All About Us escrita por Helle


Capítulo 6
Break Away


Notas iniciais do capítulo

O Nyah teve uma pequena emergência médica, então só consegui postar agora... Espero que gostem o/
P.S.: A música eleita do dia (que mais uma vez não tem nada a ver, mas ok) foi Break Away - John Mayer



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-Onde diabos você estava? –Perguntou Rony ao ver Hermione sentada à mesa durante o café da manhã.

A castanha lhe enviou um olhar que mesclava medo, culpa e raiva. Ainda se sentia confusa devido aos acontecimentos da noite anterior. Havia voltado de madrugada para o salão comunal da grifinória. Draco tinha conversado com ela durante todo o trajeto e a deixado no retrato da mulher gorda. Ele simplesmente surpreendeu a garota ao agir como um perfeito cavalheiro levando todos os livros que ela escolheu ler e despedir-se com um delicado beijo na testa.

-Hermione! –Exclamou Rony acordando a garota de seu devaneio.

-Não enche Ronald! Não é da sua conta onde eu estava. –Disse a garota com sua velha petulância de sempre.

Harry engoliu uma risadinha, ato que não passou despercebido por Rony e Hermione. O primeiro se limitou a lançar-lhe um olhar assassino. A castanha entretanto, olhou com carinho para o amigo e lhe enviou um sorriso singelo, Harry sorriu-lhe de volta e concordaram com as cabeças em uma compreensão mútua.

O dia acabou incrivelmente rápido. Rony não importunou mais a ex-namorada, que pra ele ainda era namorada, também não houveram sinais de Draco Malfoy o dia inteiro.

Hermione estava lendo em seu tempo livre, como sempre. Sentada sozinha numa mesa da biblioteca a garota virava página após página do pequeno livro, sorvendo seus conteúdos com avidez.  Era um clássico trouxa em uma releitura bruxa. Ou seria um clássico bruxo que havia ganhado uma releitura trouxa? Fosse o que fosse a garota tinha suas dúvidas, pois cada mundo afirmava possuir o autor, William Shakespeare, incluído em seus domínios. “Bruxo ou não, ele era um bom escritor.” Concluiu Hermione ao concluir o pequeno volume de Romeu e Julieta que agora pousava em seu colo.

Algo naquele livro a atraía desde pequena. Ela já o havia lido algumas vezes, mas nunca imaginou ter a oportunidade de ler uma versão bruxa onde Romeu e Julieta tomavam uma poção do morto-vivo malfeita, e acidentalmente, morriam juntos, ao mesmo tempo. Era um fim tão trágico quanto a versão trouxa, não fosse o fato de que na leitura mágica, Julieta pertencesse a uma família de bruxos das trevas e Romeu a uma família de trouxas que repeliam sua magia e seu envolvimento com as artes mágicas.

-Hermione Granger? –Perguntou um garotinho do primeiro ano da corvinal, interrompendo os pensamentos da castanha.

-Sim, quem é você? –Disse a garota sendo doce com o menino que parecia assustado com algo.

-Jay Cavanough.

-Olá Jay. O que você quer comigo? –Perguntou Hermione pousando o livro na pilha de papéis e pergaminhos que se aglomeravam a sua frente.

-Me mandaram te entregar isso. –Disse o garoto um pouco mais calmo, entregando um pedaço de pergaminho dobrado à bruxa.

-Quem? – Quis saber Hermione examinando o papel em sua mão.

O garotinho arregalou os olhos e saiu correndo da biblioteca. Por sorte Madame Pince não reclamou por causa do barulho.

A grifinória examinou o papel mais uma vez antes de abri-lo e ler seu conteúdo.

“Encontre-me na sala precisa, agora. Precisamos conversar.”

Não havia nomes, não havia nada identificando o autor do bilhete. A letra não era conhecida por Hermione e ela ficou, honestamente, curiosa pra saber quem era.

Obviamente, ela não admitiria nem sob tortura, mas esperava que fosse Draco Malfoy. De certa forma, ela gostava da companhia do garoto.

Pensando nisso ela juntou todos os materiais e rumou em direção à sala precisa.  Não iria deixar ninguém esperando.

-Draco, você tem andado tão estranho ultimamente... O que está havendo?

-Não é nada que lhe diga respeito Pansy.

-É seu pai não é? Ele anda te pressionando para que você...

-Nem mais uma palavra Pansy. –Disse o loiro olhando para a bruxa que estava se sentando ao seu lado, no sofá verde colossal que ficava na sala comunal da sonserina.

-Vem cá Draquinho... –disse a morena puxando o garoto para que ele deitasse a cabeça em seu colo. O rapaz deixou-se cair e ficou lá, enquanto a garota fazia pequenos movimentos circulares com os dedos em madeixas do cabelo platinado dele... O sonserino fixou o olhar em nada específico e involuntariamente começou a devanear.

-Agora me fale, o que está te incomodando tanto? Fazem meses que você não me procura... Sei que não temos nada, mas somos amigos, certo? –Falou a garota interrompendo o transe em que Draco estava.

-Não é nada que eu vá compartilhar com ninguém Pansy. Você não é minha amiga. Não insista. –Declarou o rapaz.

-É ela, não é? –Perguntou a moça.

-Ela quem? –Indagou Draco displicentemente... Por dentro porém seu coração estava a mil. Ele tinha certeza absoluta de que ninguém sabia de nada a respeito de seus sentimentos para com Hermione.

-A garota misteriosa. –Disse Pansy.

-Mas do que...

-Draco, você se perde em pensamentos o tempo todo e eu já te vi sumir de madrugada aos suspiros... Se não é uma menina, então eu não te conheço mais. Você não é ga...

-Não! Não é nada disso... Parkinson, por favor. –Reclamou Draco se colocando de pé. Sem dizer nem mais uma palavra o rapaz saiu tempestuosamente.

- Olá? –Perguntou Hermione ao entrar na sala precisa. Havia sido um sacrifício conseguir entrar. Por algum motivo a sala não queria aparecer de jeito nenhum durante um tempo.

Não obtendo respostas a garota colocou seus materiais, que por sinal estavam pesados, em uma mesinha que havia por perto e espichou a cabeça para ver se enxergava alguém, já que a sala estava mal iluminada. Havia um leve perfume de rosas vermelhas e algo doce no lugar... Hermione conseguiu distinguir as formas de um sofá branco enorme e umas colunas espalhadas pela sala.

-Olá? –Perguntou novamente. Nada.

A garota já ia se virar para ir embora quando ouviu um barulho de pés sendo arrastados.

-Quem está aí? –Perguntou com a voz altiva. –Draco? –Balbuciou a garota temerosa.

Pela segunda vez na semana, seu coração perdeu uma batida e ela pode jurar que ele iria sair pela sua boca caso a mesma não estivesse fechada. 


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Notas finais do capítulo

E aí? Críticas, elogios, xingamentos? Tenha medo não! Solte o verbo mesmo! Deixe um review =D