Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will


Capítulo 146
Capítulo 146




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Capítulo 146 - A Garra do Relâmpago

O jovem rapaz com longa trança se chamava Shandiàn, o próximo enviado da Meyou Zidan. Shandiàn atacou a Mansão Maiglockhen em busca do pingente do galo, passando facilmente pelos guardas. No entanto, Frederique, a governanta da família, estava disposta a impedi-lo. Aparentemente, Frederique estava na vantagem, conseguindo colocar uma faca afiada bem perto do pescoço do inimigo.

– Saia daqui antes que eu me irrite de verdade - disse a governanta - Não estou brincando.

– Oh, você é bem rápida - observou Shandiàn - Você não é uma pessoa comum, é?

Frederique não disse nada, mas também não moveu nenhum músculo. Estava determinada e um guerreiro como Shandiàn sabia quando encontrava uma pessoa que lutava seriamente. Mesmo assim, o invasor não se sentia nem um pouco intimidado. Shandiàn levantou seus braços e, naquela hora, a governanta saltou para trás, como se seus instintos gritassem sobre o perigo. Ela sabia que não podia chegar perto daquelas mãos.

– O que foi? Desistiu?

– Sabia que você não seria derrotado tão facilmente - comentou Frederique - Mas saiba que também não estou para brincadeira.

– Por que insiste? No fundo você sabe..

Ela apenas observava o discurso do invasor.

– ...você sabe que sou um inimigo que não pode derrotar - completou Shandiàn, lançando um olhar nada amigável para ela.

– Não teria tanta certeza - retrucou Frederique - Mas também reconheço que o seu nível é diferenciado.

– Mesmo? Obrigado pelo elogio...é sua última chance. Onde está o meu pingente?

– Pingente?

– Algo parecido com isso - Shandiàn revelou o pingente em formato de tigre que carregava - Você sabe...nessa casa há um pingente desses. Cada pingente corresponde a um signo do zodíaco chinês e cada um deles é especial ao seu modo. Temos muitos...mas precisamos de todos.

– Você fala no coletivo. Então não é o único atrás disso, é?

– Exatamente. Pertenço a um clã milenar...que realiza diversos serviços na China...não vem ao caso. Nosso objetivo depende desses pingentes.

– E para que vocês o querem?

– Também não vem ao caso - respondeu o invasor - Independente de você querer ou não, irei pegar o pingente. Estou apenas preocupado com sua segurança...não queria ferir uma moça bonita como você.

– Agradeço a consideração, mas não preciso de piedade - disse Frederique - Porque se você insistir, não irei ter pena.

– Heh! - grunhiu Shandiàn - Eu avisei...

O invasor levanta um pouco as mãos como se formasse uma garra.

– Pelo visto terei que te machucar! - disse ele, saltando rapidamente. No entanto, Frederique conseguiu saltar ao mesmo tempo e atingi-lo rapidamente com sua faca. Infelizmente, a governanta também foi atingida de raspão pelo adversário.

"Tsc", pensou ela. "Ele atingiu o meu braço...foi como se tivesse levado um choque"

– Peguei você - sorriu Shandiàn.

"Como?", Frederique sentiu seu braço formigar ainda mais. "Meu braço esquerdo...ficou...paralisado?"

– Esse é o meu poder - disse ele - Minhas mãos são garras afiadas...com raios.

– Raios?

– Garra Relâmpago! Meu pingente consegue controlar a eletricidade do ambiente e gerar pequenos raios...apenas observe.

De fato, quando ele se concentrava, conseguia gerar pequenas fagulhas com as mãos.

– Entendo. Então o formigamento que senti foi a sua garra de raspão, não é?

– Preciso de você viva para me dizer onde está o pingente - continuou Shandiàn - Então, posso controlar o poder da corrente elétrica que vai passar pelo seu corpo. Nesse momento, seu braço deve estar formigando muito...o choque deve ter deixado paralisado. Vai ficar assim por um bom tempo. Se eu te atingir de novo, sofrerá ainda mais.

– Não conte com isso - falou a governanta. Na mesma hora, ela lançou três pequenas facas na direção do inimigo. Shandiàn se desviou, mas aquele foi o tempo suficiente para Frederique se mover de modo extremamente veloz, aparecendo atrás de Shandián mais uma vez e atacando com um golpe de faca mais afiado. O invasor conseguiu se esquivar, mas também levou um leve corte no peito.

"Maldita!", pensou ele.

– Na próxima, não vou me conter - disse Frederique.

– Mesmo com um braço só conseguiu me atingir, heim? É...não devia ter te subestimado.

– Faça isso e terá uma morte mais rápida.

– E você também não deveria subestimar um membro de alto nível da Meyou Zidan - falou o adversário, assumindo mais uma pose de combate - Meu estilo de luta não irá perder!

– Infelizmente para você...conheço bem seu estilo.

– Como?

– Nesses poucos movimentos, já posso perceber que você usa o estilo tigre de kung-fu. E, digamos, que eu tenho bastante familiaridade com esse estilo...de todas as vezes que lutei com minha jovem mestra!

– Isso não significa nada - disse ele - Afinal, duvido que sua mestra tenha garras que dão choque.

– Não - retrucou Frederique, enquanto tentava sacudir seu braço para que ele se recuperasse do ataque - Mas em termos de velocidade...acredito que agora ela possa disputar com você.

– Não brinque comigo. Se eu atingir seu braço direito...também ficará paralisado. Não entendo muito bem como a eletricidade desse ataque funciona, mas seu poder de paralisia é real. Não vou falar mais: desista enquanto pode.

– Nunca. Lutarei até o fim - disse Frederique, com um olhar extremamente sério.

– Aprecio sua determinação.

Shandiàn avançou. Frederique se esquivava o máximo que conseguia. A luta entre os dois seria complicada. Com apenas um braço útil (já que o outro ainda estava dormente após o choque), o que diminuía muito seu ataque. O barulho da luta não demorou para chegar ao interior da casa, onde Kéfera tentava aproveitar o seu banho. Relaxada em sua banheira, a loirinha pensava quanto tempo demoraria para um novo adversário aparecer. E, justamente nesse momento de relaxamento e reflexão, a garota escuta sons de luta no jardim.

– Nossa, o que é isso? - indagou a garota, levantando-se da banheira e olhando pela janela. Por sorte, a janela do banheiro onde Kéfera estava permitia ver o que estava ocorrendo no jardim. E, para surpresa da garota, a luta contra os invasores já estava acontecendo - Ai, caramba. Eles já chegaram! Não tem tempo de tomar banho...preciso ajudar a Fred..aaaaai!

É, ela tropeçou na saída da banheira e caiu de um jeito estranho. Embora ela estivesse nua por acabar de sair do banho, o jeito tosco da queda acabou com toda a sensualidade. Mesmo assim, ela se levantou rapidamente, colocou o primeiro roupão que viu e saiu correndo para o jardim.

– Senhorita Kéfera..o que... - uma das criadas tentou perguntar o que estava havendo (afinal, correr por uma mansão chique só de roupão não era algo que se via todo dia).

– Desculpa, Dora, não posso falar agora. Depois eu explico!

Enquanto isso, a luta continuava. Infelizmente, Frederique percebeu que as facas que tinha escondida já estavam acabando.

– E agora...que tal paralisar o outro braço?

"Droga! Ele é mais habilidoso do que eu pensava! O que vou fazer?", pensou Frederique. Quem levará a vantagem nessa luta? E será que Kéfera poderá ajudar nessa luta?


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