Encrenca Shaolin escrita por Metal_Will


Capítulo 135
Capítulo 135




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Capítulo 135 - Acordo

Muito foi explicado naquela manhã. Ningjing, após ser derrotada por Márcio, assumiu sua derrota e contou os verdadeiros planos da Meyou Zidan. Mais do que isso, contou a origem do poder dos pingentes dos doze signos. Lien estava pasma. No final das contas, estava enfrentando uma ramificação perigosa de sua própria família. Já Amanda tentava pensar da forma mais racional possível.

– Isso esclarece muita coisa - comentou a boxeadora - Mas...por que resolveu contar tudo isso para a gente? A Lien seria sua pior inimiga, não?

– É...é verdade! - concordou Lien - O que você ganha contando isso pra gente?!

– Eu já falei - disse Ningjing - Meu plano inicial era derrotá-los e pegar o pingente do galo para achar um jeito de chantagear minha irmã. Mas, como fui derrotada, resolvi apelar para um plano B.

– E como podemos confiar em você? - lembrou Alex - E se for só um truque para descobrir onde está o pingente?

– Não estou interessada em dominar o mundo - disse a menininha - Tudo que queria era viver uma vida pacífica, levando o nome da família adiante. Minha irmã que herdou essa veia ambiciosa. Mas eu considero isso um erro.

– Então..você não é má - concluiu André e continuou de forma sorridente - Se está tentando impedir os planos da sua irmã, você é uma pessoa boa!

– Sério? Não esperava que julgassem meu caráter dessa forma...afinal, eu quase deixei vocês presos em um labirinto de espaço distorcido para sempre - disse Ningjing de forma sarcástica.

– Concordo com André - disse Márcio, colocando a mão na cabeça de Ningjing - Nunca pensei nessa garota como uma pessoa ruim. Mas...é difícil acreditar nisso depois de tudo que passou.

– Entendo - concordou Ningjing - Mas, independente de acreditarem em mim ou não, vocês não podem fugir da Meyou Zidan.

Ao ouvirem isso, nossos heróis começam a ficar mais tensos. É verdade. A Meyou Zidan não iria ficar parada se Ningjing não retornasse logo.

– Se eu não voltar logo com o pingente do galo - continuou Ningjing - Minha irmã enviará mais alguém para investigar o que aconteceu. Vocês terão que enfrentá-los de qualquer maneira.

– É. Faz sentido - disse Lien, cruzando os braços em sinal de preocupação - Quanto tempo você acha que poderá segurar sua família?

– Tecnicamente...eles são sua família também - disse Alex.

– Cale a boca! Não vou considerar meu parente quem quiser me matar! - reclamou a chinesa.

– Respondendo sua pergunta - disse Ningjing - Posso entrar em contato com eles e dizer que demorarei mais dois dias. Mas não acho que possa segurá-los por mais tempo que isso.

– Dois dias - balbuciou André - Então não teremos muito tempo para nos preparar..

– Será? - disse Ningjing - É nesse ponto que eu gostaria de ajudar.

– Hã? - estranhou Amanda - Como pode dizer isso?

– Vamos fazer um combinado - disse ela - Posso ajudá-los para enfrentar o que está por vir...porque realmente é meu interesse que vocês impeçam a minha irmã;

– E como vamos confiar em você, heim? - reclamou Lien.

– Simples. Não vou exigir em nenhum momento que me digam onde o pingente do galo está - falou ela. Alex ainda achava incrível como uma garotinha daquela idade conseguia se expressar tão bem.

– Será que é o bastante? - pensava Lien.

– Acho que não temos muita escolha - disse Amanda - Essa menina é uma das únicas que pode nos dar informações sobre a tal Meyou Zidan.

– Sim. Se ela estiver mesmo disposta a colaborar - concordou André - Seria de uma ajuda valiosa.

– Eu vou com vocês - disse Márcio, com uma expressão sorridente.

– Ah, professor? - Amanda tinha até esquecido que o professor tinha visto tudo - Espere...essa luta não é sua. Não precisa se envolver em nossos problemas.

– Mas se meus alunos estão com problemas, é meu dever ajudá-los - respondeu ele.

– Bom, na verdade essa luta também não é sua, Amanda - disse Lien - Sério. Não precisam se incomodar com problemas da minha família e...

– Deixa disso! - reclamou a boxeadora - Agora que já sei de tudo, não vou aguentar ficar parada. E como presidente do conselho disciplinar não posso deixar um problema envolvendo a escola passar em branco.

– Bom, já que insistem - suspirou Lien - Mas eu não sei até onde isso pode ir.

– Estamos prontos - falou Márcio - Também estou curioso para ver como são os outros pingentes...

– Cuidado com o que deseja - disse Ningjing - É como eu disse...não usamos armas de fogo. Mas para nós elas são desnecessárias.

– Antes de qualquer coisa - falou Lien - Vamos falar com o vovô. Ele precisa ouvir sua história.

Ningjing concordou e logo o grupo se deslocou para a Academia Wong. Na saída, Kéfera e Astolfo (além de muitos outros alunos e o diretor da escola) estavam aguardando.

– Ah! Vocês conseguiram! - disse Kéfera - Foi muito difícil derrotar aquela garota e...ah!

– O que ela tá fazendo aqui? - indagou Astolfo - Ela hipnotizou vocês? Tá legal, galera! Eu enfrento eles...sei que vai ser difícil enfrentar antigos parceiros, mas se foi uma lavagem cerebral, não tenho escolha. Em guarda..haaaa!

Astolfo já disse tudo isso emendando um ataque. Lien bloqueou o chute do garoto na mesma hora.

– Não tem lavagem cerebral nenhuma! - reclamou a Wong - O professor Márcio a derrotou e ela resolveu nos contar tudo.

– Ah, então essa garotinha era a responsável por tudo? - reclamou o diretor - Mas...ela é tão fofa...está perdoada!

– O senhor é mesmo um diretor? - reclamou Fernanda, a secretária.

– Acalmem-se - disse André - Ela vai explicar tudo, não é, Ningjing?

– Se estiverem dispostos a ouvir - disse a garotinha.

– Certo - falou Lien - Vamos para a academia. O vovô precisa ouvir isso.

– Tudo bem - disse Kéfera, animada.

– Convenceram você rápido, heim? - falou Alex.

– Ah, se vocês acreditam nela, eu também acredito. Sou mais de agir do que de pensar - falou a loirinha.

– Desse jeito você só contribui com a difamação da cor do seu cabelo - falou Alex.

– Hã? Não entendi - disse ela.

– Esquece - falou Alex - Vamos lá pra Academia. Nessa hora já deve ter um lanchinho.

– Você realmente já se sente da família, né? - disse Lien.

– Hehe. Não posso evitar - respondeu o fotógrafo - Mas...tô com a impressão de que esquecemos de alguma coisa.

Na cobertura do colégio, Álvaro finalmente acordou do ataque nocauteador que levou.

– Ué? - disse ele, esfregando a cabeça - Onde está todo mundo? Oh, não. Será que um portal me levou para algum universo paralelo igual ao meu, mas sem ninguém! Nããããooo!

Bem, uma hora ele vai descobrir a verdade...


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Notas finais do capítulo

Como nossos amigos irão se preparar para os perigos que virão? Aguarde os próximos capítulos!



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