Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will


Capítulo 178
Capítulo 178




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Capítulo 178 - Folhas e Rosas

– Tempestade de Folhas! - berrou Fengmi, lançando diversas folhas na direção de Álvaro. No entanto, esse ataque não seria tão eficiente quanto ela pensava. O tenista rebateu facilmente todos os projéteis com sua raquete.

– Não pense que pode me vencer com ataques à distância - falou ele - Um bom tenista marcial está preparado para esse tipo de coisa.

– É mesmo? - disse a garota, sem perder o bom ânimo - Já deu uma olhada na sua raquete?

Ele observou seu instrumento de esporte e batalha. Ela havia sido toda retalhada com as rebatidas contra as folhas.

– Essas folhas estão carregadas de ki. Rebatê-las só vai danificar sua raquete.

"A menos que...eu reforce a raquete também", pensou ele, colocando mais energia interna em sua raquete.

– Parece que isso não te abalou, né?

– Um dos maiores tenistas marciais do mundo não será eliminado tão fácil! Estou disposto a arcar com todas as consequências!

– Oh, você é bem valente...tudo isso só para impedir a mestre Chibang?

– Luto pela justiça e a paz na Terra...bom, na verdade luto para impressionar a Lien Wong...mas concordo que lutar pela justiça e a paz seja um bom motivo.

– Justiça e paz é tudo que a Meyou Zidan quer também. Não acha que esse mundo precisa de uma reforma? - falou Fengmi, mantendo seu semblante sorridente.

– É verdade que esse mundo tem muitas falhas. Mas não é com ameaças e ditaduras que vamos conseguir a verdadeira paz.

– Você é mesmo um idealista. Bem, para mim não importa muito quem domine o mundo ou não, desde que eu possa trabalhar no meu jardim em paz. No momento, a mestra Chibang é a que está mais próxima de garantir esse futuro.

– Você parece gostar bastante daqui, não?

– Amo esse lugar e as plantas. Não me sentiria bem em nenhum outro trabalho. Ainda mais, em um trabalho de tanta importância para o nosso clã.

– Hã?

– Muito de nosso orçamento vem da venda de plantas. Cultivamos todo tipo de vegetais por aqui e alguns valem bastante no mercado.

– Sério mesmo?

– A conversa está agradável - disse Fengmi, puxando mais algumas folhas de seu decote - Mas precisamos continuar, não é? Já falou bastante.

– Não vou me render. Irei derrubá-la e acompanhar os outros.

– Me derrubar? Não me leve a mal, mas isso vai ser bem difícil, viu?

– Já passei por muitas situações difíceis antes!

– Veremos...Tempestade de Folhas!

Álvaro usou sua raquete reforçada com ki para rebater as folhas, embora uma tenha passado de raspão por seu braço e feito um pequeno corte. Mas nada que o impedisse de continuar lutando.

– É...parece que você sabe controlar bem o seu ki.

– Não viria até aqui sem saber isso. Sei muito bem do que vocês são capazes. Não subestimarei nenhum de vocês. Por isso luto sério mesmo com uma garota como você!

– Que gentil...você deve fazer sucesso com as meninas, não?

– Não entendi.

– Pena que é meio lento. De qualquer modo, isso está longe de ser minha única técnica.

Álvaro permaneceu em alerta. Independente do tipo de técnica que Fengmi estivesse preparando, ele precisa manter-se em guarda. De onde o ataque poderia vir?

– Você está no meu jardim. E aqui, tudo está sob o meu controle!

Fengmi levantou suas duas mãos lentamente, fazendo surgir quatro estranhas árvores com um formato de ventilador (?). Álvaro nunca tinha visto algo parecido com aquilo antes, mas Fengmi fez questão de explicar.

– Árvores Giratórias - disse ela - São algumas das plantas cultivadas com auxílio de ki.

Parece que ki é a explicação máxima para qualquer absurdo que ocorra aqui. Para o autor isso é ótimo. Ele não precisa dar nenhuma explicação científica para as loucuras que acontecem. Agora que já vislumbramos o quanto o autor da história é preguiçoso, podemos voltar para a luta.

As árvores giratórias, como o próprio nome diz, começaram a girar e lançar folhas cortantes como as que Fengmi havia lançado por todos os lados. Álvaro tentou rebater, mas não conseguir impedir de ser atingido de raspão por algumas. Ele consegue sair da região de perigo, mas Fengmi podia orientar as folhas conforme sua vontade.

– E então? Vai só ficar se defendendo? Uma hora você não vai mais aguentar! - disse a garota sorrindo docemente. Ela era muito meiga para alguém que estava tentando assassinar outra pessoa. Normalmente, esse é o tipo de gente mais assustadora.

"Não tem jeito..preciso atacar", pensou Álvaro. Pegando suas bolas de tênis da mochila e atacando na base das plantas. "Não adianta defender das folhas, se não atacar a fonte delas: as plantas"

Até alguém como Álvaro consegue ter sua inteligência aprimorada pela adrenalina do momento. Ele conseguiu mirar bem no caule das tais árvores giratórias, parando assim o ataque delas. Não foi fácil fazer isso enquanto se esquivava de todas aquelas facas em forma de folhas, mas ele conseguiu. Fengmi parecia decepcionada.

– Oh, minhas árvores.

– Sinto muito por elas - disse Álvaro - Mas já disse que minha intenção aqui é derrotar você! Mesmo que alguns sacrifícios contra a natureza precisem ser feitos.

– Tudo bem. Ainda tem muito mais de onde essas vieram - falou Fengmi, mostrando outro sorriso - Levantem-se...Rosas Vampiras Gigantes!

"Rosas..Vampiras?", pensou Álvaro, já mantendo sua postura de guarda. De repente, começaram a germinar rosas de diversas cores, mas eram bem maiores do que rosas comuns e tinham...dentes?

– São outras de minhas criações. Essas rosas adoram sangue humano.

– Rosas Vampiras. É, não é difícil de imaginar.

– E elas atacam qualquer coisa que se mexa...exceto eu, é claro, que consigo pará-las facilmente.

Álvaro deixou sua raquete em mãos. As plantas avançaram na direção dele como serpentes.

– Ah, sim. E elas são extremamente rápidas e tem raízes enormes, podendo se locomover por esse jardim inteiro. A quantidade de ki necessária para isso é impressionante. Ainda bem que tenho os poderes do pingente.

Mais uma observação. Mesmo para situações absurdas demais até para uso de ki, a presença dos pingentes é mesmo muito útil para catalisar esses poderes. Esse autor é mesmo um fanfarrão!

– Droga - disse Álvaro, ao ser atingido pelos espinhos de uma das atacantes.

– Cuidado com os espinhos, heim? Rosas são perigosas por causa deles. Principalmente quando conseguem lançar espinhos.

– Como?

– Ah, é. Esqueci de falar. Elas também conseguem lançar os próprios espinhos.

E foi o que elas fizeram. Álvaro fez o que podia para rebater os ataques, mas eram muitos até mesmo para sua raquete. Ele teve que se esconder atrás de uma árvore para impedir o ataque em massa das plantas.

"E agora? Como vou sair dessa?"

– Já desistiu? É uma pena que ter seu sangue drenado pelas minhas rosas não seja uma morte muito tranquila. Mas agora já é tarde, né? - disse Fengmi, com um sorriso ainda mais meigo que os outros. Essa garota é assustadora, para dizer o mínimo.

"Preciso derrotar essas rosas...preciso...pensar", pensava Álvaro, com o suor escorrendo pelo seu rosto. Será que a adrenalina da situação fará o cérebro diferenciado de Álvaro pensar em alguma coisa?


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Notas finais do capítulo

"Muito de nosso orçamento vem da venda de plantas. Cultivamos todo tipo de vegetais por aqui e alguns valem bastante no mercado."

Entendedores entenderão. Hehe. (Foi só uma piada, não uma apologia. Não precisa me denunciar para a moderação)

Até o próximo cap. ^^



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