Capítulo 169 - Uma Visita Inesperada

Finalmente nossos heróis chegaram até a base da Meyou Zidan. Agora era uma questão de tempo até conseguirem ficar frente a frente com a líder do clã, Chibang. Mas isso não seria tão simples assim. Pelo aviso de Ningjing, Chibang não era o tipo de pessoa que resolvia as coisas de forma tão pacífica. Falando em Chibang, antes de mostrarmos como o grupo dos mocinhos entrou na base, vejamos o que acontecia dentro das dependências da base.

– Mestra Chibang - disse Long, o fiel servo de longos cabelos da jovem mestra - Ainda não temos nenhuma notícia dos últimos enviados.

– Yang, Bhaozhá, Shuímían... - balbuciou Chibang, ao se lembrar de todos os subordinados que havia mandado para recuperar os pingentes - Será que tiveram o mesmo destino de Bao e Shandiàn?

– Temo que sim, Mestra - falou Long - Creio que subestimamos demais nossos inimigos.

– Isso não faz sentido. Somos a Meyou Zídan. Em termos de luta, ninguém nesse mundo deveria ser superior a nós, no entanto...

Nisso, um pensamento passou pela cabeça de Chibang.

– Ningjing...sem dúvida. Ela deve estar por trás disso.

– Ningjing? Não acha que ela deve ter acabado como os outros?

– Minha irmã agiu estranhamente. Talvez ela tenha nos traído.

– Por que Ningjing faria isso? - intrigou-se Long.

– Você não sabe, mas ela tem um lado misterioso que nem eu entendo.

– Como assim?

– Digamos que seja minha intuição...mas sempre suspeitei que houvesse algo de errado com Ningjing. Não sinto nela o mesmo que sinto nos outros membros do zodíaco.

– O coelho é um traidor? Esperaria isso do rato, mas...

– É uma hipótese. Uma hipótese bem plausível, aliás. Se Ningjing estiver agindo em conjunto com aqueles moleques da Academia Wong...não é de se espantar que nossos enviados tenham sido derrotados um a um.

– Nesse caso, talvez seja hora de eu entrar em ação - falou Long - Garanto que posso derrotar Ningjing.

– Sim. Talvez você seja o membro mais forte do nosso clã, Long - comentou Chibang - Ainda assim, é melhor pensarmos no que fazer com calma. Estratégia sempre é importante.

– Estarei aguardando suas ordens, Mestre Chibang - disse Long, curvando-se diante dela e saindo pela porta principal da grande sala onde eles estavam. Chibang voltou para sua mesa e voltou a ler pergaminhos antigos.

"Preciso recuperar logo todos os pingentes...já esperei tempo demais para cumprir o meu plano. Esse mundo será meu em breve!", pensava ela, enquanto mantinha sua expressão séria nos papeis antigos em sua mesa.

Long saiu da sala, dando de cara com uma de suas subordinadas, Dúshé, a guardiã do pingente da Serpente e uma das primeiras enviadas ao Brasil para recuperar o pingente do galo.

– Mestre Long - disse ela, em uma voz doce - Como está nossa situação?

– Estamos mais atrasados do que imaginávamos - respondeu Long, sem sequer olhar para o rosto dela - Nossos inimigos são inesperadamente fortes.

– Difícil de acreditar...se soubesse que isso iria acontecer, teria matado todos eles quando tive oportunidade - falou Dúshé.

– E se tivesse percebido que roubou um pingente falso, teria nos poupado muitos problemas - lembrou Long, para mais sentimento de culpa em Dúshé.

– Eu...peço perdão..

– Culpa não vai adiantar nada agora - falou Long - O que precisamos é de um plano bom o bastante para garantir nossa vitória.

– Tenho certeza de que venceremos. O que poderia nos deter?

– Ningjing estar do lado do inimigo?

– Como? Mas ela é irmã da mestra e..

– E uma das mais poderosas do zodíaco. Tsc. Eles ganharam um reforço e tanto se isso for verdade. A mestra suspeita da irmã e estou começando a acreditar nisso também.

– Estarei pronta para enfrentá-la também - disse Dúshé - Não permitirei que nossos planos sejam arruinados por ninguém.

– Espero que sim - foi o que Long disse de maneira ríspida. Dúshé o seguiu com os olhos.

"Mestre Long...farei o possível para vencer e o impossível para que você me note", pensou a mulher, não conseguindo esconder um sorriso no rosto.

Voltando para nossos amigos, eles finalmente chegam à grande entrada da base, um enorme portão de ferro que permitiria uns cinco caminhões passarem ao mesmo tempo. Lien levantou o problema imediatamente.

– E agora? Como a gente vai entrar aí?

– Bem, viemos tentar conversar, não é? Onde fica a campainha? - perguntou Álvaro.

– Campainha? Desde quando uma base de vilões tem campainha? - respondeu Lien, já nervosa.

– Err...aqui? - disse Alex, apontando para um interfone, logo ao lado de uma caixa de correios e uma plaquinha escrito "medidores de luz e água, favor dirigir-se ao lado". Uma gota escorre pela cabeça de todos.

– Eles são bem organizados para um clã maligno, né? - comentou Kéfera.

– Bom, calma, antes de qualquer coisa precisamos pensar no que falar e... - mas o conselho de Amanda foi interrompido imediatamente por Alex que acabara de tocar a campainha.

– Seu animal! O que você fez? - disse Lien irritada.

– Ué? Não iríamos tocar de qualquer jeito? - perguntou ele.

– Mas a gente nem planejou nada! Grr! Quem deixou esse cara vir, heim?

– Quem é? - disse uma voz, saindo do interfone. Alguém havia atendido. Chegou a hora. O clã Meyou Zidan e a gangue da Academia Wong iriam se comunicar. O que nossos amigos irão dizer?