Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will


Capítulo 181
Capítulo 181




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Capítulo 181 - A Armadilha da Serpente

Astolfo e Kéfera derrubaram Jilié após uma árdua batalha. Álvaro também conseguiu vencer sua adversária Fengmi com o que restou de sua energia. Amanda, Lien, André e Alex (se é que esse último contava) continuaram seguindo sua invasão à base da Meyou Zidan, sem olhar para trás e adentrando em todas as salas. Pressupunham que Chibang estivesse no último andar e por isso sempre subiam.

– Será que ela está mesmo no último andar? - perguntou Alex.

– É o mais comum, não? - respondeu André.

– E se eles pensaram que nós pensamos nisso e mudaram a sala da chefona? - rebateu o fotógrafo.

– Eles acham que estão com a vantagem - falou Amanda - Duvido que se dariam a esse trabalho. Estão nos subestimando, sem dúvida.

– Treinamos tanto. Tudo isso não pode ser em vão - disse Lien - Devemos ter poder suficiente capaz de parar a Chibang.

Os quatro entraram arrombando a porta do final do corredor com tudo. Era mais uma sala estranha, mas não era um jardim dessa vez, embora tivesse seu ar exótico. Fontes de água jorravam sem parar nas laterais do salão. O clima parecia tranquilo, mas apenas parecia.

– Água? - indagou Amanda.

– Água - concordou Lien - Espera aí...água! Não! Acho que já sei quem está por aqui!

Uma risada mal intencionada ecoou por toda a sala.

– Oh, então você se lembra de mim? Fico honrada - disse Dushé - Há quanto tempo, caros inimigos.

Era Dushé, a mulher que roubou o falso pingente do Galo preparado por Ming. Só que dessa vez ela parecia bem mais perigosa, isso era bastante perceptível pelo seu olhar penetrante (além disso, aqueles olhos vermelhos não eram nada confortantes). Apesar disso, usava o mesmo estilo de roupa daquela invasão.

– Ai, caraca. Ela de novo - Alex já procurava por algum lugar para se esconder.

– Não precisa ter medo - disse Lien - Agora estamos muito mais fortes do que antes.

– Gostaria de ver isso - respondeu Dushé.

– Conseguimos chegar até aqui, não? - disse a namorada de André.

– Ótimo. Significa que não preciso pegar leve com vocês - falou ela - Irei dar o máximo de mim.

– Entendo..por isso escolheu justamente essa sala - falou André - Você consegue controlar a água e qualquer fluido. Esse cenário te dá uma vantagem e tanto.

Dushé sorriu, mas logo respondeu.

– É verdade. Mas isso não quer dizer muita coisa - disse ela - Fengmi, a moça que conheceram em nosso jardim interno, também tinha total vantagem naquele cenário, mas seu amigo conseguiu vencê-la.

– O Álvaro venceu? - admirou-se Lien - Então...ele está bem.

– Duvido. Deve estar quase morto, mas Fengmi acabou derrotada. Isso é fato - disse Dushé, obviamente, não muito feliz de admitir isso - Mas ela certamente deve tê-lo subestimado. Não vou cometer mais esse erro.

– Nunca pedimos para que pegue leve - falou Lien, mas foi impedida por Amanda com um toque no ombro.

– Espere, Lien - disse a presidente do grupo disciplinar.

– Amanda? O que foi?

– Não queremos perder tempo. Vão logo atrás de Chibang. Ela não está nessa sala, mas vocês podem voltar e pegar outro caminho.

– Vai lutar contra ela sozinha?

– Ela é justamente o tipo de mulher que não suporto - disse Amanda, provavelmente se referindo ao físico de sua inimiga. Todos os outros apenas se constrangem com o comentário - De qualquer maneira, não vale a pena ficarmos todos juntos para enfrentar um inimigo só.

– Podem ir - falou Dushé - Assim que matar essa menina, irei atrás de vocês e depois de seus outros amigos.

– Cale a boca! - respondeu Lien - Temos uma dívida com você desde a derrota na Academia.

Mas os outros tinham uma opinião diferente.

– Melhor irmos, Lien - falou André, tocando no ombro da namorada.

– Mas, André e...

– Sei que você tem o seu orgulho, mas...estamos lidando com o destino de muita coisa aqui. Creio que Amanda é perfeitamente capaz de vencer a Dushé.

Lien teve que engolir seu orgulho, mas concordou.

– Está bem. Não vamos desperdiçar nossas forças com ela - disse a garota - Amanda! Cuidado com os olhos dela.

– Certo - disse ela - Não se preocupem comigo.

Lien e os rapazes saem correndo da sala. Apenas Amanda e Dushé permaneceram.

– Então é isso? - perguntou a bela chinesa - No fim, eles nem quiseram se vingar...

– Existem coisas mais importantes que vingança - falou Amanda - Mas não se preocupe. Jogarei toda a frustração deles em você agora.

– Você é mais forte do que aqueles meninos? - perguntou Dushé.

– Provavelmente não - disse ela, humildemente - Ainda tenho muito o que melhorar.

– Heh. Entendo. Acho melhor não subestimá-la também.

– É bom mesmo - disse Amanda, se colocando em guarda.

– Ora, então você luta com um estilo diferente - falou Dushé, ainda de braços cruzados e sem nenhuma pose de ameaça aparente - Essas luvas...precisa delas?

– E esse pingente? Precisa dele? - respondeu ela, em tom sério.

– Boa resposta - falou Dushé - Não vou criticar o modo que você luta. Usamos tudo que está ao nosso alcance para derrotarmos nossos adversários.

Amanda não respondeu nada. Dushé continuava a sorrir.

– Você parece bem séria - disse ela.

– Você parece sorridente demais para alguém que se propôs a não subestimar seus adversários.

– Que língua afiada você tem. É verdade. Não irei pegar leve, mas isso não significa que não esteja confiante em minhas habilidades.

– Que seja.

– Bem, então acho que podemos começar. Embora eu acredite que você já tenha começado errado.

– Como?

– Por que não me ataca?

– Irei e..

Amanda arregalou seus olhos. Ela tentou se mover, mas seu corpo não estava obedecendo. Estranho.

– O que...você fez? - estranhou a menina.

– Achei que sua amiga já tivesse dito isso - falou Dushé - Tome cuidado com os meus olhos. Você não parou de olhar para eles desde que a luta começou.

"Tenho o hábito de encarar meus oponentes", pensou Amanda. "Mas nunca imaginei que o poder dela fosse simplesmente me paralisar. Do jeito que poderes estranhos apareciam, achei que ela soltasse raios de ki pelos olhos ou algo assim."

Dushé avançou na direção de Amanda e a esbofeteou rapidamente com seus movimentos rápidos. Era apenas um aperitivo do que estava por vir.

– Parece que você já perdeu, querida - disse ela, sorrindo maleficamente.

Amanda tentou levantar o seu rosto, mas seu corpo todo estava paralisado. Como iria se mover?

"Não posso...perder assim", pensava ela. Mas a situação era problemática. Como escapar dessa condição?


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