A Girls Choice escrita por DehBlackRose


Capítulo 2
ANBU


Notas iniciais do capítulo

Esclarecendo uma coisa que eu esqueci no primeiro cap: o colégio em questão (e, consequentemente, o universo da fic) é no estilo americano. Ou seja, não se usa uniforme como na maioria das escolas japonesas (assim como nas particulares aqui do Brasil).



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A girl’s choice

ANBU

Meu alívio foi imediato quando eu vi, parado em frente a mim, não um ladrão ou coisa pior, mas Uchiha Sasuke.

-Você esqueceu isto. -ele me entregou o meu livro, de geometria aliás.

-Ah, puxa, obrigada.

Eu tentei ser gentil e até sorrir, mas ainda estava tremendo um pouco por causa do susto. E ele notou isso.

-Você está bem? Parece meio pálida.

-Não, está tudo bem. É que, bem, você me assustou.

-Não foi minha intenção, desculpe-me.- ele não parecia exatamente arrependido; talvez tivesse achado a situação até um pouco divertida.

-Tudo bem.

Passaram-se alguns segundos desconfortáveis durante os quais nos olhávamos sem saber o que fazer. Mas, depois disso, ele disse que tinha que ir para casa e tomou seu rumo pela rua. Pensando bem, é melhor eu ir para minha casa também.

Quando entrei em casa, vi a sala vazia (meu pai ainda devia estar no trabalho) e me joguei no sofá. Que dia mais...estranho.

Primeiro, o grande gênio dos Hyuuga realmente me fez entender geometria e não fez nenhum comentário ácido, como eu achei que faria.

Segundo, o amante de insetos (nada contra) me defende na frente do chefe e ainda me convida para sair. Ai meu Deus, será que ele é algum sociopata que quer me seqüestrar e esse encontro é só uma desculpa? Acho que estou ficando paranóica...

E terceiro, o suposto deus grego Uchiha me aborda na rua, sem mais nem menos, para me devolver um livro que eu tinha esquecido.

Ou o inferno congelou, ou eu finalmente estou tendo alguma sorte.

A teoria do inferno é mais plausível. Vai ver que chamas sairam da moda.


Aula no dia seguinte foi normal, o que era de se esperar. Mas, durante o quinto período (aula de Artes, todos, menos o Sai, vegetam nessa aula), lembrei que não podia ter aula hoje com o meu tutor, porque tinha treino de vôlei. Vou ter de procurá-lo mais tarde para avisar. Será que ele vai ficar chateado comigo? Porque ele com certeza devia ter outros planos e teve de desistir de tudo só para dar aula para mim.

Como não o encontrei nos intervalos, fui à biblioteca após a aula. Desta vez, havia mais algumas pessoas estudando lá, mas não importa, já que eu não serei mais uma delas.

Para a minha surpresa, ele já estava lá, sentado lendo um livro na mesma mesa de antes. Parecia tão sereno e, de novo, charmoso.

Pus meus livros na mesa com um pouco mais de barulho do que o necessário, mas só fiz isso para chamar a atenção dele.

-Oi. -ele disse.

-Oi. -retribui o cumprimento. –Olha, eu sinto muito, mas hoje não vou poder ficar para estudar.

-Tudo bem, mas, por quê?

-É que eu tenho treino.

-Ah...

-Eu tentei te avisar antes, mas não encontrei você. -acrescentei, depois de observar seu semblante -Você não está chateado comigo, está?

-Não, não. Mas amanhã você pode?

-Claro.

-Então, até amanhã. -ele disse com aquele lindo sorriso fugaz em seus lábios; aliás, o que nele não é lindo?

Recolhi meus pertences e fui para a quadra. Quase ninguém estava lá. Só o treinador e mais alguns outros meninos. Como não havia nenhuma menina, além de mim, que quisesse fazer parte do time de vôlei do colégio, foi aberta uma exceção e eu faço parte do time masculino. Eu não tenho nenhum problema com isso, sou uma jogadora acima da média e estou acostumada com saques fortes na minha direção.

Enquanto esperava o resto do time, fiquei sentada na arquibancada olhando para a piscina, onde os membros da ANBU (Associação de Nadadores Butai) treinavam. Era dia de iniciação dos novos membros e, entre eles, estava o Uchiha. Agora eu entendo a Sakura perfeitamente. Aliás, perfeito é ele. Não havia nenhuma falha até onde eu podia ver, e, acredite, eu podia ver muita coisa.

Quase morri de raiva quando o Gai-sensei (nosso treinador) soprou o apito chamando todo mundo à quadra. Os times foram divididos e, sempre que alguém além de mim ia sacar, minha visão escapava de volta à piscina. Deus, como aquilo era viciante.

E, por causa disso, acabei levando várias boladas e ouvi sermões tanto dos outros jogadores quanto do treinador pela minha falta de concentração. Mas, quer saber? Não me importo. Eles são homens, nunca vão entender meus motivos para fazer o que eu estava fazendo.

Finalmente, depois de tanto sacrifício, o treino acabou. Logo depois, os ANBU também se retiraram da piscina. Fiquei feliz com isso, porque do vestiário não dá para ver a piscina.

Depois de tomar banho e trocar de roupa, deixei a quadra e ia me encaminhando para fora do colégio, exatamente quando ele também o fazia. Éramos os únicos no percurso, as outras pessoas estavam muito à frente ou muito atrás de nós.

Infelizmente, ele já havia posto uma camiseta e uma bermuda. Eu mato quem disse que o que é bom tem de durar pouco.

À medida que fomos andando, chegamos mais perto um do outro. Sabe quando você tem de escolher um dos caminhos em uma bifurcação? Sempre escolhíamos o caminho que nos aproximava. Propositalmente, da minha parte, mas não sei quanto a ele.

Estávamos praticamente lado a lado e não tomamos rumos diferentes depois de sair da rua da escola, como eu achei que seria. Na verdade, continuamos a caminhar assim por algum tempo.

Aquilo já estava me irritando. Minha vontade era virar-me a ele e perguntar de forma rude se ele estava me seguindo, ou o que. Mas, obviamente, não o fiz. Sou covarde mesmo, não tenho medo de admiti-lo.

No entanto, uma idéia passou pela minha cabeça e eu decidi que não custava nada tentar.

-Você gostaria de ir ao cinema comigo no Sábado? – se havia funcionado para o Shino, talvez funcionasse para mim.

-Ahn, sinto muito, não posso.- eu devia Ter previsto isso. –Mas que tal no Domingo?

-S-Sério?

-Claro, por que não?

Eu poderia dar várias razões, que acabariam com a minha auto-estima e elevariam Sasuke ao nível de um Deus. Mas, claro, fiquei quieta. Por que estragar um momento tão bom?

-Então, até Domingo.- despedi-me.

-Até.

Apesar das despedidas, continuamos caminhando do mesmo modo, o que foi um pouco estranho, mas eu não me sentia tão estranha assim. Eu estava muito feliz para me sentir estranha.

A três quarteirões da minha casa, ele virou à esquerda, enquanto eu continuei numa linha reta. Sentia-me sozinha sem ele “perto” de mim, apesar de a rua estar movimentada.

Quase derrubei meus livros no chão quando vi, parado em frente à minha casa, o gênio Hyuuga.


 


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Notas finais do capítulo

Esse cap é meio pequeno se comparado aos outros que eu tenho, mas eu gosto dele :3 (mãe coruja)
Enfim, sei que a parte romanesca ainda não está lá muito boa, mas, acredite, melhora e melhora bastante!
Por isso, estou escrevendo que nem uma louca em casa para postar mais e mais rápido.
Last but not least: Reviews? :3