Eu Sou Uma Riddle escrita por Lillissa_M


Capítulo 3
Voltas E Reviravoltas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, mil desculpas!Eu demorei tanto para postar que estou até com vergonha. O capítulo está realmente ruim. Mas espero que vocês gostem. Quero dedicar este capítulo à RayanePotter que foi tão legal e fez uma recomendação da história. Fofa, este capítulo é para você! Boa leitura!



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A ansiedade de todos era visível. Depois de longos meses de espera, a hora tinha chegado.

Eu, particularmente, estava muito ansiosa. Aquele era o primeiro programa completamente bruxo que eu participava. O bom que eu estaria com os Weasley. O melhor é que estaria com Fred.

Falando nele, o mesmo ainda me puxava até a cabana Weasley. E o pior, correndo. Eu só via a hora em que cairia no chão.

-Fred, para!  - gritei, fazendo-o finalmente parar e soltar minha mão. Nós dois estávamos ofegantes. Segundos depois, George nos alcançou.

-Vocês poderiam disputar uma maratona. – disse, também ofegante.

-Quem sabe? – brinquei.

-Vamos! Temos que alcançar os outros. – Fred avançou, desta vez andando. George e eu o seguimos.

Alguns minutos depois, alcançamos o senhor Weasley e os outros que nos esperavam em frente à cabana.

-Finalmente! – Rony levou as mãos ao alto.

E assim, fomos para o campo. Lanternas verdes e vermelhas iluminavam o caminho até o lugar do jogo. As pessoas estavam muito animadas. Conversavam felizes e usavam todos os acessórios disponíveis nas roupas. Eu sorria com aquilo. A felicidade das pessoas era contagiante.

Fred e George andavam animados, conversando com Rony e Harry. Queria ver se a aposta deles não desse certo. Percy andava carrancudo. Deveria estar chateado pelo sr. Crouch não ter chamado seu nome certo. Eu, particularmente, achei a cena muito engraçada contada por Carlinhos. Pena que não estava lá! Carlinhos e Bill estavam conversando com o senhor Weasley e eu, Gina e Hermione vínhamos atrás.

Paramos em um portão, no qual o senhor Weasley entregou nossos ingressos. Começamos a subir as escadas, mas senti uma vontade de ir ao banheiro.

-Fred. – chamei-o, segurando em seu braço e fazendo-o parar. – Vou ao banheiro, ok?

-Tudo bem. – separamo-nos, seguindo caminhos diferentes. Enquanto Fred seguia o fluxo de pessoas, eu ia à direção contrária, procurando o banheiro.

Enquanto descia as escadas, vi Angelina e Marieta. As duas e suas amigas passaram por mim como se eu fosse apenas um ser indigno. Eu tentei não ligar, mas dói ser ignorada assim.

Eu descia as escadas e andava de um lado a outro. E nada de achar o bendito banheiro. Minhas pernas já estavam cansadas e eu já estava suando.

Mas vi algumas mulheres bem altas saindo de uma sala. Elas estavam de costas, mas dava para notar que eram belas.

Eu, que não sou boba, esperei-as saírem daquela área para entrar naquela sala, que me parecia o tão sonhado banheiro. Foi só a ultima garota sair do meu campo de visão que eu corri para a porta e...

Eu nunca tinha desejado ser um avestruz. Achava que seria um mico maior ainda ser um bicho que enfia a cara na terra. Mas, naquele momento, eu tive esse desejo. Nunca imaginei que iria para o banheiro e me deparasse com aquela cena.

O lugar que entrei não era um banheiro. Era o vestiário do time de quadribol búlgaro.

-Oi? – um dos jogadores perguntou, fazendo-me virar para ele. Pelas barbas de Merlin, era Vitor Krum!

Não pensei duas vezes. Vir-me-ei para a porta a fim de ir embora. A vontade de usar o banheiro tinha sumido. Mas, como eu tenho uma sorte divina, bati o nariz na porta com força e fui ao chão. A pergunta é: quem fechou esse troço?

-Você estar bem? – Krum veio até mim, preocupado. Na minha cabeça uma resposta se formulou – “Claro que eu tô bem! Bater o rosto na porta é uma nova forma de relaxar!” –, mas minha educação me mandou não fazer isso. Então, simplesmente respondi:

-Estou.

Eu nunca tinha ficado com tanta vergonha na vida. Fato. Eu nunca mais ia a um jogo de quadribol. Fato.

-O que estar fazendo aquir? – um outro jogador perguntou. Meu rosto deve ter ficado mais vermelho do que já estava de vergonha. Com eu ia falar que eu tinha confundido o vestiário com um banheiro?

-Eu... Er... Eu... – gaguejei. Eles me olhavam com tanta curiosidade que faziam com que minhas palavras se perdessem.

-Você não é uma fã maluca que quer um autografo, não é? – um jogador falou.

-Não! Não é isso. É que eu procurava um banheiro e acabou que eu vim parar aqui. – falei depressa. Depois, percebendo o que eu tinha falado, coloquei a mão na boca e senti que corei.

-Enton, você procurar um banheiro? – Krum perguntou, com um sorrisinho de deboche, o que me deixou com mais vergonha ainda. Merlin não deve gostar de mim.

-S-sim. – gaguejei.

-Enton, use o nosso. – ele falou naturalmente. Arregalei os olhos e ele apontou para uma porta atrás de mim. Receosa, levantei-me e segui até a tal porta. Abri-a e antes de entrar, vir-me-ei para os jogadores que me olhavam também. Entrei rapidamente e fechei a porta.

Respirei fundo. Essas coisas vergonhosas só acontecem comigo. Já perdi a conta de quantas vezes passei vergonha na minha vida. E, na maioria delas, lá estavam Fred e George.

Usei o banheiro. Seria um alívio completo deixar de estar apertada, mas no meu caso não. Só de imaginar quem eu encontraria do lado de fora, meu corpo arrepiava. E não era um arrepio muito bom...

Depois de fazer minhas necessidades, lavei o meu rosto. O banheiro daqui é muito luxuoso, mesmo para ser usado em apenas um dia. Afinal, esses jogadores são muito ricos e eles querem mais é aproveitar isso. Riquinhos... Sempre me dão tanto nojo.

Voltando, joguei água no meu rosto. Água bem fria. Pois para sair e enfrentar aqueles jogadores do tamanho de um armário não será fácil. Fiquei uns bons segundos respirando fundo e finalmente saí.

Todos os jogadores me olharam quando saí do banheiro. Corei fortemente e encaminhei-me para a porta. Mas Vitor Krum me parou no meio do caminho.

-Non vá. Vamos conversar um pouco? – perguntou. Minhas pernas tremeram um pouco. Aquilo estava ficando estranho.

-Calma! Não faremos nada. Nada que você não queira. – um dos jogadores que estava com a camisa 5 falou. Eu tenho a singela impressão de que isso foi uma cantada.

-Nós só querer conversar. – Krum falou. Acenei positivamente e fui encaminhada para um pequeno sofá.

Tudo ocorreu melhor do que o esperado. No inicio eu fiquei meio receosa, achando que aconteceria alguma coisa comigo. Mas, no final, acabei conversando com os sete de forma tão natural que parecíamos amigos. Eram todos legais e muito divertidos. Krum, especialmente, era muito divertido. Acho que fiz novas amizades naquele momento.

Estávamos falando de nossas escolas quando alguém bateu à porta.

-O jogo vai começar. – a pessoa que bateu na porta avisou. Todos os sete se levantaram, pegaram as suas vassouras e partiram, mas cada um se despediu de mim.

Fiquei mais alguns minutos naquela sala, pensando no que havia acabado de acontecer. Sorri comigo mesma. Eu tinha estado em um lugar onde milhares de meninas gostariam de estar. Conheci Vitor Krum e fiz amizade com ele e seus companheiros de time. Eu tinha dado muita sorte.

Então, lembrei de Fred. Será que ele estava preocupado comigo? Ou se deu conta de que fazia algum tempo que eu não estava ao seu lado? Do jeito que eu o conheço, não.

Um aperto assolou meu coração quando percebi que essa constatação era a mais próxima da verdade. Fred não se preocupa comigo como eu gostaria. Isso muitas vezes me deixa chateada. Mas aprendi a conviver com esta dor.

Finalmente levantei e fui para o lugar onde os Weasley, Hermione e Harry estavam. Dessa vez, eu sabia pelo menos aonde achar o que eu procurava.

Subi todas as escadas que pareciam não ter fim. Quando cheguei ao camarote, eu estava ofegante e minhas pernas doíam. Acho que, por estar sozinha, acabei cansando mais.

Assim que cheguei ao camarote, tive uma visão nada agradável. Ali estava Draco Malfoy e sua família, se aquilo podia ser chamado de família. Estava observando-os quando o pai de Draco me olhou. Não sei se por estar olhando-o ou por ser feia demais, mas ele se assustou quando me viu. Dei de ombros e segui para onde os garotos gritavam.

-Violet, onde você estava? Aconteceu tanta coisa que você nem imagina! – Gina disse excitada. O jogo seguia acirrado. Mas a Bulgária perdia por uma boa diferença. O time estava meio desajustado. Mas eu tinha fé neles.

Entre tantas manobras perigosas feitas pelo Krum (quando ele se machucou, fiquei com o coração na mão) e tantos gols da Irlanda, o jogo acabou. Krum pegou o pomo, mas a Irlanda venceu por dez pontos de diferença. Fiquei um pouco chateada pela Bulgária ter perdido.

Enquanto eu estava meio chateada, os meninos comemoravam. Eu revirei os olhos por tanta animação, mas então notei um elfo ali. Era pequenino e parecia estar com muito medo. Mas alguma coisa me chamou a atenção. Foi uma coisa momentânea, mas eu juro que tinha visto a ponta de um ali. Deveria ter sido coisa da minha imaginação.

Depois de um tempo a porta do camarote foi aberta e todos os jogadores do jogo apareceram. Uma luz forte ofuscava os meus olhos quando uma luz magicamente alterada foi direcionada para o camarote.

Pela porta passaram os jogadores búlgaros. Olhei-os ressentida e eles apenas balançaram a cabeça, como se dissessem “tentamos, mas perdemos”. Sorri, tentando anima-los. Deu meio que certo.

Depois, vieram os irlandeses. Olhei-os com uma cara desanimada, mas a maioria do camarote comemorava com eles. Triste realidade.

Depois de um tempo, o estádio começou a esvaziar. E no camarote não era diferente. As pessoas foram saindo, mas Fred e George ficaram para pegarem o dinheiro que ganharam na aposta. Esperei-os enquanto eles pegavam o dinheiro e, felizes, saiam do camarote. Quando saímos, Marieta e Angelina estavam passando. Fred e George pararam rapidamente o que faziam e ficaram olhando-as abobados. Meu coração se apertou e abaixei a cabeça para não ver aquela cena.

-Vamos, garotos? – perguntei quando as duas e suas seguidoras saíram do nosso campo de visão.

-Ela estava linda... – Fred babava.

-Linda não. Maravilhosa. – George estava todo bobo.

Meu Merlin, onde eu errei? Por que eu tinha que ter esses dois como amigos?

Chutei a bunda de cada um. Eles me olharam assustados.

-Opa, opa, opa. Você realmente chutou a minha bunda, Violet? – George perguntou.

-Nesse caso, temos que te punir. – Fred completou. Eles sorriram maliciosamente um para o outro e eu sabia o que viria a seguir. Saí correndo antes que alguma coisa acontecesse. Mas não foi o suficiente.

Fred me pegou pela cintura e me derrubou no chão. Então, aqueles dois começaram a me castigar. Sim, eles me castigavam. Fazia cócegas em mim. Muitas. O ar faltava e minhas risadas eram altas. Só eles para saberem que cócegas era o meu ponto fraco.

Depois de muito tempo eles me soltaram. Eu estava ofegante e ainda ria. Olhei-os e eles também riam. Revirei os olhos. Fred estendeu a mão para me ajudar a levantar. Peguei-a e meu coração deu uma falha.

Agora é sério, coração. Para. Eu não agüento mais. Você é muito bipolar. É só o Fred me encostar que você falha. É só ele se aproximar, você acelera. É só ele falar comigo que você tem quase um treco. Para, por favor. Você só está se machucando cada vez mais. E quanto mais você se machuca, mais me machuca. Pare de ser tão masoquista. Arranca este sentimento de você.

“Como se fosse tão simples.” Esta seria a resposta do meu coração. Eu não agüento mais. Machuca ser apaixonada por ele e ele não notar. Machuca saber que ele gosta de outra garota. Mas machuca ainda mais quando eu sei que eu não poderia viver sem ele. Que são seu sorrisos, suas brincadeiras, a suas manias que me fazem agüentar tudo. Eu realmente sou complicada.

-O que foi? – Fred perguntou, vendo que de repente eu fiquei deprimida.

-O quê? Ah! Nada. Só estou meio chateada pela Bulgária não ter ganhado o jogo. – inventei uma mentira rápida. Já estava se tornando algo natural mentir.

-O quê?! – George se assustou. – Desde quando você torce pelos búlgaros?

-Vamos embora. – disse, sem responder a pergunta anterior. Os dois me seguiram, meio receosos. Será que é tão estranho assim mudar de time?

Saímos do estádio e o senhor Weasley nos esperava. Enquanto voltávamos, ele advertia os gêmeos quanto ao dinheiro da aposta. E é claro que os gêmeos nem prestavam atenção nele.

Chegamos à cabana. Fui logo tomar banho e, enquanto o tomava, eu pensava em tudo que tinha acontecido comigo naquele dia. Foi tudo tão louco e tão legal.

Saí do banho e fui comer alguma coisa. Tomei um chocolate quente com as meninas e depois fomos dormir.

Eu estava tendo um pesadelo. Como acontece na maioria das noites. Eu corria pelos corredores de Hogwarts e sabia que alguma coisa de ruim tinha acontecido. Quando cheguei ao salão principal, ali estavam todos os meus amigos mortos e, pisando em seus corpos, estava Voldemort.

“Olá, minha filha.” – ele falou e soltou uma risada fria que arrepiou minha espinha.

“Vi-Violet...” – escutei a voz de Fred e olhei para o seu corpo. Ele me olhava desapontado ao descobrir que eu era filha daquele que matara sua família. Aquele olhar sobre mim só me fez querer ainda mais que eu nunca tivesse nascido.

“Violet! Violet!” – Fred me chamava, mais energético. Eu sentia tudo sacudindo e depois abri os olhos.

Aquilo era um sonho. Mas a cara desesperada de Fred me chamando não era.

-O que foi? – perguntei.

-Tá rolando alguma coisa lá fora. Temos que ir! – ele estava bem desesperado. E impaciente. Tanto que nem esperou eu levantar, já foi me puxando. Para não cair, fiz uma bela de uma acrobacia.

-Calma, Fred! – saímos da cabana e percebi que aquela situação não era para ter calma.

-Toma! Sua varinha! – ele me entregou-a. – Não precisa ter medo de usar! – falou, soltando minha mão. – Siga-me! – ele partiu para o lado de George que estava com Gina. Quando fui segui-lo, acabei esbarrando em alguém que corria. Caí e quando me levantei, não sabia onde qualquer Weasley, Potter ou Granger estava.

Olhei para a situação que estava acontecendo ao meu redor. Pessoas gritando, feitiços sendo lançados. Muitos raios verdes eram lançados de um lado para o outro. Barulho de várias pessoas aparatando era ouvido. Ao longe pude distinguir uma família de prováveis trouxas sendo levitada.

Eu sabia o que acontecia ali. Vi pessoas encapuzadas e no meu intimo eu sabia. Uma batalha estava sendo iniciada. Uma batalha que os dois lados tinham a mesma chance de vencer. Uma batalha que mudaria a minha vida.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez peço desculpas. Espero que tenham gostado e o próximo sairá mais rápido. Beijinhos e até o próximo!