Feliz Aniversário, Dionísio! escrita por Mandy-Jam


Capítulo 6
Democracia


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167061/chapter/6

OLIMPO

 

Hefesto reviveu uma memória durante alguns segundos de distração.

Nela, ele estava vestido de forma elegante — terno, gravata borboleta e suspensórios —, pronto para se dirigir a uma convenção de tecnologia na Alemanha. Desceu do Olimpo, foi até o país europeu, e caminhou pelas ruas como se fosse um mortal.

Estava próximo ao prédio comercial, quando escutou seu nome ser gritado do alto de uma janela, do outro lado da rua. Não era o nome falso que ele inventara para passar desapercebido, mas sim seu nome verdadeira.

— Hefesto! — Berrou a voz, como se estivesse em desespero. Seus olhos buscaram desajeitados a fonte de tal som, e encontraram-na na última janela de um prédio velho e deteriorado. O deus estreitou os olhos, mais por incredulidade do que por dificuldade em ver quem era.

— Dio? — Murmurou dando um passo para frente. O deus do vinho, bêbado e escandaloso, soltou uma gargalhada e abriu os braços. As pessoas começaram a parar de andar e a virar suas cabeças na direção do homem que aparentava estar prestes a tombar para uma morte certa.

— Hefesto! — Gritou Dionísio novamente e apontou para o deus — Esse é o cara!

Fez alguns sons animalescos de comemoração. Hefesto sentiu sua garganta se fechar em um nó desconfortável, ao perceber que agora ele também era alvo dos olhares.

Devo gritar de volta?, pensou nervoso. Devo mandá-lo sair da janela? A queda seria feia.

— Você vai cair! — Exclamou constrangido e ao mesmo tempo preocupado — Afaste-se da janela!

— Nossa, você está muito gostoso! — Gritou Dionísio ignorando o conselho. O rosto de Hefesto corou imediatamente — Garotas, se cuidem! Aquele ali é um garanhão!

Hefesto encolheu-se involuntariamente. Qualquer outro deus não se constrangeria ouvindo aquilo, mas ele não gostava nem um pouco de ser o centro das atenções — principalmente quando o assunto envolvia sua vida sexual.

— Saí da janela! — Exclamou em uma última tentativa.

— Vem aqui e me tira! — Gritou de volta se divertindo. Gargalhou sonoramente, mostrando que estava de fato de bom humor — Vamos, meu amigo! Vem até aqui! Vamos botar para quebrar!

Hefesto não respondeu. Dionísio tirou a camisa revelando sua barriga protuberante e seu peito. Os mamilos ficaram duros devido ao frio da Alemanha, mas nada que impedisse o senhor do vinho de sacudi-los de forma vexatória para seu meio irmão.

As senhoras que estavam na rua deixaram seus queixos caírem, chocadas com o que estavam vendo. Hefesto prendeu a respiração, congelado pelo constrangimento que estava sentindo.

— O que foi? — Perguntou Dionísio rindo — Parece que você nunca viu um corpo nu antes! Vai me ignorar?

Hefesto começou a se virar, pronto para se afastar. Nesse ponto, ele havia desistido da convenção: tudo que ele queria era voltar para a sua forja. No entanto, Dionísio piorou a situação.

— Está com vergonha de mim?! — Gritou com a voz arrastada e furiosa própria de um bêbado — Tem uma estátua minha nua na sua casa!

— Ele é louco. — Disse Hefesto para os mortais que o olhavam com olhos arregalados — Ele é um homem bêbado e insano. Não sabe o que está dizendo.

O quê?! — Berrou Dionísio chocado — Eu vou te mostrar algo para você se envergonhar!

Desajeitado, Dionísio esticou sua perna gordinha para fora da janela e subiu no telhado. Todos na rua começaram a gritar e falar em pânico, temendo que ele se matasse.

Mal sabiam eles, pensava Hefesto, que não era tão simples assim.

— Dá uma olhada nisso! — Exclamou desabotoando as calças e arriando-as junto com a cueca, revelando seus genitais. Uma mulher desmaiou na calçada. Outras gritaram em horror. Alguns risinhos foram ouvidos. Dionísio balançou-se, fazendo tudo em seu corpo acompanhar o movimento.

— Por que está fazendo isso?! — Exclamou Hefesto, sem acreditar no que estava acontecendo.

— Porque…! — Dionísio se interrompeu e começou a pensar em um motivo — Sei lá. Sei lá! Mas eu amo você, cara! Eu amo muito você, porra!

— Você está bêbado! — Exclamou Hefesto de volta.

— E daí?! — Gesticulou estressado — Eu estou sempre bêbado pra cacete!

— Vamos para casa. Agora. — Falou Hefesto, passando a mão na testa.

— Minhas bolas estão congelando. — Dionísio percebeu isso de repente, e se abaixou para tentar puxar a calça de volta para cima. Como estava afetado pela sua própria bebida, o trabalho tornou-se mais difícil do que ele esperava. O deus virou de costas para a multidão que o encarava, ainda tentando puxar a calça e a cueca para cima, sem perceber que acabara de dar uma visão privilegiada a todos de sua bunda.

Hefesto desviou o rosto, cheio de vergonha.

Agora, anos depois desse acontecimento, o deus das forjas lembrava-se de tudo isso com certo humor. Dionísio de fato caiu do telhado, completamente nu. Obviamente não se morreu, e obviamente Hefesto teve que manipular a névoa para que os mortais esquecessem o que tinham acabado de ver.

Embora os outros deuses vissem-no como um maluco e um bêbado desagradável, Hefesto entendia que muito daquilo era uma forma que seu amigo próximo tinha de escapar dos próprios monstros em sua mente. Não conseguia guardar rancor de Dionísio, mesmo se tentasse.

— É o seguinte, presta atenção. — Poseidon agarrou seu braço e puxou Hefesto para perto de si — Toda vez que eu falar alguma coisa, você vai me apoiar, entendeu? Somos dois, e ela é só uma.

Hefesto não entendeu.

— Não podemos deixar ela ganhar. — Sussurrou.

— Eu não acho que ninguém vai ganhar ou perder aqui. — Respondeu com o cenho franzido — Estamos no mesmo grupo, não competindo.

— Tudo com ela é uma competição. — Retrucou Poseidon, com intensos olhos verdes — Só faça o que eu digo, e colocaremos ela em seu lugar.

Como em todas as vezes que Hefesto se sentia inseguro e desconfortável, sua resposta foi um barulho vindo do fundo da garganta.

— Hmmm. — Fez o deus, como um elefante.

— Vou tomar isso como um sim. — Poseidon revirou os olhos e soltou-o — Ótimo! Então temos que encontrar uma cozinha para começarmos. As ninfas devem saber exatamente onde-

— Não precisamos buscar. — Cortou Atena — Eu tomei a liberdade de reservar uma cozinha no mundo dos mortais. Ela fica no sul da França, e está completa com utensílios e alimentos da melhor qualidade. Podemos usá-la.

— É claro que você tomou a liberdade. — Assentiu Poseidon amargo — Agradeço sua sugestão, Atena, mas gostaria de deixar claro que eu sou oficialmente o líder aqui.

A deusa da sabedoria, já acostumada a lidar com as respostas arrogantes de Poseidon, somente ergueu uma sobrancelha perante sua fala.

— Líder? — Repetiu a palavra como se lhe fosse estranha — Mesmo?

— Não entendo sua surpresa, mas sim. Sou o líder. — Ele gesticulou para Hefesto — Houve uma eleição em um sistema completamente democrático e eu ganhei.

— Não sabia nem mesmo que estava concorrendo para um cargo de tamanha importância. — Falou fingindo surpresa, e depois sorriu sem mostrar os dentes — Perdoe minha ignorância, mas eu não deveria ter a chance de votar?

— Seu voto seria vencido. — Desdenhou com a mão — Eu votei em mim mesmo, e Hefesto também o fez. Lamento, Pallas.

— Eu também lamento. — Disse suspirando — Eu votaria em Hefesto.

Poseidon estreitou os olhos para ela, e depois olhou para o deus das forjas. Era nítido em seu rosto que ele se sentira grato em ouvir que seria a opção de Atena, o que irritou o deus dos mares. Sua oponente sabia manipular muito bem as pessoas, principalmente homens.

Não é muito difícil também, pensou negando-se em admitir em voz alta. Nós pensamos primeiro com a cabeça debaixo.

— Eu não seria um bom líder. — Disse Hefesto, sem jeito — Mas agradeço sua confiança, adorada Atena.

— Ela é sincera. — Sorriu a deusa com uma ternura que Poseidon sabia que jamais seria direcionada a si próprio. Como que confirmando isso, a cor amena nos olhos cinzentos da deusa tornou-se densa e fria quando seu olhar se voltou para ele — Aguardamos suas ordens, líder. O que devemos fazer?

Poseidon contraiu o maxilar involuntariamente. Tudo que ele queria era estar surfando, pescando ou namorando ninfas na beira de uma praia paradisíaca, não estar frente a frente com a deusa que tanto odiava.

— Nós vamos para a cozinha francesa. — Concluiu depois de ver que não tinha opção melhor que aquela. Atena sorriu para ele.

— Brilhante. — Elogiou, mas ele sabia que era sarcasmo — Nem mesmo eu tomaria uma decisão mais sábia que essa.

Decisão sábia seria jogar você do Olimpo, pensou amargo.

— Obrigado. — Foi tudo que respondeu.

 

 

ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE

 

Vendo Hera se mover acompanhando-o em silêncio ao seu lado pelo Acampamento, Dionísio constatou que ela andava como um de seus animais sagrados. A deusa das deusas, pomposa e majestosa, parecia um pavão com seu vestido com saia esvoaçante em tons azul escuro.

Os campistas olhavam para a deusa com olhos arregaladas, interrompendo o que estavam fazendo para murmurar com apreensão. O que ela estaria fazendo ali? Essa era uma pergunta que nem mesmo o deus dos vinhos sabia responder ao certo.

— Bom. — Dionísio bateu as palmas uma vez e gesticulou para o lugar na sua frente, um espaço vazio ao lado do último chalé — Esse é o melhor que eu consigo.

— Decepcionante. — Respondeu depois de alguns segundos analisando o lugar.

Então volte para o Olimpo, pensou emburrado. Zeus sabe o quanto eu quero.

— Se nada te agrada, talvez queira encaminhar isso para o nosso departamento de atendimento ao cliente. — Respondeu Dionísio dando de ombros — Que graças as Parcas não sou eu, mas que estaria igualmente desestimulado a te atender. Vou chamar Quíron para que vocês-

Nesse instante, o centauro se aproximou galopando. Hera não se deu ao trabalho de se virar, pois já havia falado com Quíron previamente. O centauro sabia o que estavam planejando e sabia que deveria ajudá-los.

— Ah, a cavalaria chegou! — Sorriu Dionísio aliviado — Quíron, meu bom amigo, entregue a papelada de reclamações para que Hera preencha.

— Sr. D, creio que não é com Hera que eu precise conversar. — Falou com um ar apreensivo, suficiente para erguer as sobrancelhas de Dionísio. Os olhos castanhos do deus vagaram pela expressão tensa de Quíron — Acabamos de ter um problema.

— Que problema? — Perguntou com medo da resposta que ganharia. A julgar pela forma como Quíron hesitara, percebeu que era algo realmente grave. Seu medo se transformou em raiva tão rápido quanto seu vinho virava Diet Coke — O que esses pestinhas fizeram agora?

— Parece que algum dos campistas vandalizaram a Casa Grande. — Contou por fim. Hera gargalhou alto e divertida.

— Ora, mas não seria isso um timing perfeito? — Falou se divertindo — Acredito que agora terá que fechar a Casa Grande de qualquer forma.

— Como assim vandalizaram? — Perguntou ficando furioso — O que fizeram com minha casa?!

— Desenharam nas paredes, abriram todas as torneiras tampando os ralos, o que destruiu o piso. — Explicou — Teremos que fechar o lugar e chamar Hefesto para que os danos sejam reparados.

Quem fez isso? — Exigiu saber, trincando os dentes.

— Eu não estava presente na hora, caro amigo. — Respondeu evasivo.

— O Chalé de Hermes. — Declarou convencido de que foram aqueles campistas os responsáveis — Maldito seja Hermes e seus filhos detestáveis! Aquelas crianças deveriam ser sacrificadas em nome da minha sanidade mental!

— Não diga algo tão absurdo! — Exclamou Hera, horrorizada — Sacrifício humano é hediondo, e você sabe muito bem disso. Não tem provas de que essas crianças fizeram isso, por isso vai deixá-los em paz.

— Agora você defende semideuses? — Rebateu jogando sua raiva para a deusa — Nunca vi uma compaixão tão grande vinda de você antes.

— Só com quem de fato merece. — Respondeu olhando para Dionísio intensamente — Assim como meu marido, gosto de tomar decisões justas, e punições também.

Dionísio riu de raiva.

Então minha mãe mereceu o que ela teve?, a raiva queimava dentro dele. Eu mereci?

— Tudo estava razoável antes de você chegar. De repente, isso acontece. — Falou inconformado — Diga a meu pai que ele não construirá nada aqui até que ele mesmo desça para expressar seu desejo.

Hera ergueu seu queixo, lançando-lhe um olhar frio.

— Como pode esperar amor dessas crianças, se tudo que faz é odiá-la diariamente? Meu marido te deu uma chance de redenção por suas atitudes, mas você insiste em desperdiçá-la. — Falou Hera, com a autoridade de uma mãe — Já vi punições piores vindas dele. Esqueceu-se de Prometeu?

— Ah, sempre Prometeu! — Bufou Dionísio exasperado — Prometeu foi um idiota, compartilhando nosso fogo com essa gentinha. Agora eu? Tudo que fiz foi seduzir uma ninfa. Uma. — Dionísio balançou a cabeça — Eu vou queimar o Chalé 11 até o chão.

Hera deu um passo a frente, impedindo que Dionísio se afasta-se.

Enquanto fitava o deus do vinho, a deusa percebeu as semelhanças que ele tinha com sua mãe, a amante de Zeus. Os cabelos pretos brilhantes, os olhos arredondados, até as malditas e belas bochechas coradas naturalmente.

Como ela sentira raiva, relembrava Hera, quando conheceu a mulher que seduzira seu marido. Aquela altura, o Olimpo já estava cheio de filhos bastardos de Zeus, todos sentados em uma união quase incômoda na sala dos tronos.

Ela achara Leto difícil de lidar. A mãe dos gêmeos não só teve filhos lindos, como era maravilhosa — não se sentiu mal lançando Píton em seu encalço, e sim aliviada. Depois dela, achou que nunca mais teria uma mulher a altura de concorrer com sua própria beleza.

Quando suspeitou da fidelidade de Zeus novamente, e resolveu segui-lo até Tebas, descobriu que sua nova amante era uma mortal.

Uma mera princesa não poderia ser competição para uma rainha, pensava Hera, aliviada, porém furiosa. Uma mortal não é nada perante uma deusa.

No entanto, quando entrou nos aposentos de Semele para vê-la, sentiu vontade de chorar. Engoliu o choro que se formara em sua garganta, seus olhos verdes vislumbraram uma beleza estonteante e uma personalidade quase que hipnótica. Quando Semele cantava, os pássaros cantavam de volta. Quando andava pelos pátios de seu palácio, todos viravam suas cabeças tentados a observar a princesa tebana.

Como pôde fazer isso comigo?, pensou Hera em choque. Como pôde me trocar por ela, seu covarde?

Por mais desesperada e magoada que a rainha dos deuses estava, ela não conseguira matar Semele de uma única vez. Ao contrário, retornara várias e várias vezes para o palácio fingindo ser uma velha serva, a fim de conversar com a princesa e conhecê-la melhor.

Quase viraram amigas, de tanto que passavam tempo juntas.

— Ele me ama. — Declarou Semele contando sobre seu caso com o senhor dos deuses. Em uma voz sussurrante e brincalhona, ela compartilhara o segredo unicamente com a mulher que julgava ser sua amiga — Ele me ama mais do que ninguém.

Criança burra, pensou Hera. Se tem um segredo, não conte-o em voz alta.

— Devo lembrá-la que o senhor Zeus é casado. — Falou tentando esconder seus ciúmes — Como ele poderia te amar mais do que a própria esposa?

— Eu não sei, mas foram suas palavras. E eu acredito nelas. — Sorriu radiante — Faria qualquer coisa por mim. Eu o amo.

O coração de Hera se apertou.

— E tem mais. — Sussurrou Semele, dando um risinho e se encolhendo. Segurou a mão de Hera e puxou-a para sua barriga. A deusa constatou o que já suspeitava — Eu sinto que muito em breve vou ter seu filho.

Eu fitei aquela barriga pequena por mais de uma eternidade, lembrou-se a deusa. Eu senti Dionísio antes mesmo de seu pai saber de sua existência.

Se Semele já era encantadora daquela forma sendo uma mortal, o que esperar de um semideus gerado pela união daquela linda princesa com o deus dos deuses? Hera sabia ali que aquela criança nunca deveria nascer, por isso sugeriu a jovem uma ideia que levaria a sua própria morte mais tarde.

Quando Semele morreu, Hera sentiu-se aliviada e culpada em iguais proporções. Ao saber da existência de Dionísio mais tarde, todo seu pesadelo voltou a vida.

E ali estava ele, em pé na sua frente com o mesmo belo rosto que sua mãe tinha, desafiando suas ordens.

— Eu sou mais velha que você. Eu sou o mais próximo que você vai ter de uma mãe, sou sua rainha, e vai me obedecer. — Exigiu fitando-o com um olhar penetrante. Viu o rosto de Dionísio se retorcer em amargura — Vai deixar essas crianças em paz até que saiba, com todas as provas, quem fez isso. Fui clara?

Apesar dos dentes trincados e da raiva que estava sentindo, Dionísio voltou-se para Quíron.

— Eu vou pegar as minhas coisas, e dormir no Chalé 12. Não me interessa como, ache esses garotos e traga para mim. — Falou quase rosnando — Dê um jeito na Casa Grande o mais rápido possível. E dê um jeito nela também.

Apontou para Hera com um dedão e afastou-se.

— Adeus, mamãe. — Falou com ódio e ironia.

Não me faça mudar de ideia quanto ao que estou fazendo, seu infeliz, pensou Hera.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero pelos lindos reviews de vocês!

Muito obrigada por acompanharem, e até semana que vem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Feliz Aniversário, Dionísio!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.