. Draco Malfoy encontrava-se parado diante dela, um pouco mais abaixo.

- Precisamos conversar! – ele sussurrou alto o bastante para que ela ouvisse.

- Não! – ela fez o mesmo – Vá embora.

- Eu não vou embora até conversarmos!

E diante de suas palavras, gotas finas de água começaram a cair do céu, uma fina garoa mas que aos poucos começava a se intensificar.

Astoria abriu um sorriso de vitória ao vê-lo começando a se molhar.

- Vá embora, Malfoy... – murmurou ela, fazendo-o estremecer – Ou vai pegar um resfriado.

Ela continuou na janela, esperando-o ver lhe dar as costas e voltar para casa, contudo, ele permaneceu imóvel, como uma estátua como se a chuva que caia sobre si não passasse de nada.

- Eu já disse que não vou sair daqui! – ele gritava mas Astoria duvidasse de que alguém houvesse ouvido, com exceção dela.

- Vá embora, Malfoy... – repetiu ela com a voz entrecortada, suspirando e se afastando da janela fechando-a logo em seguida.

Alguns minutos, percebeu que a forte chuva não cessaria, olhou com relutância para janela e vencida por algo que nem mesmo ela sabia dizer, pegou o casaco e saiu do quarto, correndo pelos corredores escuros e chegando ao hall de entrada. Parou e ao constatar que Daphne não despertara com os seus passos, abriu a porta sentindo o vento e as gotas de água respigarem em sua pele. Ela lentamente, saiu para fora de casa, fechando a porta logo atrás de si e voltou seus olhos para a frente, fixando-os nele.

Preview do próximo:

- O que eu tenho agora que me prende aqui? – perguntou ela, fitando a irmã pelo reflexo do espelho.

- Ele fez a escolha dele...

- E eu tenho que fazer a minha... – Astoria arrancou a tiara de sua cabeça e virou-se para sua irmã. Daphne sabia o que Astoria faria, contudo, não esboçava qualquer reação – Não vai me impedir? Não vai me impedir que eu destrua minha vida fugindo de tudo isso como uma covarde?

- É a sua escolha – sussurrou a mais velha sorrindo – Vá...


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Notas finais do capítulo

Ahhh! \o/ pronto, agora, vou responder todos os reviews *-* bom... uma triste noticia pessoal: A fic já esta na reta final e em minhas contas, falta mais dois capitulos e o epílogo *-* bom... eh isso. Um grande beijo pra vcs ♥