Capítulo 168 - Chegando na base inimiga!

Finalmente nossos amigos cansaram de defender e resolveram tirar satisfação com a terrível Meyou Zidan. Era preciso acabar com aquilo de uma vez por todas.

– Tá legal - falou Alex - Vamos nessa!

– Epa, peraí. Você tá pensando em ir junto também? - questionou Amanda.

– É claro! Você acha mesmo que eu vou perder a chance de registrar o filme do século? - respondeu o garoto.

– Você só vai nos atrapalhar! Não garantimos a sua segurança! - ralhou Amanda.

– Eu sei me virar sozinho, dá licença? Ninguém é melhor do que eu em fugir ou se esconder - disse ele.

– É...nesse ponto, acho que ele tem razão - concordou Lien - Alex é incrivelmente covarde e sempre se esconde bem para tirar fotos das garotas escondido.

– Viu só? E, ei, não fale como se eu fosse um tarado!

– Mas você é - reforçou a chinesa.

Kéfera riu. André apenas suspirou.

– Você pode vir, mas vai ter que tomar cuidado.

– Pode deixar, Andrezão. Eu sei me cuidar.

Nisso, Ming entrou na conversa.

– E-eu...eu...gostalia de pedir desculpas! - disse ele, se curvando um pouco.

– Quando ele troca as letras é porque tá nervoso - falou Lien - Qual o problema, Ming?

– Isso tudo só está acontecendo por minha culpa...se eu não tivesse atraído a Meyou Zídan...eu...

– Você não teve culpa de nada, Ming - respondeu Lien - A Meyou Zidan é um grupo de bandidos. Não tinha como enfrentar uma corja dessas. Sem ofensas, Ningjing.

– Você está certa - falou Ningjing - No fundo, não passamos de bandidos e assassinos...tudo pela ambição da minha irmã.

– Essa sua irmã...é forte? - perguntou Kéfera.

– Forte o bastante para barrar outros membros mesmo sem um pingente - respondeu Ningjing - Se ela colocar as mãos no pingente do Galo, vocês estarão em grandes apuros.

– Vamos fazer o possível para isso não acontecer - disse Amanda.

– Lien Wong! - falou Álvaro - Prometo não envergonhá-la. Agora sinto que estou bem mais forte.

– Eu sei...não precisa repetir isso a cada minuto - reclamou a garota.

– E você, Astolfo? - perguntou André - Acabou ficando com esse pingente do Boi mesmo?

– É. Parece que consegui um apoio dele nos treinamentos - falou o empolgado Astolfo - Acho que fiquei mais forte!

– Sobre os pingentes - Ningjing aproveitou para tecer um comentário - O melhor que vocês tem a fazer é conseguir arrancar os pingentes dos inimigos. Façam isso e terão uma grande vantagem.

– Você...não vem com a gente, Ningjing? - perguntou André.

– Infelizmente - ela desviou o olhar para os lados - Tive que gastar uma quantidade de ki muito alta para manter o espaço restrito da barraca. Não estou em condições de lutar, na verdade..

A garotinha já parecia meio tonta. Professor Márcio a segurou imediatamente.

– Tudo bem, Ningjing? - disse André, esboçando uma preocupação sincera.

– Estou bem. Mas ainda preciso levar vocês até lá.

– Levar a gente? - perguntou Astolfo - Mas o lugar deve ser longe pra caramba! Você tem condições de chegar lá e...

– Não se preocupe - disse Ningjing com um leve sorriso - Ainda tenho forças para criar um portal que levará vocês direto às proximidades da nossa base.

– Caraca. Nada como controlar o espaço, fala aí? - disse Alex, animado.

– Que animação...você sabe que podemos morrer, não sabe? - reclamou Amanda.

– Mas eu confio em vocês - respondeu o cinegrafista.

– Seu bom humor é irritante - continuou a garota. Márcio pigarreou para que as atenções voltassem para Ningjing.

– Afastem-se. Vou criar o portal agora.

Ela faz um círculo no chão que, imediatamente, se transforma em um portal. Depois disso, ela cai nos braços do professor, gerando um certo tom de ciúme em Amanda, mas nada perceptível.

– É isso...boa sorte - disse ela - Guardem bem a localização do portal. Ele sumirá se eu ficar inconsciente ou dormir, já que não estarei com o ki concentrado, mas não sairei daqui. Basta me ligarem que poderei reativá-lo.

– Obrigado por tudo, Ningjing - falou Lien, a primeira a entrar no portal - E...desculpe por não termos confiado em você logo no início.

Ningjing não disse nada.

– Apenas vá - falou ela.

– Sim - concordou Lien, saltando para o portal. Todos os outros foram em sequência.

– Que o destino seja favorável a eles - disse Mestre Wong. Ming concordou.

"Finalmente eles foram", pensou Ningjing. "Esses garotos...minha família...quem será que vai vencer? Preciso acordar até o resultado final..."

Assim que saíram pelo portal, todos caíram em uma região nublada, vegetativa e cheia de mosquitos. Coisa que Kéfera reparou na mesma hora.

– Ai, que horror...tem muito mosquito aqui - disse a loirinha - Eu nem trouxe meu repelente...

"Enfrenta inimigos sobrehumanos...reclama de mosquitos", pensou Alex.

– Deve ser uma região mais tropical. O pessoal da China aguenta esse clima? - perguntou Astolfo - Heim, Lien?

– E eu vou saber?

– Mas você não é chinesa? - perguntou Amanda.

– Sou, mas não fico comparando climas de regiões diferentes. Até gosto de Geografia, mas aí já é demais.

– Deixando isso de lado, onde fica a base inimiga? - perguntou Álvaro.

– Acho que é ali - disse André, que já havia subido em uma pedra para visualizar melhor a situação. Na verdade, não parecia tanto com uma base, parecia mais um castelo.

– Esse tipo de coisa existe no Brasil? - perguntou Kéfera.

– Até onde eu sei..não - falou Alex, tão espantado quanto.

– Já ouvi a Ningjing falar que a Meyou Zidan tem bases secretas pelo mundo todo. Nunca pensei que eles fossem tão poderosos.

– Não faz muito sentido - disse Alex - Se a Meyou Zidan é assim, já deveríamos ter ouvido falar dela em algum momento, não?

– Por favor, Alex...você ainda quer achar algum sentido nessa história? Se a gente começar a contar tudo que não tem lógica até agora não vamos para a frente - falou Lien.

– Tá bom, vai...vamos logo.

– Sim. Vamos - disse André - Hora de resolvermos logo essa encrenca!

O que estará aguardando nossos sete amigos na base dos vilões?