Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will


Capítulo 143
Capítulo 143




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167381/chapter/143

Capítulo 143 - O calor da determinação

– Ufa! - Astolfo suspirou aliviado, enquanto girava o braço direito e alongava alguns músculos depois de quase ter sido esmagado pelo ataque de Bao - Realmente...se eu não estivesse bem treinado teria batido as botas com um golpe desses.

Bao não comentou nada. Suas "mãos de energia" recuaram, mas ele se mantinha atento. Astolfo sorriu, satisfeito com o oponente forte que tinha à sua frente.

– Gostei. É desse tipo de luta que eu tava precisando!

– Então você está se divertindo? Está me insultando, não é?

– Claro que não! Estou te enfrentando como um oponente honrado! - Astolfo se apressou em corrigir Bao - Só estou satisfeito com uma luta de alto nível dessas.

– Alto nível você diz - comentou Bao - Você realmente não sabe com o que está se metendo!

Bao lançou suas mãos na direção de Astolfo, mas dessa vez ele desviou a tempo. O garoto estava mais rápido. Mestre Wong percebeu isso na hora.

– Bom saber que acompanha essa velocidade - disse Wong - Mas...acha que conseguimos chegar perto dele?

– Não precisa se preocupar, Mestre - falou Astolfo - Eu cuido dele sozinho!

– Do que você tá falando, moleque?! - exclamou o velho mestre contrariado - Esse cara é demais pra você sozinho!

– Fique só olhando

Astolfo e Bao se encararam. Bao voltou a atacá-lo, mas agora Astolfo conseguia se desviar de todos os ataques. Tudo bem que boa parte dos golpes de Bao detonavam o chão e as paredes da academia (para terror dos bolsos de Wong), mesmo assim era uma vitória escapar de tantos ataques assim. Sem dúvida, um avanço nas habilidades de Astolfo.

"É isso! Tô chegando perto!", pensou ele. "Agora é só arrancar esse pingente dele e..."

Mas Astolfo não protegeu sua retaguarda e foi fortemente empurrado pelas costas. Bao mantinha total controle da situação, mesmo diante de uma situação adversa.

– Posso ser mais rápido que isso - falou o oponente chinês.

– Tsc. Nunca disse que seria fácil - falou Astolfo, se recuperando do último baque - Mas pelo menos agora eu tenho certeza de que você é fraco no corpo a corpo.

Bao não respondeu nada, mas manteve seu olhar atento para o garoto.

– Você é mesmo rápido, mas estou pegando o jeito dos seus ataques. Tirando os que vem de trás, é claro.

– Devia ter aceitado a ajuda de seu mestre - disse Bao - Não conseguirá me vencer sozinho.

– Talvez...mas você consegue?

– Claro que sim - respondeu Bao, confiante.

– Será? Tudo que preciso fazer para vencê-lo é tirar seu pingente, assim não poderá usar seus poderes. Mas para me vencer...teria que me matar.

– Você não seria o primeiro - disse Bao - Se o problema é esse...considere feito!

Bao lançou suas mãos com tudo. Astolfo conseguiu se desviar e manteve o mesmo ritmo. Dessa vez, nem mesmo o ataque por trás surtiu efeito. O chinês começou a ficar preocupado. E o nervosismo estava evidente em seu rosto.

– Isso é o mais rápido que consegue, não é? - perguntou Astolfo - Tá na sua cara. Admita!

– Certo..você pediu por isso! - Bao lançou mais ataques, ou seja, várias e várias "mãos de energia" começaram a atacar Astolfo. A intensidade dos ataques aumentou consideravelmente. No ritmo em que estava, certamente Astolfo teria problemas, mas o garoto ainda tinha uma carta na manga.

– Astolfo! - gritou Mestre Wong, ao ver o hiperativo rapaz ser atingido algumas vezes.

– Heh! Como eu imaginava! - sorriu ele.

"Do que está rindo?", pensou Bao.

– Pela sua cara, agora tenho certeza de que esse é o seu máximo! - exclamou Astolfo - Então agora é hora de dar o meu máximo também!

Astolfo gritou alto. Um berro necessário para todo o seu ki quente emergir com o máximo de intensidade. Aos olhos de uma pessoa comum, poderia ser um grito qualquer, mas Mestre Wong sentiu uma aura vermelha em torno do garoto.

"Ele tem um ki incrível...e quente", pensou Mestre Wong. "O que aquela pirralha andou ensinando para esses meninos?"

A intensidade do ki de Astolfo foi suficiente para repelir os ataques de Bao. Astolfo estava empolgado. E empolgação era o gatilho para que ele liberasse toda sua energia. Era o jeito dele ser.

"Não é impossível. Ele está chegando mais perto...não, não vou deixar"

Bao começou a intensificar seus ataques. Ele atingia Astolfo por todos os lados, mas o garoto era persistente e não se deixou abalar por mais que os ataques fossem fortes. Seu ki estava no máximo até que, finalmente, ele conseguiu se aproximar de Bao.

– Agora! - gritou Astolfo, chegando perto de Bao e arrancando o pingente dele com seu braço esquerdo. Com o braço direito, ele emendou um soco que lançou o pobre garotinho chinês para longe. As "mãos de energia" sumiram na mesma hora.

– Conseguiu! Ele conseguiu! - gritou Alex, que estava filmando tudo escondido ao lado de Ming.

– Inclível...- disse Ming, sempre deixando seu sotaque escapar em momentos de emoção - Não é que ele conseguiu?

– Hehe! O maluco das mãos teve o que mereceu - falou Alex, orgulhoso de ter filmado os melhores momentos da batalha.

– Heh! Está aqui..o pingente do Boi ou o que for - falou Astolfo, apenas para cair no chão logo depois de dizer isso.

– Astolfo! - Mestre Wong correu para ajudá-lo - O que houve?

– Hehe! Na hora eu não senti por que estava com meu ki no máximo, mas...levei uma surra monumental. Os ataques dele não são brincadeira.

– Mas você venceu. E é isso que importa! - disse Wong.

– Aqui está..o pingente - falou Astolfo, entregando o pingente para Wong - Talvez possamos usar isso para conseguir algumas informações...

– Obrigado, Astolfo. Você foi um heroi! - reconheceu Wong.

– ...sim. E estamos na vantagem. Eles nunca suspeitariam de que o pingente do galo está bem protegido na mansão Maiglockhen.

– Eu...ouvi isso - disse Bao, se levantando enfraquecido e com um sorriso no rosto.

– Como? - Wong praticamente arregalou os olhos (e considerando que ele era um velho chinês isso era muita coisa).

– Mansão Maiglockhen, não é? Essa era a informação que precisava e para azar de vocês minha memória é fotográfica. Iremos recuperar todos os pingentes antes que vocês percebam. Obrigado!

– Espere..

Mas o grito de Wong foi inútil. Bao saltou rapidamente para fora da academia e fugiu em uma velocidade sobrehumana.

– Acho que...falei o que não devia, não é? - comentou Astolfo.

– Retiro o que disse! Herói porcaria nenhuma! Seu idiota! - e os chutes que Mestre Wong dava em Astolfo não pareciam menos doloridos do que os ataques de Bao.

E agora? Que consequências o final dessa batalha terá desencadeado?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nota do autor: se Encrenca Shaolin tivesse um game de luta (e sim, já pensei muito em como seria isso), acho que os ataques do Bao seriam bem legais. Mas...se tivesse um jogo assim, minha preferida seria a Amanda. Hehe.

Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encrenca Shaolin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.