Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will
Capítulo 173 - Embate de três feras
Jilié era o portador do pingente do cão, um dos membros da Meyou Zídan de alto nível. Astolfo e Kéfera se ofereceram para ficar ali e enfrentar o oponente. O grande e peludo Jilié dava mais alguns passos na direção dos dois lutadores e, repentinamente, tentou atingi-los com sua enorme mão. Kéfera e Astolfo saltam para os lados.
"Que rápido", pensou Kéfera, enquanto saltava. "Mais um pouquinho e eu não conseguiria desviar!"
– Muito bom - falou Astolfo - Mas vai precisar de mais do que isso!
Astolfo se impulsiona para frente após o salto e tenta atingir Jilié na costela. No entanto, é defendido pelas grandes mãos do oponente. Ainda assim, Jilié é empurrado para trás.
– O que é isso? - Jilié observou algo amarrado nos punhos de Astolfo - É...um pingente?
– Parece que me dei bem com o pingente do seu colega, não é? - falou Astolfo, que conseguiu aumentar sua força com a ajuda do pingente do Boi, embora a joia não tenha ajudado muito mais do que isso. Astolfo tentou mais um ataque e dessa vez Jilié foi obrigado a usar os braços para proteger a cabeça do golpe. No entanto, logo atrás, Kéfera o atacou com um belo chute bem encaixado. Jilié quase caiu para a frente. A dupla parecia estar indo bem.
– É covardia atacarmos em dois, não acha? - falou Kéfera - Desse jeito não será uma luta honrada.
– Não subestime esse cara - falou Astolfo, em um tom raro de preocupação.
De fato, Jilié começou a rir assim que terminou de ouvir o que Kéfera disse.
– Covardia...covardia...vocês poderiam vir até em cinco. Ainda assim não teriam chance - disse o "lobisomem" da Meyou Zidan. A loirinha também começou a ficar preocupada após ouvir aquilo. Jilié se virou, com um sorriso que mostrava bem suas presas - Isso é o melhor que conseguem fazer?!
Kéfera resolveu responder essa.
– Você quase foi derrubado agora. Pare de fingir que não foi nada!
– Então por que não tentam me atacar juntos de novo? Vai ser divertido!
– Não caia na provocação dele, Kéfera. Ele deve estar armando alguma...
– Sempre fui do tipo que prefere arriscar - disse a loirinha, dando um leve sorriso. Mas Jilié também tinha seu sorriso. Assim que Kéfera se aproximou, todo o corpo de Jilié liberou uma imensa quantidade de ki. A garota foi lançada para trás no mesmo instante.
"É mesmo muito forte! Agora..."
– O que foi? Não conseguem se aproximar? Por que não tentam?
– Esse tipo de coisa não nos assusta - falou Kéfera, mais séria e deixando seu ki quente tomar conta de seus punhos. Chamas apareceram em suas mãos.
– Que truquezinho interessante, mas..
Kéfera não terminou ele terminar de falar e lançou sua bola de fogo, uma cortesia do pingente do Tigre que a loirinha pegou emprestado. O poder dela seria surpreendente para qualquer pessoa vendo de fora, mas Jilié não se abalou nem um pouco. Frações de segundo antes do ataque atingi-lo, ele usou seus punhos protegidos por uma barreira de ki para rebater a bola para longe. O ataque se apagou ao bater em uma das paredes da mansão.
– Vão precisar de bem mais do que isso!
– Droga.
– Haahh! - Astolfo resolveu atacar mais uma vez. Jilié defendeu os dois punhos do garoto com suas mãos. Depois disso, o atingiu na barriga com uma joelhada.
– Então são vocês que querem parar a mestra Chibang? Não me façam rir!
Kéfera tentou mais um ataque pelos lados, mas Jilié a golpeou forte na barriga. A mocinha foi lançada para longe, quase caindo em cima de arbustos espinhosos que haviam por ali.
– Ainda vão me fazer estragar o jardim da base. Tsc. Investimos pesado em jardinagem, sabiam? - retrucou Jilié - A Meyou Zídan tem bases em vários países. Se serve de consolo, o país de vocês é um dos que mais me agrada. Podem ir para o inferno com a certeza de que viveram em um paraíso natural.
– Não vamos morrer assim tão cedo - disse a garota, se levantando com um sorriso no rosto.
– Ah, então você insiste? - falou Jilié, mantendo seu sorriso maligno - Às vezes é mais sábio saber quando desistir. Se bem que, é natural lutar pela vida até o último instante. Até um rato começa a morder o gato quando se sente acuado...mas cães não costumam ter muita piedade de suas vítimas.
– Já vi que você é forte - disse Kéfera, ainda terminando de se levantar. Agora seu sorriso parecia ainda mais fora do comum - E isso está fazendo minha adrenalina subir!
Jilié estranhou um pouco a reação.
– Está..gostando disso? - perguntou Jilié.
– Quanto mais forte é o meu oponente, melhor - disse ela - Nada me deixa mais excitada do que romper meus limites!
O ki quente de Kéfera parecia aumentar de intensidade cada vez mais. Do outro lado, Astolfo também se levantou satisfeito, aumentando mais ainda sua vontade de lutar.
– Exatamente. Concordo com ela.
– Você também? - disse o guardião, voltando seus olhos para Astolfo.
– Tem que ser forte. Se não..cadê a graça?
Jilié começou a rir também. Os três pareciam satisfeitos.
– Entendi...vocês tem espírito de guerreiro. Bom, muito bom. É com pessoas assim que eu sempre quis lutar.
– Sério? - perguntou Kéfera.
– Sabe qual a pior parte de ser forte? Não tem quase ninguém com quem se possa lutar. Meu sonho é um dia desafiar a mestre Chibang e o Long...mas eles vivem ocupados e me ignoram. Fiquei bem feliz quando soube de inimigos invadindo nossa base.
– Então você gosta de lutar? Bom...vejo que é diferente do Shandiàn - disse a garota.
– Ah, aquele covarde que odiava lutas? Sim, sou bem diferente dele.
Kéfera parecia satisfeita em enfrentar um oponente valoroso.
– E isso inclui o nível de poder! Estejam prontos para o melhor que o pingente do Cão pode oferecer!
Aquele oponente parecia mesmo uma fera selvagem? Quais seriam seus poderes ocultos?
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