A Girls Choice escrita por DehBlackRose


Capítulo 1
Geometria


Notas iniciais do capítulo

Notas da Autora:

Essa é a minha primeira highschool fic e é mais um desafio pessoal, porque não é o que eu estou acostumada a escrever, mas queria mudar um pouco n.n

Espero que, mesmo assim, tenha agradado!

(Qualquer semelhança com o estilo de narrativa de Twilight é justificável, eu estou lendo New Moon -sim, em inglês).

NIna Rafa, beta do meu S2!!Brigadão por tudo, viu? ;3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16729/chapter/1

A girl’s choice

Três cavalheiros lhe estenderam a mão: Neji, o charmoso; Shino, o incomum; e Sasuke, o perfeito. Qual deles ela escolherá?

Minha vida não é diferente da maioria dos estudantes do 2° ano do Ensino Médio. Sofro com a rotina chata de: escola, trabalho (de meio período) no Ichiraku Ramen, dever de casa e cozinhar o jantar. Também limpo a casa uma vez por semana, apesar de eu não morar sozinha. Mas é quase como se fosse assim, porque eu moro só com o meu pai e ele não sabe fazer praticamente nada sozinho. A propósito, meu nome é Tenten. Sim, eu sei, um nome meio estranho, mas não é tão ruim assim.

-Ei, Tenten, você ouviu isso?- era Sakura, uma das minhas melhores amigas.

-Ah, não, desculpa. O que foi?

-O professor acabou de falar que vai indicar alguns tutores para ajudar os alunos que estiverem precisando.

-Ai, droga! Não acredito!

Tenho absoluta certeza de que vou ser chamada. Sou péssima em geometria. Álgebra até vai, mas geometria não entra na minha cabeça.

-Tenten?- professor Ebizu tinha que começar por mim?

-Sim?

-Seu tutor vai ser Hyuuga Neji, aluno do 3º ano.

Ótimo, como se já não bastasse o fato de eu ter de perder minhas tardes estudando com alguém que com certeza não vai me ajudar a passar, esse alguém ainda é um dos maiores gênios da escola. Eu devia ficar contente com isso. A maioria das pessoas ficaria. Mas eu não sou como a maioria das pessoas. Eu sei que, tendo um gênio como tutor, tudo fica mais difícil, porque ele vai me achar uma idiota completa por não entender “uma coisa tão simples”.

Para completar a minha infelicidade, todas as garotas da sala me lançaram olhares de ciúmes. Isso porque, além de uma das mais brilhantes mentes do colégio Shichou Butai¹, ele também possuía um dos corpos mais desejados. Só uma pessoa parecia entender minha desgraça: Sakura. Ela só teve uma única e inquestionável paixão a vida inteira: Uchiha Sasuke. Aliás, ainda tem, porque ela não perde nenhuma oportunidade de dar em cima dele (o que é inútil, Sasuke parece não gostar nem um pouco das garotas do colégio).

Estranho como o tempo consegue passar extremamente rápido quando você tem de fazer alguma coisa que não quer. Todas as aulas passaram voando e logo chegou o momento de conhecer meu tutor. Mal posso conter minha alegria.

A biblioteca estava vazia, sem contar com a bibliotecária. Achei isso um alívio, já que eu tinha que ser humilhada por um gênio, ao menos que não houvesse platéia.

Esperei, mas não por muito tempo. Logo ele entrou na biblioteca a passos rápidos, como se estivesse no fastfoward. Quem me dera se esta tarde passasse assim tão rápido.

-Olá.-cumprimentei assim que ele se sentou ao meu lado.

-Oi.- ele respondeu com um sorriso.

Agora eu entendo porque muitas garotas simplesmente babam por ele. O Hyuuga tem seu charme. Muito charme. Charme até demais para um tutor.

Voltei-me aos livros. Preciso me concentrar, estou aqui para aprender geometria, e não ser mais uma no fã clube dele. Mas não seria nada mal me tornar uma fangirl. Só que é inútil sonhar que, algum dia, ele pudesse magicamente se apaixonar por mim. Nunca dei muita sorte com garotos, eles nunca prestaram muita atenção em mim. E não os culpo. Não sou feia, mas sou apenas mais um rosto sem nenhum grande atrativo.

-Então, por onde quer começar?- ele me perguntou.

-Ahm, acho que por esses exercícios de revisão.

-Não acha melhor começarmos pela matéria do início do ano? Aí, se você tiver alguma dúvida fica mais fácil de resolvê-la.

-Ah, certo.

Comecei a resolver os problemas sozinha, e, toda vez que ele me via fazendo alguma coisa errada, ele me parava e explicava o que eu estava fazendo de errado. Cometi muitos erros. Mais ainda do que aos que eu já estava acostumada. Senti que, enquanto eu fazia cálculos e aplicava fórmulas, ele ficava observando meu rosto, e isso era intimidador.

Depois de gastar bastante a minha borracha, decidimos dar a tarde por encerrada e continuar outro dia. A matéria do primeiro bimestre foi revisada e, estranhamente, eu senti que realmente entendia geometria. Mas ainda não era a hora de comemorar, ainda faltavam mais dois bimestres e meio (meio porque estamos no meio do quarto e último bimestre).

Quando nos despedimos, ele disse algo que me assustou:

-Então, nos vemos amanhã?

-Claro, se você quiser.

-Ótimo.- e saiu andando com seu passo apressado da biblioteca.

O que me assustou e me deixou ali, plantada no chão com a boca meio aberta, que nem uma retardada, foi o fato de que os encontros entre tutores e alunos eram, normalmente, apenas uma vez por semana. É claro que isso não é uma regra, é apenas um modo mais fácil de conciliar horários. Provavelmente, ele acha que eu preciso de mais ajuda do que a maioria dos alunos. E lá se vão as minhas tardes tranqüilas.

Falando em tarde, acabei de notar que estou atrasada para o trabalho no Ichiraku. Maravilha, era tudo de que eu precisava. O chefe disse que, se eu chegasse atrasada mais uma vez, eu seria despedida.

Entrei pela porta dos fundos, assim, se eu tivesse muita sorte, ele não notaria que eu estou atrasada.

-TENTEN!!- mais uma vez, o universo conspira contra mim.

-Sim, chefe?- tentei me fazer de ingênua, mas é óbvio que não funcionou.

-O que eu disse sobre chegar atrasada?

-Mas quem disse que ela chegou atrasada?- desde quando o Shino freqüenta o Ichiraku?

-Como assim?

-Ela estava lá atrás no estoque, me ajudando a organizar os molhos, já que é meu primeiro dia aqui, ainda não estou familiarizado com isso. A propósito, esqueceu seu avental lá. – ele jogou o avental a mim e eu amarrei-o em volta da cintura.

O chefe, a contra-gosto, pareceu aceitar essa desculpa e deixou que eu continuasse com o emprego.

-Puxa, muito obrigada mesmo.

Shino não era uma pessoa que costuma ajudar as outras. O que ele fez por mim foi muito estranho, mas isso não me impedia de ser grata a ele.

-De nada. Mas eu quero algo em troca.

-Você acabou de salvar meu emprego. Fico feliz em poder retribuir.

-Que bom, porque quero que você saia comigo Sexta à noite.

-Como em um encontro?

-Chame do que quiser.

-Bom, eu acho que tudo bem.

-Ótimo. Pego você às sete.

-E aonde vamos?

-Surpresa.

Surpresa foi ter sido convidada para sair. Eu realmente não sei de onde isso veio. Acho que ainda estou em estado de choque. Mas é melhor largar os devaneios e ir direto ao trabalho.

O Ichiraku Ramen cresceu muito nessa última década. Passou de um pequeno estabelecimento com apenas dois empregados a uma franquia. Eu trabalho no Ichiraku principal do bairro, que também é ponto de encontro de muitos adolescentes. Por isso que eu escolhi este emprego. Além de não ser nada muito difícil (sou só uma garçonete), posso ver meus amigos e até conversar um pouco com eles (contanto que eu não sente à mesa com eles nem atrapalhe meu serviço, não há problema).

Shino foi para casa mais cedo do que eu, seu horário incluía mais dias e menos horas por dia do que o meu. Logo chegou a minha vez de ir para casa. Enquanto andava pela rua, notei alguém me seguindo. Fiquei com medo, o sol já havia se posto e a rua estava deserta. Aumentei o ritmo dos meus passos, mas a pessoa que me seguia fez o mesmo, e a distância entre nós se manteve a mesma. Atravessei a rua, mas não fazia diferença, não havia ninguém à vista.

Estava perto de casa. Se eu corresse, talvez alcançasse os portões de casa antes que meu seguidor me alcançasse. Era arriscado, mas considerei aquela a minha melhor opção no momento.

Então, como um louca, comecei a correr sem nenhum motivo aparente. Corri o máximo que minhas pernas me permitiam, mas o peso da mochila nas minhas costas me atrasava.

Quase lá, só mais alguns metros...

Foi então que senti algo atrás de mim me puxando pelo braço e dizendo:

-Ei, você!

Ah, não....por favor, não.....

Apesar de todo o terror que eu sentia e do calafrio que aquela mão no meu braço provocou, eu me virei e....


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

¹: Shichou: professor; Butai: tipo esquadrão. Algo como esquadrão de professores, mas eu não falo japonês, então desculpe se estiver errado. Mas vou precisar disso mais à frente...

Reviews? (faça uma autora mega-feliz! :3)